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VASCULARIZAÇÃO DO SNC E BARREIRAS HEMATOENCEFÁLICAS Neurônios- células muito sofisticadas; alto gasto de oxigênio e glicose; - Cérebro não possui reservas de glicose, precisa de uma quebra oxidativa; em condições normais- oxida glicose a o2 e h20; em paradas agudas do fluxo sanguíneo->cérebro entra em colapso e pode haver morte neuronal, que é uma lesão irreversível, já que os neurônios não se regeneram. - Cérebro gasta muita energia, precisa de uma perfusão constante e alta, possui alta demanda energética, mas sem reserva energética. - Fluxo sanguíneo cerebral- geralmente se mantém constante (50-60ml para cada 100g por min) por alguns mecanismos fisiológicos. Se houver redução desse fluxo -> redução da atividade neuronal -> não há oxigenação do tecido -> cérebro faz metabolismo anaeróbico da glicose (insuficiente) -> neurônio entra em paralisia neurológica -> apoptose dos neurônios/ lesão citotóxica. - Manutenção da continuidade do fluxo sanguíneo: -> Sangue fluido, vasos funcionam como canos levando esse sangue para o cérebro; aplicação das leis da física. A velocidade do fluxo depende: da diferença de pressões ao longo do tubo (Pressão arterial na aorta- Pressão Intracraniana; essa diferença-> fluxo do sangue); -> Pressão de perfusão cerebral (PPC) = Pressão arterial média, dentro da aorta, saindo dos grandes vasos (PAS+2 PAD/3) - pressão intracraniana (cérebro, líquor e conteúdo vascular; estruturas que ocupam o interior do crânio) - Cérebro varia a resistência cerebrovascular; Redução da pressão, aumento do calibre do vaso, e resistência cerebrovascular (?) PPC- em condições normais 50 a 150; se ela subir-> aumento da resistência cerebrovascular e redução do calibre do vaso; Hipo ou hipertensão intensas (em paradas cardíacas, choques muito intensos, traumatismos cranianos graves) ->dilatação ou contração máxima dos vasos- cérebro deixa de ser capaz de controlar a resistência cerebrovascular (reduzir ou aumentar o fluxo sanguíneo cerebral) ->colapso dos vasos-> neurônios em metabolismo anaeróbio->lesões irreversíveis. - Metabólicos que sinalizam para o cérebro a necessidade de mais ou menos fluxo: - Aumento da concentração de CO2, e consequentemente íons H+ (Co2 + H2O = H2C03 = H+ + Hco3-) em uma determinada região do cérebro-> cérebro aumenta o calibre do vaso -> aumenta o fluxo sanguíneo naquela região; VASODILATAÇÃO - Aumento de O2 -> sinaliza que está sobrando -> metabolismo está baixo ->redução do calibre do vaso-> redução do fluxo; VASOCONSTRIÇÃO - Hiperventilação só funciona nos primeiros momentos; é uma medida emergencial, mas se manter por muito tempo não segura a pressão intracraniana, depois os tecidos conseguem tamponar. (?) - O cérebro não possui barorreceptores, mas percebe as alterações pelos sinais químicos; - ANATOMIA: Olhar imagem no atlas; - Irrigação do cérebro: Artérias vertebrais (surgem da subclávia) ascendem no pescoço pelos forames vertebrais e entram no crânio pelo forame magno; - Carótida interna (não dá ramos no pescoço) - penetra no crânio pelo canal carótico, sem ter emitido ramos- faz uma curvatura para frente e depois para trás- sifão carotídeo; essa curvatura fica dentro do seio cavernoso. - Carótida externa: tireóideia superior, lingual, faríngea ascendente, facial, occiptal (irrigação da porção posterior do couro cabeludo), auricular posterior, maxilar interna (irrigação interna da face, origina a meníngea média, que fica entre a dura e o osso); se continua com a artéria temporal superficial, se divide em um ramo frontal e outro parietal (irrigação da parte anterior do couro cabeludo, ambas); - Existem pouquíssimas anastomoses no compartimento intracraniano; - Polígono de Willis: comunicação dessas 4 principais artérias, permite o compartilhamento do fluxo sanguíneo delas; permite que o fluxo se altere em casos de falência funcional de algumas dessas artérias. - Fusão das 2 artérias vertebrais no sulco bulbo-pontínuo -> Artéria basilar; se bifurca em artérias cerebrais posteriores; - Artéria carótida interna, se bifurca na sua porção final em artéria cerebral média (se desloca para lateral em direção à fissura silviana) e anterior (em direção à fissura longitudinal); antes de bifurcar-> emite alguns ramos: artéria comunicante posterior (em direção à cerebral posterior, fazendo a comunicação dessa com a carótida; imediatamente antes da bifurcação), artéria oftálmica (ramo mais precoce), artéria corioidea anterior; - Artérias comunicante anterior: Comunicação dos sistemas vasculares de cada lado; - Artérias menos principais: Artérias perfurantes (penetram o parênquima cerebral e o perfunde); - Artéria vertebral-> ramo-> PICA (Art. Cerebelar posterior inferior) - Porção próxima da art. Basilar-> AICA (tributária da basilar) - Ambas irrigam a porção inferior do cerebelo; - Artéria basilar: antes de bifucar nas cerebrais posteriores, emite a artéria cerebelar superior (em direção à face superior do cerebelo, é única; irrigação da face superior do cerebelo); - Artéria do labirinto: em direção ao meato acústico externo e labirinto; - Artérias perfurantes do tronco, ascendem junto com a basilar; - Artérias vertebrais- ramo sai e circunda o bulbo posteriormente, origina as artérias espinais posteriores, que correm no sulco lateral do bulbo; - Artérias vertebrais- também originam as espinais anteriores; - SOMATOTOPIA: -VASCULARIZAÇÃO DO SNC/ CIRCULAÇÃO VENOSA: - Drenagem venosa- Vênulas se anastomosam ->formam as veias anastomóticas superficiais intermédias (drenam para a veia superficial média ou silviana); Veia de trolar (VAS superior magna, drena para o seio sagital superior); Veia de Labbé (principal anastomica inferior, drena para o seio transverso; Veia Silviana (entra na fissura silviana e drena para o seio cavernoso); esses seios se juntam na confluência dos seios, segue para os seios transveros, sigmoide e jugular; - Veias cerebrais internas- se juntam com 2 basilares-> origina a veia cerebral magna ou de galeno, se junta com o seio sagital inferior, que forma o seio reto; drena a maior parte profunda do cérebro. - BARREIRAS HEMATOENCEFÁLICAS/ DO SNC - Experimento: Aplicação de algumas substâncias no sangue, elas não atuavam no SN. - Os vasos que perfundem o SNC possuem algumas particularidades que impedem que alguma substancias atinjam o tecido nervoso; - Os endotélios dos vasos do SNC possuem junções oclusivas, que impedem que macromoléculas o atravessem; não possuem fenestrações; fazem pouca pinocitose; por esses motivos-> é menos permeável a diversas substâncias. - Implicações clínicas: alguns medicamentos não atravessam essa barreira; - Ela varia em algumas condições. Ex.: Meningite- processo inflamatório- endotélio mais permeável; endotélio do recém-nascido ainda possui fenestrações, por isso a icterícia para esses indivíduos é tóxica para o cérebro; - BARREIRA HEMATOLICÓRICA: entre o sangue nos capilares que formam os plexos coroides e o líquor (epitélio ependimário); é mais fraca, não restringe tanto a penetração de substâncias; existem junções oclusivas no epitélio ependimário; entre o líquor e o tecido nervoso- maior facilidade de penetração; inserção de medicamentos e etc. - Importante no ponto de vista adaptativo; -ÓRGÃOS CIRCUNVENTRICULARES: aréas em torno do III e IV ventrículo; geralmente responsáveis por secreção de hormônios ou recepção de estímulos químicos; maior necessidade de permeabilidade da barreira para que substancias entrem e saiam; nessas regiões não há barreira; regiões secretoras de hormônios: glândula pineal, neurohipófise e eminência medial (região da lâmina terminal- libera hormônios hipotalâmicos responsáveis pela regulação da hipófise); Receptores de estímulos: Órgão subfornical e vascular da lâmina terminal e área postrema;
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