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Morfologia - Português

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Morfologia 
MORFOLOGIA - ESTRUTURA DAS PALAVRAS: 
RADICAL, DESINÊNCIA, PREFIXO E SUFIXO (PT 1) 
 
1) Radical(RD): Corresponde ao elemento 
portador de significado de uma palavra. É o 
elemento irredutível e comum às palavras de 
mesma família. 
Observe: 
ferro ferreiro ferradura 
O elemento ferr- representa o RADICAL. 
Nos verbos, o radical é obtido retirando-se as 
terminações -ar, -er, -ir do infinitivo. O RD 
de cantar, por exemplo é cant; o 
de vender, vend; o de partir, part. 
 Nos nomes, o RD é obtido retirando-se as 
terminações a, e e o átonas. 
cas a leit e bols o 
2) Vogal temática (VT): Acrescenta-se, 
normalmente, ao radical para constituir uma 
base. 
Nos verbos, a vogal temática define a que 
conjugação pertence o verbo. Existem 3 
conjugações verbais: 
 1ª conjugação: VT a. Ex.: cantar, pular, sonhar. 
 2ª conjugação: VT e. Ex.: vender, comer, chover. 
 3ª conjugação: VT i. Ex.: partir, dividir, sorrir. 
 O verbo pôr, assim como seus derivados 
(compor, repor, depor, etc.), pertence à 2ª 
conjugação, porque a sua forma antiga 
era poer. 
 Nos nomes, as vogais temáticas 
são a, e e o átonas. Veja. lata pente livro 
 Dá-se o nome de Tema ao segmento que 
corresponde ao RD + VT. São, portanto, 
atemáticas as palavras que não possuem vogal 
temática. Eis três exemplos: 
 mar céu flor. 
 
SÍNTESE TEÓRICA II – DEMAIS MORFEMAS 
1) Afixos: 
a) Prefixos: São antepostos ao radical. 
Veja: inquieto, desleal, super-homem, etc. 
b) Sufixos: São pospostos ao radical. Veja: 
crueldade, firmemente, trabalhador,etc. 
2) Desinências: Sempre pospostas ao radical, são 
responsáveis por indicar: 
a) gênero: Indica o gênero da palavra. A palavra 
terá desinência nominal de gênero, quando 
houver a 
oposição masculino - feminino. 
garoto garota 
 (masculino) (feminino) 
b) número: Indica o plural da palavra. É a 
letra squeindica o plural da palavra. Exemplo: 
livros, retratos. 
3) Vogais e consoantes de ligação: São vogais e 
consoantes que surgem entre dois morfemas, 
para tornar mais fácil e agradável a pronúncia 
de certas palavras. Veja só: 
Gás + metro = gasômetro 
Bambu + al = bambuzal 
MORFOLOGIA - FORMAÇÃO DAS PALAVRAS: 
COMPOSIÇÃO, DERIVAÇÃO, HIBRIDISMO, 
ONOMATOPEIA E ABREVIAÇÃO (PT 2) 
 
As palavras são divididas em dois grandes 
processos de formação. O primeiro deles é o que 
envolve a composição. Palavra composta é 
aquela que apresenta, no mínimo, dois 
radicais. Como esses radicais se juntam é o que 
orienta a classificação de palavras 
compostas justapostas e aglutinadas. Veja só. 
1) Composição por justaposição. Na união, os 
radicais não sofrem qualquer alteração em sua 
estrutura. Eis alguns exemplos: 
pontapé (ponta + pé) lava-roupa (lava + roupa) 
2) Composição por aglutinação. Na junção, pelo 
menos um dos radicais sofre alteração em sua 
estrutura. Eis alguns exemplos: 
embora (em boa hora) planalto (plano alto) 
Síntese Teórica – Palavras Derivadas 
 Palavras derivadas são aquelas que apresentam 
prefixo e/ou sufixo. Vejamos como podem ser 
classificadas. 
1) Derivação prefixal: acréscimo de um prefixo à 
palavra. Exemplos: desfazer, infiel, contraindicar. 
2) Derivação sufixal: acréscimo de um sufixo à 
palavra. Exemplos: lealdade, 
felizmente, mulheraça. 
3) Derivação prefixal e sufixal: em momentos 
distintos, prefixo e sufixo se agregaram à 
palavra. É importante perceber que, ao 
retirarmos um deles, o restante da palavra existe 
na língua. Veja só: 
 infelizmente 
Existe, por exemplo, a palavra “infeliz”. 
4) Derivação parassintética: ao mesmo tempo, 
prefixo e sufixo se agregaram à palavra. É 
importante perceber que, ao retirarmos qualquer 
um deles alternadamente, a palavra não 
existe. Noutras palavras, a palavra só existe com 
ambos os afixos ou sem ambos os afixos. 
envelhecer 
Não existe “velhecer”, nem “envelh”. 
Síntese Teórica – Outros processos 
1) Derivação regressiva: em geral, são 
substantivos abstratos derivados de infinitivos por 
diminuição. Veja só: grito vem de gritar, abraço 
vem de abraçar, etc. 
 Obs.: Alguns gramáticos arrolam como 
derivação regressiva alguns casos, todos reflexos 
da linguagem coloquial, de supressões de sufixos 
reais ou aparentes de algumas palavras. Veja só: 
estranja (estrangeiro), japa (japonês), china 
(chinês), rebu (rebuliço), etc. 
2) Derivação imprópria ou conversão: É o 
processo pelo qual as palavras, num contexto 
específico, mudam de classe, sem alterar a 
forma. Veja só: O talvez não existe para 
os bons. 
 Observe que, na frase acima, o advérbio 
“talvez” e o adjetivo “bons” foram 
substantivados. 
3) Onomatopeia: É a palavra que reproduz 
aproximadamente certos sons ou ruídos: reco-
reco, fonfom, cacarejar, traque. 
4) Abreviação ou redução: É a redução da 
palavra até o limite permitido pela compreensão: 
moto (motocicleta), pneu (pneumático), metro 
(metropolitano), extra (extraordinário), etc. 
5) hibridismo: É formação de palavras com 
elementos de línguas diferentes: sociologia (latim 
e grego), automóvel (grego e latim) televisão 
(grego e latim), sambódromo (africano e grego). 
MORFOLOGIA – ARTIGOS DEFINIDOS E 
INDEFINIDOS 
Síntese Teórica I 
Artigos definidos: o, os, a, as. 
Artigos indefinidos: um, uns, uma, umas. 
 Onde houver artigo, haverá um substantivo. O 
artigo vive em função do substantivo, e ambos 
vão estar sempre no mesmo gênero (masculino / 
feminino) e no mesmo número (singular / plural). 
Nós nos unimos nos nós. 
Nessa frase publicitária, há, respectivamente: 
pronome pessoal, pronome pessoal, verbo, 
contração de “em” mais “os”, pronome pessoal. 
Síntese Teórica II 
Semântica dos artigos 
 Em geral, o artigo definido individualiza, 
determina o substantivo de modo particular e 
preciso. Já o artigo indefinido determina o 
substantivo de modo impreciso, indicando, em 
geral, que se trata de simples representante de 
uma dada espécie. 
 Leia o texto com bastante atenção: 
 “Durante a aula, o professor Agras dava uma 
explicação densa, sobre um assunto 
complexo. Um aluno, lá no fundo da sala, 
arrotou retumbantemente, e um cheiro acre 
invadiu o ambiente. Agras ficou tenso, 
nervoso. Desceu o tablado, foi ao fundo da sala 
e repreendeu o aluno.” 
Observe que é o artigo definido, presente em “o 
aluno” (fechamento do texto) que permite ao 
leitor afirmar tratar-se do mesmo aluno que 
arrotou. Caso o artigo definido, no caso, fosse 
substituído pelo artigo indefinido, o sentido seria 
outro. 
 
MORFOLOGIA – NUMERAIS 
 
Conceituação 
 É a palavra que denota, em geral, quantidade 
definida. A exemplo dos pronomes, o numeral 
também pode ter função adjetiva (quando 
acompanha um substantivo) ou substantiva 
(quando substitui um substantivo). Veja só: 
Duas , mulheres ganharam o quíntuplo do prometido. 
(numeral adjetivo) (numeral substantivo) 
 Há quatro tipos de numerais: cardinais, ordinais, 
multiplicativos e fracionários. 
Cardinais: são os numerais que designam 
quantidade certa. São os mais usados no 
cotidiano. Ei-los: zero, um, dois, três, quatro, 
cinco, etc. 
Ordinais: são os que designam ordem numa 
série. Ei-los: primeiro, segundo, terceiro, quarto, 
etc. 
Fracionários: são os numerais que indicam 
frações dos seres. Ei-los: meio (ou metade), terço, 
quarto, quinto, etc. 
Multiplicativos: são os que exprimem a 
multiplicidade dos seres. Ei-los: dobro, triplo, 
quádruplo, etc. Tenho de comer o dobro do que 
comi. Obs.: Excetuando dobro, duplo e triplo, os 
numerais multiplicativos são pouco usados no 
cotidiano. Há uma preferência para o emprego 
do cardinal seguido do substantivo vezes. 
MORFOLOGIA – SUBSTANTIVOS 
SÍNTESE TEÓRICA I – CLASSIFICAÇÃO BÁSICA 
 
Os substantivos dividem-se 
em concretos (realidade exterior, existência 
independente) e em abstratos (realidade interior, 
em geraldesignam sentimentos, qualidades, 
ações ou estados). 
Os concretos se subdividem 
em próprios, comuns e coletivos. 
 Os abstratos, designam, em geral, ações (o 
grito), sentimentos (amor), qualidade (beleza) ou 
estado (felicidade). 
SÍNTESE TEÓRICA II - FLEXÃO DE GÊNERO 
1) Substantivos Uniformes - Substantivos que 
apresentam uma só forma para o masculino 
e para o feminino. Podem ser: 
a) Sobrecomuns: não há variação de artigo. Só o 
contexto pode informar se o referente (ser 
designado, referido) é masculino ou 
feminino. Veja só: 
 Chegou a criatura que, em seguida, faria um 
discurso à multidão presente. 
 Observe que, sem um contexto maior, não há 
como saber se “a criatura” é homem ou mulher. 
 Também são sobrecomuns: algoz, ídolo, 
indivíduo, defunto, cadáver, etc. 
 
b) Epicenos: são nomes (uniformes) de 
animais. É comum a designação do “sexo” pelo 
acréscimo das palavras “macho” e “fêmea”. 
Eis alguns exemplos: condor, caracol, gavião, 
jacaré, tatu, borboleta, cobra, formiga, mosca, 
onça, tartaruga, pulga, etc. 
 
c) Comuns de dois gêneros: há variação de 
artigo. Veja só: 
 o agente – homem / a agente – mulher 
 Estão nesse caso: compatriota, chefe, estadista, 
gerente, imigrante, intérprete, mártir, selvagem, 
seminarista, xereta, xerife, etc. 
 O Brasil tem, hoje, a primeira presidente do 
país. Desde que se elegeu, têm sido muitas as 
discussões em torno do que seria (mais) 
correto: Presidente Dilma ou Presidenta Dilma. As 
duas formas estão corretas. Veja como Houaiss 
define o verbete “presidenta” em seu dicionário: 
“mulher que se elege para a presidência de um 
país”. Aurélio afirma o seguinte: “presidenta – 
mulher que preside”. 
 
2) Substantivos Biformes – Substantivos que 
apresentam uma forma para o masculino e outra 
para o feminino. É o caso, por exemplo, de 
homem/mulher, gato/gata; senhor/senhora, etc. 
SÍNTESE TEÓRICA III - FLEXÃO DE NÚMERO 
Substantivos Simples - Casos principais 
1) Paroxítonos ou proparoxítonos terminados em -
s e -x são invariáveis. Ex.: os lápis, os pires, os os 
atlas, os ourives, os ônibus, os clímax, etc 
2) Recebem -s os nomes terminados em vogal ou 
ditongo oral, ditongo nasal átono, vogal nasal (ã) 
e em -m. Ex.: as asas, os troféus, as bênçãos, os 
ímãs, os dons, etc. 
3) Recebem -es os que terminam em -r ou em -s, -
z. Ex.: os cadáveres, os faquires, os gases,os 
açúcares, etc. 
 4) Os nomes terminados em -il tônico trocam 
por -s. Ex.: o funil – os funis. 
5) Os nomes terminados em -il átono trocam por -
eis. Ex.: o fóssil – os fósseis. 
Observe a dupla prosódia: 
réptil – répteis. 
reptil – reptis. 
projétil – projéteis. 
projetil – projetis. 
6) Substantivos terminados em -ão(oxítonos): 
alguns casos que merecem atenção. 
1º) Fazem em -ães: capelão, capitão, escrivão, 
tabelião, etc. 
2º) Fazem em -ãos todos os paroxítonos e mais: 
cidadão, cristão, demão, grão, etc. 
3º) Fazem em -ões: folião, galpão, peão, etc. 
4º) Fazem em -ães e -ãos: refrão, sacristão, etc. 
5º) Fazem em -ães e -ões: charlatão, guardião, 
cirurgião, etc. 
6º) Fazem em -ãos e -ões: anão, corrimão, verão, 
etc. 
7º) Fazem em -ões, -ães e -ãos: ancião, vilão, etc. 
7) Plural dos diminutivos com o sufixo –zinho. 
 O comum é pluralizar a palavra de origem, 
cortando-lhe, em seguida, o –s. Depois é só 
acrescentar o sufixo “-zinho” já pluralizado. 
 Veja só. Digamos que tenhamos de colocar a 
palavra “barzinho” no plural. Procedimentos: 
 bar – bares – bare – barezinhos 
8) Substantivos só usados no plural: afazeres, 
anais, férias (período de descanso), fezes, 
núpcias, pêsames, etc. 
9) Plurais metafônicos: na formação do plural de 
alguns substantivos, ocorre metafonia, isto é, 
mudança de timbre da vogal tônica. Veja 
alguns casos: caroço, corpo, esforço, fogo, forno, 
imposto, miolo, olho, osso, poço, porco, porto, 
posto, povo, etc. 
 Não apresentam metafonia: acordo, almoço, 
alvoroço, arroto, bolo, bolso, cachorro, morro, 
pescoço, repolho, rolo, etc. 
 
SÍNTESE TEÓRICA IV - FLEXÃO DE NÚMERO 
Substantivos Compostos - Casos principais 
1) substantivo + substantivo: ainda há autores que 
defendem a pluralização apenas do primeiro 
elemento, quando o segundo expressa finalidade 
ou semelhança. O fato, porém, é que a 
tendência cada vez mais forte é de ambos os 
substantivos pluralizarem. Veja os casos abaixo, 
todos extraídos dos nossos principais dicionários. 
cirurgião-dentista 
cirurgiões-dentistas ou cirurgiães-dentistas 
salário-família 
salários-família ou salários-famílias 
navio-escola 
navios-escola ou navios-escolas 
pombo-correio 
pombos-correio ou pombos-correios 
2) substantivo + adjetivo ou adjetivo + 
substantivo: ambos os elementos variam. 
 guarda-civil guardas-civis 
 amor-perfeito amores-perfeitos 
 alto-relevo altos-relevos 
3) substantivo (+ preposição clara ou oculta) + 
substantivo: nesse caso, só o primeiro elemento 
varia. 
 cavalo-vapor cavalos-vapor 
 pé-de-cabra pés de cabra 
4) compostos em que não há hífen: só o último 
elemento varia. 
 pontapé pontapés 
 girassol girassóis 
5) compostos de grão, grã, bel + substantivo: só o 
segunto elemento varia. 
 grã-cruz grã-cruzes 
 bel-prazer bel-prazeres 
6) compostos de verbo ou palavra invariável + 
substantivo ou adjetivo: só o segundo elemento 
varia. 
 abaixo-assinado abaixo-assinados 
 alto-falante alto-falantes 
 guarda-roupa guarda-roupas 
7) compostos de três ou mais elementos, não 
sendo o segundo uma preposição: só o segundo 
elemento varia. 
 bem-me-quer bem-me-queres 
 bem-te-vi bem-te-vis 
8) compostos de palavras onomatopaicas e/ou 
reduplicadas: só o segundo elemento varia. 
 reco-reco reco-recos 
 tique-taque tique-taques 
São invariáveis: 
a) compostos de verbos diferentes (sentidos 
opostos):: perde-ganha, vai-volta, leva-e-traz, etc 
b) compostos de verbo + palavra invariável: pisa-
mansinho, cola-tudo, ganha-pouco, bota-fora, 
bota-abaixo, papa-tudo, etc. 
c) compostos de verbo ou palavra invariável + 
palavra já no plural: quebra-nozes, troca-tintas, 
não-me-toques, etc. 
d) frases substantivas: disse-me-disse, bumba-
meu-boi, não-sei-que-diga, etc. 
e) composto arco-íris. 
SÍNTESE TEÓRICA V - VARIAÇÃO DE GRAU 
 Os substantivos podem se flexionar no grau 
aumentativo ou no grau diminutivo. Eis alguns 
casos curiosos. 
Aumentativos 
barba- barbaça barca- barcaça 
beiço- beiçorra, beiçola boca- bocarra 
cabeça- cabeçorra cão- canzarrão 
casa- casarão faca- facalhaz, facalhão 
fatia- fatacaz fogo- fogaréu 
homem- homenzarrão inseto- insetarrão 
ladrão- ladravaz nariz- narigão 
povo- povaréu voz- vozeirão 
 Diminutivos 
cão- canito, cãozito casa- casita, casucha 
corpo- corpúsculo gota- gotícula 
nó- nódulo nota- nótula 
núcleo- nucléolo ovo- óvulo 
porção- porciúncula povo- poviléu 
raiz- radícula rede- retícula 
rio- riacho rua- ruela, rueta 
saca- sacola saco- saquitel 
sala- saleta via-viela 
MORFOLOGIA - ADJETIVOS 
Síntese Teórica I – Classificação básica 
O adjetivo é a palavra que caracteriza os 
seres. A criança é linda. Ela estava eufórica. 
Os adjetivos podem ser classificados em: 
1) Primitivos: não derivam de outras palavras. 
Exemplos: vestido claro, casaco grande, etc. 
2) Derivados: derivam de outras palavras. 
Exemplos: homem infeliz, papel azulado, etc. 
3) Simples: apresentam um único radical em sua 
estrutura. 
Exemplos: homem apavorado, criança feliz, etc. 
4) Compostos: apresentam pelo menos dois 
radicais em sua estrutura. 
Exemplos: menino ítalo-brasileiro, 
crise socioeconômica, etc. 
5) Restritivos: particularizam a característica do 
ser, ou seja, exprimem qualidade que não é 
própria do ser. Exemplos: gelo útil, flor amarela, 
etc. 
6) Explicativos: compreendem características 
inerentes aos elementosem questão. 
Exemplos: gelo frio, homem mortal, etc. 
7) Adjetivos pátrios: referem-se a países, estados, 
regiões, cidades ou localidades. 
Exemplos: rapaz brasileiro, criança goiana, etc. 
Observe o significado de cada adjetivo a seguir 
sublinhado. 
a. Caro amigo: querido amigo. b. Amigo caro: 
amigo que dá despesa. 
c. Bom homem: homem gentil. d. Homem bom: 
homem caridoso (ou sensual). 
e. Grande país: país digno, nobre. f. 
País Grande : país de significativas dimensões 
físicas. 
g. Pobre Mulher: mulher digna de dó. h. 
Mulher pobre : mulher sem recursos financeiros. 
Locução adjetiva: é a expressão formada de 
'preposição + substantivo' ou também de 
'preposição + advérbio', sempre com valor de 
adjetivo. Exemplos: 
aves da noite(avesnoturnas), paixãosem 
freio (paixãodesenfreada). 
Síntese Teórica II – Gênero dos adjetivos 
Os adjetivos podem ser: 
1. Uniformes: têm uma só forma tanto para o 
masculino como para o feminino. 
Exemplo: homem feliz / mulher feliz. 
2. Biformes: têm duas formas, sendo uma para o 
masculino e outra para o feminino. 
Exemplo: homem mau / mulher má 
 Se o adjetivo é composto e biforme, flexiona-se 
no feminino só o último elemento. 
Exemplo: blusa vermelho-clara, caneta amarelo-
escura. 
 Se o adjetivo é composto e uniforme, fica 
invariável no feminino. 
Exemplo: conflito político-social / desavença 
político-social. 
Síntese Teórica II – Número dos adjetivos 
1) Plural dos adjetivos simples: flexiona-se em 
número para concordar com o termo ao qual se 
refere. Veja: torta saborosa – tortas saborosas. 
 Se o adjetivo estiver representado por um 
substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra 
que estiver qualificando um elemento for, 
originalmente, um substantivo, ela não sofrerá 
flexão e passará a ser denominada de 
substantivo adjetivado. Compare: 
 camisa preta – camisas pretas 
 camisa cinza – camisas cinza 
 blusa prata – blusas prata. 
2) Plural dos adjetivos compostos: apenas o 
último elemento concorda com o substantivo a 
que se refere; os demais ficam na forma 
masculina, singular. Veja: 
 camisa amarelo-clara 
 camisas amarelo-claras 
 Se o último elemento que forma o adjetivo 
composto for um substantivo adjetivado, todo o 
adjetivo composto ficará invariável. Veja: 
 camisa cinza-chumbo 
 camisas cinza-chumbo 
ATENÇÃO! 
 Azul-marinho, azul-celeste e qualquer adjetivo 
composto iniciado por cor-de- são sempre 
invariáveis. 
 O composto surdo-mudo tem os dois elementos 
flexionados: menino surso mudo – meninos surdos-
mudos. 
 
Síntese Teórica II – Graus dos adjetivos 
1) Grau comparativo: usado para comparar a 
mesma característica atribuída a dois ou mais 
seres ou duas ou mais características a um único 
ser. 
a) Igualdade 
Ela é tão exigente quanto (ou como) sua mãe. 
b) Superioridade 
Ela é mais exigente que (ou do que) sua mãe. 
c) Inferioridade 
Ela é menos exigente que (ou do que) sua mãe. 
ATENÇÃO! 
 Os adjetivos bom, mau, grande 
epequeno apresentam formas sinéticas para o 
grau comparativo de superioridade: melhor, pior, 
maior, menor. Veja só: 
 Ela é melhor do que eu. (mais boa) 
 Ela é pior do que eu. (mais má) 
 Ela é maior do que eu. (mais grande) 
 Ela é menor do que eu. (mais pequena) 
 Em se tratando de qualidades do mesmo ser, as 
formas analíticas devem ser usadas. Veja: 
Ela é mais grande do que propriamente gorda. 
2) Grau superlativo: consiste na intensificação do 
sentido do adjetivo. Há dois tipos. Vamos a eles. 
a) Relativo: destaca um ser diante de outros da 
mesma espécie. Pode ser de: 
Superioridade: Ela é a mais dedicada da turma. 
Inferioridade: Ela é a menos dedicada da turma. 
 Observe dois fatos: a presença do artigo e a 
ausência do conector comparativo (que / do 
que). 
b) Absoluto: destaca um ser sem compará-lo 
com os outros da mesma espécie. Pode ser: 
Analítico: Você é muito sério. 
Sintético: Você é seriíssimo. 
Observe outras formas de intensificar um adjetivo: 
 Ela é bela, bela. (repetição do adjetivo) 
 Ele é branco como vela. (por comparação) 
 Blusa branquinha. (uso do diminutivo) 
MORFOLOGIA - ADVÉRBIOS 
 É palavra invariável que, de certa forma, 
interfere no sentido de um verbo, de um adjetivo, 
de um advérbio ou mesmo de uma declaração 
inteira. A interferência ocorre por expressar 
alguma circunstância (tempo, modo, lugar, etc.). 
Locução adverbial é o conjunto de duas ou mais 
palavras com valor de advérbio. Observe. 
Ela fala bem. 
Aqui, o advérbio bem interfere no sentido do 
verbo “fala“. 
Ela é muito extrovertida. 
Aqui, o advérbio muito interfere no sentido do 
adjetivo “extrovertida”. 
Ela fala muito bem. 
Aqui, há dois advérbios: o advérbio bem interfere 
no sentido do verbo “fala”, 
e o advérbio muito interfere no sentido do 
advérbio “bem”. 
Ela fala muito e bem. 
Aqui, observe que os 
advérbios muito e bem interferem no sentido do 
verbo “fala”. 
Realmente, choveu muito hoje. 
 Aqui, observe que há três 
advérbios: muito e hoje interferem no sentido do 
verbo “choveu”; já o advérbio realmente não se 
refere especificamente a “choveu”, nem a 
“muito”, nem a “hoje”. O advérbio realmente se 
refere à declaração inteira “choveu muito hoje”. 
De manhã ela fez ginástica. 
Aqui, a circunstância adverbial é expressa por um 
conjunto de duas palavras. Quando isso ocorre, 
temos uma locução adverbial. 
II) Circunstâncias adverbiais 
 Os valores semânticos dos advérbios e locuções 
adverbiais são muitos, todos subordinados a 
contextos. Veja os principais casos. 
1) lugar: aqui, ali, atrás, de fora, de dentro, 
acima, abaixo, etc. 
2) tempo: hoje, amanhã, de noite, à tarde, em 
breve, etc. 
3) modo: bem, mal, assim, melhor, pior, às 
pressas, às claras, etc. 
4) afirmação: sim, de fato, com certeza, 
realmente, sem dúvida, etc. 
5) negação: não, tampouco, absolutamente, de 
modo algum, etc. 
6) intensidade: muito, pouco, mais, menos, assaz, 
quase, demais, etc. 
7) dúvida: talvez, quiçá, possivelmente, 
provavelmente, etc. 
Morfologia - PREPOSIÇÕES 
É palavra invariável que relaciona dois 
termos, de tal modo que o sentido do 
segundo(consequente) se subordina ao do 
primeiro (antecedente). As preposições se 
dividem em essenciais e acidentais. 
Preposições essenciais: a, ante, após, até, com 
contra, de, desde, em , entre, para, perante, por 
(per), sem, sob, sobre e trás. 
Preposições acidentais são palavras (de outras 
classes gramaticais) usadas acidentalmente 
como preposições. Alguns exemplos: afora, 
conforme, consoante, durante, exceto, fora, 
mediante, não obstante, salvo, segundo, senão, 
tirante, visto, etc. 
Locução prepositiva (também chamada de 
preposição composta) é o grupo de palavras 
(normalmente um advérbio ou expressão 
adverbial acrescidos de uma preposição 
essencial) com valor de preposição. Veja alguns 
casos: ao lado de, em torno de, apesar de, 
através de, de acordo com, com respeito a, por 
causa de, quanto a, no tocante a, graças a, etc. 
 Obs.: Não confunda locução prepositiva com 
locução adverbial. A locução prepositiva 
sempre termina em preposição; a locução 
adverbial nunca termina em preposição. Veja: 
 Estou longe de você. Vi você de longe. 
 (loc. prepositiva) (loc. adverbial) 
II) Particularidades quanto ao emprego das 
preposições 
 1) Combinações e contrações 
 As preposições podem se juntar com outras 
palavras, formando combinações (quando não 
há perda de fonemas) e contrações (quando 
há perda de fonemas). Veja alguns exemplos: 
a + o: ao. preposição mais artigo (ou pronome 
demonstrativo). 
a + aquela: àquela. preposição mais pronome 
demonstrativo. 
de + a: da. preposição mais artigo (ou pronome 
demonstrativo). 
de + aquilo: daquilo. preposição mais pronome 
demonstrativo. 
em + uns: nuns. preposição mais artigo 
indefinido (ou pronome indefinido) 
em+ algum: nalgum. preposição mais pronome 
indefinido. 
por (per) + a: pela preposição mais artigo 
definido (ou pronome demonstrativo). 
MORFOLOGIA - CONJUNÇÕES: RELAÇÃO DE 
CAUSA E CONSEQUÊNCIA 
 
Classificação das conjunções (e locuções) 
coordenativas 
 
Aditivas: estabelecem sentido aditivo (acréscimo) 
entre termos ou orações. As principais 
são e e nem(com valor de e não). Veja só: 
 
Eu estudo e trabalho. Não estudo nem trabalho. 
 
Por vezes, o sentido aditivo é estabelecido por 
grupos de palavras: não só ... mas também, não 
apenas .... como também, não somente ... mas 
também, etc. 
 
 Não só estudo, como também trabalho. 
Adversativas: estabelecem sentido de oposição, 
adversidade. As principais 
são mas, porém, contudo, todavia, entretanto e n
o entanto. 
Estudou muito, mas não passou. 
Alternativas: estabelecem sentido de 
alternância. As principais 
são: ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, já...já
, seja...seja, etc. 
 
Quero café ou leite. 
 
Ora assisto a filmes, ora assisto a novelas. 
Conclusivas: estabelecem o fecho conclusivo de 
um raciocínio. As principais 
são logo, portanto, porisso, por 
conseguinte, assim, etc. 
O carro enguiçou, portanto não pudemos chegar 
na hora combinada. 
 
Explicativas: estabelecem ideia de explicação 
para a afirmativa feita na oração com que se 
relacionam. As principais conjunções 
são pois (sempre no início da 
oração), que , porquanto e porque . 
 
Chore, que é bom. 
 
Corra, pois vai chover. 
 
Ligue-me depois, porque estou ocupado agora. 
 
Bate pouco sol neste quarto, porquanto cheira a 
mofo. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES (E 
LOCUÇÕES) SUBORDINATIVAS 
As conjunções (e locuções) subordinativas 
introduzem as chamadas orações subordinadas, 
ou seja, aquelas que exercem função sintática 
em relação a uma outra oração chamada 
principal. 
 
Integrantes: são as conjunções que e se quando 
introduzem orações subordinadas de caráter 
substantivo, ou seja, orações que exercem 
função de sujeito, de predicativo, de objeto 
direto, de objeto indireto, de complemento 
nominal e de aposto. É comum o 
reconhecimento de uma oração substantiva por 
meio de sua substituição pelo 
pronome ISTO. Veja. 
 
Isto é importante. [Que eu trabalhe] é 
importante. 
(sujeito) 
Causais: que (= 
porque), porque, porquanto, como, pois, porquan
to, já que, visto que, uma vez que (com o verbo 
no indicativo), etc. 
O governador não participou da 
reunião porque viajou. 
Concessivas: embora, conquanto, ainda 
que, mesmo que, por mais que, se bem 
que, apesar de que, nem que, posto que, sem 
que, etc. 
Embora chova, sairei. 
 
Mesmo que você grite, não lhe darei atenção. 
Conformativas: conforme, como, segundo, conso
ante, que, etc. 
Como o serviço de meteorologia previu, choveu 
hoje. 
Condicionais: se, caso, sem que, uma vez 
que (com o verbo no subjuntivo), desde 
que (com o verbo no subjuntivo), dado que (com 
o verbo no subjuntivo), contanto que, salvo se, a 
menos que, etc. 
Se você me ouvir, entenderá. 
Consecutivas: que (em correlação 
com tal, tanto, tão, tamanho), de modo que, de 
sorte que, de maneira que, etc. 
 
A sacola é tão frágil, que rasgou. 
Finais: para que, a fim de que, que (= para 
que), porque (= para que), sempre com verbo no 
subjuntivo. 
 
Ela só gritou para que eu me desconcentrasse. 
Proporcionais: à medida que, à proporção 
que, ao passo que, quanto mais...(mais), quanto 
mais...(tanto mais), quanto mais...(menos ou tanto 
menos), etc. 
 
À medida que chovia, os rios iam subindo. 
Temporais: quando é a conjunção básica. 
 
Quando você chegou, eu saí. 
 
RELAÇÕES DE CAUSA E EFEITO 
 
Reflexão importante. 
 
Quando se empregam conjunções na criação 
de relações de causa e efeito, pode-se dar uma 
das três situações seguintes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MORFOLOGIA - INTERJEIÇÕES 
 É a expressão que denota um estado de alma, 
um estado emotivo, passageiro 
normalmente. Veja alguns exemplos. 
 a) alegria: ah!, oh!, oba!, opa!, etc. 
 b) animação: avante!, coragem!, eia!, vamos!, 
etc. 
 c) aplauso: bis!, bravo!, viva!, etc. 
 d) desejo: oh,! oxalá!, tomara!, etc. 
 e) dor: ai!, ui!, valha-me Deus, etc.

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