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1 Vitória Araujo – Turma 7 – vitória_arjo Conceito - A esclerose lateral amiotrófica (ELA), descrito pela primeira vez por Charcot no 19 th século, é uma desordem neurodegenerativa progressiva inexoravelmente, presentemente incurável que provoca fraqueza muscular, inabilidade, e eventualmente a morte. -Fisiopatologia diversa, com sobreposição com algumas demências e mutações genéticas -Esporádica ou familiar (90 e 10%, respectivamente) * Mutação da SOD1 no cromossomo 21 à diminuição da atividade da SOD leva ao acúmulo do íon superóxido, que liga- se então ao óxido nítrico (NO) para formar os radicais livres peróxidonitrila (ONOO-) e hidroxila (OH-). O acúmulo de radicais livres é altamente lesivo para a célula, pois provoca peroxidação das membranas e odificação de proteínas, culminando com a morte do motoneurônio Incidência - 0,3 a 0,5 / 100.000 habitantes no Brasil - 1,5 e 2,7 / 100.000 EUA e Europa - 1,3 H : 1,0 M - Antes dos 65 ou 70 anos, a incidência de ELA é maior em homens do que em mulheres, mas depois disso a incidência de gênero é igual. - Picos na 7 e 8 década de vida -Pode ocorrer em pessoas na casa dos 20 anos; Clínica -A marca clínica da ELA é a combinação de sinais e sintomas do neurônio motor superior e inferior. ® Os achados do neurônio motor superior de fraqueza com lentidão, hiperreflexia e espasticidade resultam da degeneração dos neurônios motores do lobo frontal localizados na faixa motora (área de Brodman 4) e seus axônios atravessando a corona radiata, cápsula interna, pedúnculos cerebrais, base pontina, medular pirâmides e os tratos corticospinais laterais da medula espinhal. Na autópsia, a área dorso-lateral da medula espinhal, a região que contém o trato corticoespinhal lateral, é gliótica e endurecida ou esclerótica à palpação. ® Os achados dos neurônios motores inferiores de fraqueza, atrofia ou amiotrofia e fasciculações são uma consequência direta da degeneração dos neurônios motores inferiores no tronco cerebral e na medula espinhal, produzindo desnervação muscular. -A neuropatologia da ELA é caracterizada por inclusões patológicas nos neurônios motores superiores e inferiores e na glia. Essas inclusões também ocorrem em neurônios corticais frontais e temporais não motores e em áreas mais disseminadas do cérebro não tipicamente associadas à ELA clássica. As inclusões coram positivamente para ubiquitina; um grande subconjunto também cora positivamente para a proteína de ligação ao DNA TAR (TDP-43) e subconjuntos menores coram para a proteína fundida no sarcoma (FUS) e optineurina. -Invalidez completa e morte em até 1 década (comumente de 2 a 3 anos) -Alguns pacientes com ELA familiar de início juvenil sobrevivem por períodos mais longos (2 a 3 décadas) Diagnóstico -Diagnóstico sugerido quando há sintomas progressivos consistentes com disfunção dos NMS e NMI em um dos quatro segmentos (craniano / bulbar, cervical, torácico e lombossacral) seguido pela disseminação para outros segmentos ao longo de um período de meses a anos. O curso não é recorrente nem remitente, mas insidiosamente progressivo -Presença de comprometimento de neurônios motores superiores e inferiores + Progressão da doença + Ausência de uma explicação alternativa. -História e exame físico, apoiado por estudos eletrodiagnósticos, e não excluído por estudos de neuroimagem e laboratoriais. Esclerose Lateral Amiotrófica Esclerose Lateral Amiotrófica 1 Vitória Araujo – Turma 7 – vitória_arjo Imagem -A neuroimagem tem sido tradicionalmente usada para excluir outros possíveis diagnósticos na avaliação de suspeita de ELA. A ressonância magnética (MRI) é a modalidade preferida, a menos que haja uma contra-indicação. A ressonância magnética cerebral deve ser realizada sempre que houver doença bulbar. A ressonância magnética da coluna cervical e lombossacra pode ser usada para avaliar doenças do neurônio motor inferior nos braços e nas pernas. -57 anos: ® Fraqueza, amiotrofia de interósseos e fasciculações há 3 meses. -20 anos: ® Fraqueza, amiotrofia de interósseos e fasciculações há 3 meses -Imagens: 1 Vitória Araujo – Turma 7 – vitória_arjo Formas relacionadas de ELA -Atrofia Muscular Progressiva: Limitado aos neurônios motores inferiores (NMI) -Esclerose Lateral Primária: Limitada aos neurônios motores superiores (NMS) -Paralisia Bulbar Progressiva: Neurônio motos dos músculos cranianos -Síndrome do Braço (ou perna) Instável: Fraqueza progressiva do neurônio motor inferior dos braços (ou pernas). Quando envolve os dois, se torna AMP -Síndrome de ELA-plus: ELA + insuficiência autonômica / parkinsonismo / paresia supranuclear do olhar / ataxia cerebelar Diagnósticos diferenciais - Neuropatia Motora Multifocal - Radiculomielopatia Cervical - Fasciculações Benignas - Miopatia Inflamatória - Síndrome Pós-pólio - Amiotrofia Monomélica - Paraplegia Espástica Hereditária - Atrofia Muscular Espinobulbar - Miastenia Gravis - Hipertireoidismo × A síndrome do neurônio motor superior resulta da lesão de áreas motoras do córtex cerebral ou de vias motoras, especialmente do trato piramidal (córtico-espinal). É caracterizada por paralisia espástica (paralisia com hipertonia e hiperreflexia), havendo discreta atrofia muscular. O sinal mais conhecido associado a esta síndrome é o sinal de Babinski (resposta plantar extensora). × A síndrome do neurônio motor inferior resulta da lesão dos neurônios motores da coluna anterior da medula, ou dos núcleos motores dos nervos cranianos. É caracterizada por paralisia flácida (paralisia com hipotonia e hiporreflexia), havendo também atrofia da musculatura.
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