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Estomatologia São lesões que consistem no aumento do nº de células em uma região da mucosa oral. Localização Se classificam Aspecto clínico quanto a: Aspct.histológico Etiologia Suas principais causas são por: ➢ Hereditariedade ➢ Agressão microbiana. Ex: Cândida albicans ➢ Trauma (frequência/intensidade) ➢ Desequilíbrio hormonal. Ex: menopausa, gestação ➢ Exigências funcionais. Ex: alterações sistêmicas ➢ Agentes químicos. Ex: medicamentos, como o colágeno Você sabia? HIPERTROFIA X HIPERPRASIA Hipertrofia: é o aumento no número de células em um órgão Hiperplasia: é o aumento no volume celular, sem o aumento no nº de células Estomatologia Lesões hiperplásicas FIBROMA ➢ Fibroma traumático ➢ Fibroma de irritação ➢ Hiperplasia fibrosa focal ➢ Nódulo fibroso Características clínicas Resposta a irritação local ou trauma na mucosa jugal, labial, língua ou gengiva Aspecto clínico ➢ Nódulo com coloração semelhante a mucosa ➢ Séssil ou pedunculado ➢ Tamanho variável (1,5 cm) ➢ Assintomática ➢ 3º, 4º, 5º década de vida ➢ 2:1 mulheres / homens Características histopatológicas Massa nodular de tecido conjuntivo fibrosos coberto por epitélio escamoso estratificado Estomatologia Tratamento ➢ Excisão cirúrgica (remoção cirúrgica total) ➢ Excelente prognóstico ➢ Eliminar o trauma HIPERPLASIAS POR BORDAS DE PRÓTESES (Epulis fissuratum) ➢ Epúlide fissurada ➢ Hiperplasia fibrosa inflamatória ➢ Epúlide por dentadura ➢ Tumor por lesão de dentadura Você sabia? Epulis -> epúlide = crescimento gengival Fissuratum -> fissura Epulis fissuratum: hiperplasias e fissuras ocasionadas pelo uso incorreto de próteses HIPERPLASIA POR PRÓTESE MAL ADAPTADA Hiperplasia do tecido conjuntivo fibroso relacionada com bordas de uma prótese total ou parcial mal adaptada Características clínicas ➢ Uma ou mais pregas na região vestibular do rebordo alveolar ➢ Região anterior de maxila ou mandíbula Estomatologia ➢ Tamanho variável (1cm) ➢ Coloração semelhante à mucosa eritematosa ➢ Assintomática ➢ Predileção sexo feminino, uma vez que as mulheres vivem mais que os homens, e por consequência, usam próteses com mais frequência, por um período maior de tempo e possuem alterações hormonais. Características histopatológicas ➢ Hiperplasia do tecido conjuntivo fibroso ➢ Múltiplas pregas e ranhuras ➢ Áreas de ulceração nas fissuras entre as pregas ➢ Infiltrado inflamatório crônico Tratamento ➢ Excisão cirúrgica ➢ Substituição da prótese Estomatologia HIPERPLASIA POR CÂMARA DE SUCÇÃO (câmara vácuo) A câmara de sucção era um artifício utilizado para promover maior retenção da prótese, que acabava por promover um crescimento tecidual, popularmente conhecido por “calo de dentadura” Tratamento: ➢ Excisão cirúrgica ➢ Substituição da prótese HIPERPLASIA PAPILAR DO PALATO Papilomatose por dentadura (pápulas no palato) Etiologia ➢ Prótese mal adaptada ➢ Má higiene da prótese com presença de cândida albicans ➢ Uso da prótese por 24hrs Características clínicas ➢ Numerosas projeções papilares no palato ➢ Coloração avermelhada Estomatologia ➢ Assintomática ou pode estar relacionada à queimação na boca Características histopatológicas Numerosos crescimentos papilares cobertos por epitélio escamoso estratificado hiperplásico Tratamento ➢ Excisão cirúrgica – por curetagem, eletrocirurgia, mucoabrasão ➢ Instrução quanto ao uso descontínuo da prótese ➢ Instrução quanto à higienização da prótese ➢ Confecção de nova prótese ➢ Prescrição de antifúngico, caso houver necessidade PÓLIPO FIBROEPITELIAL ➢ Fibroma por dentadura semelhante a folha Estomatologia ➢ Crescimento achatado com um pequeno pedículo ➢ Palato abaixo da prótese ➢ Coloração rosa com periferia de contorno sinuoso lembrando a superfície de uma folha Características histopatológicas ➢ Tecido conjuntivo fibroso ➢ Epitélio de recobrimento escamoso estratificado Tratamento ➢ Excisão cirúrgica ➢ Correção ou confecção de nova prótese PÓLIPO PULPAR (Pulpite crônica hiperplásica) ➢ Ocorre com maior frequência em crianças e adultos jovens, visto que esses pacientes possuem seus molares com as polpas maiores, pois ainda não houve tempo suficiente de vida para formação de dentina terciária ➢ Acomete molares decíduos ou permanentes com grande exposição da polpa Estomatologia Tratamento ➢ Tratamento endodôntico ou exodontia ➢ Excisão total do pólipo GRANULOMA PIOGÊNICO ➢ Originalmente se pensava que fosse uma lesão causada por microrganismos piogênicos, porém, atualmente acredita-se que não esteja relacionada a uma infecção. ➢ Resposta tecidual exuberante a uma irritação local ou trauma. Ex: área com muito cálculo dental, biofilme... ➢ Apesar da denominação não é m granuloma verdadeiro Características clínicas ➢ Massa plana ou lobulada ➢ Pedunculada ou séssil ➢ Tamanho variado ➢ Podem apresentar crescimento rápido ➢ indolor ➢ Sangra facilmente devido a sua extensa vascularização Estomatologia ➢ Predileção pela gengiva (75% dos casos) ➢ Resultado de má higiene oral ➢ Mais comuns na gengiva superior, região anterior ➢ Lábios, língua e mucosa jugal ➢ Predileção pelo sexo feminino ➢ Crianças e adultos jovens ➢ Superfície ulcerada ➢ Coloração varia de rosa a vermelho ou roxo ➢ Granulomas piogênicos iniciais são altamente vascularizados; as lesões mais antigas se tornam mais colagenizadas Estomatologia GRANULOMA GRAVÍDICO ➢ Quando se desenvolve em mulheres grávidas ➢ Desenvolve-se durante o primeiro trimestre e sua incidência aumenta a partir do sétimo mês de gravidez ➢ Pode estar relacionada ao aumentos nos níveis de estrogênio e progesterona. Tal hipótese tem sido descartada Características histopatológicas ➢ Proliferação altamente vascular, que lembra o tecido de granulação ➢ Usualmente, a superfície é ulcerada e substituída por uma membrana fibrinopurulenta espessa ➢ Numerosos canais, estando obliterados com hemácias ➢ Lesões mais antigas podem ter áreas com aparências mais fibrosa Estomatologia Tratamento ➢ Excisão cirúrgica conservadora da lesão ➢ Nas lesões gengivais a excisão deve estender-se abaixo no periósteo e os dentes adjacentes devem ser raspados ➢ Índice de recidiva é maior nas lesões removidas durante a gravidez, e algumas lesões podem se resolver espontaneamente após o parto Diagnóstico diferencial ➢ Granuloma de células gigantes periférico ➢ Fibroma FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO Outros termos: ➢ Fibroma odontogênico periférico ➢ Epúlide fibroide ossificante ➢ Fibroma periférico com calcificação ➢ Granuloma fibroblástico calcificante É uma proliferação fibrosa reativa, com origem no periósteo ou no ligamento periodontal, apresentando produto mineralizado em seu interior (osso ou cemento). ➢ Lesão reacional – relação com outros crescimentos gengivais reacionais (granuloma piogênico) ➢ Fatores irritantes locais estimulam fibroblastos do ligamento periodontal que também Estomatologia possuem potencial osteogênico e cementogênico Características clínicas ➢ Nódulo pedunculado ou séssil , bem definido ➢ Coloração vermelho a rosa ➢ Superfície lisa ou ulcerada ➢ Tamanho em media 2cm,com crescimento lento ➢ Consistência firme ➢ Assintomático Características radiográficas ➢ Pode apresentar pequenos focos radiopacos dispersos no interior do tecido mole proliferado ➢ A intensidade da radiopacidade pode estar ligada ao tempo de evolução ➢ Visualização: ajustar a exposição (kilovoltagem e miliamperagem) ➢ A área de implantação no osso adjacente pode apresentar erosão superficial Estomatologia Diagnóstico diferencial ➢ Granuloma piogênico ➢ Fibroma de irritação ➢ Lesão periférica da célula gigante Características histológicas ➢ Proliferação fibrosa ➢ Formação de material mineralizado variável: osso, material semelhante ao cemento (lesões mais antigas) ou calcificação distrófica (lesões ulceradas) ➢ Epitélio integro ou ulcerado com membrana fibrinopurulenta e tecido de granulação adjacente ➢ Pode-se encontrar células gigantes multinucleadas junto ao material mineralizado Estomatologia Tratamento ➢ Excisão cirúrgica – biópsia excisional ➢ Massa deve ser excisada subperiosticamente ➢ Dentes adjacentes vigorosamente raspados Prognóstico ➢ Recidiva: 7 – 20%, nos 12 meses após a excisão ➢ Persistência de agentes irritativos ➢ Excisão incompleta ➢ Comportamento mais agressivo ➢ Erro inicial de diagnóstico ➢ Recomenda-se acompanhamentos pós-operatório GRANULOMA PERIFÉRICO DE CÉLULAS GIGANTES Outros termos: ➢ Epúlide de células gigantes ➢ Granuloma reparador de células gigantes periférico ➢ Granuloma periférico de células gigantes ➢ Hiperplasia de células gigantes ➢ Lesão periférica de células gigantes Derivadas de células gigantes em proliferação associadas com a reabsorção das raízes de dentes decíduos. Outrossim, são derivadas de células endoteliais dos capilares (fusão de células endoteliais) Estomatologia Características clínicas ➢ Prevalência na 5º e 6º década de vida ➢ 60% sexo feminino ➢ Ocorre exclusivamente na gengiva ou rebordo edêntulo, como massa nodular vermelha ou vermelho- azulada ➢ Lesão de base séssil ou pedunculada, podendo estar ou não ulcerada ➢ Regiões: gengiva ou mucosa alveolar. Mandíbula pouco mais afetada que maxila. Estomatologia Características radiográficas ➢ Perda óssea em forma de taça em casos de maior reabsorção Características histopatológicas ➢ Proliferação de células gigantes multinucleadas ➢ Focos hemorrágicos ➢ Células mesenquimais ovoides Diagnóstico diferencial ➢ Granuloma piogênico ➢ Hiperplasia fibrosa ➢ Fibroma ossificante periférico ➢ Tumor marrom extra-ósseo (hiperparatiroidismo) Tratamento ➢ Excisão cirúrgica ➢ Remover possíveis agentes traumáticos ➢ Prognóstico: 10% recidiva Estomatologia CRESCIMENTOS GENGIVAIS DIFUSOS E GENERALIZADOS AUMENTO GENGIVAL MEDICAMENTOSSO ➢ Crescimento anormal dos tecidos gengivais devido ao uso de medicações sistêmica ➢ Aumento do volume gengival se deve à produção aumentada de matriz extracelular (colágeno) ➢ Não há hiperplasia do epitélio ou das células do conjuntivo. O grau de inflamação, fibrose e celularidade do tecido depende dos seguintes fatores: ➢ Tempo ➢ Dose ➢ Tipo de droga ➢ Qualidade da higiene oral ➢ Susceptibilidade individual (fatores genéticos e ambientais) Principais medicamentos ➢ Fenitoína – antiepilético ➢ Nifedipina – tratamento de doenças cardiovasculares ➢ Ciclosporina – imunossupressor Características clínicas ➢ Após 1 a 3 meses de administração da droga: aumento inicia-se na papila interdental e dissemina- se através da superfície gengival ➢ Cobertura total ou parcial do dente ➢ Geralmente não afeta áreas edêntulas Estomatologia ➢ Pode ser observada sobre próteses mal adaptadas e ao redor de implantes usuário de Fenitoína Usuário de ciclosporina Aspectos histológicos ➢ Alongamento das cristas epiteliais em direção à lâmina própria subjacente ➢ Aumento da quantidade de fibras colágenas, com densidade normal de fibroblastos Tratamento ➢ Remoção cirúrgica ➢ Higiene oral rigorosa e profilaxias constantes Estomatologia ➢ Descontinuação ou substituição da medicação: ciclosporina por tracolimo, Fenitoína por carbamazepina ou ácido valpróico, Nifedipina por diidropiridinas ➢ Ácido fólico sistêmico, metronidazol (ciclosporina) ou azitromicina (ciclosporina, Nifedipina ou Fenitoína), ajudam a reduzir o volume gengival. FIBROMATOSE GENGIVAL Aumento gengival progressivo e lento, causado por crescimento excessivo de colágenos do tecido conjuntivo fibroso gengival. Pode ter causa idiopática, familiar, isolado ou com associação a alguma síndrome ... Características clínicas ➢ Antes dos 20 ➢ Erupção dos dentes decíduos ou permanentes ➢ Generalizadas ou localizadas ➢ Maxila mais afetada Estomatologia ➢ Gengiva firme, coloração normal, coberta por superfície lisa Características histopatológicas ➢ Inflamação ausente ou discreta ➢ Epitélio com prolongamentos digitiformes longos e finos ➢ Tecido colagenoso denso hipocelular e hipovascular Tratamento ➢ Gengivectomia ➢ Instrução higiene oral vigorosa ➢ acompanhamento Estomatologia
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