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Gabriela Lacerda 1 • As fibras musculares esqueléticas são inervaras por grandes fibras nervosas mielinizado que se originam nos grandes neurônios motores nos cornos anteriores da medula espinhal. • Cada fibra nervosa, depois de penetrar no feixe muscular, se ramifica e estimula de três a varias centenas de fibras musculares esqueléticas. o Junção neuromuscular: (ou placa motora) terminação nervosa que faz junca com a fibra muscular próxima de sua porção média. o O sinal nervoso, se propaga em ambas direções. Anatomia Fisiológica da Junção Neuromuscular - placa motora • A fibra nervosa forma complexo de terminais nervosos ramificados, que se invaginação na superfície extracelular da fibra muscular.. toda essa estrutura, é chamada de placa motora. Ela é recoberta por uma ou mais células de Schwann, que a isolam dos líquidos circunjacentes. • A membrana invaginação é chamada de goteira sináptica ou canaleta sináptica, e o espaço entre o terminal e a membrana da fibra é chamado de espaço sináptico ou fenda sináptica. • No fundo da goteira encontra-se inúmeras pequenas dobras da membrana muscular, chamadas fendas subneurais, aumentando a área de contato. • No terminal axonal, existem muitas mitocôndrias que fornecem trifosfato de adenosina (ATP), a fonte de energia que é usada para a síntese de um transmissor excitado, a acetilcolina. Secreção de Acetilcolina pelos terminais nervosos • A acetilcolina, excita a membrana da fibra muscular. Ela é sintetizada no citoplasma do terminal, porém é absorvida rapidamente pelas vesículas sinápticas, localizadas no. Terminal de uma única placa motora. • No espaço sináptico, há grandes quantidades da enzima acetilcolinesterase, que destrói a acetilcolina aloto após sua liberação das vesículas sinápticas. • Na superfície interna da membrana neural estão as barras densas lineares. Nos dois lados de cada barra densa, estão partículas protéicas, que penetram na Gabriela Lacerda 2 membrana neural (canais de sódio controladas por voltagem). o Quando o potencial de ação de propaga para o terminal, esses canais se abrem e permitem que os íons cálcio se difundam do espaço sináptico para o interior do terminal nervoso. • Exocitose: o Os íons de cálcio ativam a proteína cinase dependente da calmodulina- Ca2+, que então fosforila as proteínas sinapsina, que ancoram as vesículas de acetilcolina ao citoesqueleto do terminal pré-sináptico. o Esse processo libera as vesículas da acetilcolina do citoesqueleto e permite que movam para a zona ativa da membrana neural pré- sináptica adjacente as barras densas. o As vesículas então se acoplam nos ponto de liberação, se fundem com a membrana neural e lançam a acetilcolina no espaço sináptico. • O estímulo efetivo que causa a liberação de acetilcolina das vesículas é a entrada dos íons cálcio e que a acetilcolina das vesículas é esvaziada através da membrana neural adjacente as barras densas. A acetilcolina are os canais icônicos nas membranas pós-simpáticas • O complexo receptor de acetilcolina fetal é composto por cinco subunidade protéicas, duas proteínas alfa e uma de casa uma das proteínas beta, delta e gama. o No adulto, uma proteína épsilon substitui a gama no seu receptor complexo. • Essas moléculas protéicas penetram por toda a extensão da membrana, situando-se lado a lado em círculo para formar o canal tubular, que se mantém fechado ate que duas moléculas de acetilcolina se liguem as duas subunidades protéicas alfa. Essa fixação provoca alteração conformacional que abre o canal. • O canal regulado pela acetilcolina tem um diâmetro suficientemente grande para permitir que íon positivos importantes ( sódio, potássio e cálcio) se movimentem facilmente pela sua abertura o Essa ação provoca alteração potencial local positiva, no lado interno da membrana da fibra muscular, chamado de potencial da placa motora. o Esse potencial, inicia uma ação que se propaga pela membrana muscular, resultando a contração muscular. Destruição da acetilcolina liberada pela acetilco-linesterase • Uma vez liberada no espaço sináptico, a acetilcolina vai ativar seus receptores. Porém, ela é removida rapidamente de duas maneiras: Gabriela Lacerda 3 1. A maior parte da acetilcolina é destruída pela enzima acetilcolinesterase, que está ligada a camada esponjosa do tecido conjuntivo fino que preenche o espaço sináptico. 2. A acetilcolina se difunde para fora do espaço sináptico. • Mesmo ficando alguns milissegundos no espaço sináptico, a acetilcolina consegue excitar a fibra muscular. • Sua rápida remoça evita a reexcitação continuada do músculo, depois que a fibra muscular se recuperou de seu potencial de ação inicial. Potencial da placa motora e excitação da fibra muscular esquelética • Potencial da placa motora: quando os canais colinérgicos de abrem e os íons sódio entram para a fibra muscular, resulta na variação do potencial elétrico no interior da fibra, no local da placa motora, para aumentar a direção positiva. Fator de segurança para a transmissão na junção neuromuscular; Fadiga da junção • Cada impulso que chega a junção neuromuscular provoca potencial da placa motora de amplitude três vezes maior que o necessário para estimular a fibra muscular. • A junção neuromuscular normal tem alto fator de segurança. • Fadiga: diminuição do número de vesículas de acetilcolina, impedindo a transmissão para a fibra muscular. Potencial de ação muscular • Alguns dos aspectos quantitativos dos potenciais musculares são os seguintes: 1. Potencial de repouso da membrana: cerca de -80 a -90 milivolts nas fibras musculares esqueléticas. 2. Duração do potencial de ação é de 1 a 5 milissegundos no músculo esquelético. 3. Velocidade de condução é de 3 a 5 m/s Os potenciais de ação se distribuem para o interior da fibra muscular por meio dos “Túbulos Transversos” • A fibra muscular esquelética é tão grande, que o potencial de ação na superfície quase não provoca fluxo de corrente no interior da fibra. • Para causar o máximo de contração muscular, a corrente tem de penetrar profundamente na fibra muscular até as proximidades das miofibrilas. • Essa penetração se dá pela propagação dos potenciais de ação pelos túbulos transversos (túbulos T), que penetram a fibra muscular, de um lado a outro. • Excitação- contração: os potenciais de ação no túbulo T provocam liberação de íons cálcio no interior da fibra muscular, com ligação direta com as miofibrilas, e esses íons cálcio causam então a contração. Gabriela Lacerda 4 Túbulo transverso - sistema retículo sarcoplasmático • Os túbulos T são muito pequenos e cursam transversalmente às miofibrilas. Eles começam na membrana celular e penetram por toda a fibra muscular. • Esses túbulos se ramificam e formam planos inteiros de túbulos T se entrelaçando entre as miofibrilas. • Também se abrem para o exterior, no ponto de origem, como uma invaginação da membrana celular. Dessa forma, eles se comunicam com o líquido extracelular circundante da fibra muscular e tendo líquido extracelular em seu lúmen. • Quando um potencial de ação se propaga pela membrana da fibra muscular, a alteração do potencial também se propaga ao longo dos túbulos T para o interior da fibra muscular. As correntes elétricas que circundam esses túbulos T, então, provocam a contração muscular. Liberação dos íons cálcio pelo retículo sarcoplasmático • Uma das características especiais do retículo sarcoplasmático é que no interior de seus túbulos vesiculares existe excesso de íons cálcio em alta concentração, e muitos desses íons são liberados de cada vesícula quando um potencialde ação ocorre em túbulo T adjacente. • À medida que o potencial de ação progride pelo túbulo T, a variação da voltagem é detectada pelos receptores de di-idropiridina, ligados aos canais de liberação de cálcio, também chamados receptores de canal de rianodina nas cisternas adjacentes do retículo sarcoplasmático. • A ativação dos receptores de di- idropiridina desencadeia a abertura dos canais de liberação de cálcio das cisternas e em seus túbulos longitudinais associados. Esses canais permanecem abertos por poucos milissegundos, liberando cálcio para o sarcoplasma que banha as miofibrilas e causando a contração. • Uma vez liberados dos túbulos sarcoplasmáticos, os íons cálcio se difundem nos espaços entre as miofibrilas, provocando a contração muscular que permanece enquanto a concentração do íon continua elevada. o Porém, uma bomba de cálcio continuamente ativada, localizada nas paredes do retículo sarcoplasmático, bombeia os íons cálcio para longe das miofibrilas, de volta para os túbulos sarcoplasmáticos. Gabriela Lacerda 5 “Pulso” Excitatório de Íons Cálcio • A concentração normal de íons cálcio, é muito baixa para provocar contração. Portanto, o complexo troponina-tropomiosina mantém os filamentos actínicos inibidos e o músculo no estado relaxado. o A excitação do túbulo T e do sistema retículo sarcoplasmático provoca liberação de íons cálcio suficiente para aumentar a concentração no líquido miofibrilar, atingindo o nível necessário para provocar a contração muscular • Em seguida, a bomba de cálcio reduz outra vez a concentração dos íons cálcio. o A duração total desse “pulso” de cálcio, na fibra muscular esquelética, é de cerca 1/20 de segundo, embora possa ser muito maior em algumas fibras e muito menor em outras. (No músculo cardíaco, o pulso de cálcio dura um terço de segundo, por causa da longa duração do potencial de ação cardíaco.) • Durante esse pulso de cálcio, ocorre a contração muscular. Para a contração persistir sem interrupção por longos intervalos, uma série de pulsos de cálcio tem de ser iniciada por série contínua de potenciais de ação repetitivos. Referências: GUYTON & HALL, Tratado de Fisiologia Médica
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