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INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Programa de residência multiprofissional em terapia intensiva Residente: Fabricia Araújo Silva Preceptora: Thayane Roriz INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Alterações no perfil farmacocinético e/ou farmacodinâmico Doença hepática: Reduz o fluxo sanguíneo hepático, a produção de albumina e alfaglicoproteina, altera as enzimas de biotransformação e fluxo biliar. Função Metabolismo da maioria dos fármacos e dos metabolitos ativos e inativos Baixa metabolização hepática -> permanece por longo período -> Eliminação mais lenta Grau de eliminação: depende dos processos da extração hepática e biliar Biodisponibilidade: é afetada pelos mecanismos de primeira passagem hepática. Fluxo sanguíneo hepático, ligação as proteínas plasmáticas, enzimas e transportadores hepáticos e excreção biliar -> Influência na depuração hepática e dependem do funcionamento normal Child – Pugh e meld score Não existe nenhum marcador para indicar a extensão do problema e da eliminação do fármaco sendo afetada Comprometimento da função hepática Child – Pugh e meld score Estádio terminal : Prever a mortalidade MELD score Probabilidade de morte <9 2,9% 10 -19 7,7% 20 -29 23,5% 30 – 39 60,0% 40 81,0% Absorção Sais biliares - > facilitam absorção de fármacos lipossolúveis -> Redução resulta em baixa absorção e menor efetividade terapêutica. Fármacos que sofrem circulação enterro-hepática terá a duração de ação aumentada Principal efeito da crônica: aumento significativo da biodisponibilidade (via oral), devido a redução ou ausência de primeira passagem. Fármacos com extração hepática intermediário/alto sofrem efeito de primeira passagem Disfunção gastrointestinal -> Doença hepática crônica ( Cirrose) -> Alteração da absorção por via oral Distribuição Elevado grau de ligação as proteínas plasmáticas ( albumina) Redução da albumina -> Diminui o grau de ligação e aumenta a porção livre do fármaco -> Maior efeito farmacológico -> Efeito tóxico Volume de distribuição poderá ser maior em insuficiência hepática crônica. Edema e/ ou ascite: Fármaco se distribui e gera redução da disponibilidade do fármaco Metabolismo Fígado converte fármacos lipofílicos em metabolismo hidrofílico Pró-fármacos -> Forma ativa Reação de fase I (oxidação CYP450) - > São mais afetadas ( Enzima diminui com a perda da função hepática) Reação de fase II ( conjugação) CYP450 diminuída -> Acumulo de pro-fármaco, fármacos e metabolitos -> Ajuste de dose Fármacos que sofrem efeito de primeira passagem -> Menor biodisponibilidade -> Ajuste de dose Fármacos que não sofrem efeito de primeira passagem -> Maior biodisponibilidade -> Menor necessidade de ajuste de dose Excreção Circulação enterro-hepática: reabsorvidos no intestino e volta para o fígado -> Hepatotoxicidade ATENÇÃO: Não avaliar por creatinina devido a perda da massa muscular e/ou deficiência na síntese de creatinina Insuficiência hepática Toxicidade: Fármacos com alta extração hepática e margem terapêutica estreita A extensão da redução de dose dependerá da gravidade da doença hepática do coeficiente de extração e metabolismo hepático bem como toxicidade do fármaco Progressão da doença hepática: varizes esofágicas, edema, ascite, encefalopatia hepática -> farmacocinético e farmacodinâmico Ex: fármacos com alta extração hepática: antidepressivos , clorpromazina,haloperidol, bloqueadores da entrada de cálcio, morfina, levodopa e propranolol. Fármacos com baixa extração hepática: AINES, Diazepam, carbamazepina,fenitoina e varfarina INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA FARMACÊUTICO Via de administração, intervalos entre doses e particularmente aos ajustes de doses dos fármacos resultantes do declínio funcional Monitorar possível toxicidade inicial e tardia Agravantes: Fumo, álcool, polifarmácia e polimorfismo REFERÊNCIAS
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