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→ Principais componentes são as superfícies epiteliais, células sentinelas teciduais e leucócitos. → A função de reconhecimento do próprio contra o não próprio, ou seja, a função do sistema imune de manter a homeostase e as células funcionantes o mais saudável possível. Servem como reconhecimento: ✓ PAMPs – padrões moleculares associados a patógenos (fragmentos que são diferentes dos nossos quando entram em contato com nosso organismo são identificados): Ácidos nucleicos: presentes em vírus de fita simples e fita dupla de RNA, proteínas associadas a parede celular (como flagelos, pilina e flagelina). Proteínas: associadas a parede células de bactérias como a pilina e flagelina. Lipídios da parede celular: como o LPS e ácido lipoproteico de bactérias gram + e gram – . Carboidratos: mananas e glucanas de fungos e bactérias. ✓ DAMPs – padrões moleculares associados ao dano (fragmentos de lipídeos e proteínas que são liberados no organismo quando há dano celular, são sinalizadores que ativam a resposta imunológica). Proteínas induzidas pelo estresse: HSPs Cristais: urato monossódico, quando gerados em excesso. Matriz extracelular proteoliticamente clivada: peptídeos de proteoglicanos. Mitocôndria e componentes mitocondriais: peptídeos formilados e ATP. Proteínas nucleares: HMGB1 e histonas. → Dessas moléculas de receptor de reconhecimento padrão, os principais receptores que nós temos são associados a DAMPs e a PAMPs e estão presentes na superfície celular, vesículas fagocíticas e dispersos no citosol – onde temos integralmente nossas células os receptores de reconhecimento, que ao entrar em contato com os DAMPs e os PAMPs vai gerar uma transdução de sinais. → Isso vai estimular uma intensificação da fagocitose e das células killing de defesa. → Existem vários principais fatores de reconhecimento a dano (TLRs, NLRs, RLRs, CDSs), são diferentes estruturas que podem estar aderidas a membrana celular ou livres no citosol, que vão fazer reconhecimento de moléculas especificas que gerem ativação da resposta imune. 1 –Toll-like receptor (TLRs), é uma proteína integral de membrana, tem a parte externa (complexa) que entra em contato com um patógeno e vai haver uma transdução de sinal e uma cauda citoplasmática que vai gerar resposta específica. 2 – receptor disperso no citoplasma que ao entrar em contato com um peptidoglicano bacteriano, por exemplo, ele ativa a resposta via NOD-like receptor (NLR), e gera uma resposta específica. 3 – O TLRs também pode estar na membrana endossômica e ter a mesma função. 4 – Outros receptores de membrana possuem sua própria especificidade e o principal PAMP ou DAMP que o ativa e como consequência gera uma resposta. → Receptores de reconhecimento padrão associados a célula e sensores da imunidade inata estarão presentes na maioria das células e estão ligados as vias de transdução direta de sinais. → Tipos de receptores: 1 2 3 4 T O L L ( TRLs ) → São receptores de parede que reconhecem produtos de uma ampla gama de microrganismos, e sinais emitidos a partir de células estressadas ou em processos de morte. → São glicoproteínas integrais de membrana do Tipo 1 e tem uma porção extracelular rica em leucinas e é justamente o local onde vai haver ligação ao ligante. Tem uma cauda citoplasmática onde o domínio de transdução do TLRs com o IL-1 (que é o domínio TIR) é quem vai fazer a sinalização ao núcleo. → Cada subtipo reconhece um padrão de PAMP diferente e eles podem se associar (1), aumentando a capacidade de reconhecimento. E os externos em geral estão relacionados aos PAMPs de origem bacteriana, enquanto os endossômicos reconhecem mais padrões de origem viral. → TIR: é o receptor endossômico, onde há transdução de sinal, são semelhantes a caudas citoplasmáticas dos receptores de IL-1 e IL-18, sinalizam por vias similares. → A especificidade reside nos múltiplos nódulos extracelulares ricos em leucina – ligam-se diretamente aos PAMPs ou as moléculas adaptadoras que se ligam aos PAMPs. → 2: estrutura que dá a capacidade grande de reconhecimento e é na parte externa que vai ocorrer a ligação com os PAPMs. → A partir do momento que em que o receptor TRL é ativado o fator de transcrição que o TIR leva até o núcleo, que estimula a transcrição núcleo, é o fator NFκβ (fator nuclear κβ) e a AP-1 (proteína de ativação- 1) que codificam os genes importantes para a resposta inflamatória, principalmente para estímulo de produção de TNF e o próprio IL-1, além das moléculas de adesão. → E o IRF3 (Fator Regulador de Interferon 3) quanto o IRF7 são mais estimulados pelas moléculas do TLR presentes nos endossomos, que vão fazer resposta a vírus (não é obrigatório, mas geralmente é infecção viral). Eles promovem a produção de interferon do Tipo-1 e são importantes para respostas imunes inatas antivirais. → Cada subtipo de TRL tem uma forma de estimular a transdução de sinais: (ver imagem abaixo) → Quando um TLR1, TRL2, TLR5 ou TRL6 entram em contato com um PAMP bacteriano, há transdução de sinal via TIR, e nesses subtipos específicos ativam uma proteína auxiliar, a MyD88, que ajuda na transdução de sinal do NFκβ no ácido nucleico, gerando a expressão de genes inflamatórios (quimiocinas, citocinas, moléculas de adesão endotelial...) → O TRL3 é endossômico, ativado pelo RNA de dupla hélice viral, e a transdução de sinal do TIR é feito através de uma proteína adaptadora chamada TRIF que vai facilitar a transdução de sinais, expressão de genes interferon tipo 1, secreção de IFNs do tipo 1 e resposta antiviral. → O tipo TRL4 pode usar tanto a MyD88 quanto a TRIF, pode reconhecer antígenos PAMP viral ou bacteriana, e gera resposta tanto via interferon tipo 1 e NFκβ. Principalmente ao LPS bacteriano. → TRL7 e TRL9 fazem transdução via o MyD88, mas para a via do interferon. 1 2 Receptores citosólicos → Detectam infecção ou dano celular no citosol, de modo similar aos TRLs estão conectados a vias de transdução de sinais promotoras de inflamação ou produção de IFN-1 (interferon do tipo 1). Os principais são: ✓ NOD (NLR): reconhecem tanto PAMPs quanto DAMPs e recrutam complexos de sinalização promotores de inflamação. Os 2 tipos principais respondem a peptidoglicanas de parede celular bacteriana (sendo o NOD1 de gram + e o NOD2 de gram + e gram – ). ✓ Sensores de DNA sitosólicos: detectam a presença de DNA fita dupla não própria e ativam vias de sinalização que iniciam respostas a microbianos, incluindo a produção de IFN-1 e autofagia. A principal via desses sensores é a de STING, onde ocorre a estimulação de genes produtores de IFN- 1, é a principal via de resposta no citosol, e é importante para ativação das respostas de IFN de DNA dupla hélice induzidas. (imagem: um retrovírus, de RNA, faz a transcrição reversa e gera um DNA, isso vai ser reconhecido com proteínas que estão presentes no citosol, e isso altera sua conformação e ativa uma via de STING, que produz sinalizadores capazes de estimular a transcrição do gene de IFN-1 e gerar o gene de interferon que é o mecanismo de resposta). → Esses sensores de DNA sitosólicos atuam em geral por outras vias, que a da RNA polimerase tipo III que transcreve o DAN, que acaba ativando a via do RIG-1, levando a expressão de IFN, e a via AIM2, que reconhece DNA e forma o complexo do inflamossomo que gera interleucina 1β (IL-1β). ✓ Receptores do tipo RIG (RLR): podem reconhecer PAMPs compostos de RNA (ácidos nucleicos) ou complexos RNA-DNA viral. O RIG-1 e o MDA-5 são os tipos RLR mais bem caracterizados, induzem a produção de IFN tipo 1 e inibem diretamente a replicação viral. → A via dos inflamossomos, também são complexos multiproteicos que seformam no citosol em resposta a PAMPs e DAMPs citosólicos . A função é gerar formas ativas de IL-1β e IL-18. Potencializa uma inflamação induzida por uma determinada PAMP, e o produto dela que é uma interleucina extremamente importante para a inflamação aguda. → Imagem abaixo: a bactéria patogênica ao entrar no citosol (1) é reconhecida por um sensor do tipo NLRP3, esse receptor associado a proteínas adaptadoras e a caspase-1 enzima inativa (2) , forma um complexo do inflamossomo (3), onde são proteínas do tipo NLRP-3 associadas, ao entrar em contato com as bactérias ativavam essa via, que lisa a caspase-1, a tornando ativa (4) , e essa caspase-1 ativa vai quebrar o pró-IL- 1β, em IL-1β (5), que vai ser liberado pela célula gerando inflamação (6). RECEPTORES DE RECONHECIMENTO ASSOCIADOS A SUPERFICIE CÉLULAR → São receptores de Lactina tipo C para carboidratos microbianos, reconhecem carboidratos presentes na superfície de microrganismos (dependente de Ca++). Os principais tipos são: ✓ Receptor de Manose (CD206) ✓ Dectina (Lectina do tipo C associado a DC) ✓ Langerina (células de Langerhans) ✓ DC – Sign ✓ Receptores Scavenger: são proteínas da superfície celular que vão mediar a captação de lipoproteínas oxidadas para dentro da célula. Os do subtipo: → SR-A e CD36 estão na parede de macrófagos e estimulam a fagocitose. → CD36 ainda é um correceptor para a associação do TLR2 e TLR6, ou seja, aumenta a capacidade de detecção e de estímulo por dessa associação de dois receptores de TLR → São capazes de reconhecer os LPS, ácido lipoteicoico, ácidos nucleicos e βGlucana. ✓ Receptores Formil-Peptídeo (FPR-1): é expresso em leucócitos e são capazes de reconhecer peptídeos bacterianos contendo resíduo N-metil- metionil e estimulam respostas de fagócitos a proteínas bactérias. COMPONENTES DO SISTEMA IMUNE INATO → Barreiras epiteliais: tem a função de serem resistentes a infecção direta, funcionando como uma parede, na presença de citocinas, interleucinas e quimiocinas, podem agir diretamente no killing de microrganismos. ✓ No caso das defensinas e as catelicidinas, que são proteínas de superfície que vão agir diretamente no patógeno, podendo gerar o término desse estímulo infeccioso sem que ele rompa a barreira epitelial. ✓ E as células intraepiteliais, principalmente os linfócitos intraepiteliais, agem na resposta direta ao patógeno. → Fagócitos: são células fagocíticas especializadas, é a nossa primeira grande linha de defesa contra os microrganismos que rompem a barreira cutânea. 1 2 3 4 5 6 → Células Dendríticas: apresentam maior quantidade de receptores de reconhecimento para PAMPs e DAMPs, já que elas vão transmitir esse estímulo às outras células direto do sistema imune inato e da resposta adaptativa. ✓ Apresentam tipos mais diversificados de TLRs e receptores de reconhecimento padrão citoplasmático do que qualquer outra célula. ✓ As células dendríticas plasmocitóides são nossa principal fonte de interferon tipo 1 (resposta a infecção viral) e, por possuírem uma quantidade muito grande de TLR dos subtipos 3,7,8 e 9 e sensores citosólicos de RNA e DNA, fazem parte desse reconhecimento principal a partículas virais. → Células linfoides inatas produtoras de citocinas (ILCs): são derivadas de medula óssea, tem morfologia semelhante a linfócitos, produzem citocinas, porém não possuem receptores do tipo C, o que a marcaria como linfócito. ✓ Tem origem em um progenitor linfoide comum (1), gerando um precursor de célula linfoide inata (2), dependendo do tipo de estímulo que recebem, ou seja, dependendo do tipo de interleucina (3) que chega até a medula elas vão se diferenciar em tipos diferentes de célula linfoide inata (4), e cada tipo realiza uma forma de função. → Células natural killer (NK) : tem capacidade citotóxicas, são muito importantes na defesa contra vírus e bactérias intracelulares. São semelhantes ao linfócito T-CD8, mas não tem os marcadores de superfície de linfócito. ✓ A diferença entre as células linfoides produtoras de citocina e as NK, é que as linfoides são encontradas em tecidos periféricos e raramente no sangue e tecidos linfoides, e a NK corresponde a 5-15% das células mononucleares presentes no sangue e no baço. ✓ As killer também secretam interferon gama (IFN-γ) e não possuem receptores antigênicos diversificados e clonalmente distribuídos, típicos de células B e T assim como os linfócitos (por isso não são classificadas como células linfoides). ✓ Tem como o principal marcador de superfície o CD56 e não possuem o marcador T CD3+ (que é marcador de linfócito tipo T). ✓ Nas infecções virais fazem expansão celular mediadas por ligantes ativadores (nas células infectadas) assim como o IL-12 e IL5. ✓ São capazes de iniciar a destruição nas células infectadas antes dos linfócitos CTLs chegaram ao sítio de inflamação, ou seja, tem ação mais precoce, fazem parte do sistema imune inato, não necessitam de toda sinalização e expansão clonal. ✓ Então as células NK são capazes de reconhecer/detectar por receptores de superfície células lesadas e células infectadas, que tem o problema dentro delas (1), fazem killing dessas células, com o mecanismo principal (via do IFN-γ) (2). ✓ A partir do momento em que o macrófago fagocita o microrganismo (3), ele gera produção de interleucina 12 (IL-12) (4) que estimula a função da célula NK, que ativada começa a produzir IFN-γ (5), 1 2 3 4 4 4 1 2 que vai auxiliar na ativação do macrófago, para que ele aumente a capacidade de killing e fagocitose. ✓ Então as células NK são responsáveis por células normais sadias, e não tem sua função ativada, quando elas reconhecem células infectadas, danificadas ou tumorais, as NK vão destruir diretamente. ✓ A forma de ativação e a de inibição ocorre por um duplo reconhecimento, onde o receptor ativador reconhece proteína integral da membrana celular, e o receptor inibidor reconhece MHC do tipo 1 próprio; ✓ A medida em que os dois receptores são ativados/encaixados, tem-se o receptor inibidor, principalmente engajado, a célula não é ativada. A partir do momento em que aparece uma célula infectada, onde as proteínas constituidoras de membranas continuam iguais, mas o MHC do tipo 1 deixa de ser expresso, já que essa célula não é mais do próprio normal, o receptor inibidor não está mais engajado e ai o NK faz sua função. ✓ Ou seja, há necessidade da ligação e reconhecimento da proteína de superfície normal celular, mas a falta do MHC do tipo 1 é o que não gera o engajamento do inibidor e consequentemente ativação da célula. → Mastócitos: são células sentinelas presentes na pele, epitélio de mucosa e tecidos conectivos. Geram proteínas pró-inflamatórias e mediadores lipídicos em resposta a infecção e outros estímulos. Possuem: ✓ Aminas vasoativas (histamina) ✓ Enzimas proteolíticas ✓ Prostaglandinas (mediadores lipídicos) ✓ Citocinas (TNF) → Moléculas efetoras solúveis: estão no plasma e atuam ligando-se ao microrganismo direto (opsoninas), ou ativação de resposta pró-inflamatória, fazendo atração de fagócito para o sítio da infecção. As principais moléculas são: ✓ O Sistema Complemento: ele trabalha com proteínas plasmáticas que fazem opsonização e recrutamento de fagócitos e destruição direta de microrganismos, a partir do momento que é ativado por alguma via de ativação (são 3*) ele gera um recrutamento sequencial de proteínas, que vão se encaixando, formando um complexo que vai lesar diretamente a membrana do microrganismo e durante esse encaixe proteico também gera fragmentos que amplificam a resposta inflamatória. * A via clássica, a via alternativa e a viada lectina convergem para a lise/ativação da proteína C3 no fragmento C3a (estimula resposta inflamatória) e no C3b (são proteínas que vão se depositando na superfície do microrganismo – processo de opsonização, além de estimular a fagocitose faz a lise da proteína C5 em C5a, que gera inflamação, e o C5b vão se associar e partir dessa lise C6, C7,C8 e C9, que são outras proteínas também presentes no plasma do tipo C vão se associando e gera o complexo de ataque a membrana, que faz uma desregulação iônica da célula que faz com que ela resulte em lise). ✓ Pentraxinas: são proteínas plasmáticas que reconhecem estruturas microbianas, e são capazes de ativar complemento ao se ligarem a C1q. As principais são: PCR (Proteína C reativa): é um complexo proteico que durante o processo de estímulos inflamatórios ele atinge níveis séricos muito altos, estimula principalmente IL-6 e IL-1, dos fagócitos e células dendríticas, ou seja, amplifica a inflamação. São chamados de “reagentes de Fase Aguda”. SAP (Amiloide P sérico) e Pentraxina Longa PTX3 3 4 5 ✓ Colectinas: tem como principal representante a MBL (Lectina Ligante de Manose), que é um receptor solúvel que se liga a manose e fucose terminal em carboidratos, ativando via das lectinas do sistema complemento e atua como opsonina (marca o patógeno para estimular o fagocito) e a Proteína Surfactante A (SP-A) e Proteína Surfactante B (SP-B), que tem a função de manter a expansão alveolar (importante para troca gasosa), assim como são mediadores da imunidade inata no pulmão. ✓ Ficolinas: ligam-se diretamente a bactérias, opsonizando e ativando complemento, fazendo resposta principalmente a bactérias gram +. RESPOSTA INFLAMATÓRIA → Aguda: corresponde ao acúmulo de leucócitos, proteínas plasmáticas e líquido derivado do sangue em um sítio de infecção ou lesão tecidual. São várias citocinas envolvidas nessa imunidade inata, como: → Fator de Necrose Tumoral (TNF): produzido principalmente pelos macrófagos células dendríticas, estão relacionados ao processo de inflamação e de trombose dos vasos sanguíneos tumorais; possuem alguns receptores de superfície importantes, ou seja, são receptores para TNF que estão presentes na maioria das células (o TNF-RI e TNF-RII). ✓ A partir do momento que o TNF tem seu receptor ativado, através do TRAF (receptor associado ao receptor de TNF), ele inicia a transcrição de NFκβ e AP-1, executando a função pró-inflamatória do TNF. ✓ A produção dele é estimulada a partir do contato de PAMPs ou DAMPs com os macrófagos. ✓ Os TLR, NLR, RLR e CD podem induzir a expressão do TNF. ✓ É responsável pelo choque séptico. ✓ A principal fonte são neutrófilos de células endoteliais e epiteliais. → Interleucina-1 (IL-1): é um mediador de resposta inflamatória aguda similar ao TNF. A principal fonte são os fagócitos mononucleares. As IL-1 se dividem em: ✓ IL-1α e IL-1β que tem pouca homologia estrutural entre si, mas são capazes de ativar os mesmos receptores e tem as mesmas funções biológicas. Fazem a transcrição de novos genes que estimulam a produção do peptídeo pró-IL-1β. ✓ Após a ativação do inflamossomo vai se tornar IL- 1β ativa. → Interleucina-6 (IL-6): induz a síntese dos reagentes de fase aguda no fígado (PCR por exemplo), estimula a produção de neutrófilos na medula óssea e promove e diferenciação das células T auxiliares em células produtoras de TH17 – que vão modular a resposta inflamatória. ✓ São produzidas por fagócitos mononucleares, células dendríticas, células endoteliais vasculares, fibroblastos em resposta aos PAMPs, IL-1 e TNF. → Ingesta e Killing por Fagócitos Ativados: os microrganismos se ligam aos receptores de superfície, que ao serem ativados em resposta, a membrana muda sua conformação, fagocitando esse microrganismo, gera o fagossomo. ✓ O fagossomo com o microrganismo ingerido é associado por resposta no citosol aos lisossomos (que são vacúolos anteriormente produzidos e que tem proteínas de defesa direto), ocorre fusão do fagossomo com o lisossomo, gerando fago- lisossomo, onde ocorre a real ativação do fagócito. Ou seja, essas proteínas vão agir lesando e inativando o microrganismo. ✓ A destruição é feita através de reagentes do NO e do O2, que são estimulados a partir dessa confluência entre lisossomo e o fagossomo e geram o killing direto do microrganismo. ✓ A captação dos receptores de superfície, são estimulados, ou seja, a quantidade de receptor e o grau de atividade do receptor por ainda outros receptores de superfície, por exemplo, o C3b entra em contato com um microrganismo que está opsonizado com a proteína C3 do complemento, que aumenta e estimula tanto a expressão dos receptores de superfície como a capacidade de função destes receptores. ✓ Então a partir do momento que ocorre a sinalização do processo infeccioso, a fagocitose é estimulada tanto pelo contato do microrganismo com a proteína de superfície e ela é estimulada por outros cofatores (sistema do complemento e todos os estímulos por via da sinalização das citocinas, IL-1, IL-6 e TNF). → Funções dos macrófagos ativados: quando os macrófagos são ativados diretamente, por exemplo, por um receptor de superfície do tipo TRL, entra em contato com o microrganismo (1), transduz o sinal e vai fazer estímulo à produção de citocinas pró- inflamatórias, as espécies reativas de oxigênio e as reativas de NO (2), para a partir do momento que esses microrganismos forem fagocitados possa haver o killing. ✓ Tem ainda a ação de receptores direto para outras proteínas, como as proteínas do complemento que vão amplificar essa resposta (3), estimular maior expressão de receptor de citocinas, estimular a maior expressão dos receptores de parede, assim como os receptores dentro do citosol para que ele tenha a sua ação direta na inflamação e intensifique a resposta imune adaptativa. → Consequências da inflamação: ✓ Processo inflamatório local: onde as células endoteliais a partir do estímulo do TNF e do IL-1 vão aumentar a expressão e a capacidade de ligação das moléculas de adesão. O TNF estimula a reatividade da parede endotelial, assim como em associação aos quimiocinas a permeabilidade vascular para que as células possam chegar ao sítio de resposta . O monócito a partir que ele recebe o estímulo do TNF e IL-1 se torna um fagócito ativado, que também vai liberar as quimiocinas pró-inflamatórias para potencializar essa resposta. ✓ Efeitos protetores sistêmicos: os mediadores inflamatórios liberados vão ter efeitos sistêmicos, por exemplo a chegada do TNF, IL-1 e IL-6 estimulam o cérebro a formar e liberar pirógenos que são responsáveis pelo aparecimento da febre que sinalizam o processo inflamatório e processo infeccioso (1). A chegada das interleucinas ao fígado, estimula maior produção de proteínas de fase aguda (2), bem como a chegada desses mediadores a medula óssea estimula a produção de leucócitos (3). 1 2 3 Por isso durante o processo infeccioso você tem maior presença de leucócitos no hemograma. → Efeitos patológicos sistêmicos: quando os mediadores inflamatórios chegam nas superfícies teciduais podem, no caso do TNF, no músculo cardíaco diminuir a capacidade de débito cardíaco. ✓ Nas células endoteliais, da mesma forma que favorecem a permeabilidade também facilitam a formação de trombos – principalmente nas vênulas e vasos onde tem uma perda de líquido intra-lúmen para o terceiro espaço. Então tem menos líquido e maior chance de formação de trombo (maior chance de lesão da parede vascular. ✓ A chegada do TNF na musculatura faz com que ela diminua a capacidade de entrada da insulina e consequentemente metabolização da glicose,o que faz com que o musculo também apresente processo de sofrimento (cetexia). → Sepse: é um processo infecioso inflamatório mais importante, gera uma serie de consequências mais graves para o organismo, caracterizada por: febre, aumentos nas frequências cardíacas e respiratória, anormalidades metabólicas e perturbações mentais. ✓ O choque séptico é um colapso do sistema vascular decorrente principalmente dos efeitos de TNF, onde a PAMPs de diferentes origens (LPS de gram negativas ou ácidos lipoproteicos de gram positivas) estimulam a sinalização via receptor do TRL. ✓ Gera produção de TNF, que vai transcrever e estimular a liberação de IL-12, IL-1 e IFN que amplifica processo inflamatório. ✓ A partir daí vai ter uma vasodilatação muito importante e uma saída do líquido do plasma de dentro do vaso para o 3° espaço, então falta líquido para o bombeamento e consequentemente vai haver choque. → Um processo muito similar ao choque, mas relacionado a processos/distúrbios não infecciosos é o SIRS, que é decorrente de queimaduras, traumatismos de grande intensidade e pancreatites. → Estimulação da imunidade adaptativa: a imunidade inata gera sinais que atuam em conjunto com o antígeno para estimular a proliferação e diferenciação dos linfócitos T e B específicos, ou seja, a ativação e a estimulação dos linfócitos acontece por 2 sinais: ✓ 1 - Quando há ligação do antígeno microbiano direto a superfície do linfócito, onde ele tem receptor de superfície específico. ✓ 2 - Bem como a molécula induzida pelo sistema imune inato também faz a ativação direta desse linfócito para que eles façam a proliferação e a produção da resposta imune adaptativa. → Essa transmissão/passagem da resposta imune inata para a resposta imune adaptativa requer esse estímulo duplo. 1 2 3
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