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AULA MICROBIOLOGIA- ESPIRILOS Febre Recorrente: - Borrelia: microaerófilas (pouca dependência de O2); são nutricionalmente exigentes e flageladas, apresentando mobilidade; o vetor que transmite essa bactéria é o carrapato de carapuça dura/ixodes scapularis; período de incubação: 3 a 30 dias; é gram negativa; coloração: Giemsa e Wright; seu crescimento depende de ácidos graxos de cadeia longa; Patogenicidade: engana no sistema imunológico-> quando a borrelia está presente no sangue há o desenvolvimento de anticorpos específicos contra ela, porém essa borrelia consegue se aglutinar no anticorpo e sumir no sangue, voltando com uma nova cobertura de lipoproteína, enganando assim o SI; - Patogenicidade da Borrelia: possui OSPA (expressão genica que atua para o ingresso do carrapato) e OSPC (atua na infecção do ser humano); - Causada pela Borrelia recurrentis; o vetor é o piolho; - Manifestações clínicas febres, calafrios, mialgias, hepatoesplenomegalia; - Tratamentos: Tetraciclinas ou Eritromicina; Doença de Lyme: - Causada pela borrelia burgdorferi; o vetor é o carrapato ixodes scapularius; - Incubação: 3 a 30 dias; - Se inicia com a formação de uma pápula e mácula no local onde o carrapato picou; - Apresenta 3 fases: · Infecção primária: ocorre nas primeiras 4 semanas com presença de febre, mal-estar, fadiga, cefaleias, calafrios, dores musculares, adenopatias e mialgias; · Manifestações secundarias: mal-estar, fadiga intensa, insuficiência cardíaca, artrites e mialgias; · Manifestação tardia: meses ou anos após o contagio; poliartrites e infecções cutâneas crônicas; - Tratamento: amoxicilina ou tetraciclina; Leptospirose: - Agente etiológico: leptospira interrogans; - Leptospiras: são delgadas e espiraladas; não são coradas por corantes, como Gram; são visualizadas por microscopia de campo escuro; crescem em meios bacteriológicos que contem soro; - L. interrogans: se divide em sorogrupos encontrados em diferentes animais e localizações geográficas; a imunidade sorotipo-específica só se desenvolve com a infecção; - As lectospiras infectam ratos e animais domésticos/de estimação; para o animal transmitir essa bactéria ele deve estar infectado; - Transmissão: animal infectado elimina essa bactéria através da urina, que contamina a agua e o solo; assim, o ser humano em contato com esse meio contaminado pode adquirir as lectospiras; - Indivíduos mais vulneráveis para desenvolver leptospirose: indivíduos que participam de natações em aguas contaminadas, como lagos e rios; mineradores, fazendeiros e trabalhadores da rede de esgoto; * a transmissão interpessoal é rara; - Patogenia: lectospiras adentram no organismo humano através de agua ou alimentos contaminados e através da pele com lesões; assim, essas bactérias atravessam as membranas mucosas e atingem a circulação sanguínea, se multiplicando em vários órgãos e provocando alguns sintomas, como febre e disfunção hepática (icterícia), renal (uremia), pulmonar (hemorragia) e do SNC (meningite asséptica); - Manifestações clínicas: · Fase Precoce: a doença apresenta o período de incubação de 1 a 30 dias; febre, calafrios, cefaleia intensa e sufusão conjuntiva (vermelhidão difusa da conjuntiva; é um achado característico da leptospirose); esses sintomas desaparecem na medida que esses microrganismos deixam o sangue; · Fase Tardia: - Síndrome de Weil ou com Tríade de Charcot (Icterícia, dor abdominal no hipocôndrio direito e febre com calafrios), insuficiência renal, hemorragia e meningite asséptica; - Diagnóstico Laboratorial: Baseia-se no histórico de possível exposição do indivíduo, sinais clínicos sugestivos e aumento de IgM; lectospiras podem ser isoladas a partir de culturas de sangue e urina; meios de cultura: incubar de 28° a 30° C por 60 a 90 dias em aerobiose-> o crescimento é lento; - Tratamento: Penincilina G; não há resistência significativa a antibióticos; - Prevenção: Evitar contato com ambientes supostamente contaminados e administração de doxiciclina para indivíduos expostos;
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