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Imunidade Inata

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→ Principais componentes são as superfícies epiteliais, 
células sentinelas teciduais e leucócitos. 
→ A função de reconhecimento do próprio contra o 
não próprio, ou seja, a função do sistema imune de 
manter a homeostase e as células funcionantes o mais 
saudável possível. Servem como reconhecimento: 
✓ PAMPs – padrões moleculares associados a 
patógenos (fragmentos que são diferentes dos 
nossos quando entram em contato com nosso 
organismo são identificados): 
Ácidos nucleicos: presentes em vírus de fita simples e 
fita dupla de RNA, proteínas associadas a parede 
celular (como flagelos, pilina e flagelina). 
Proteínas: associadas a parede células de bactérias 
como a pilina e flagelina. 
Lipídios da parede celular: como o LPS e ácido 
lipoproteico de bactérias gram + e gram – . 
Carboidratos: mananas e glucanas de fungos e 
bactérias. 
 
✓ DAMPs – padrões moleculares associados ao dano 
(fragmentos de lipídeos e proteínas que são 
liberados no organismo quando há dano celular, 
são sinalizadores que ativam a resposta 
imunológica). 
Proteínas induzidas pelo estresse: HSPs 
Cristais: urato monossódico, quando gerados em 
excesso. 
Matriz extracelular proteoliticamente clivada: 
peptídeos de proteoglicanos. 
Mitocôndria e componentes mitocondriais: peptídeos 
formilados e ATP. 
Proteínas nucleares: HMGB1 e histonas. 
→ Dessas moléculas de receptor de reconhecimento 
padrão, os principais receptores que nós temos são 
associados a DAMPs e a PAMPs e estão presentes na 
superfície celular, vesículas fagocíticas e dispersos no 
citosol – onde temos integralmente nossas células os 
receptores de reconhecimento, que ao entrar em 
contato com os DAMPs e os PAMPs vai gerar uma 
transdução de sinais. 
 
 
 
→ Isso vai estimular uma intensificação da fagocitose 
e das células killing de defesa. 
→ Existem vários principais fatores de reconhecimento 
a dano (TLRs, NLRs, RLRs, CDSs), são diferentes 
estruturas que podem estar aderidas a membrana 
celular ou livres no citosol, que vão fazer 
reconhecimento de moléculas especificas que gerem 
ativação da resposta imune. 
 
1 –Toll-like receptor (TLRs), é uma proteína integral de 
membrana, tem a parte externa (complexa) que entra 
em contato com um patógeno e vai haver uma 
transdução de sinal e uma cauda citoplasmática que vai 
gerar resposta específica. 
2 – receptor disperso no citoplasma que ao entrar em 
contato com um peptidoglicano bacteriano, por 
exemplo, ele ativa a resposta via NOD-like receptor 
(NLR), e gera uma resposta específica. 
3 – O TLRs também pode estar na membrana 
endossômica e ter a mesma função. 
4 – Outros receptores de membrana possuem sua 
própria especificidade e o principal PAMP ou DAMP 
que o ativa e como consequência gera uma resposta. 
→ Receptores de reconhecimento padrão associados a 
célula e sensores da imunidade inata estarão presentes 
na maioria das células e estão ligados as vias de 
transdução direta de sinais. 
→ Tipos de receptores: 
 
1 
2 
3 
4 
T O L L ( TRLs ) 
→ São receptores de parede que reconhecem 
produtos de uma ampla gama de microrganismos, e 
sinais emitidos a partir de células estressadas ou em 
processos de morte. 
→ São glicoproteínas integrais de membrana do Tipo 1 
e tem uma porção extracelular rica em leucinas e é 
justamente o local onde vai haver ligação ao ligante. 
Tem uma cauda citoplasmática onde o domínio de 
transdução do TLRs com o IL-1 (que é o domínio TIR) é 
quem vai fazer a sinalização ao núcleo. 
 
→ Cada subtipo reconhece um padrão de PAMP 
diferente e eles podem se associar (1), aumentando a 
capacidade de reconhecimento. E os externos em geral 
estão relacionados aos PAMPs de origem bacteriana, 
enquanto os endossômicos reconhecem mais padrões 
de origem viral. 
→ TIR: é o receptor endossômico, onde há transdução 
de sinal, são semelhantes a caudas citoplasmáticas dos 
receptores de IL-1 e IL-18, sinalizam por vias similares. 
→ A especificidade reside nos múltiplos nódulos 
extracelulares ricos em leucina – ligam-se diretamente 
aos PAMPs ou as moléculas adaptadoras que se ligam 
aos PAMPs. 
→ 2: estrutura que dá a capacidade grande de 
reconhecimento e é na parte externa que vai ocorrer a 
ligação com os PAPMs. 
→ A partir do momento que em que o receptor TRL é 
ativado o fator de transcrição que o TIR leva até o 
núcleo, que estimula a transcrição núcleo, é o fator 
NFκβ (fator nuclear κβ) e a AP-1 (proteína de ativação-
1) que codificam os genes importantes para a resposta 
inflamatória, principalmente para estímulo de 
produção de TNF e o próprio IL-1, além das moléculas 
de adesão. 
→ E o IRF3 (Fator Regulador de Interferon 3) quanto o 
IRF7 são mais estimulados pelas moléculas do TLR 
presentes nos endossomos, que vão fazer resposta a 
vírus (não é obrigatório, mas geralmente é infecção 
viral). Eles promovem a produção de interferon do 
Tipo-1 e são importantes para respostas imunes inatas 
antivirais. 
→ Cada subtipo de TRL tem uma forma de estimular a 
transdução de sinais: (ver imagem abaixo) 
→ Quando um TLR1, TRL2, TLR5 ou TRL6 entram em 
contato com um PAMP bacteriano, há transdução de 
sinal via TIR, e nesses subtipos específicos ativam uma 
proteína auxiliar, a MyD88, que ajuda na transdução 
de sinal do NFκβ no ácido nucleico, gerando a 
expressão de genes inflamatórios (quimiocinas, 
citocinas, moléculas de adesão endotelial...) 
→ O TRL3 é endossômico, ativado pelo RNA de dupla 
hélice viral, e a transdução de sinal do TIR é feito 
através de uma proteína adaptadora chamada TRIF 
que vai facilitar a transdução de sinais, expressão de 
genes interferon tipo 1, secreção de IFNs do tipo 1 e 
resposta antiviral. 
→ O tipo TRL4 pode usar tanto a MyD88 quanto a TRIF, 
pode reconhecer antígenos PAMP viral ou bacteriana, 
e gera resposta tanto via interferon tipo 1 e NFκβ. 
Principalmente ao LPS bacteriano. 
→ TRL7 e TRL9 fazem transdução via o MyD88, mas 
para a via do interferon. 
 
 
1 
2 
 
 
Receptores citosólicos 
→ Detectam infecção ou dano celular no citosol, de 
modo similar aos TRLs estão conectados a vias de 
transdução de sinais promotoras de inflamação ou 
produção de IFN-1 (interferon do tipo 1). Os principais 
são: 
✓ NOD (NLR): reconhecem tanto PAMPs quanto 
DAMPs e recrutam complexos de sinalização 
promotores de inflamação. Os 2 tipos principais 
respondem a peptidoglicanas de parede celular 
bacteriana (sendo o NOD1 de gram + e o NOD2 de 
gram + e gram – ). 
 
✓ Sensores de DNA sitosólicos: detectam a presença 
de DNA fita dupla não própria e ativam vias de 
sinalização que iniciam respostas a microbianos, 
incluindo a produção de IFN-1 e autofagia. A 
principal via desses sensores é a de STING, onde 
ocorre a estimulação de genes produtores de IFN-
1, é a principal via de resposta no citosol, e é 
importante para ativação das respostas de IFN de 
DNA dupla hélice induzidas. 
(imagem: um retrovírus, de RNA, faz a transcrição 
reversa e gera um DNA, isso vai ser reconhecido com 
proteínas que estão presentes no citosol, e isso altera 
sua conformação e ativa uma via de STING, que produz 
sinalizadores capazes de estimular a transcrição do 
gene de IFN-1 e gerar o gene de interferon que é o 
mecanismo de resposta). 
 
→ Esses sensores de DNA sitosólicos atuam em geral 
por outras vias, que a da RNA polimerase tipo III que 
transcreve o DAN, que acaba ativando a via do RIG-1, 
levando a expressão de IFN, e a via AIM2, que 
reconhece DNA e forma o complexo do inflamossomo 
que gera interleucina 1β (IL-1β). 
 
✓ Receptores do tipo RIG (RLR): podem reconhecer 
PAMPs compostos de RNA (ácidos nucleicos) ou 
complexos RNA-DNA viral. O RIG-1 e o MDA-5 são 
os tipos RLR mais bem caracterizados, induzem a 
produção de IFN tipo 1 e inibem diretamente a 
replicação viral. 
→ A via dos inflamossomos, também são complexos 
multiproteicos que seformam no citosol em resposta a 
PAMPs e DAMPs citosólicos . A função é gerar formas 
ativas de IL-1β e IL-18. Potencializa uma inflamação 
induzida por uma determinada PAMP, e o produto dela 
que é uma interleucina extremamente importante 
para a inflamação aguda. 
→ Imagem abaixo: a bactéria patogênica ao entrar no 
citosol (1) é reconhecida por um sensor do tipo NLRP3, 
esse receptor associado a proteínas adaptadoras e a 
caspase-1 enzima inativa (2) , forma um complexo do 
inflamossomo (3), onde são proteínas do tipo NLRP-3 
associadas, ao entrar em contato com as bactérias 
ativavam essa via, que lisa a caspase-1, a tornando 
ativa (4) , e essa caspase-1 ativa vai quebrar o pró-IL-
1β, em IL-1β (5), que vai ser liberado pela célula 
gerando inflamação (6). 
 
RECEPTORES DE RECONHECIMENTO 
ASSOCIADOS A SUPERFICIE CÉLULAR 
→ São receptores de Lactina tipo C para carboidratos 
microbianos, reconhecem carboidratos presentes na 
superfície de microrganismos (dependente de Ca++). Os 
principais tipos são: 
✓ Receptor de Manose (CD206) 
✓ Dectina (Lectina do tipo C associado a DC) 
✓ Langerina (células de Langerhans) 
✓ DC – Sign 
 
✓ Receptores Scavenger: são proteínas da superfície 
celular que vão mediar a captação de lipoproteínas 
oxidadas para dentro da célula. Os do subtipo: 
→ SR-A e CD36 estão na parede de macrófagos e 
estimulam a fagocitose. 
→ CD36 ainda é um correceptor para a associação do 
TLR2 e TLR6, ou seja, aumenta a capacidade de 
detecção e de estímulo por dessa associação de dois 
receptores de TLR 
→ São capazes de reconhecer os LPS, ácido 
lipoteicoico, ácidos nucleicos e βGlucana. 
 
 
✓ Receptores Formil-Peptídeo (FPR-1): é expresso 
em leucócitos e são capazes de reconhecer 
peptídeos bacterianos contendo resíduo N-metil-
metionil e estimulam respostas de fagócitos a 
proteínas bactérias. 
 
COMPONENTES DO SISTEMA IMUNE INATO 
→ Barreiras epiteliais: tem a função de serem 
resistentes a infecção direta, funcionando como uma 
parede, na presença de citocinas, interleucinas e 
quimiocinas, podem agir diretamente no killing de 
microrganismos. 
✓ No caso das defensinas e as catelicidinas, que são 
proteínas de superfície que vão agir diretamente 
no patógeno, podendo gerar o término desse 
estímulo infeccioso sem que ele rompa a barreira 
epitelial. 
✓ E as células intraepiteliais, principalmente os 
linfócitos intraepiteliais, agem na resposta direta 
ao patógeno. 
→ Fagócitos: são células fagocíticas especializadas, é a 
nossa primeira grande linha de defesa contra os 
microrganismos que rompem a barreira cutânea. 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
→ Células Dendríticas: apresentam maior quantidade 
de receptores de reconhecimento para PAMPs e 
DAMPs, já que elas vão transmitir esse estímulo às 
outras células direto do sistema imune inato e da 
resposta adaptativa. 
✓ Apresentam tipos mais diversificados de TLRs e 
receptores de reconhecimento padrão 
citoplasmático do que qualquer outra célula. 
 
✓ As células dendríticas plasmocitóides são nossa 
principal fonte de interferon tipo 1 (resposta a 
infecção viral) e, por possuírem uma quantidade 
muito grande de TLR dos subtipos 3,7,8 e 9 e 
sensores citosólicos de RNA e DNA, fazem parte 
desse reconhecimento principal a partículas virais. 
→ Células linfoides inatas produtoras de citocinas 
(ILCs): são derivadas de medula óssea, tem morfologia 
semelhante a linfócitos, produzem citocinas, porém 
não possuem receptores do tipo C, o que a marcaria 
como linfócito. 
✓ Tem origem em um progenitor linfoide comum (1), 
gerando um precursor de célula linfoide inata (2), 
dependendo do tipo de estímulo que recebem, ou 
seja, dependendo do tipo de interleucina (3) que 
chega até a medula elas vão se diferenciar em 
tipos diferentes de célula linfoide inata (4), e cada 
tipo realiza uma forma de função. 
 
 
→ Células natural killer (NK) : tem capacidade 
citotóxicas, são muito importantes na defesa contra 
vírus e bactérias intracelulares. São semelhantes ao 
linfócito T-CD8, mas não tem os marcadores de 
superfície de linfócito. 
✓ A diferença entre as células linfoides produtoras de 
citocina e as NK, é que as linfoides são encontradas 
em tecidos periféricos e raramente no sangue e 
tecidos linfoides, e a NK corresponde a 5-15% das 
células mononucleares presentes no sangue e no 
baço. 
 
✓ As killer também secretam interferon gama (IFN-γ) 
e não possuem receptores antigênicos 
diversificados e clonalmente distribuídos, típicos 
de células B e T assim como os linfócitos (por isso 
não são classificadas como células linfoides). 
 
✓ Tem como o principal marcador de superfície o 
CD56 e não possuem o marcador T CD3+ (que é 
marcador de linfócito tipo T). 
 
✓ Nas infecções virais fazem expansão celular 
mediadas por ligantes ativadores (nas células 
infectadas) assim como o IL-12 e IL5. 
 
✓ São capazes de iniciar a destruição nas células 
infectadas antes dos linfócitos CTLs chegaram ao 
sítio de inflamação, ou seja, tem ação mais 
precoce, fazem parte do sistema imune inato, não 
necessitam de toda sinalização e expansão clonal. 
 
✓ Então as células NK são capazes de 
reconhecer/detectar por receptores de superfície 
células lesadas e células infectadas, que tem o 
problema dentro delas (1), fazem killing dessas 
células, com o mecanismo principal (via do IFN-γ) 
(2). 
 
 
✓ A partir do momento em que o macrófago fagocita 
o microrganismo (3), ele gera produção de 
interleucina 12 (IL-12) (4) que estimula a função da 
célula NK, que ativada começa a produzir IFN-γ (5), 
1 
2 
3 
4
 
4
 
4
 
1 2 
que vai auxiliar na ativação do macrófago, para que 
ele aumente a capacidade de killing e fagocitose. 
 
 
✓ Então as células NK são responsáveis por células 
normais sadias, e não tem sua função ativada, 
quando elas reconhecem células infectadas, 
danificadas ou tumorais, as NK vão destruir 
diretamente. 
 
✓ A forma de ativação e a de inibição ocorre por um 
duplo reconhecimento, onde o receptor ativador 
reconhece proteína integral da membrana celular, 
e o receptor inibidor reconhece MHC do tipo 1 
próprio; 
 
✓ A medida em que os dois receptores são 
ativados/encaixados, tem-se o receptor inibidor, 
principalmente engajado, a célula não é ativada. A 
partir do momento em que aparece uma célula 
infectada, onde as proteínas constituidoras de 
membranas continuam iguais, mas o MHC do tipo 
1 deixa de ser expresso, já que essa célula não é 
mais do próprio normal, o receptor inibidor não 
está mais engajado e ai o NK faz sua função. 
 
✓ Ou seja, há necessidade da ligação e 
reconhecimento da proteína de superfície normal 
celular, mas a falta do MHC do tipo 1 é o que não 
gera o engajamento do inibidor e 
consequentemente ativação da célula. 
 
→ Mastócitos: são células sentinelas presentes na 
pele, epitélio de mucosa e tecidos conectivos. Geram 
proteínas pró-inflamatórias e mediadores lipídicos em 
resposta a infecção e outros estímulos. Possuem: 
✓ Aminas vasoativas (histamina) 
✓ Enzimas proteolíticas 
✓ Prostaglandinas (mediadores lipídicos) 
✓ Citocinas (TNF) 
→ Moléculas efetoras solúveis: estão no plasma e 
atuam ligando-se ao microrganismo direto 
(opsoninas), ou ativação de resposta pró-inflamatória, 
fazendo atração de fagócito para o sítio da infecção. 
As principais moléculas são: 
 
✓ O Sistema Complemento: ele trabalha com 
proteínas plasmáticas que fazem opsonização e 
recrutamento de fagócitos e destruição direta de 
microrganismos, a partir do momento que é 
ativado por alguma via de ativação (são 3*) ele 
gera um recrutamento sequencial de proteínas, 
que vão se encaixando, formando um complexo 
que vai lesar diretamente a membrana do 
microrganismo e durante esse encaixe proteico 
também gera fragmentos que amplificam a 
resposta inflamatória. 
* A via clássica, a via alternativa e a viada lectina 
convergem para a lise/ativação da proteína C3 no 
fragmento C3a (estimula resposta inflamatória) e no 
C3b (são proteínas que vão se depositando na 
superfície do microrganismo – processo de 
opsonização, além de estimular a fagocitose faz a lise 
da proteína C5 em C5a, que gera inflamação, e o C5b 
vão se associar e partir dessa lise C6, C7,C8 e C9, que 
são outras proteínas também presentes no plasma do 
tipo C vão se associando e gera o complexo de ataque 
a membrana, que faz uma desregulação iônica da 
célula que faz com que ela resulte em lise). 
 
 
✓ Pentraxinas: são proteínas plasmáticas que 
reconhecem estruturas microbianas, e são capazes 
de ativar complemento ao se ligarem a C1q. As 
principais são: 
PCR (Proteína C reativa): é um complexo proteico que 
durante o processo de estímulos inflamatórios ele 
atinge níveis séricos muito altos, estimula 
principalmente IL-6 e IL-1, dos fagócitos e células 
dendríticas, ou seja, amplifica a inflamação. São 
chamados de “reagentes de Fase Aguda”. 
SAP (Amiloide P sérico) e Pentraxina Longa PTX3 
 
3 
4 
5 
✓ Colectinas: tem como principal representante a 
MBL (Lectina Ligante de Manose), que é um 
receptor solúvel que se liga a manose e fucose 
terminal em carboidratos, ativando via das lectinas 
do sistema complemento e atua como opsonina 
(marca o patógeno para estimular o fagocito) e a 
Proteína Surfactante A (SP-A) e Proteína 
Surfactante B (SP-B), que tem a função de manter 
a expansão alveolar (importante para troca 
gasosa), assim como são mediadores da imunidade 
inata no pulmão. 
 
✓ Ficolinas: ligam-se diretamente a bactérias, 
opsonizando e ativando complemento, fazendo 
resposta principalmente a bactérias gram +. 
 
RESPOSTA INFLAMATÓRIA 
→ Aguda: corresponde ao acúmulo de leucócitos, 
proteínas plasmáticas e líquido derivado do sangue em 
um sítio de infecção ou lesão tecidual. São várias 
citocinas envolvidas nessa imunidade inata, como: 
→ Fator de Necrose Tumoral (TNF): produzido 
principalmente pelos macrófagos células dendríticas, 
estão relacionados ao processo de inflamação e de 
trombose dos vasos sanguíneos tumorais; possuem 
alguns receptores de superfície importantes, ou seja, 
são receptores para TNF que estão presentes na 
maioria das células (o TNF-RI e TNF-RII). 
✓ A partir do momento que o TNF tem seu receptor 
ativado, através do TRAF (receptor associado ao 
receptor de TNF), ele inicia a transcrição de NFκβ 
e AP-1, executando a função pró-inflamatória do 
TNF. 
✓ A produção dele é estimulada a partir do contato 
de PAMPs ou DAMPs com os macrófagos. 
 
✓ Os TLR, NLR, RLR e CD podem induzir a expressão 
do TNF. 
 
✓ É responsável pelo choque séptico. 
 
✓ A principal fonte são neutrófilos de células 
endoteliais e epiteliais. 
→ Interleucina-1 (IL-1): é um mediador de resposta 
inflamatória aguda similar ao TNF. A principal fonte são 
os fagócitos mononucleares. As IL-1 se dividem em: 
✓ IL-1α e IL-1β que tem pouca homologia estrutural 
entre si, mas são capazes de ativar os mesmos 
receptores e tem as mesmas funções biológicas. 
Fazem a transcrição de novos genes que estimulam 
a produção do peptídeo pró-IL-1β. 
✓ Após a ativação do inflamossomo vai se tornar IL-
1β ativa. 
→ Interleucina-6 (IL-6): induz a síntese dos reagentes 
de fase aguda no fígado (PCR por exemplo), estimula a 
produção de neutrófilos na medula óssea e promove e 
diferenciação das células T auxiliares em células 
produtoras de TH17 – que vão modular a resposta 
inflamatória. 
✓ São produzidas por fagócitos mononucleares, 
células dendríticas, células endoteliais vasculares, 
fibroblastos em resposta aos PAMPs, IL-1 e TNF. 
 
→ Ingesta e Killing por Fagócitos Ativados: os 
microrganismos se ligam aos receptores de superfície, 
que ao serem ativados em resposta, a membrana muda 
sua conformação, fagocitando esse microrganismo, 
gera o fagossomo. 
✓ O fagossomo com o microrganismo ingerido é 
associado por resposta no citosol aos lisossomos 
(que são vacúolos anteriormente produzidos e que 
tem proteínas de defesa direto), ocorre fusão do 
fagossomo com o lisossomo, gerando fago- 
lisossomo, onde ocorre a real ativação do fagócito. 
Ou seja, essas proteínas vão agir lesando e 
inativando o microrganismo. 
 
✓ A destruição é feita através de reagentes do NO e 
do O2, que são estimulados a partir dessa 
confluência entre lisossomo e o fagossomo e 
geram o killing direto do microrganismo. 
 
✓ A captação dos receptores de superfície, são 
estimulados, ou seja, a quantidade de receptor e o 
grau de atividade do receptor por ainda outros 
receptores de superfície, por exemplo, o C3b entra 
em contato com um microrganismo que está 
opsonizado com a proteína C3 do complemento, 
que aumenta e estimula tanto a expressão dos 
receptores de superfície como a capacidade de 
função destes receptores. 
✓ Então a partir do momento que ocorre a 
sinalização do processo infeccioso, a fagocitose é 
estimulada tanto pelo contato do microrganismo 
com a proteína de superfície e ela é estimulada 
por outros cofatores (sistema do complemento e 
todos os estímulos por via da sinalização das 
citocinas, IL-1, IL-6 e TNF). 
 
 
→ Funções dos macrófagos ativados: quando os 
macrófagos são ativados diretamente, por exemplo, 
por um receptor de superfície do tipo TRL, entra em 
contato com o microrganismo (1), transduz o sinal e vai 
fazer estímulo à produção de citocinas pró-
inflamatórias, as espécies reativas de oxigênio e as 
reativas de NO (2), para a partir do momento que esses 
microrganismos forem fagocitados possa haver o 
killing. 
✓ Tem ainda a ação de receptores direto para outras 
proteínas, como as proteínas do complemento que 
vão amplificar essa resposta (3), estimular maior 
expressão de receptor de citocinas, estimular a 
maior expressão dos receptores de parede, assim 
como os receptores dentro do citosol para que ele 
tenha a sua ação direta na inflamação e 
intensifique a resposta imune adaptativa. 
 
 
→ Consequências da inflamação: 
✓ Processo inflamatório local: onde as células 
endoteliais a partir do estímulo do TNF e do IL-1 
vão aumentar a expressão e a capacidade de 
ligação das moléculas de adesão. O TNF estimula a 
reatividade da parede endotelial, assim como em 
associação aos quimiocinas a permeabilidade 
vascular para que as células possam chegar ao sítio 
de resposta . O monócito a partir que ele recebe o 
estímulo do TNF e IL-1 se torna um fagócito 
ativado, que também vai liberar as quimiocinas 
pró-inflamatórias para potencializar essa resposta. 
 
 
 
 
✓ Efeitos protetores sistêmicos: os mediadores 
inflamatórios liberados vão ter efeitos sistêmicos, 
por exemplo a chegada do TNF, IL-1 e IL-6 
estimulam o cérebro a formar e liberar pirógenos 
que são responsáveis pelo aparecimento da febre 
que sinalizam o processo inflamatório e processo 
infeccioso (1). A chegada das interleucinas ao 
fígado, estimula maior produção de proteínas de 
fase aguda (2), bem como a chegada desses 
mediadores a medula óssea estimula a produção 
de leucócitos (3). 
1
 
2 
3 
 Por isso durante o processo infeccioso você tem 
maior presença de leucócitos no hemograma. 
 
 
 
→ Efeitos patológicos sistêmicos: quando os 
mediadores inflamatórios chegam nas superfícies 
teciduais podem, no caso do TNF, no músculo cardíaco 
diminuir a capacidade de débito cardíaco. 
 
✓ Nas células endoteliais, da mesma forma que 
favorecem a permeabilidade também facilitam a 
formação de trombos – principalmente nas 
vênulas e vasos onde tem uma perda de líquido 
intra-lúmen para o terceiro espaço. Então tem 
menos líquido e maior chance de formação de 
trombo (maior chance de lesão da parede vascular. 
 
✓ A chegada do TNF na musculatura faz com que ela 
diminua a capacidade de entrada da insulina e 
consequentemente metabolização da glicose,o 
que faz com que o musculo também apresente 
processo de sofrimento (cetexia). 
 
→ Sepse: é um processo infecioso inflamatório mais 
importante, gera uma serie de consequências mais 
graves para o organismo, caracterizada por: febre, 
aumentos nas frequências cardíacas e respiratória, 
anormalidades metabólicas e perturbações mentais. 
✓ O choque séptico é um colapso do sistema vascular 
decorrente principalmente dos efeitos de TNF, 
onde a PAMPs de diferentes origens (LPS de gram 
negativas ou ácidos lipoproteicos de gram 
positivas) estimulam a sinalização via receptor do 
TRL. 
 
✓ Gera produção de TNF, que vai transcrever e 
estimular a liberação de IL-12, IL-1 e IFN que 
amplifica processo inflamatório. 
 
✓ A partir daí vai ter uma vasodilatação muito 
importante e uma saída do líquido do plasma de 
dentro do vaso para o 3° espaço, então falta líquido 
para o bombeamento e consequentemente vai 
haver choque. 
→ Um processo muito similar ao choque, mas 
relacionado a processos/distúrbios não infecciosos é o 
SIRS, que é decorrente de queimaduras, traumatismos 
de grande intensidade e pancreatites. 
→ Estimulação da imunidade adaptativa: a imunidade 
inata gera sinais que atuam em conjunto com o 
antígeno para estimular a proliferação e diferenciação 
dos linfócitos T e B específicos, ou seja, a ativação e a 
estimulação dos linfócitos acontece por 2 sinais: 
✓ 1 - Quando há ligação do antígeno microbiano 
direto a superfície do linfócito, onde ele tem 
receptor de superfície específico. 
✓ 2 - Bem como a molécula induzida pelo sistema 
imune inato também faz a ativação direta desse 
linfócito para que eles façam a proliferação e a 
produção da resposta imune adaptativa. 
→ Essa transmissão/passagem da resposta imune 
inata para a resposta imune adaptativa requer esse 
estímulo duplo. 
 
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