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Discursiva Psicologia e Comunidade

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Discursiva Psicologia e Comunidade 
A violência na adolescência está ligada em grande parte ao que é aprendido na infância 
e ao que é praticado com a criança na infância. Crianças são como folhas de papel em 
branco, onde os genitores tem um papel fundamental na construção do que será 
“escrito” nessa folha em branco. 
Concordo com a afirmação de Rosseau de que somos piedosos quando crianças, nas 
aulas de desenvolvimento humano, pude ampliar os meus conhecimentos a respeito dos 
comportamentos, sentimentos e pensamentos de uma criança. Através do conhecimento 
adquirido, pude compreender que os comportamentos de uma criança, que, os adultos 
consideram inapropriados ou que até mesmo despertam a ira dos adultos, são 
comportamentos completamente aceitáveis do próprio desenvolvimento humano. 
Partindo deste pressuposto, chego à conclusão de que a forma como os adultos que 
fazem parte do convívio dessa criança reagem as suas manifestações dos pensamentos e 
sentimentos, tem, grande influencia sobre os comportamentos, as decisões e os 
pensamentos que essa criança terá enquanto adolescente. 
Quando uma criança expressa os seus sentimentos através dos comportamentos, os 
adultos, os genitores, os responsáveis pela educação dessa criança, possuem duas 
vertentes a escolher, a primeira é: Acolher os sentimentos, tentando compreender a 
razão daquele sentimento e comportamento da criança. A segunda e mais comumente 
escolhida infelizmente é: Não acolher os sentimentos da criança, muito menos tentar 
compreender a razão da manifestação daquele comportamento, partindo diretamente 
para agressão física, ou a repressão do choro da criança ou daquele comportamento. 
Como adepta da linha teórica da TCC, acredito piamente que é a partir desta escolha 
disfuncional dos genitores de partir para agressão física ao invés do acolhimento e da 
compreensão, que é formado um esquema cognitivo desadaptado na criança, que 
perdura, para adolescência e para a vida adulta. Não há como esperar comportamentos 
de piedade de uma criança ou de um adolescente, quando tudo que foi ensinado a ele foi 
ensinado através de agressão física, agressão verbal e incompreensão. 
Como consequências deste esquema cognitivo desadaptado podemos citar: A própria 
violência física deste individuo contra os outros indivíduos, a incompreensão com os 
sentimentos e comportamentos dos outros e consigo mesmo, sentimentos de rejeição, 
afinal todas as vezes em que aquela criança expressou seus sentimentos, ela foi 
reprimida ou punida por aquele evento. 
Para mim, a violência física, a violência verbal, o sentimento de rejeição, o sentimento 
de abandono e a incompreensão, todos eles aprendidos e praticados pelos genitores na 
infância são fatores que estão diretamente ligados aos atos infracionais na adolescência. 
Como adultos, quando nos sentimos tristes, ou até mesmo quando temos lapsos de raiva 
que tentam disfarçar a tristeza, estamos reprimindo os nossos sentimentos conforme 
fomos ensinados na infância não é mesmo? É comum infelizmente ouvir de adultos, 
que, quando eles choravam na infância ouviam a famosa frase “engole o choro”, e 
particularmente nos meus 23 anos de vida ainda não ouvi alguém dizer que essa frase 
trazia consigo boas sensações de acolhimento e de conforto para os sentimentos que 
causaram o choro naquele momento. Então diante desses fatos gostaria de finalizar a 
minha discursiva fazendo uma reflexão: Por que somos tão cruéis e impiedosos com os 
sentimentos e os comportamentos das crianças?

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