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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU – UNINASSAU TERESINA DISCIPLINA PARASITOLOGIA CURSO: ENFERMAGEM PROFESSORA MARIA MICHELE ARAUJO DE SOUSA CAVALCANTE FILARIOSE (Wuchereria Bancrofti) DOCENTE: Gabrielli Alves Da Silva TERESINA-PI, 2021 Filariose A filariose, popularmente conhecida como elefantíase ou filariose linfática, é uma doença infecciosa causada pelo parasita wuchereria bancrofti que pode ser transmitida para as pessoas por meio da picada do mosquito culex quinquefasciatus infectado. Ciclo Biológico A wucheria bancrofti possui duas formas evolutivas, a microfilária e o verme adulto. A microfilária corresponde a forma juvenil do parasita e é a forma que é encontrada na corrente sanguínea e nos linfonodos. Já a forma adulta do parasita está presente nos vasos linfáticos e produzem mais microfilárias, que são liberadas na corrente sanguínea. Esse parasita é transmitido através da picada do mosquito do gênero culex sp. Infectado, que libera larvas infectantes na corrente sanguínea da pessoa, que se deslocam até os vasos linfáticos, resultando em resposta inflamatória e nos sintomas característicos da filariose linfática. A transmissão não ocorre de pessoa para pessoa, é necessário um vetor, o qual pode ser um mosquito ou mosca. Quando ocorre a picada do mosquito fêmea, as larvas penetram na pele e migram até os linfonodos, onde ficam até chegar a fase adulta. Ao atingir sua maturidade, os vermes adultos já diferenciados em machos e fêmeas, irão originar microfilárias, as quais também habitarão a corrente sanguínea. Manifestações Clínicas Algumas pessoas podem ser infectadas pela W. bancrofti e não apresentar nenhum sinal e sintoma de infecção, isso porque nessas situações os vermes adultos podem morrer e serem eliminados, sem que haja desenvolvimento dos sintomas. No entanto outras pessoas podem apresentar sintomas de infecção, sendo os principais: • Febre; • Calafrios; • Aumento dos gânglios linfáticos, quando o parasita chega a corrente sanguínea; • Inchaço das extremidades, popularmente conhecido como elefantíase, podendo afetar as pernas, pincipalmente, testículos ou seios; • Presença de calcificações e abscessos devido a morte dos parasitas adultos; • Aumento da quantidade de eosinófilos no sangue, conhecido como eosinofilia, o que acontece como consequência da presença do parasita no organismo. Além disso, é possível também que algumas pessoas desenvolvam infecção secundária por bactéria do gênero Streptococcus sp., já que a infecção por w bancrofti deixa o sistema imunológico mais comprometido. Diagnóstico O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, já que o diagnóstico através dos sintomas é, na maioria das vezes difícil, pois a doença pode ser assintomática ou ter sintomas semelhantes de outras doenças. O diagnóstico laboratorial é feito por meio da pesquisa de microfilárias no sangue periférico, sendo importante que a coleta de sangue seja feita no período noturno, porque é durante a noite que o parasita encontra-se em maior concentração no sangue, permitindo o diagnóstico. Após a coleta, o sangue é enviado para o laboratório para que seja analisado através da gota espessa, que é uma técnica que permite a visualização e contagem das microfilárias entre as células do sangue. Além disso, podem ser realizadas outras técnicas de diagnóstico, como PCR e exames imunológicos para identificas antígenos ou anticorpos contra o parasita. Tratamento O tratamento para w. bancrofti deve ser feito de acordo com a orientação do médico, sendo normalmente recomendado o uso de dietilcarbamazina durante cerca de 12 dias. Esse remédio é o mais indicado para combater esse parasita, pois atua tanto contra o verme adulto quanto contra as microfilárias. Em alguns casos poder ser recomendado o uso de ivermectina, no entanto esse remédio não atua contra os vermes adultos, apenas contra as microfilárias. Em casos mais avançados não é possível a cura da doença. Entretanto, o tratamento é fundamental para evitar a proliferação dos vermes e consequentes inchaços e deformações. Ainda existem casos em que os vermes adultos precisam ser retirados do organismo através de cirurgia. No Brasil, o tratamento da filariose é gratuito e garantido através do sistema único de saúde (SUS). O tratamento é longo e não deve ser interrompido. REFERÊNCIAS: https://www.todamateria.com.br/filariose https://www.tuasaude.com/wuchereria-bancrofti https://www.todamateria.com.br/filariose/#:~:text=Quando%20ocorre%20a%20picada%20do,tamb%C3%A9m%20habitar%C3%A3o%20a%20corrente%20sangu%C3%ADnea. https://www.tuasaude.com/wuchereria-bancrofti/#:~:text=A%20Wuchereria%20bancrofti%2C%20ou%20W,mosquito%20do%20g%C3%AAnero%20Culex%20sp.
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