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CASO CLÍNICO DIABETES GESTACIONAL - BMF 3 Maria Clara Tosatto Silva – RA: 1220100154 (T4A OSASCO) 1. Como pode, a diabetes gestacional, provocar o quadro de macrossomia fetal (feto grande com peso maior que 4.500 g)? Explique com detalhes. O controle glicêmico ótimo durante o período pré-concepcional e organogênese e determina baixo risco de malformações congênita. Por outro lado, resultados maternos e risco de macrossomia fetal são determinados pelo controle glicêmico no segundo c terceiro trimestres. A partir da segunda metade da gravidez, há aceleração do cre cimento somático fetal. O papel da glicemia materna é fundamental para esse crescimento. Porém, é necessário que o aporte de glicose ao feto se faça de forma equilibrada, pois se há hiperglicemia materna, há hiperglicemia fetal, com consequente estímulo à hiperplasia de células beta fetais e hiperinsulinemia fetal, com aceleração do anabolismo e do crescimento somático fetal. O tamanho desproporcional do abdome e ombros comparado com o crânio contribui para um parto vaginal traumático, associado a risco de distocia de ombro e mais morbidade perinatal. 2. Mesmo grandes e maduros, estes fetos, costumeiramente nascem com a Síndrome de Angústia Respiratória. Por que? Explique em detalhes. A biossíntese de surfactante é diretamente afetada pela hiperglicemia e hiperinsulinemia, ambos os fatores acarretando atraso na maturação pulmonar. Parece haver diminuição na formação de glicerol ou inibição na formação de fosfaditilglicerol devido aos níveis elevados de mioinositol materno. A SDR é cerca de seis vezes mais frequente em filhos de diabéticas com idade gestacional inferior a 38 emanas, desde que não haja controle glicêmico adequado. 3. Nas primeiras horas de vida, os recém-nascidos de mães diabéticas são hipoglicêmicos. Por que? Explique em detalhes. A resistência à insulina desaparece em poucas horas após o parto. As necessidades de insulina diminuem até 60% cm comparação com a dose pré-gestação. E o fato acontece pelo estado transitório de hipopituitarismo e pela supressão da secreção de hormônio de crescimento no pós-parto. Os primeiros dias após o parto, sugere-se administrar um terço da dose usual pré-gravidez e fazer suplementação com insulina regular ou análogo de a ação rápida, conforme a medida de glicemia capilar. As necessidades de insulina cm cinco a seis dias voltam anteriores à gestação. 4. Qual alteração renal pode ocorrer em pacientes diabéticas na gestação? Como pode ser detectada laboratorialmente? A filtração glomerular pode diminuir-se mais rapidamente nas gestantes com insuficiência renal crônica ou proteinúria. Em geral, após o parto, a função renal e a pressão arterial retornam aos níveis pré-gestação. Tanto microalbuminúria quanto proteinúria significativa são associadas a aumento da taxa de parto pré-termo e pré- eclâmpsia, além de crescimento fetal restrito. Mulheres que já apresentam proteinúria significativa antes de engravidar tendem a exibir piora da mesma durante a gestação, com retorno aos níveis após o parto. Aproximadamente 45% daquelas com alteração na depuração da creatinina antes de engravidar manifestam piora tanto durante quanto após a gestação. Durante a gestação, o controle deve ser feito com urinálise, urocultura e dosagens de ureia, creatinina, potássio, depuração de creatinina e microalbuminúria ou proteinúria.
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