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Avaliação da vitalidade fetal Consiste na colocação de dois transdutores na barriga da gestante, um medindo o batimento cardíaco fetal e outro medindo a contratilidade uterina; é um exame indicado para casos de alto risco. É um método indireto de avaliação da vitalidade fetal, pode dar muitos falsos positivos. Parâmetros: -FC basal do feto = 110 – 160 -Variabilidade = variação das batidas -Acelerações transitórias -Desaceleração Quanto à fc do feto ela pode ter taquicardia (uso de drogas? Início de hipóxia?), ou bradicardia (sempre suspeitar de hipóxia). Quanto à aceleração, temos que o aumento de 15 batimentos em 15 segundos caracteriza uma aceleração transitória, e isso está associado a movimentação fetal. O anormal é não ter aceleração transitória, pois pode indicar que o feto não está movimentando, por isso precisa colocar uma buzina, um estiulo vibroacústico e ver se o BCF retorna. Quanto à variabilidade temos de observar a linha de base que costuma apresentar uma diferença de 6 a 25 batimentos. A variabilidade presente é um bom preditor. Quando não tem essa variabilidade a gente vai perceber que a linha de frequência cardíaca forma quase que uma linha reta. A variabilidade diminuída pode acontecer por hipóxia fetal, prematuridade e sono, sendo que pode-se também usar do recurso do estimulo vibroacústico para tentar acordar o feto e ver se altera a variabildiade. Desacelerações intra-parto: DIP 1 = desaceleração precoce; é a compressão da cabeça do feto quando ocorre uma contração uterina, acontece quando temos uma fase ativa de trabalho de parto, como já está com pouco líquido para proteger o feto acaba que a contração aperta bem a cabeça, e aí os barorreceptores fazem resposta parassimpática e reduzem a frequência cardiada fetal. Esse fenômeno da DIP 1 é fisiológico, isso irá ocorrer mesmo durante a fase ativa do parto. Não precisa fazer nada quando está em DIP 1, é fisiológico isso. DIP 2 = desaceleração tardia; queda do bcf que ocrorre depois da contração (tardio), isso ocorre em casos de fetos que já estão com baixa reserva de oxigênio, por que já tem algum problema na gestação que deixa o feto com pouca reserva de oxigênio, daí durante a contração reduz ainda mais a quantidade de oxigênio que esse feto recebe, por isso ele faz a bradicardia (ele fica acidótico e ocorre vasoconstricção periférica, com isso cororre ativação de barorreceptores e aciona sistema parasimpático). Perceba que demora, por que primeiro ativa quimio, depois barorreceptores, por isso que a bradicardia ocorre após a contração uterina. DIP 2 é preditor de hipóxia fetal e tem que fazr alguma intervenção, primeiro para as contrações, se estiver usando citocinas, para com as citocinas, e tira o bebê pela via mais rápida, seja ela por parto normal ou cesárea. DIP 3 = desacelerações variáveis; ocorrem por compressão do cordão umbilical, é quando desacelera independente de contração, ocorre por pouco liquido amniótico, por nós de cordão umbilical; quando o cordão está apertado o feto fica com sangue retido, aí ativa barorreceptores e ocorre bradicardia. Esse é achado sugestivo de hipóxia, então tem que mudar a gestante de posição, para a citocina e se não melhora faz parto pela via mais rápida. Padrão de cardiotoco sinusoide = é raro de acontecer, indica feto com incompatibilidade de Rh e o feto está super anêmico, é um achado super complicado, risco fetal iminente. Cardiotoco intraparto possui uma classificação adicional: Sinais de sugerem hipóxia – variabilidade ausente, DIP 2, DIP 3, bradicardia fetal persistente, padrão sinusoidal PADRÃO TIPO 1 = está tudo bem, a fc ta normal, não tem desaceleração, não é necessário ter aceleração transitória pois já está em trabalho de parto, mas desse caso aqui não tem a DIP 2 e 3 – conduta expectante PADRÃO TIPO 2 = se tiver variabilidade ausente, mas não tiver nem DIP 2, nem DIP 3 e nem bradicardia (nesse padrão tipo 2 tem uma variabilidade, mas não corresponde ao requisitos do padrão tipo 3) - conduta é identificar a causa, mudar de decúbito, dar oxigênio e manter o registro, vai evoluir ou para tipo 1 ou tipo 3, se for tipo 3 e se manter é parto pela via mais rápida PADRÃO TIPO 3 = variabilidade ausente e DIP 2 ou DIP 3 ou bradicardia ou padrão sinusoidal; nesse padrão aqui ta tudo ruim – conduta é identificar a causa, mudar a paciente de posição, dar oxigênio por cateter nasal e se manter o traçado é parto pela via mais rápida. – esse padrão é indicativo de sofrimento fetal agudo. Nessa classificação por padrão não precisa considerar aceleração transitória, pois já está em trabalho de parto e o feto não se movimenta muito. Se tiver DIP 1, será realmente padrão 1, pq DIP 1 é fisológico. Cardiotoco é para gesta de alto risco, não pode ficar fazendo em todo mundo pois da muito falso positivo e gera intervenções desnecessárias. Então acontece que em gesta baixo risco usa só o sonar. DIP 1 também é chamado de desaceleração precoce e DIP 2 chama de desaceleração tardia. Perfil biosífico fetal: pede quamdo tem uma cardiotoco suspeita ou em pacientes com patologias, como DM, DHEG. Baseada na hipótese de que batimento cardíaco, movimentos corpóreos e resporatórios e tônis estão relacionados com o SNC, logo predizem situações de hipóxia. A sensibilidade a hipoxemia respeita a ordem inversa de formação (então o que se forma por ultimo é o primeiro a se alterar com a hipoxemia), como a aceleração transitória é o ultimo a se formar, se a cardiotoco tiver normal significa que os outros também estarão normal, já que pela teoria da hipóxia gradual o primeiro a se alterar seria os batimentos cardíacos, que são os últimos a serem formados. Então se tem uma cardiotocografia normal não precisa avaliar os outros parâmetros, avalia apenas o líquido amniótico (índice de liquido amniótico), isso é chamado de perfil biofísico fetal simplificado. A cardiotoco normal o ministério da saúde chama de cardiotoco tranquilizadora. Para os movimentos respitarórios usa o USG e observa se as costelas estão mexendo ou se o diafragma está movimentando.Os movimentos corporais são baseados em 1 movimento rápido e amplo ou 3 movimentos lentos. Para o tônus observa-se a atitude fetal, a flexão; se tiver movimentação fetal boa é por que tem tônus. O líquido amniótico é um marcador crônico do perfil biofísico fetal, utiliza ou o índice de liquido amniótico ou o maior bolsão (em gesta menor de 28s e em gêmeos; normal se acima de 2cm). O indice de liquido amniótico é realizado com a gestante deitada e divide em quatro quadrantes, soma do comprimento vertical de cada quadrante. Só perde ponto no perfil biofísico fetal se tiver oligoamnio, ou seja, se tiver ILA<5. A pontuação é 2 para cada aspecto, 0 se não tem e 2 se tem. Não existe intermediário, por isso o perfil biofísico será sempre par. Dopplervelocimetria: Estudo da velocidade dos fluxos sanguíneos; para ver a circulação materna usa-se artérias uterinas, para circulação fetoplacentária usa AA umbilical e para ciruclação fetal usa cerebral média e ducto venoso. Só indica para gesta com comorbidades, paciente com hipertensão, DM, tabagista, trombofilicas... todo mundo que tem chance de placentação alterada. Na artéria uterina a gente observa como foi feita a placentação, na artéria uterina observa-se o quando de sangue está indo para o feto, na artéria cerebral média e no ducto venosos faz-se avaliação fetal. O Doppler de artéria uterina em mulheres acima de 26 semanas ajuda a fazer rastreio de DHEG. Veia umbilical alterada é sinal de sofrimento fetal, alterações na artéria umbilical possuem relação com o prognostico do feto. Se tem, por exemplo, diástole reversa no Dopller de artéria uterina é chance de óbito de 70%. A dopllervelocitometria também mostra para nós uma centralização do feto, por que como a circulaçãoplacentária está ruim ele começa a manter o fluxo sanqguineo só nas áreas básicas, então começa e deixar sangue para cérebro, coração e suprarrenais, MAS essa centralização não se relaciona com o prognostico do RN, se relaciona só com um mecanismo de defesa fetal diante da circulação placentária ruim. Percebe-se a centralização pela vasodilatação da artéria cerebral, inclusive, só chega a olhar a artéria cerebral se percebe insuficiência placentária. Se tiver alteração na cerebral média é que olha o ducto venoso, lá se tiver com centralização vamos observar aumento de pressão das câmaras cardíacas, pois devido a centralização em órgãos importantes, teremos vasoconstricção do resto do corpo, sobrecarregando o coração. O DUCTO VENOSO INDICA SE ESTÁ EM ACIDOSE, É O QUE VAI DETERMINAR A CONDUTA MÉDICA. O preditor de acidose é o índice de pulsatilidade (IP): IP<1 = os riscos fora da barriga ainda são maiores do que dentr da barriga, então é conduta conservadora IP 1-1,5 = faz medidas para prematuridade (corticoide) e parto IP> 1,5 = acidose instalada, faz o parto (desde que tenha viabilidade fetal) Primeiro olha a artéria umbilical, depois a artéria cerebral média, depois o ducto venoso, depois a veia umbilical.