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microbiologia

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→ Existem 3 domínios: 
✓ Bactéria (Eubactéria = potencial patogênico) 
✓ Archaea (bactérias extremas) 
✓ Eukarya (Eucariontes, protozoários, algas, plantas) 
ESTRUTURAS INTERNAS 
→ Ribossomos: síntese proteica, leitura de RNAm 
produzindo proteínas = 70s (índice de sedimentação). 
→ Grânulos: reserva de energia, citoplasma mais 
concentrado, reserva de C. 
→ Nucleotídeo: onde fica o material cromossômico, 
não está envolto por membrana nuclear. Estão 
contidos genes chamados House Keping, capazes de 
manter a casa (estrutura e viabilidade da bactéria). 
→ Plasmídeos: material extracromossômico, nem 
todas possuem. Carreiam informações genéticas 
adicionais (não estão relacionados a vitalidade da 
célula, não essenciais), geralmente são genes de 
resistência antimicrobianos, de virulência, 
antidesinfetantes. 
→ Membrana Plasmática: 
✓ Nela estão incluídos componentes para a 
viabilidade da célula, principalmente a produção 
de energia – é o centro metabólico das bactérias. 
✓ Não possui esteróis, e por isso apresenta menor 
rigidez, favorecendo o modelo de mosaico fluido. 
✓ Envolve o conteúdo células. 
✓ É sítio de diversas atividades enzimáticas 
(produção de energia, síntese de proteína). 
✓ Barreira osmótica (permeabilidade seletiva). 
✓ Transporte. 
✓ Formada por fosfolipídios de caráter anfipático 
(cabeças hidrofílicas e corpo hidrofóbico). Nem 
todo componente vai conseguir passar por difusão 
simples, então uma composição equivalente a essa 
composição vai passar por difusão simples, em 
caso contrário serão necessários facilitadores. 
✓ Transportes transmembranas podem ser ativos ou 
passivos. 
✓ Ejeção de componentes tóxicos resultantes de 
processos metabólicos precisam sair da célula, 
então se gasta mais energia nesse transporte ativo 
(quebra de molécula de ATP). 
 
 
✓ Apesar de ser simples, a célula procariótica 
consegue desempenhar as funções básicas para 
manter a sua estrutura, manutenção e a 
viabilidade. 
Estruturas externas: 
→ Parede Celular: estrutura exclusiva das bactérias 
devido a sua: 
✓ Composição: base formado por peptidoglicano ou 
mureína, formado por 2 polissacarídeos, o NAG (n- 
acetilglicosamina) e o NAM (ácido n-
acetilmurâmico), que são ligadas de forma 
adjacente por ligações do tipo β1,4 (1). 
✓ Partindo de cada molécula de NAM estão cadeias 
de tetrapeptídeos (2), nela estão L-alanina, D-
glutamina, L-lisina (DAP) e D-alanina. Entre essas 
cadeias existem ligações cruzadas (3). 
 
 
✓ Todas essas ligações permitem que a parede seja 
muito rígida e compacta, e a partir dessa parede 
pode-se observar em algumas bactérias a 
membrana externa (rica em lipídeos, proteínas e 
polissacarídeos). 
 
✓ A produção desse componente se dá em 3 níveis: 
existe a participação de estruturas que estão 
presentes no citoplasma da célula bacteriana (que 
precisam ultrapassar o processo na membrana 
citoplasmática, para serem montados na parte 
extracelular). 
✓ Isso é importante porque, antimicrobianos que 
atuem inibindo a síntese da parede celular (seja 
inibindo processos no citoplasma, membrana ou 
na parte externa - montagem) vão inibir a parede 
celular de forma geral, seja atuando inibindo as 
translocações, transglicosilações ou as 
transpeptidações. 
3 
2 
1 
 
✓ O número de camadas dessa parede varia de 
acordo com o tipo de bactéria. As gram + possuem 
25 a 40 camadas de peptidoglicano, e as gram – 
apresentam de 3 a 5 (e associado a elas temos a 
membrana externa rica em lipopolissacarídeos). 
 
• Membrana externa (ME): somente gram – 
 
• Os lipopolissacarideos estão acoplados a ele e são 
formados por uma porção lipídica e outra 
sacarídea (açúcar). 
• Dentre esses componentes o principal é o lipídeo 
A, que tem função endotóxica, e está ligado 
intimamente a ME. Um paciente em processo de 
sepse, por exemplo, apresenta essas bactérias 
gram-negativas, então quando é utilizado um 
antimicrobiano, que lisa as células e em 
consequência são liberadas grandes porções do 
lipídeo A, causando um choque tóxico. 
 
✓ Está presente na maioria das bactérias, com 
exceção dos micoplasmas (é um parasito 
intracelular obrigatória e usa o ambiente para se 
proteger) e de algumas Archaea. 
 
✓ Funções: estrutura rígida que da forma a célula, 
previne contra expansão/rompimento, envolve a 
membrana plasmática, é o ponto de ancoragem 
para flagelos e estruturas antigênicas, é essencial 
para o crescimento e divisão da célula (toda vez 
que ela se divide um processo de formação da 
parede celular acontece). 
 
✓ Ela se multiplica por divisão, ocorre aumento da 
parede, duplicação do material genético e divisão 
dessa estrutura, não ocorre variabilidade genética, 
produz uma célula filha idêntica. 
 
✓ Em 1884, Christian Gram criou o método de 
coloração de bactérias, que evidenciam 
características morfotintoriais, se ela é gram + vai 
ter uma cor diferente das gram – . 
 
✓ É selecionada uma colônia de bactéria crescida em 
um meio, é fixada em uma lâmina e começa o 
processo de coloração: 
 
1 – Cristal violeta é aplicado e tudo fica corado em roxo, 
cora a parede celular, penetra entre as ligações e fica 
aderido. Ainda não diferenciou em gram + e gram – . 
2 – Lugol, solução mordente que possui iodo, quando 
na parede celular ele se complexa com o cristal 
violente, expande esse corante e o retem no interior da 
parede celular. 
3 – Álcool, quando é acrescentado danifica as 
membranas externas (são eliminadas). Então as 
estruturas das células (gram + ou – ) estão expostas, 
porém as gram + por possuírem muitas camadas ainda 
ficam com o complexo cristal violeta e lugol retido. 
Etapa de diferenciação, pois consegue-se diferenciar o 
tipo celular, já que as gram – perdem a coloração roxa, 
e as gram + não. 
4 – Fucsina é um corante avermelhando, então quando 
aplicado as células que ficaram sem cor agora possuem 
tom vermelho. 
✓ Ao final do processo as bactérias em roxo são 
classificadas em gram + e as em vermelho são as 
gram – . 
 
✓ Estruturas da célula gram +: membrana 
citoplasmática e cadeia de peptidoglicano espessa 
de até 40 camadas. Forma mais esférica. 
 
✓ Estruturas da gram – : células alongadas, 
membrana citoplasmática, peptidoglicano delgado 
e externamente a ele membrana externa rica em 
lipopolissacarideos. 
 
MORFOLOGIA 
Podem ser de diferentes formas e isso contribui para o 
diagnóstico. 
→ Esféricas: cocos, podem se apresentar em arranjos 
específicos relacionadas ao plano de divisão: 
✓ Duplas (diplococos); cadeia em forma de cordão 
(como os estreptococos), e cacho (como 
estafilococos). 
→ Cilíndricas ou bastão: bacilos, tem forma alongada 
e se dividem ao longo do seu eixo curto. 
✓ Podem ter a forma de diplobacilos, paliçadas 
(como uma cerca), e de cordões (estreptobacilos), 
também podem apresentar-se como cocobacilos 
(nem tão esférico tem tão alongado), e os víbrios 
que tem forma de virgula. 
→ Espiraladas: forma helicoidal, apresentando uma ou 
mais curvaturas. Existem os espirilos (morfologia de 
espiral incompleta e rígida – gênero spirillum) ou 
espiroquetas (como o gênero Borrelia e leptospira, que 
tem forma espiral flexível). 
APÊNDICES 
Algumas células possuem, nem todas tem: 
→ Flagelos: são filamentos longos e finos, helicoidais, 
cuja função é a locomoção. A proteína que configura 
essa estrutura é a flagelina, e a posição e número de 
flagelos é utilizado para a classificação taxonômica. 
✓ As que não possuem são chamadas de atríquas; 
 
✓ Constituição: corpo basal (motor) (1), gancho (2) e 
filamento helicoidal (3). 
 
✓ O centro metabólico (onde é produzida a energia) 
da célula bacteriana está na membrana 
citoplasmática, então esse motor tem que estar 
ancorado no ambiente que vai disponibilizar 
energia para ele. Então existem diferenças na 
ancoragem de bactérias gram – e gram +, baseados 
na diferençaestruturam que elas apresentam (n° 
de camadas de peptidoglicano). 
 
→ Nas gram – é preciso atravessa outra estrutura, que 
é a membrana externa, então o flagelo apresenta mais 
anéis ao longo do seu eixo, já a gram + existe apenas 
um anel duplo presente no motor (corpo basal). 
 
 
 
→ O gancho é uma estrutura que liga o motor com o 
filamento, que vai sofrer de fato o movimento. 
→ O movimento flagelar é rotacional, ou seja, o 
filamento é rígido e não sofre dobras (ele sofre o 
movimento causado pelo gancho e pelo motor). 
→ As bactérias que possuem flagelos podem ser 
classificadas como: 
✓ Peritríqueas: possuem flagelos ao longo de toda a 
superfície celular; 
 
✓ Polar: flagelos em um ou ambos os polos da célula; 
ainda se subdivide em: 
- Monotríqueo: 1 filamento em uma extremidade; 
- Lofotríqueo: vários filamentos em 1 extremidade; 
- Anfitríqueo: tem um ligamento ligado em cada 
extremidade da célula bacteriana; 
→ Movimento flagelar: 
É um movimento que envolve gasto de energia, os 
movimentos direcionados (taxia) são coordenados por 
gradientes, podendo ser químicos (quimiotaxia), luz 
(fototaxia), e outros são tóxicos o que faz as bactérias 
se afastarem. 
A partir do momento que ela percebe as características 
do ambiente ela direciona seu movimento. 
✓ Tipo polar pode ser reversível (rotação do flagelo 
no sentido anti-horário o que permite que ele vá 
para frente, e quando ela precisa mudar altera o 
eixo para sentido horário e vai para trás), e pode 
ser unidirecional (apenas sentido horário, vai para 
frente, se reorienta, e continua no mesmo 
sentido). 
 
2 
1 
3 
✓ Tipo peritriquea: o movimento precisa ser 
coordenado, todos os flagelos precisam rotacionar 
em um único sentido, então primeiramente devem 
fazer uma rotação no sentido anti-horário para 
frente, para e redirecionam para um sentido 
horário começa a frear o movimento, se reorienta 
e volta para a rotação anti-horária. 
 
→ Filamentos axiais: movimentos são mais restritos, 
feixes de fibrilas que se originam nas extremidades das 
células, recobre parcialmente a superfície. 
✓ Espiroquetas (treponema pallidum e Borrelia 
burgdorferi) utilizam esses filamentos para se 
movimentar em torno do seu próprio eixo. 
→ Fímbrias: estruturas filamentosas, diferentes dos 
flagelos, pois não são helicoidais. São menores, mais 
retas e finas e existem em maior número. Formada 
pela proteína fimbrilina e funcionam como adesinas 
(adesão a superfícies). 
→ Pili: outro tipo de fimbria, previne que as células 
sejam retiradas do local pelo muco ou fluidos 
corporais, favorece a permanência do agente. São 
antigenicamente distintas. 
✓ Pili sexual: importante para transferência de 
material genética, está envolvido na viabilidade 
genética (conjugação), então essas bactérias fazem 
uma ponte que permite a passagem dos 
plasmídeos que albergam informações de 
resistência e virulência. 
 
→ Cápsula: tem função de proteção e adesão, permite 
ligação com as células do hospedeiro, dificulta a 
fagocitose (uma vez que a célula invade o organismo a 
primeira defesa é a fagocitose, então os componentes 
da cápsula camuflam a bactéria, para que o sistema 
imunológico não a reconheçam), é fonte de nutrição 
(rica em muco e polissacarídeos). Está ao redor da 
bactéria, apresenta aspecto mucoide, importante para 
favorecer o diagnóstico. 
→ Glicocálice: estrutura desorganizada e fracamente 
aderida à parede celular. Possui função de virulência, 
adesão e fonte de nutrientes. 
→ Esporos: são estruturas de resistência, algumas 
bactérias têm a capacidade de reproduzi-los (bacillus e 
clostridium). Possuem informação genética que 
permitem a eles quando em ambiente desfavorável a 
criação de esporos, formas latentes. 
✓ Condições desfavoráveis: dessecamento, calor, 
falta de nutrientes. Ficam amplamente 
disseminados no ambiente, são formas de repouso 
metabolicamente inativas (reduzem o seu 
metabolismo), até que o ambiente fique favorável. 
 
✓ Nas condições adequadas elas se tornam ativas. A 
forma e localização na célula é variada. Podem ser 
terminais, subterminais ou centrais. 
 
✓ O processo de formação dos esporos envolve 
diferentes etapas, que duram cerca de 8 horas. São 
utilizados cerca de 200 genes para que isso 
aconteça. 
1- Duplica seu material genético em uma porção e 
começa o processo de diferenciação para esporo. 
2- A membrana plasmática começa a circundar o 
DNA. 
3 – O septo do esporo circunda a porção isolada 
do pré-esporo em formação. 
4– No interior dessa dupla membrana é formada 
uma camada de peptidoglicano. 
5– A capsula do esporo se forma, começa a perder 
água e concentração de substâncias que vão dar 
resistência (dipicolinato de cálcio). 
6– O endósporo é liberado da célula, o interior 
possui de 10 a 30% de água quando comparado a 
célula original. O núcleo é muito viscoso, e 
envoltório muito rígido pelo dipicolinato de Ca++. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Os microrganismos necessitam de 3 fatores para o 
seu crescimento : 
NUTRIENTES 
→ São constituintes necessários ao crescimento e 
metabolismo microbiano.: 
1 – Macronutrientes: manutenção e viabilidade da 
célula bacteriana e são requeridos em grandes 
quantidades, como o carbono, oxigênio, nitrogênio e 
hidrogênio. 
2 – Micronutrientes: relacionados as atividades 
enzimáticas. Ex.: manganês, cobalto, zinco, cobre, 
molibdênico, cromo, níquel, tungstênio e vanádio. 
3 – Fatores de Crescimento: substâncias necessárias 
para os microrganismos que não são sintetizados a 
partir de seus nutrientes, por isso são essenciais – para 
o crescimento das bactérias. 
 
→ Esses 3 componentes são importantes para a 
nutrição dos microrganismos, não adianta ter apenas 
um. 
→ Os organismos que precisamos saber são os 
heterotróficos do tipo quimioheterotróficos (utilizam 
moléculas orgânicas como nutrientes básicos para 
viabilidade e manutenção celular), dentro desse grupo 
estão a maioria das bactérias de importância 
patogênica, fungos e animais. 
→ Utilização dos nutrientes: a exigência nutricional é 
inversamente proporcional a capacidade sintetizante 
(de produzir), ou seja, uma bactéria com capacidade de 
sintetizar vários componentes vai ter uma menor 
exigência por nutrientes. 
 
✓ Os microrganismos mais especializados precisam 
de componentes específicos, sendo sua 
capacidade de síntese menor (então vai ter maior 
exigência nutricional). 
 
✓ Os microrganismos que utilizam diversas fontes 
possuem maior capacidade sintetizante e menor 
exigência nutricional. 
CONDIÇÕES AMBIENTAIS FAVORÁVEIS 
→ Existem parâmetros fisiológicos: 
A – Exigência atmosférica: levando em consideração o 
fator químico oxigênio, baseado nas características que 
as bactérias apresentam de crescer na presença ou 
ausência do mesmo são classificadas em: 
✓ Aeróbios estritos: microrganismos só crescem na 
superfície com alta [O2]. 
✓ Anaeróbio estrito: só crescem na ausência de [O2]. 
✓ Anaeróbio facultativo: cresce bem na presença de 
[O2], e cresce também em menores 
concentrações. Ele é um aeróbio (pois cresce de 
forma mais abundante na presença de O2), que 
faculta no ambiente de anaeróbios. 
✓ Micro aerófilo: os microrganismos crescem no 
ambiente de baixo [O2], mas não ausente de O2. 
✓ Anaeróbio aerotolerantes: a capacidade de 
crescer na alta e baixa [O2], a presença de O2 não 
faz diferença, porque não utiliza. 
Obs.: o tétano é anaeróbio estrito, mas a maioria dos 
microrganismos patogênicos é anaeróbio facultativo. 
B) Temperatura: os microrganismos possuem 
estruturas específicas para estarem em determinados 
ambientes, o que determina isso é a informação 
genética (o material genético). Eles podem ser: 
✓ Psicrófilo: toleram baixas temperaturas e possuem 
mecanismos que protegem a membrana 
plasmática de congelar. 
✓ Mesófilos:são de temperaturas médias, mais 
comuns de atuar em processos infecciosos nos 
humanos. 
✓ Hipertermófilos: toleram ambientes extremos. 
 
C) pH: a maioria dos microrganismos crescem melhor 
em pH 7, isso se trata do ambiente em que as bactérias 
estão inseridas, pois elas possuem sempre pH neutro. 
 
 
D) Pressão osmótica: capacidade da célula bacteriana 
tolerar ambientes com elevadas concentrações de 
NaCl ou açucares (ambientes hipertônicos). Uma 
bactéria colocada nesse ambiente iria murchar e 
perder água, mas elas possuem componentes 
específicos no citoplasma que permitem segurar a água 
no interior das células – assim a água não se perde para 
o meio hipertônico. 
E) Atividade hídrica (Aw): disponibilidade de água no 
ambiente da célula bacteriana → a água livre favorece 
o transporte de moléculas. 
Em resumo: quando se vai reproduzir em laboratório o 
ambiente para os microrganismos se desenvolverem é 
preciso oferecer nutrientes, pH, pressão osmótica e 
temperatura. A exigência atmosférica pode variar, de 
modo geral, as amostras clínicas em laboratórios são 
submetidas a 2 ambientes, um com presença de O2, e 
outro com ausência, para verificar em qual deles a 
bactéria melhor se adapta e se desenvolve. 
 
VIAS PARA OBTENÇÃO DE METABOLISMO 
→ Metabolismo: é um conjunto de reações 
envolvendo quebra e síntese de energia, através dos 
processos de catabolismo (quebra – forma energia) e 
anabolismo (síntese – consome energia). 
→ Os nutrientes são captados pelas bactérias que, em 
seus interiores, irão realizar o catabolismo. 
→ Esse processo gera energia de 2 formas: calor e ATP, 
sendo quebradas e originando precursores 
moleculares (estruturas menores que serão utilizadas 
na formação de outras estruturas pela via anabólica). 
→ Então são formadas novas macromoléculas, 
relacionadas à estocagem de energia (carboidrato, 
lipídeos), processos celulares (crescimento celular, 
divisão celular) e estruturas celular (membranas, 
ribossomos). 
 
→ Potencial enzimático: determina a expressão 
proteica e o perfil enzimático das bactérias, sendo o 
meio determinante apenas da disponibilidade de 
nutrientes, mas não pelo uso deles, pois elas só 
utilizam aqueles nutrientes que estão relacionados 
com sua expressão proteica e perfil enzimático. 
→ Expressão proteica: a informação genética das 
bactérias que se expressa a partir da produção de 
enzimas e proteínas. 
→ Perfil enzimático: de acordo com o meio, havendo 
informações genéticas especificas que sintetizam 
proteínas direcionadas, é diretamente determinado 
pelo potencial genético. 
→ Papel do meio ambiente: determina a 
disponibilidade de nutrientes, mas não determina o 
que será́ usado pela bactéria. 
→ Conceitos: 
✓ Reações de oxidação = perda de elétrons 
✓ Reações de redução = ganho de elétrons 
✓ Papel da coenzima NAD (Nicotinamida Adenina 
Dinucleotídeo) – NAD+ (oxidado), e NADH + H+ 
(reduzido) 
✓ Compostos de Alta-Energia 
→ O NAD é importante nos processos enzimáticos 
como coenzima, auxiliando na sua forma oxidada e 
reduzida, é sempre reciclado. 
→ Compostos de Alta-Energia: 
✓ ATP 
✓ Acetil fosfato 
✓ Acetil co-A 
✓ Fosfoenol piruvato 
→ Glicólise: 1° etapa da respiração; de catabolismo, 
ela é quebrada em diferentes componentes ao longo 
da via produzindo energia e outros componentes. O 
saldo energético final é de 2 moléculas de ATP. 
✓ Uma molécula de ATP é gasta para inserir um 
grupamento fosfato no carbono 6 dessa glicose. 
Então é convertida a frutose 6 fosfato. 
✓ O ATP é gasto novamente para inserir um 
grupamento fosfato no carbono 1 e criar a frutose 
1,6 difosfato. 
✓ A partir da quebra dessa molécula é formado o 
ácido gliceraldeído 3 fosfato (PGAL). Ela é formada 
de 2 formas: quando a frutose 1,6-difosfato é 
quebrada gera 2 moléculas de gliceraldeído 3- 
fosfato (então tudo na glicólise é multiplicado por 
2 a partir dessa etapa). 
✓ Na presença do PGAL o NAD+ e um Pi vai entrar 
oxidado e vai sair reduzido (NADH). 
(Glicose é a 1° etapa tanto no processo de fermentação 
quanto no de respiração). 
→ Fermentação: a partir do ácido pirúvico produzido 
pela glicose, que observa se a bactéria vai fazer a 
fermentação ácido láctica ou a fermentação alcoólica. 
✓ Quando o ácido pirúvico é reduzido pelo NAD 
reduzido gera então ácido láctico, ele sofre a 
fermentação ácida láctica. 
 
✓ Mas se esse ácido pirúvico sofre um processo de 
descarboxilação (perde uma molécula de CO2), ele 
vai virar acetaldeído, que é reduzido pelo NADH 
reduzido, entra reduzido e sai oxidado(NAD+), 
formando o etanol = fermentação alcoólica. 
→ Esse é um modelo simplificado (homo 
fermentativo), quando a bactéria usa apenas uma via, 
produzindo apenas 1 componente. Mas nas bactérias 
patogênicas é a via hetero fermentativa, vários 
componentes são produzidos ao mesmo tempo. 
✓ A glicose depois de 12 horas vai a acido pirúvico, 
que vai utilizar a via fermentativa do butilenoglicol 
ela vai ter a como produção de componentes o 
ácido láctico, acetoína e ácido fórmico. Se ela 
utiliza a fermentação ácido misto (produz ácido 
láctico, acético, fórmico, succínico). 
✓ Isso é importante porque em uma prova de 
laboratório é possível observar qual via uma 
bactéria utiliza na Prova do VP/VM: 
→ Prova de Voges-Porskauer: em um meio líquido 
disponibiliza glicose, a 1° etapa da fermentação é a via 
glicolítica, então a glicose entra nessa via gerando 
ácido pirúvico, se ela utiliza a via do butilenoglicol 
produz acetoína + 2 CO2, acrescenta-se determinados 
reativos como KOH e o alfa-naftol que formam um 
complexo, e se a cor do produto foi rosa avermelhada, 
considera então a produção da acetoína e via 
fermentativa do butilenoglicol. 
→ Prova do Vermelho de Metila: disponibiliza meio 
com glicose, e a via glicolítica, convertida em ácido 
pirúvico, se a fermentação utilizada foi a ácida mista vai 
produzir diferentes ácidos, e a concentração deles 
(acético, fórmico e lático) baixa muito o pH, e na 
presença do vermelho de metila, que é o indicador de 
pH dessa prova, fica vermelho quando o pH está 
abaixo de 4,4. 
 
→ Exemplo: escherichia coli em um meio de ágar 
eosina azul de metileno, com lactose e sacarose, é uma 
bactéria que fermenta a glicose pela via dos ácidos 
mistos, e por isso fica com um brilho verde metálico na 
placa. Ela cresce assim porque produz altos índices de 
ácido, o pH abaixo muito, isso causa precipitação e 
formação de colônias esverdeadas. 
→ O metabolismo é aplicado no laboratório para 
entender qual é o microrganismo em questão. 
→ A fermentação é um processo vantajoso para a 
bactéria, pois é bem rápido que a respiração, ocorre 
tanto na presencia e na ausência de O2, via de mão 
dupla. 
→ As bactérias não possuem mitocôndria, então a 
membrana citoplasmática (MC) vai ser um sítio de 
produção de energia. 
→ Produção de energia é coordenada por: 
✓ NADH DESIDROGENASE: relacionada com a 
capacidade de expulsar H+ do NADH reduzido. 
✓ Quinonas, complexo citocromo e citocromo 
oxidase: relacionados a cadeia de transporte de 
elétrons. 
✓ ATP sintase: proteína responsável pela molécula 
de energia ATP. 
→ Fora da MC está a parede celular, o espaço entre 
eles é o periplasma da bactéria, tudo que vai ser 
lançado ou que retorna para a célula no processo de 
respiração está sendo depositado nesse espaço. 
→ Ciclo de Krebs: ácido piruvato resultante da glicólise 
é convertido em Acetil-CoA, que vai para a 2° etapa da 
respiração (ciclo de Krebs). 
✓ Essa ativação do Acetil-Coa que dá início ao ciclo do 
ácido cítrico. 
✓ Na transposição de cada componente tem a 
participação da coenzima NAD+, seja na forma 
oxidada ou na forma reduzida. 
✓ Outra coenzima importante é o FAD, tem a mesma 
relação com o NAD+. 
✓ No início desse ciclo diferentes moléculas são 
produzidas, elas que vão atuar na 3° etapa. 
→ Cadeiade fosforilação Oxidativa: é a 3° etapa da 
respiração, compõe 2 estruturas: 
✓ O NADH reduzido que veio do ciclo de Krebs 
quando chega na membrana citoplasmática ele 
ejeta o próton hidrogênio, e carreia esse elétron 
que estava nele na cadeia de transportadora de 
elétrons. 
✓ Então essas estruturas que estão reduzidas ejetam 
seu H+ para fora da célula contra um gradiente 
eletroquímico, e jogam esses elétrons para a 
cadeia de transporte de elétrons. 
 
✓ Força motriz de prótons: proteínas que ejetam o 
H+ para fora da célula bacteriana. FAD e NAD+ 
então liberam os elétrons que vão ficar sendo 
transportados pela cadeia de transporte de 
elétrons. 
 
✓ Quando a bactéria utiliza O2 no final da cadeia de 
transporte, ou seja, utiliza como aceptor final do 
elétron, considera-se a bactéria como aeróbia. 
 
✓ Tudo acontece de forma simultânea, então o ciclo 
de Krebs está gerando os componentes, que 
liberam elétrons para a cadeia transportadora e 
ejetam H+, e o O2 vai entrando. 
 
✓ Conforme essa reação vai acontecendo o O2- vai 
recebendo elétron e formando o ânion 
superóxido, que possui elevado potencial de 
oxidação, acaba sendo tóxico para a célula. A 
bactéria precisa neutralizar esse risco, então o H+ 
protonado precisa voltar para a célula a favor do 
gradiente eletroquímico, pela ATP sintase, e 
produz energia nesse processo. 
 
✓ No primeiro momento o H+ é ejetado para evitar 
que o pH fique ácido e a medida que o superóxido 
é formado, a necessidade de neutralização faz com 
que o H+ volte ligando ADP com fosfato e 
produzindo energia. 
 
✓ Então ao passar pela ATP sintase, o H+ se liga ao O2 
formando o peróxido de hidrogênio (H2O2), e a 
enzima que faz isso é superóxido dismutase. Essa é 
a 1° etapa de neutralização. 
 
✓ A 2° etapa é determinada pela enzima catalase, 
que quebra o H2O2, formando H2O e O2 . 
 
→ Então se a bactéria possui as enzimas catalase e 
superóxido dismutase, o O2 não é toxico, porque 
quando ele é formado na forma tóxica, ela apresenta 
perfil enzimático que garante eliminar e neutralizar 
essa toxicidade. Essas bactérias são aeróbias, ou seja, 
consegue crescer na presença de O2. 
→ As bactérias que não possui essas enzimas não vai 
crescer na presença de O2, já que é tóxico. Então ela é 
anaeróbia. 
→ Se a bactéria possui apenas a superóxido dismutase 
ela vai ser capaz de viver em ambiente com O2, de 
forma lenta o H2O2 vai ser quebrado em H2O e O2, 
então é microaerófila, não cresce em alta 
concentração e nem na ausência de O2, mas na 
pequena concentração. 
→ O perfil enzimático está relacionado diretamente a 
exigência atmosférica que as bactérias vão apresentar. 
→ Prova da catalase: coloca uma gota de água 
oxigenada em uma amostra bacteriana, se formar 
bolhas, aquele H2O2 foi quebrado em água e O2 livre – 
bactéria catalase positiva. Se não há liberação de 
bolhas, o H2O2 não foi quebrado, então a bactéria não 
possui a enzima catalase. 
→ As bactérias anaeróbias, vão ter como aceptor final 
de elétrons o nitrato (NO3-). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ “Toda a informação necessária a vida está 
armazenada no material genético de um indivíduo”. 
→ Essa informação pode ser usada de 2 formas pela 
bactéria: 
1 – Entre as gerações de células filhas, sem 
variabilidade genética: o material sofre uma 
replicação, para ser transferido em uma célula filha. 
2 – No interior de uma célula no controle da expressão 
genética: ocorre transcrição (DNA é transcrito em 
RNAm pela ação da RNA polimerase) e tradução (esse 
RNAm é traduzido em uma proteína). 
→ A molécula de DNA é de filamento duplo de poli 
nucleotídeos ligados entre si, as bases nitrogenadas se 
ligam através de pontes de hidrogênio, além de um 
grupo fosfato e desoxirribose como açúcar. 
✓ Purinas: adenina (A) e guanina (G). 
✓ Pirimidina: timina (T) e citosina (C). 
 
→ RNA: filamento único, possui ribose como açúcar e 
os nucleotídeos são adenina, citosina, guanina e 
uracila. É formado por um grupo fosfato, ribose e base 
nitrogenada (nucleotídeos). 
✓ RNA mensageiro: é responsável por codificar as 
proteínas. Tem seus códons (sequência de três 
bases nitrogenadas que codifica um aminoácido) 
lidos no momento da tradução (pelo ribossomo). 
 
✓ RNA transportador: faz o transporte de um 
aminoácido específico para a síntese de proteína. 
 
✓ RNA ribossômico: constitui o ribossomo, que faz a 
leitura do RNAm no processo de tradução. É nele 
que acontece o reconhecimento dos códons e são 
lidas pelo ribossomo. Quem traz a informação 
correspondente (anticódon) a esse códon é o 
RNAt. Assim que são formados, acumulam-se 
 
formando regiões conhecidas como nucléolos, 
onde combinam-se com proteínas e originam 
ribossomos. 
 
→ O Armazenamento da informação genética 
bacteriana é feita na forma de cromossoma (genes 
necessários para a manutenção da vida) e extra 
cromossoma (plasmídeos, informações adicionais). 
Cromossoma: 
✓ DNA circular (super enovelado e espiralado, se não 
estiver assim ele vai ser maior que a própria célula, 
por isso a compactação é importante, a fita gira em 
seu próprio eixo, até que parece ser linear, outro 
fator nessa estabilização são as proteínas básicas 
que pegam o filamento e vão ligando-os de forma 
a unir cada vez mais a molécula – compacta ainda 
mais). 
✓ O DNA fica no nucleóide, uma região semelhante a 
um núcleo. 
✓ A replicação é do tipo semiconservativa, uma 
molécula é usada como molde na geração de 
outras moléculas, o tamanho desse cromossoma é 
muito variável. O mycoplasma spp é de 580 mil 
pares de base, gerando 475 genes potenciais (tem 
maior dependência da célula do hospedeiro), já o 
E. coli possui 4 milhões e 639 mil pares, codificando 
4288 genes potenciais (ou seja, tem muito mais 
informação, perfil enzimático diverso, maior 
caráter sintetizante etc.). 
 
✓ Organização em operons: o gene é transcrito em 
RNAm e posteriormente é traduzido, porém a 
bactéria tem um mecanismo de otimizar essa 
expressão, é uma estrutura genética onde vários 
genes são transcritos e traduzidos ao mesmo 
tempo, e o produto está interligado. 
Plasmídeos: 
 
✓ DNA fita dupla circular. 
✓ Replicação independente: é auto replicável. 
✓ Não é essencial para sobrevivência da célula sob 
condições não restritivas. Carreia informações 
distintas, como resistência a mercúrio, e a outras 
classes de antibióticos. 
→ Expressão gênica está relacionada ao dogma central 
da biologia molecular, onde um DNA é transcrito em 
uma molécula de RNAm, cada códon de bases faz 
referência a um aminoácido que vão sendo lidos e 
formados, gerando polipeptídios (proteínas no final do 
processo), até que um códon stop pare a leitura. 
→ Gene: é um segmento de DNA que contém a 
informação necessária para codificar uma proteína. 
→ Operon: é uma organização estrutural típica de 
genomas procarióticos, na qual duas ou mais 
sequencias codificadoras de produtos gênicos estão 
sob o controle transcricional de um mesmo conjunto 
de sequencias reguladoras. Em um operon, as 
sequencias codificadoras são transcritas em um único 
RNAm, chamado RNA mensageiro policistrônico. 
→ Promotor: está dentro do operon, que é uma 
sequência específica de DNA que vai ser reconhecida 
pela RNA polimerase (enzima que transcreve a 
molécula de DNA para RNAm). 
→ Operador: sequência específica de DNA reconhecida 
pelas proteínas repressoras. 
→ Região codificadora: é uma porção do gene que 
inclui sequencias que serão transcritas e traduzidas em 
proteínas. 
→ Terminador: sequência de DNA que marca o final da 
transcrição do gene ou do operon. 
 
→ O material genético é altamente regulado, então a 
regulação genética é realizada pelos: 
✓ Genes constitutivos: são aquelas sequências de 
DNA que devem ser constantemente ativadas e 
expressas, vão ser produzidas enzima e proteínas 
que são diretamenterelacionadas ao metabolismo 
e a viabilidade da célula bacteriana. 
 
✓ Genes regulados: em determinados momentos 
estão desativados, e em outros são ativados, de 
acordo com as condições do ambiente. 
→ A bactéria possui genes constitutivos que estão 
sempre ativados pois são fundamentais para vitalidade 
da célula, e os genes que são regulados, que são 
ativados e desativados na medida da necessidade. 
Sistema de repressão: 
→ A bactéria gasta energia (anabolismo) para 
sintetizar determinada substância, mas se ela passa a 
encontrá-la no ambiente reprime essa produção. 
 
→ Operon triptofano (trp): trp é um aminoácido 
essencial para o metabolismo da célula bacteriana, 
então precisa produzir para não morrer. 
→ O gene repressor sendo transcrito produz uma 
proteína repressora que no momento está desativada, 
já que só tem função ligada a região operadora – 
porque esse bloqueio físico não permite que a RNA 
polimerase percorrer o DNA e transcrever os demais 
genes relacionados. 
→ Na ausência do trp a proteína repressora não vai 
estar ligada a região operadora, de forma que os 5 
genes são transcritos formando o RNA mensageiro 
policistrônico e posteriormente traduzidos formando 
as 5 proteínas necessárias para a síntese do trp. 
→ A bactéria vai poupar energia sempre que possível, 
então quando ela reconhece a presença desse 
aminoácido no meio, vai ocorrer uma mudança 
conformacional do operon. 
Ex.: a bactéria está 
produzindo arginina, 
e em um momento 
encontra arginina no 
meio; então para de 
gastar energia atoa – 
paralisa o anabolismo 
→ O trp então vai ser uma molécula chamada Co 
repressora, vai se ligar a proteína repressora, e assim 
essa proteína vai ter afinidade ela região operadora do 
operon. Então faz o bloqueio físico, a RNA polimerase 
até reconhece a região promotora, mas não consegue 
transcrever os genes relacionados a síntese do trp. 
Ausência do trp: 
 
Presença de trp: 
 
 
SISTEMA DE INDUÇÃO 
→ Operon estava desativado, na presença do estímulo 
ele é ativado e inicia o processo de transcrição e 
tradução. 
 
✓ Operon Lactose: o gene inibidor produz uma 
proteína repressora, que se liga na região 
operadora do operon, impedindo que a RNA 
polimerase atue sobre esse DNA, e forme o RNA 
mensageiro. 
✓ Quando na presença da lactose, ela vai se ligar a 
proteína repressora, de forma que ela não tenha 
mais afinidade pela região operadora, assim a 
transcrição acontece, porque a RNA polimerase vai 
reconhecer a região codificadora. 
Ausência de lactose: 
 
Presença de lactose: 
 
 
MECANISMOS DE VARIABILIDADE GENÉTICA 
 
→ Alterações genotípicas são importantes para gerar 
variabilidade e contribuir, assim, para o processo de 
evolução dos microrganismos. 
→ Evolução requer variabilidade: face a uma mudança 
brusca no meio ambiente, as bactérias e outros 
microrganismos possuem um conjunto de mecanismos 
geradores de alterações genéticas que conduzem a 
variantes, fornecendo-lhes assim a possibilidade de 
contornar situações que ponham em risco a sua 
sobrevivência. Quanto maior a troca maior a adaptação 
dos microrganismos a condições adversas. 
→ Transformação: processo pelo qual um DNA livre 
(exógeno) no ambiente é incorporado em uma célula 
receptora, os requerimentos básicos são: 
✓ Bactéria tem que ser transformável, ou seja, ter a 
capacidade de pegar esse DNA extra e a 
competência de incorporá-lo no seu cromossoma 
bacteriano. 
 
✓ Então a célula receptora capta os fragmentos de 
DNA com determinada informação, e depois insere 
o mesmo dentro de seu cromossoma, para que 
haja recombinação. Nem todas as informações vão 
conseguir ser reconhecidas (não vai ser inserida), e 
podem ser degradada por uma DNAse. 
 
→ Transdução: transferência de DNA de uma célula 
para outra por meio da ação de um vírus (fago ou 
bacteriófago), que tem a capacidade de infectar 
bactérias. 
Ex.: a adição de 
lactose ao meio vai 
induz especificamente 
a síntese da enzima β-
galactosidade (uma 
das enzimas que 
fazem a quebra da 
lactose). 
✓ Esse vírus dentro do ciclo lítico se liga a superfície 
da bactéria e introduz seu material genético, e 
dessa forma altera todo o maquinário da célula 
bacteriana, de forma que todo o cromossoma 
bacteriano trabalhe em função do vírus, 
produzindo partículas virais. 
 
✓ No processo de empacotamento dessas partículas 
pode gerar no final um fago normal com estruturas 
virais e DNA viral, e um fago (partícula transdutora) 
que tem a cara e estrutura de um fago, mas carreia 
um DNA genético de bactéria. 
 
✓ É essa partícula que vai permitir a combinação e a 
variabilidade genética quando esse fago for 
infectar novamente outras bactérias – não vai 
afetar o maquinário, vai se ligar ao cromossoma 
bacteriana havendo recombinação desse material. 
→ Conjugação: é o mais recorrente; processo de 
transferência de DNA que requer o contato entre as 
duas células, envolve uma célula doadora que possui o 
plasmídeo conjugativo (fator de fertilidade – F+) e uma 
célula receptora. 
✓ Em E. coli a célula doadora é denominada F+ e a 
célula receptora F-. 
✓ Então uma célula doadora com um plasmídeo 
conjugativo (F+), autorregulado (replicon), a 
tradução desse plasmídeo gera a codificação de 
uma estrutura chamada pilus sexual (formada pela 
proteína pilina). 
✓ Essa estrutura liga a célula receptora (F-) com a 
doadora (F+), se retrai aproximando as duas, e 
após ocorre a fusão das membranas e começa o 
processo de transferência desse plasmídeo. 
✓ A bactéria F+ disponibiliza uma fita do seu 
plasmídeo e já começa o processo de formação da 
nova fita. 
✓ No final da transferência dessa fita para a F-, temos 
2 bactérias com a capacidade de conjugar. 
→ Teste genotípico: direto no genoma procurar uma 
determinada informação. 
→ Teste fenotípico: produto da expressão desses 
genes (capacidade que a bactéria tem de demonstrar 
os componentes que ela possui). São essas provas que 
permitem identificação dentro do laboratório, como a 
coloração de gram. 
→ Muitas bactérias não são cultiváveis, então o 
diagnóstico molecular é melhor. Procura-se os genes 
de interesse direto no DNA da bactéria. 
→ A resistência antimicrobiana: o processo de 
conjugação passa o plasmídeo dando a capacidade de 
uma célula receptora ser doadora, também 
compartilha plasmídeos com informações de 
resistência a diferentes classes de antimicrobiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ O processo de produção de substâncias que inibem 
ou matam microrganismos vem de um processo 
natural chamado antibiose, é a capacidade de que 
alguns microrganismos na natureza tinham de produzir 
componentes e que a partir disso esse ser podia 
destruir outro, e assegurando sua sobrevivência 
naquele ambiente – elimina a competição. 
→ O melhor termo que caracteriza todos os tipos de 
fármacos (naturais, sintéticos e semissintéticos) é o 
“antimicrobiano”. Os efeitos causados no crescimento 
podem ser: 
Bacteriostático: antimicrobianos que inibem a 
multiplicação das bactérias, para que o sistema imune 
possa contrapor aquele processo infeccioso 
(cloranfenicol, eritromicina, clindamicina, sulfas, 
trimetropina e tetraciclina). 
Bactericidas: levam as bactérias a morte 
(aminoglicosídeos, beta lactâmicos, vancomicina, 
quinolonas, rifampicina e metronidazóis). 
Bacteriolíticos: que levam a morte por lise. 
→ Concentração inibitória mínima (CIM): a atividade 
antibacteriana desses fármacos é medida pela CIM, 
que é a concentração mínima daquele antimicrobiano 
capaz de inibir o crescimento das bactérias. 
A) Bacteriostático: quando na presença da CIM 
daquele componente, a população bacteriana vai se 
manter constante, a contagem decélulas totais e 
viáveis vai se manter igual. Quando esse fármaco é 
removido as bactérias voltam se multiplicar. 
 
B) Bactericida: quando na CIM a contagem de células 
viáveis vai diminuir, porém a contagem de células 
totais permanece a mesma. Elas morreram, mas se 
mantêm integras (não leva morte por lise). 
C) Bacteriolítico: levam a morte por lise, então há 
alteração na conformação do gráfico, tanto a contagem 
de células totais e células viáveis vão estar diminuídas. 
A bactéria perde sua estrutura primária. 
 
 
 
→ Espectro de ação: sobre quais grupos vai atuar, seja 
em gram + ou -, ou ambas. Não tem relação com 
eficácia do antimicrobiano. 
A) Estreito: atuam apenas sobre um grupo específico 
(ou gram + ou gram – (como a penicilina). 
B) Amplo: atuam sobre gram+ e sobre gram – (como 
tetraciclinas). 
→ Características desejáveis na escolha do fármaco: 
✓ Toxidade seletiva: capacidade de atuar sobre o 
microrganismo (reduz efeitos colaterais). 
✓ Preferencialmente bactericida: se o paciente 
estiver imunocomprometido essa opção é melhor. 
Deve-se levar em consideração o tipo de agente, 
porque a lise pode liberar produtos tóxicos (como 
as gram –, ricas em LPS com ação endo tóxica, que 
causa sepse). 
✓ Baixos níveis de resistência 
✓ Antialérgicos 
✓ Solubilidade em água e fluidos orgânicos: para 
permitir melhor dispersão no organismo. 
✓ Estabilidade 
→ Critérios clínicos, epidemiológicos e microbiológicos 
✓ Sítio da infecção: avaliar se o fármaco consegue 
atuar naquele local da infecção. 
✓ Características do microrganismo: terapia sempre 
embasada no resultado de cultura. 
✓ Custo: pode variar de acordo 
✓ Disponibilidade: biodisponibilidade, como difunde. 
 
✓ Avaliar função renal: se está comprometida pode 
causar acúmulo de fármacos de metabolismo renal 
(como penicilinas, tetraciclinas, vancomicina, 
ciprofloxacina e teicoplanina) 
 
✓ Avaliar função hepática: fígado comprometido 
também vai causar acúmulo de fármacos de 
metabolismo hepático. Ex.: metronidazol e 
rifampicina. 
Mecanismos de ação 
1) Inibir a duplicação cromossômica (multiplicação da 
bactéria) ou transcrição (síntese proteica). 
2) Inibição da atuação de enzimas que produzem 
substâncias essenciais ao metabolismo. Vão ser 
impossibilitadas de produzir componentes essenciais. 
3) Danos a membrana plasmática: são bactericidas, 
apresentam alta toxicidade (nefróticos e neurotóxicos) 
e por isso não são seletivos, sendo indicados para uso 
tópico (dermatites, otites), muitas vezes são a única 
opção para tratar gram – multirresistentes. 
→ Polimixinas são polipeptídios cíclicos ligados por 
uma cadeia de ácidos graxos, o antibiótico vai se inserir 
na membrana externa da bactéria, vai interagir com os 
lipopolissacarideos e fosfolipídios, produzindo 
aumento da permeabilidade e eventual morte celular. 
4) Inibição da síntese de proteínas (tradução, inibe 
RNAt, ribossomos, formação da cadeia polipeptídica e 
inibição da parede celular). 
→ Na parede celular: os fármacos atuam inibindo 
diferentes vias, os β-lactâmicos, é a principal classe 
utilizada, atua tanto em gram + e em gram –. 
Exemplos: penicilinas, amoxicilina, cefalosporinas de 
1° a 4° geração, monobactams (astreonam), 
carbapenems(doripenem/meropenem/hertapenem/i
mipenem). 
→ Eles tem como mecanismo de ação a inibição da 
proteína transpeptidase (PBPs), que realiza as ligações 
entre as cadeias de tetrapeptídeos, é a partir dessas 
pontes cruzadas que a parede celular fica estável. 
→ Além disso, quando o antimicrobiano se liga a PBPs, 
ativa um processo de produção de enzimas do tipo 
autolisinas que vão levar a destruição desse 
peptidoglicano danificado. 
→ Atuam na inibição da síntese de ácidos nucleicos: 
✓ Fluoroquinolonas: são inibidores da DNA 
topoisomerase II (girase) e da topoisomerase IV 
(para muitas bactérias gram +, ela é a atividade 
principal inibida pelas quinolonas, e para as gram – 
o principal alvo das quinolonas é a DNA-girase). 
 
✓ Nitroimidazóis: inibem seletivamente várias 
oxidases sendo eficaz no tratamento das infecções 
por aneróbios (metronidazol). 
 
✓ Nitrofuranos: furazolidona, nitrofurazona, 
furaltadona, nitrofurantoína e nifursol - 
substâncias de amplo espectro que são utilizadas 
como promotores de crescimento de animais. 
Risco de resistência pelo uso indiscriminado. 
 
✓ Rifampicina: age ligando-se e inibindo a RNA 
polimerase DNA-dependente das células 
procarióticas. 
→ Atuam na inibição da síntese proteica: podem inibir 
subunidade menor ou maior do ribossomo, ou no 
RNAt, na formação da cadeia polipeptídica (proteínas). 
✓ Tetraciclinas e cloranfenicol: amplo espectro, 
atuam a nível do RNA ribossomal. 
 
✓ Aminoglicosídeos: RNA ribossomal e só gram – . 
 
✓ Macrolídeos, estreptograminas, lincosaminas: 
nível ribossomal, são para gram + e micoplasma. 
 
→ Atuam na síntese das purinas e do ácido fólico: no 
processo de formação do ácido fólico temos uma 
enzima que se liga ao ácido para-aminobenzóico, esse 
complexo forma o ácido fólico, que é um precursor 
para a síntese das purinas. A sulfa tem estrutura 
semelhante ao ácido, mas tem função distinta, então 
ela se liga a enzima, de forma que o componente 
gerado não seja um precursor do ácido fólico = sulfa vai 
atuar como um análogo de fator de crescimento, 
impedindo a criação de produto viável. 
✓ Sulfonamidas possuem ação bacteriostática e são 
associadas a outro fármaco chamado trimetropim. 
RESISTÊNCIA BACTERIANA 
→ Quando as bactérias são resistentes, elas continuam 
viáveis na presença do antimicrobiano - então no final 
do tratamento a infecção vai estar pior. Essa resistência 
pode ser: 
→ Passiva: 
✓ Evasão – endósporos: o esporo está inativo e não 
vai sofrer com a ação dos antimicrobianos. 
✓ Membrana externa de gram – : por conta dessa 
estrutura muitos fármacos não conseguem passar 
por ela e atuar no seu sítio alvo. 
✓ Formação de granulomas/abscessos: dependendo 
do processo infeccioso as bactérias podem ser 
protegidas por todo o componente fibroso que as 
envolvem, pode prejudicar e impedir que o 
antimicrobiano chega ao local da infecção. 
✓ Formação de biofilme: capacidade de produzir 
componente que permite que as bactérias fiquem 
resistentes. 
→ As bactérias podem se aderir a superfícies vivas e 
inanimadas, uma vez aderidas começam a sintetizar 
uma matriz de polissacarídeo – por exemplo, e a partir 
daí novas bactérias vão sendo recrutadas, e o biofilme 
vai crescendo (elas são interligadas por canais, por 
onde passam substâncias toxicas) 
→ Elas então ficam protegidas do meio externo, e após 
determinado tempo ele parte o biofilme e parte para 
outro ambiente, uma vez que as estruturas 
relacionadas a nutrição e componentes tóxicos está 
prejudicando. O antimicrobiano vai ter a 
perfusão/difusão prejudicada. 
→ Adquirida: 
→ São mecanismos relacionados a uma informação 
cromossômica e extracromossômica, ligadas ao 
material genéticos, vão produzir componentes 
alterados, que vão inativar aquele fármaco. 
✓ Destruição direta ou modificação do composto: 
alteração de permeabilidade – produz membrana 
que não permite passagem do fármaco para dentro 
e então fica ineficaz. 
 
✓ Prevenção da interação do fármaco com o alvo: 
bactéria produz uma enzima que atua sobre o 
antimicrobiano, inativando o mesmo. 
 
✓ Efluxo do antimicrobiano para fora da célula: o 
fármaco entra, mas nunca está em uma 
concentração ideal porque a bactéria produz 
proteína com característica de bomba de efluxo. 
 
✓ Alteração do sítio de ação: a bactéria produz uma 
proteína alterada, e como o mecanismo de 
antimicrobiano é o chave-fechadura, não vai mais 
haver complementariedade/identidade. Não vai se 
ligar e não vai exercer sua função. 
 
✓ Cromossômicas: está relacionada a mutações, que 
acontecem ao acaso (raro de acontecer).✓ Extracromossômica: vai ser o compartilhamento 
da estrutura de resistência, plasmídeos que 
carreiam. Apenas algumas estirpes têm a 
capacidade de conjugar. 
 
✓ Disseminação da resistência: plasmídeos (R), pode 
apresentar uma resistência simples /ou múltipla. 
→ A resistência é questão de interesse mundial, pois 
aumenta o risco potencial de óbito ou sequelas, além 
do alto custo para o desenvolvimento de novas opções 
terapêuticas (podem demorar mais de 10 anos para 
criar um fármaco). 
→ Pressão de seleção positiva: utilização 
indiscriminada de antimicrobianos em medicina 
humana e veterinária (adições em rações e água) – 
contaminação de derivados e ambiente. E prescrição 
terapêutica inadequada (empirismo, achismo). 
Como acontece a resistência: 
→ Dentro de uma população bacteriana temos 2 
bactérias resistentes, quando utiliza determinado 
antimicrobiano, elimina-se as bactérias sensíveis e 
seleciona as resistentes, que tem espaço para se 
multiplicar. Como elas compartilham informação 
genética, a população sensível pode se tornar 
resistente. 
→ Pressão seletiva negativa: adoção de medidas 
restritivas ao uso indiscriminado na agroindústria; uso 
consciente dos antimicrobianos (médicos, veterinários, 
dentistas, comunidade); utilização racional, prescrição 
embasada no diagnóstico laboratorial; critérios na 
eleição de fármacos; isolamento de doentes 
portadores de bactérias resistentes. 
→ Terapia antimicrobiana: levar em consideração 
todos os fatores, compreender a etiologia e 
patogênese da doença para ter uma terapia 
direcionada e seletiva – diagnostico adequado. 
 
 
 
 
 
 
→ Uso indiscriminado de antibióticos resultaram nas 
superbactérias resistentes a diferentes drogas. Os 
tratamentos profiláticos podem causar, no futuro, 
consequências na resposta dos agentes. 
→ Definição: são resistentes a diferentes fármacos, 
reduzindo cada vez o número de opções terapêuticas 
disponíveis 
→ Dispersão: uso indiscriminado na medicina humana 
e na medicina veterinária; globalização na produção de 
medicamentos (não tem protocolo se segurança sobre 
os efluentes que vão ser dispersados no meio 
ambiente). 
→ Em animais de produção, os antibióticos são usados 
em tratamentos de doenças, de forma profilática 
(prevenção de doenças) e para ganho de peso. A menor 
porção que vai para o tratamento direto, e 70% dos 
antimicrobianos consumidos no mundo são destinados 
a animais. São preocupantes para a disseminação de 
cepas de bactérias resistentes, além de contaminar 
derivados. 
→ A pressão de seleção positiva: em uma população 
somente uma minoria é resistente, o uso do fármaco 
elimina a população sensível, e então ocorre o 
contrário – a maioria que fica é resistente e pode 
disseminar as informações de resistência (conjugação 
principalmente). 
 
→ OMS lançou uma lista com 12 classes de bactérias 
que apresentam resistência e foram classificadas em 3 
categorias de prioridade: média, alta e critica. 
→ Quanto mais resistente menor opções terapêuticas 
para tratamento vai haver. 
 
→ Staphylococcus aureus é de prioridade alta porque 
é resistente a meticilina, e acabam sendo resistentes 
aos β-lactâmicos, a principal classe utilizada. Nesse 
caso de utiliza a vancomicina (glicopeptideo), mas já 
existem bactérias resistentes a ela. 
→ Enterobacteriace: prioridade alta, uma família de 
diferentes espécies de bacilos gram negativos, podem 
ser resistentes ao carbapenemicos e produtores de 
ESBL ( β-lactamase, enzima que degrada β-lactâmicos), 
ela quebra o anel β-lactâmico, então limita ainda mais 
por tem espectro estendido, atua até sobre outras 
bases das cefalosporinas que são de última geração. 
Outras bactérias podem produzir enzimas chamadas 
carbapenemases que degradam os carbapenemicos. 
→ O processo de resistência é dinâmico. Ex.: s. aureus 
que sofre uso indiscriminado de β-lactâmicos, foi 
selecionando pela seleção positiva, gerando cepas 
mutantes, que desenvolveram gene diferenciado 
(mecA), que produziu uma proteína diferenciada, que 
impedia a afinidade fármaco – sítio de ligação. Esse 
processo gerou os s. aureus meticilina resistentes, ou 
seja, são resistentes a todas as classes de β-lactâmicos. 
→ De uma forma geral, uma infecção causada por um 
s. aureus meticilina resistentes (MARSA), o fármaco de 
eleição é a vancomicina (glicopeptideo). 
→ Na natureza existem enterococos spp. resistentes a 
vancomicina, e existem s. aureus meticilina resistentes, 
então eles compartilham a informação de resistência, 
e no final tem-se o s. aureus resistentes a meticilina e 
resistentes a vancomicina. Então temos uma bactéria 
gram + nível 2 de prioridade, existem muitas restrições. 
→ No caso da Escherichia coli (bacilo gram – ), o uso 
indiscriminado de β-lactâmicos vai gerar uma alteração 
que gera a produção de uma enzima, a β-lactamase-
hidrólise do anel lactâmico, que promove a destruição 
do anel β-lactâmico, que todos os antimicrobianos 
dessa classe possuem. Então essa e. coli produtora de 
ESBL carreia resistência a cefalosporinas de amplo 
espectro e monobactâmicos. Essa infecção se trata 
com carbapenêmicos (imipinem, ertapenem e 
meropenem). 
→ Tem-se visto a presença de agentes bacterianos, 
como a klebsiela pneumoniae), que produzem 
carbapenemase, que degrada os carbapenêmicos, 
então e. coli resistente a cefalosporina e a k. 
pneumoniae trocam informações genéticas entre si, e 
o produto dessa troca é a e. coli produtora de ESBL e 
carbopenemases (nível de prioridade crítico). 
→ Ainda tem a opção de um antimicrobiano chamado 
colistina (poliximina E). Atua sobre membrana celular, 
desestabilizando as moléculas, no entanto esse tipo 
pode gerar toxicidade – efeitos colaterais. 
→ Hoje em dia já existem mais de 5 mcr, enzimas que 
vão resistir a essas polimixinas. Então elas estão 
sempre aprendendo como destruir os fármacos. 
→ OMS alertou sobre como usar os antimicrobianos: 
✓ Acesse: pode ser utilizado como 1° e 2° escolha 
para terapias embasadas. São de espectro estreito 
(saber qual o gram) e limiar menor de resistência. 
 
 
 
 
 
✓ Observe: número mais restrito, utilizados para 
caso de infecções onde não há resposta com os 
fármacos do tipo Acesse. Tem embasamento, 
pesquisa. 
 
 
 
✓ Reserve: última fonte de recurso, só deve ser 
usado quando for exigido, em casos de 
multirresistência. 
 
→ Historicamente as infecções bacterianas por cepas 
multirresistentes estavam relacionadas apenas ao 
ambiente hospitalar, mas tem-se visto a presença 
dessas infecções em pessoas que não envolvimento 
com hospitais. Isso está relacionado ao uso 
indiscriminado na população animal e derivados, e os 
dejetos desses animais vão ser eliminados e ir para o 
ambiente (rios, solo, usados como fertilizantes). 
→ A disseminação desses agentes com a globalização 
dos medicamentos que são eliminados no ambiente, 
esgoto não tratado, e mesmo dependendo do 
tratamento pode haver eliminação de genes 
resistentes. Existe todo um fator global na 
disseminação.

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