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04_Contas a Pagar e a Receber

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AN02FREV001/REV 4.0 
 69 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
CONTAS A PAGAR E A RECEBER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
CONTAS A PAGAR E A RECEBER 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 71 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
20 FLUXO DE CAIXA 
 
O fluxo de caixa nada mais é que o registro de todas as entradas e as 
saídas financeiras de uma empresa em um período de tempo. É um instrumento 
gerencial, que projeta para períodos futuros todas as entradas e saídas de recursos 
financeiros. 
O fluxo de caixa é muito importante para uma empresa, porque é possível 
perceber sobras e faltas no caixa antes mesmo que ocorra, facilitando o 
planejamento financeiro. 
Estes registros são feitos em relatório próprio, em que é possível analisar e 
interpretar as variações do disponível, que é a conta do Ativo onde são registrados 
os recursos da empresa. 
Deve se entender que o “caixa” refere-se não somente a conta contábil 
caixa, mas todos os recursos de liquidez imediata que a empresa pode utilizar como 
se fosse dinheiro. 
Toda a circulação de dinheiro da empresa é representada no fluxo de caixa, 
por isso, fluxo de caixa, onde fluxo refere-se à movimentação ou circulação e caixa 
refere-se a dinheiro ou recursos monetários. 
O balanço de uma empresa sintetiza o que ela possui (ativos) e o que deve 
(passivo) e a diferença deles é o patrimônio líquido. 
Veja o Balanço Patrimonial para um melhor entendimento: 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 72 
 
 
FIGURA 26: EXEMPLO DE BALANÇO PATRIMONIAL 
Ativo Passivo 
Disponível Exigível de Curto Prazo 
Caixa Folha de Pagamento 
Depósitos Bancários à vista Encargos (INSS, FGTS,...) 
Aplicações de Liquidez Imediata Empréstimos Bancários 
Numerários em Trânsito Tributos 
 Fornecedores 
Realizável de Curto Prazo Exigível de Longo Prazo 
Aplicações de Curto Prazo Empréstimos e Financiamentos 
Estoques 
Realizável de Longo Prazo Patrimônio Líquido 
FONTE: Arquivo pessoal do Autor 
 
 
O fluxo de caixa pode ser conforme o seu objetivo. Então, podemos ter um 
fluxo de caixa das operações como a venda, produção de bens ou prestação de 
serviços, pode-se ter um fluxo de caixa de financiamento em que são expostas todas 
as transações financeiras somadas ao capital próprio e de terceiros, etc. 
Pode-se desejar elaborar um fluxo de caixa, destinado ao investidor em que 
se expõem os valores líquidos, ou seja, depois de descontados impostos e taxas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 73 
Para a tomada de importantes decisões financeiras de uma empresa, o fluxo 
de caixa representa um instrumento essencial. É considerado por muitos a “bola de 
cristal” do gestor financeiro. 
 
 
FIGURA 27 – FLUXO DE CAIXA MODELO DIRETO 
 
FLUXO DE CAIXA DIRETO 
Saldo Inicial Do Disponível 30.000,00 
 
Atividades Operacionais 128.000,00 
 
(+) Vendas a vista 48.000,00 
(+) Recebimento de Duplicatas 39.000,00 
(-) Pagamento de Juros 8.000,00 
(-) Compra de Mercadorias 33.000,00 
 
Atividades de Financiamento 120.000,00 
 
(+) Empréstimos 90.000,00 
(+) Capital Social 30.000,00 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 74 
Saldo Final do Disponível 278.000 
Variação do fluxo de Caixa 248.000,00 
FONTE: Arquivo Pessoal do Autor. 
 
 
20.1 DESENVOLVIMENTO DE FLUXO DE CAIXA 
 
 
O fluxo de caixa é uma demonstração financeira de uso interno da empresa 
e, por isso, não deve ser divulgado para todos. 
Matarazzo (2003, p. 363) descreve na maioria das vezes, os problemas de 
insolvência decorrem de uma má administração deste demonstrativo. Segundo ele, 
por meio do fluxo de caixa é possível saber se a empresa é autossuficiente no 
financiamento do seu capital de giro e qual a sua capacidade de expansão. 
O fluxo de caixa mostra a diferença entre os valores recebidos e os valores 
desembolsados pela empresa. Por isso, os relatórios de contas a Pagar e de Contas 
a Receber são tão importantes para a elaboração do fluxo de caixa. 
 
 
20.2 EXEMPLO DE PLANO DE CONTAS FINANCEIRO 
 
PLANO DE CONTAS FINANCEIRO 
 
1- ENTRADA 
 
1.1 VENDAS A RECEBER 
1.2 VENDAS À VISTA 
1.3 EMPRESTIMOS / FINANCIAMENTO 
1.4 ADIANTAMENTO DIRETORIA 
1.5 INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 75 
1.6 OUTRAS ENTRADAS 
 
 
2- SAÍDA 
 
CUSTO FIXO 
 
2.1 ALUGUEL + IPTU 
2.2 LUZ 
2.3 ÁGUA 
2.4 TELEFONE 
2.5 SEGUROS 
2.6 SALÁRIOS 
2.7 EMPRÉSTIMOS 
2.8 PROLABORE 
2.9 CONTADOR E ADVOGADO 
2.10 OUTRAS SAÍDAS 
 
 
CUSTO VARIÁVEL 
 
2.20 IMPOSTOS / TRIBUTOS 
2.21 SERVIÇO PRESTADO POR TERCEIROS / FRETE 
2.22 MERCADORIA PARA VENDA 
2.23 ADIANTAMENTO DIRETORIA 
2.24 COMISSÃO DE VENDA 
2.25 OUTRAS SAÍDAS 
 
Este plano de contas é meramente ilustrativo, para que se tenha uma ideia 
para a elaboração do fluxo de caixa. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 76 
As contas do Ativo Disponível representam aquelas “contas” que tem 
liquidez imediata, ou seja, que a empresa tem em seu poder ou pode ter 
imediatamente. 
 O caixa representa o dinheiro “vivo” ou em espécie. 
 Aplicações de Curto Prazo são consideradas aqui somente àquelas aplicações 
que podem ser retiradas imediatamente caso a empresa necessite. 
 
 
20.3 CAPITAL DE GIRO 
 
 
Para um melhor entendimento a respeito da gestão do fluxo de caixa, das 
contas a pagar ou das contas a receber, é propício entender o conceito de capital de 
giro e qual a sua importância. 
O capital de giro são os valores necessários para girarem os negócios da 
empresa e, representam cerca de 50% a 60% dos ativos. 
Há muitas mudanças que ocorrem na economia que afetam diretamente à 
empresa, por isso, o capital de giro deve ser monitorado constantemente. 
Além das mudanças no panorama econômico, existem fatores internos e 
externos que afetam às finanças da empresa tais como: redução de vendas, 
aumento de vendas, aumento de inadimplência, aumento nas despesas, aumento 
dos custos etc. 
O capital de Giro diminui quando a empresa faz novos investimentos em 
bens (aumento do imobilizado). 
Hoji (2004) e Weston e Brigham (2004) explicam que o capital de giro é o 
capital circulante, ou seja, são os recursos que são aplicados no ativo circulante. 
Esses são transformados a cada ciclo operacional. 
Quando o capital de giro é transformado em dinheiro acrescenta variações 
positivas ou negativas. 
O capital de Giro é necessário, pois ele financiará as atividades da empresa. 
Por exemplo, para efetuar compra de produtos para posterior venda, usa-se o capital 
de giro, obtendo possível lucro desta operação. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 77 
 
 
20.4 FONTES DE CAPITAL DE GIROS 
 
 
Quais são as fontes do capital de giro? Obtêm-se capital de giro de várias 
fontes como: os capitais próprios, Empréstimos, Financiamentos, fornecedores, 
Adiantamento de Clientes e os Lucros. 
Os recursos do capital de giro ficam alocados no Estoque, nas contas a 
receber, no caixa e na conta corrente. 
 
 
21 COMO EVITAR FRAUDES 
 
 
Um tema bastante atual e que está diretamente relacionado à organização e 
aos controles financeiros de uma empresa é a fraude. 
Apesar de contratar pessoas em que a empresa confia e, que tenha boas 
referências é sempre bom lembrar que o ser humano em si pode algum dia em sua 
vida cometer um engano. 
É claro que existem pessoas éticas e confiáveis, porém existem outras 
pessoas que somente esperam uma oportunidadepara obter vantagens e dinheiro 
rápido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 78 
 
 
FIGURA 28 - FRAUDES 
 
 
FONTE: Disponível em < http://informacaocontabil.blogspot.com.ar/2011/05/saiba-quais-
sao-as-fraudes-mais-visadas.html> Acesso em: 16 dez. 2013. 
 
 
Por isso, é preciso ter alguns cuidados para evitar problemas como desvios 
financeiros e outros tipos de fraude no setor de contas a pagar e a receber. 
De acordo com o conselho Federal de Contabilidade na resolução n° 700 
diz: 
 
O termo “fraude” aplica-se a atos voluntários de omissão e manipulação de 
transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações 
contábeis. 
As áreas mais visadas para fraudar em uma organização é a área financeira 
ou contábil. 
 
As fraudes costumam iniciar por um dos caminhos possíveis, podendo ser 
pelos pontos fracos nos controles gerenciais, por exemplo. Normalmente, são 
cometidos por funcionários da organização ou até mesmo sócios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 79 
 
 
FIGURA 29 – FRAUDES ELETRÔNICAS 
 
 
 
FONTE: Disponível em: < http://seumicroseguro.com/2012/02/07/fraudes-online-triplicaram-
no-brasil-em-2011/> Acesso em 16 dez. 2013. 
 
 
21.1 MOTIVOS QUE LEVAM A UMA PESSOA A FRAUDAR 
 
 
Os motivos para que uma pessoa cometa uma fraude são muitos. Pode 
ocorrer devido a pressões financeiras que a pessoa está sofrendo, por 
necessidades, dívidas, ou até mesmo o desejo de ter um nível de vida melhor. 
Também pode ocorrer por perceber que os controles da empresa ou setor são 
ineficientes e existe uma grande oportunidade que não será percebida. A 
oportunidade fará a ocasião. 
Sá e Hoog (2009) falam que cometer uma fraude pode ser um ato vicioso. O 
desejo por obter dinheiro fácil e a ganância em seu caráter. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 80 
 
 
21.2 POSSÍVEIS FRAUDES E IRREGULARIDADES NO SETOR FINANCEIRO 
 
 
21.2.1 Pagamentos em Duplicidade 
 
 
Realizam-se lançamentos de pagamento duplos com a finalidade de 
reapresentá-los e cobrar a diferença. Por isso, deve-se ter o cuidado de carimbar 
todos os documentos que foram pagos. 
 
 
21.2.2 Adiantamento a Fornecedores 
 
 
Há casos em que a empresa que vendou ou prestou serviços necessita 
receber algum adiantamento do valor a ser recebido. Quando isso acontece, é 
preciso ter o cuidado de manter um controle destes adiantamentos corretamente 
numerado e registrados. 
Quando o fornecedor recebe este adiantamento deve assinar um documento 
que ficará em poder do setor financeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 30 – FRAUDES CORPORATIVAS 
 
FONTE: Disponível em: < http://www.fatecsaocaetano.edu.br/eventos/2012/acfe/> Acesso 
em 16 dez. 2013. 
 
 
21.2.3 Notas Fiscais Estornadas 
 
 
Há casos em que a mercadoria foi devolvida e, de igual forma é cobrada da 
empresa. 
Por isso, é necessário que a tesouraria confira todos os documentos do 
processo, ou seja, pedido, nota fiscal, fatura e aviso de cobrança. Deve-se observar 
a assinatura de recebimento da mercadoria em perfeitas condições e se os valores e 
as quantias são iguais. 
 
 
21.2.4 Pagamento Total de Mercadoria Parcial 
 
 
Em algumas vezes por algum erro de entrega, o produto ou mercadoria 
solicitada é entregue parcialmente, ou seja, faltando algum item do pedido. 
Posteriormente, a empresa vendedora poderá cobrar a totalidade dos 
produtos, ainda que a empresa compradora não tenha recebido. 
 
 
 
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FIGURA 31 – FRAUDES CONTRA BANCOS 
 
FONTE: Disponível em: < http://economia.culturamix.com/dinheiro-2/fraudes-contra-bancos> 
Acesso em: 16 dez. 2013. 
 
 
21.2.5 Fraudes em Caixa e Bancos 
 
 
Devido a maior movimentação financeira, ocorrem muitos problemas no 
caixa de uma organização. O fato de ter acesso ao dinheiro e a conta corrente da 
empresa, pode aumentar a atração em retirar algum valor. 
É imprescindível neste caso, que sejam feitos controles periódicos do fundo 
fixo de Caixa, fazendo uma conciliação dos valores e uma prestação de contas 
adequada. Também se pode adotar uma conferência do caixa. Esta deve ser por 
uma pessoa diferente daquela que trabalhar diretamente ao caixa. 
Deve-se ter o cuidado de fazer uma conciliação bancária periodicamente 
verificando se todos os valores estão corretos. Também, ao efetuar o pagamento de 
um boleto bancário ou compromisso tomar o cuidado de dar a baixa no mesmo e 
carimbá-lo como pago. 
Uma das possíveis fraudes é o caso de que apareça nos relatórios a 
existência de uma dívida a pagar, quando em realidade ela já foi paga (SÁ; HOOG 
2009). 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 83 
 
 
21.2.6 Problemas com Pagamentos de Funcionários 
 
 
Em algumas empresas se usa como prática o uso de vales de adiantamento 
para funcionários, porém isto pode gerar algumas confusões. Existem casos, por 
exemplo, de se esquecer de descontar ditos vales no final do mês. 
Ou aproveitando-se do vale de algum funcionário que foi demitido, dar baixa 
do valor no caixa para receber a diferença, sem que nada se preste atenção nisto. 
Evidentemente, em grandes empresas é difícil notar muitos detalhes. Então, 
é preciso deixar de dar vales. E, usar a prática de adiantamento de salário quinzenal 
para todos os funcionários. 
 
 
21.2.7 Problemas no Contas a Receber 
 
 
São muitas as possibilidades de fraudes no setor. Uma das mais usuais é 
simular que o cliente realizou uma devolução de mercadorias e apropriar-se do valor 
pago pelo cliente. 
 
 
21.2.8 Problemas no Contas a Pagar 
 
 
Efetuar o pagamento duplo (nos registros) de uma nota fiscal que já foi paga 
pela empresa. Nesse caso, se forjará a situação para apropriar-se do valor da nota. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 84 
 
 
22 CUIDADOS A TOMAR 
 
 
Há situações de ocorrências de Erros. Nem sempre, o intuito de um 
funcionário é lesar a empresa. Muitas vezes, ocorrem erros que são involuntários em 
outros casos, erros intencionais. 
O erro intencional é aquele que objetiva ganhar vantagem em algum 
momento, desviando ativos da empresa, omitindo registros e documentos, 
manipulando ou falsificando dados, desviando de alguma forma a conduta 
administrativa da empresa. 
Já o erro involuntário ocorre por falta de conhecimento de uma pessoa ou 
por equivocação. Pode ser o caso de um erro de cálculo ou soma em uma planilha 
ou relatório, uma má interpretação de números ou informação, entre outros erros. 
 
Os Erros involuntários podem ser: 
 Omissão de Registros: 
 Lançamentos com valores diferentes dos valores reais que deveriam 
ser lançados: 
 Erros de digitação; 
 Erros de cálculos ou somas; 
 Lançamentos em débito em lugar de crédito e vice-versa. 
 
Esses erros nem sempre são fáceis de ser detectado, por isso, o trabalho 
deve ser monitorado por meio de controles e auditorias. 
A única forma de identificar o risco de ocorrência de fraudes é avaliando os 
controles internos da empresa periodicamente. 
Mas, alguns cuidados podem auxiliar bastante a evitar algumas fraudes na 
empresa. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 85 
 
 
22.1 CONTROLES INTERNOS 
 
 
Os controles internos de uma empresa são importantes para que a empresa 
tenha o máximo de informações. Assim os gestores ou administradores poderão 
tomar decisões para o crescimento da empresa de uma melhor forma. 
A contínua avaliação por meio de controles internos propicia a identificação 
de riscos. A identificação e a gestão de riscos é uma ação que permite evitar 
surpresas desagradáveis. 
Almeida (1996) ressalta que o controle interno fornece informações que 
auxiliam a administração da empresa ou negócio. O controle interno funcionará 
como identificador de erros, irregularidades e fraudes. 
Segundo Crepaldi (2000), o objetivo dos controles internos compreende o 
planode organização e todos os métodos e medidas adotadas na empresa para 
proteger os seus ativos contra roubos, perdas e uso indiscriminado. 
O autor ainda fala que as informações sobre o sistema de controle interno 
são obtidas pela leitura de manuais, conversas com funcionários e a inspeção do 
fluxo de operações. 
 
 
22.2 SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES 
 
 
Para as funções relacionadas ao dinheiro como gestão de caixa, contas a 
pagar e contas a receber deve-se optar por pessoas competentes e que já provaram 
sua índole. 
As funções a ser desempenhadas devem estar claras, buscando a maior 
separação de cargos e funções possível, conforme o tamanho e a estrutura da 
empresa. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 86 
Por exemplo, as conferências físicas como contagem de dinheiro, e 
conciliações bancárias devem ser feitas por pessoas diferentes das que elaboraram 
o relatório e lançamentos. 
Em outras palavras, é necessário evitar que todo o processo do trabalho 
seja feito por apenas uma pessoa. Segundo orientação do Conselho de 
Contabilidade, fazer a rotação de colaboradores na execução de trabalhos é 
fundamental, porque além de evitar a fraude, capacita a outros colaboradores a 
executar o trabalho, facilitando o caso de colaboradores que sairão em férias ou 
qualquer outro imprevisto que possa surgir. 
Em alguns casos, é importante o uso de auditorias dentro da própria 
empresa ou auditores independentes contratados para este fim. 
 
 
22.3 TREINAMENTO 
 
 
A empresa deve investir em treinar a cada colaborador para melhorar a 
qualidade das operações evitando erros. 
 
 
FIGURA 32 – FRAUDE VIRTUAL 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.nuvemshop.com.br/blog/fraude-mundo-virtual/> Acesso em: 16 
dez. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 87 
 
 
22.4 USO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS INTEGRADOS 
 
 
Há muitos sistemas e programas específicos no mercado para a gestão do 
setor financeiro. Esses se interligam com outros setores da empresa. Assim, o 
lançamento realizado no almoxarifado indicando a entrada da mercadoria, irá servir 
para os demais setores. 
O fluxo das informações será processado de maneira mais rápida, poupando 
o retrabalho. Isso auxiliará no sentido de que os registros serão feitos uma única 
vez, protegendo as informações. 
 
 
22.5 CUIDADOS COM A DOCUMENTAÇÃO 
 
 
Todas as transações comerciais ou de pagamentos devem sempre ter 
documentos que comprovem e embasem sua existência. 
As compras devem possuir Notas Fiscais, as concessões de créditos devem 
possuir títulos de crédito e assim por diante. 
Os pagamentos e liquidações devem possuir documentos comprobatórios de 
pagamento como recibos e comprovantes. 
 
 
22.6 ESTABELECER NÍVEIS DE AUTORIZACAO 
 
 
As pessoas responsáveis pelas tarefas devem ter o nível de autorização 
estabelecido. Por exemplo, os lançamentos feitos no setor de estoque, devem ser 
alterados baixos a supervisão de um superior ou de outra pessoa alheia ao trabalho, 
previamente autorizado pelos Administradores. 
Isso para evitar que se criem grupos que objetivem fraudar a empresa. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 88 
 
 
22.7 BASES DE DADOS DE SEGURANÇA 
 
 
É importante haver pessoas treinadas e preparadas para manter a 
segurança dos sistemas ou programas (softwares, bancos de dados, etc.), evitando 
acesso de pessoas indevidas. 
Ou até mesmo empresas encarregadas dos sistemas e banco de dados da 
empresa que manterão a correta proteção exigida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 89 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno completo. São Paulo: Atlas, 1996. 
 
 
BLATT, A. Garantias na Concessão de Crédito. Avaliação de Risco e Decisão 
de Crédito. Um enfoque prático. São Paulo: Nobel, 1999. 
 
 
BRIGHAM, E. F; GAPENSKI, L. C.; EHRHARDT, M.C. Administração Financeira: 
teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2005. 
 
 
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
 
DICIONÁRIO MICHAELIS. Disponível em: 
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-
portugues&palavra=documento>. Acesso em: 1º dez. 2013. 
 
 
EGG, R. F. R. Ética nas Organizações. Curitiba, PR: Iesde Brasil, 2012. 
 
 
GRITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2002. 
 
 
GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, E. Administração financeira. 2. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2002. 
 
 
JUNIOR, I. L. C. Disponível em: 
<http://www.ifpiparnaiba.edu.br/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid
=104&limit=15&limitstart=0&order=hits&dir=ASC&Itemid=79>. Acesso em: 29 nov. 
2013. 
 
 
LAGO, C. F. Disponível em: <http://www.celso.lago.nom.br/Documentos.html>. 
Acesso em: 29 nov. 2013. 
 
 
HOJI, M. Administração Financeira e Orçamentária. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 
 
 
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=documento
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=documento
http://www.ifpiparnaiba.edu.br/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=104&limit=15&limitstart=0&order=hits&dir=ASC&Itemid=79
http://www.ifpiparnaiba.edu.br/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=104&limit=15&limitstart=0&order=hits&dir=ASC&Itemid=79
http://www.celso.lago.nom.br/Documentos.html
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 90 
MATARAZZO, D. C. Análise Financeira de Balanços. 6. ed. São Paulo: Atlas 2003. 
 
 
MAXWELL, J. C. Talento não é tudo. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 1995. 
 
 
MINARELLI, J. A. Empregabilidade: Como ter Trabalho e Remuneração Sempre. 
13. ed. São Paulo: Gente, 1995. 
 
 
SÁ, A. L. Ética Profissional. São Paulo: Atlas, 1996. 
 
 
SROUR, R. H. Ética Empresarial. Rio de Janeiro: Campus, 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO CURSO

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