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Entendendo a Bioeletrogênese

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https://www.passeidireto.com/perfil/yan-reis/ ). 
Yan Cássio 
https://www.passeidireto.com/perfil/yan-reis/
 
Bioeletrogênese é o processo e o mecanismo de 
gênese da atividade elétrica das células. Mas nessa aula 
irá abordar especificamente sobre o neurônio. Pois 
existem outras células dentro do nosso organismo que 
são capazes de fazer isso também, são chamadas de 
células excitáveis. Então os músculos são capazes de 
realizar isso, algumas células endócrinas também são 
capazes de fazer isso também. 
 O sistema nervoso é constituído por todos 
aqueles órgãos que estão dentro de uma estrutura óssea 
que n[os chamamos de crânio, ou em uma estrutura óssea 
que é chamada medula espinhal. 
 
 
 
 
Tudo aquilo que está dentro da coluna vertebral, 
toda aquela estrutura nervosa, nós chamamos de medula 
espinhal. 
 O encéfalo é aquilo que a gente rotineiramente 
chama de cérebro. O cérebro será apenas uma parte do 
encéfalo. 
 O tronco encefálico é formado por várias 
estruturas, que são: tálamo, ponte, bulbo. São estruturas 
que estão relacionadas ao controle autonômico das 
funções orgânicas. 
 
 
 
 
 A medula espinhal vai ser importante pois vai 
fazer a comunicação com o que tá no crânio com a 
periferia. Em duas vias, uma que traz a informação da 
periferia para o centro, chamadas de vias aferentes, 
quanto as que levam a informação do centro para a 
periferia, chamadas de vias eferentes. Então a medula 
espinhal vai fazer uma ponte, uma ligação entre meu 
corpo inteiro basicamente e meu sistema nervoso, e essa 
comunicação é feita por meio de nervos (os quais se 
podem ver na imagem abaixo). 
 
 Quando se fala de nervos, deve-se saber que 
existem aqueles que se originam na região cranial e vão 
ter nervos que vão partir da região raquidiana. 
 Existem nervos que são só sensoriais, existem 
nervos que são apenas motores e existem nervos que são 
mistos –a maioria deles são mistos. 
 
 
 
 Para que tudo o que já foi dito funcione, precisa-
se dos neurônios, os quais são a unidade funcional básica 
do sistema nervoso. Vale ressaltar que não é a única 
célula do sistema nervoso, uma vez que há as células da 
glia, contudo ele é visto como a célula principal. As 
células da glia não tem a propriedade e a capacidade de 
fazer sinal elétrico da maneira como os neurônios fazem. 
 O neurônio é uma célula bastante complexa e 
bastante especializada para a comunicação celular 
acontecer e ela é uma máquina de produzir proteínas (ele 
não produz somente neurotransmissores), os neurônios 
vão produzir canais iônicos, bombas de Na+ e K+, 
proteínas que vão formar microtúbulos, para formar o 
citoesqueleto da célula, dando forma à célula. E é por 
conta disso que conseguimos observar nele, com a ajuda 
de microscópio, os corpúsculo de Nissl (uma técnica de 
coloração usando azul de metileno em que coram as 
estruturas próximas do núcleo e que participam da 
síntese proteica) isto é, o aparelho de síntese proteica da 
célula. 
 A comunicação dessas células ocorre pelos 
prolongamentos dessas células, e ela só vai ter esses 
prolongamentos celulares por causa de um citoesqueleto 
que vai dar suporte a essa célula. Esses prolongamentos 
vão ser os axônios e os dendritos. Dependendo da 
disposição morfológica desses prolongamentos, pode-se 
dividir essa célula em diferentes categorias. 
 A Bipolar é composta por um corpo celular (ou 
soma) e que dele parte uma prolongamento que vai ter a 
função de um dendrito e parte um segundo 
prolongamento que vai ter função de axônio. Mas pode 
haver uma célula que vai partir um único prolongamento 
do corpo celular, a princípio chamaria de neurônio 
unipolar, mas esse único prolongamento se ramifica de 
um lado formando dendrito e outro axônio, e por conta 
disso a função se sobrepõe à morfologia, essa célula é 
chamada de pseudo-unipolar. Essas duas últimas células 
citadas são as que acontecem em menor quantidade. 
 O neurônio multi-polar é a mais comum de 
observar sua morfologia, uma vez que elas têm bastante 
ramificações dendríticas e uma longa extensão 
constituindo o axônio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Existe uma classificação funcional, há 3 tipos. Os 
que estão relacionados à recepção da informação 
sensorial, ou seja, recebem a informação sensorial e 
transmitem para o centro nervoso, são chamados de 
neurônios sensoriais ou aferentes. Do outro lado vão ter 
aqueles neurônios que vão receber a informação e vão 
gerar uma reposta que vai sair do centro para a periferia, 
são chamados de neurônios motores. Por último existem 
aqueles neurônios que ficam no meio do caminho, isto é, 
recebem a informação sensorial , ajudam a formar um 
complexo de neurônios que vai processar isso e depois 
transferem isso para os neurônios motores, eles são a 
maioria. 
 
 Todo neurônio a rigor vai ter um corpo celular ou 
soma, é considerado o centro trófico da célula, aí vamos 
encontrar o núcleo, organelas relacionadas a síntese 
proteica, muitas mitocôndrias, a partir desse corpo 
celular nós vamos ver prolongamentos celulares que se 
ramificam para formar os dendritos, estes sempre ficam 
próximo do corpo celular. E a partir desse corpo celular 
vamos ver um prolongamento bem longo chamado 
axônio. Um neurônio típico vai ter corpo celular, axônio 
e dendritos, mas existem exceções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A comunicação entre os neurônios vai ser 
unidirecional. E vai funcionar da seguinte forma: a 
informação entra pelos dendritos, ou pela membrana do 
corpo celular, aí ela passa pelo corpo do neurônio depois 
ela segue através do axônio, para que no final do axônio 
isso possa se repetir. 
 Então os dendritos à rigor vão funcionar como 
uma porção aferente do neurônio. Enquanto que o axônio 
vai fazer a porção efetora (a função de saída da 
informação). 
 
 Existem neurônios no nosso corpo que são muito 
longos, por exemplo de 1m. Para passar essa informação 
para esse longo caminho, o citoesqueleto dentro da célula 
cria uma estrutura que permite transporte de matéria ao 
longo do axônio, esse transporte ao longo do axônio se 
chama de transporte axoplasmático (transporte no 
citoplasma do axônio). Mas esse transporte pode 
acontecer em duas direções, ele pode ser do corpo do 
Neurônio até o terminal axonal, ou ao contrário, do 
terminal axonal voltando ao corpo do neurônio. 
 O corpo do neurônio é referência. Qualquer 
transporte que vá do corpo do neurônio até o terminal 
axonal, vamos chamar de transporte axoplasmático 
anterógrado. E quando for ao contrário vamos chamar de 
transporte axoplasmático retrógrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Um detalhe muito importante antes de prosseguir 
é saber um pouco acerca da composição da membrana 
plasmática. É importante salientar que ela é composta 
por uma bicamada fosfolipídica e que é também 
atravessada por proteínas (proteínas transmembranas). 
Algumas proteínas são chamadas de periféricas (que 
estão só de um lado de membrana, ou do lado externo ou 
do lado interno), elas vão formar canais iônicos. 
 
 O nosso corpo é dividido em compartimentos. 
Então existe um grande compartimento que se chama 
compartimento intracelular, e é tudo aquilo que tá dentro 
das células. E existe outro grande compartimento que nós 
chamamos de compartimento extracelular, tudo aquilo 
que tá fora da célula mas que tá dentro do corpo. Tudo 
aquilo que tá dentro da célula tá delimitado por uma 
membrana celular. E tudo aquilo que tá fora da célula 
podemos dividir em duas porções, aquela porção que 
realmente tá fora da célula e em contato com a célula, 
chamado de interstício. E aquela porção de meio 
extracelular que tá dentro dos vasos sanguíneos que 
chamamos de plasma. O longo desses ambientes nós não 
vamos ter uma destruição homogênea de substâncias, as 
coisas não vão se distribuir de maneira homogênea. 
 Uma implicação disso tudo é que todo mundo já 
ouviu falar que tem mais sódio fora da célula do que 
dentro, ao mesmo tempoque é de conhecimento que há 
mais potássio dentro da célula do que fora. Também há 
muito mais cloro fora da célula do que dentro. Tem mais 
cálcio fora da célula do que dentro, por outro lado há uma 
grande quantidade de cálcio dentro de organelas 
membranosas que estão dentro da célula (mas quando ele 
está dentro dessa organela nós consideramos que ele está 
fora) só vou considerar aquele que tá no citoplasma. Além 
disso, dentro da célula existem substâncias químicas que 
têm carga elétrica mas que são incapazes de atravessar a 
membrana celular, os quais são proteínas e radicais 
fosfatos (esses radicais que vão fazer associações com as 
bases nitrogenadas para formar ácido ribonucleico e 
ácidodesoxirribonucleico, esse radical também vai 
formar o ATP). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A partir do momento que esse movimento de íons 
dentro da membrana celular começa a acontecer. Esse 
movimento de íons é capaz de gerar sinal elétrico. 
 
 Primeiro devemos imaginar uma cuba de vidro, 
como a vista na imagem acima, ou algum lugar que nós 
consigamos colocar um pouco de solução nutriente, e 
dentro desse recipiente eu coloco células. Junto nesse 
recipiente vamos colocar eletrodos, em um deles, eu 
coloco na célula. O esquema assim fica formado, um 
eletrodo dentro da célula e outro eletrodo fora da célula. 
Eu posso ligar eles em um aparelho que me permite medir 
DDP. Então eu posso medir uma variação de tensão 
elétrica entre dois meios, esse aparelho tá medindo a 
variação de tensão elétrica entre o meio extracelular, que 
é o terra que é a referência, e o meio intracelular. 
 Na célula temos o valor de -70mV. 
 Então a partir dessas informações, eu posso 
montar um plano cartesiano. Eu posso falar que a 
membrana em repouso está em -70mV, posso falar que 
ela está polarizada (a membrana da célula é uma 
membrana polarizada). Toda vez que esse valor de 
potencial elétrico de membrana for mais negativo, então 
quer dizer que eu estou aumentando essa polarização (ou 
seja, estou hiperpolarizando). Toda vez que eu diminuir 
esse sinal (ou seja, tornar isso menos negativo), eu estou 
despolarizando. 
 
 No esquema acima, primeiramente temos um 
recipiente e dentro dele temos um líquido nutriente e uma 
célula. Nessa célula artificial tem mais sódio e cloreto 
fora, e tem mais potássio e ânions orgânicos dentro. Essa 
é a condição em repouso. 
 
 Na segunda imagem temos a abertura de um 
canal que permite a saída do íon Potássio. Quanto mais 
potássio sair, mais carga negativa vai sobrar aí dentro. 
Isto é, mais esse potencial de membrana vai ficar 
negativo. Essa saída de potássio vai obedecer um 
gradiente químico, pois ele é mais concentrado dentro da 
célula do que fora, mas esse movimento vai ser contra um 
gradiente elétrico, já que cada vez que essa carga elétrica 
sair ela vai deixar uma carga elétrica negativa sobrando 
lá dentro, e esta carga elétrica negativa atrai a carga 
elétrica positiva. Então vai haver um gradiente elétrico 
atuando. 
 
 Agora nesse esquema acima eu abri um canal de 
sódio. 
 
 O sódio vai entrar ou sair da célula? Vai entrar. 
 O sódio vai entrar a favor ou contra o gradiente 
químico dele? A favor pois ele é mais concentrado fora e 
menos concentrado dentro. 
 Vai entrar a favor ou contra um gradiente 
elétrico? A favor, pois dentro é mais negativo. 
 Sempre que o sódio atravessar a membrana 
celular para dentro da célula ele tá entrando a favor de 
um gradiente químico e elétrico. 
 Quem é que vai causar mais efeito sobre a 
membrana celular? É o sódio, pois ele vai a favor de um 
gradiente químico e elétrico. 
 
 Existe uma maneira da gente calcular até quanto 
esse íon vai sair da membrana celular. Pra isso eu preciso 
dessa equação. Para eu medir o gradiente químico tenho 
que saber a concentração do íon dentro e fora da célula. 
Essa fórmula é importante por conta da informação que 
ela vai me dar. 
 O sódio tem maior capacidade de alterar o 
potencial elétrico de membrana. De uma maneira 
simples, pois ele se move pela membrana através de um 
gradiente químico e elétrico, enquanto o potássio vai se 
mover a favor de um gradiente químico, mas contra um 
gradiente elétrico. 
 
 Existem diversos canais iônicos dentro da célula, 
e dependendo de qual vai abrir, vai haver uma resposta 
diferente na célula. Então toda vez que abrir um de sódio 
vai haver uma despolarização da membrana celular, toda 
vez que for de potássio vai haver uma hiperpolarização ou 
repolarização dependendo do local. Toda vez que o sódio 
entrar na célula, o sinal vai pra cima, toda vez que for o 
potássio vai ser pra baixo. 
 O que acontece se for um cloreto? O sinal vai pra 
baixo. Só que esse sinal não vai acontecer em toda a 
célula, só vai acontecer naquele espaço perto do canal 
iônico. Quando por exemplo um neurônio estimula o 
outro a abertura de um canal iônico, exatamente no local 
onde o canal abriu entra mais sódio, ali é onde vai ter mais 
sódio, vai haver uma maior alteração de sinal elétrico, 
como observado na imagem acima, quanto mais eu me 
afasto, eu vou ter menos sódio. 
 A quantidade de canais iônicos que abre durante 
a comunicação celular, interfere nessa comunicação 
celular, se eu abrir uma quantidade pequena de canais 
iônicos, vou gerar um distúrbio naquele local que vai 
perdendo força e depois para, se eu abrir mais canais vai 
haver uma maior interferência. 
 
 A partir desse raciocínio, vamos ver como se dá a 
comunicação entre as células. 
 O potencial graduado é uma mudança no 
potencial elétrico de membrana que acontece 
transitoriamente, ou seja, tem um tempo, acontece e 
some. Ele é próprio dos dendritos e do corpo celular. 
 Todo potencial graduado tem uma finalidade, 
tendo como principal finalidade, gerar um potencial de 
ação, ou seja, é fazer um outro sinal elétrico. 
 Então para entendermos, temos de olhar para a 
imagem da esquerda. Vemos nessa imagem um neurônio 
que está se comunicando com outro neurônio através de 
uma sinapse química, nessa comunicação aí houve a 
abertura de canais iônicos que estão representados por 
essa cabeça de célula, posso medira intensidade de sinal, 
como mostrado no gráfico, perceber que o sinal elétrico 
tem graduações diferentes, mais forte no local que 
começa até que chega no terminal do axônio, fica menor. 
Ele é chamado de graduado por isso, pois vai ter graus 
diferentes de intensidade e o grau de intensidade desse 
sinal depende da quantidade de canais iônicos que são 
abertos na hora que a célula é estimulada. 
 Agora vendo a imagem do lado direito, de novo 
um neurônio vai se comunicar com outro, só que agora 
vai se formar uma cabeça de seta maior, isso significa que 
o estímulo foi maior, pois o número de canis iônicos foi 
maior, mas para eu ter certeza disso, eu tenho que ver 
uma alteração maior ali no gráfico no canto superior 
direito, observar se nesse gráfico tem uma alteração de 
sinal elétrico maior do que o outro gráfico no lado oposto. 
Já que temos, pois enquanto no gráfico da esquerda vai 
até próximo do -40, o gráfico do lado direito passa do -
40, isso se deve a maior abertura de canis iônicos. Mas 
para confirmamos essa informação, a partir daquele 
momento, o sinal vai perdendo força, podemos observar 
nos gráficos do meio que, no gráfico da direita ele chegou 
com um potencial de-55, diferente do gráfico da direita. 
E quando ele chegou na região que é o início do axônio, 
ele chegou também acima de -55, o sinal da direita foi 
realmente mais forte. Toda vez que esse sinal graduado 
chegar na zona de gatilho abaixo do limiar, eu chamo ele 
de sub-limiar e toda vez que ele chega na zona de gatilho 
acima da zona de gatilho, chamo ele de supralimiar. 
 Quais são as implicações disso? 
 Toda vez que eu tiver na zona de gatilho com 
sinal sublimiar, esse sinal não é capaz de causar um 
potencial de ação. 
 Todavez que for supralimiar → vai causar um 
potencial de ação. 
 
 
 Uma das propriedades do fenômeno potencial de 
ação é que ele é do tipo tudo ou nada. Ou ele acontece ou 
ele não acontece. 
 Efeito excitatório → Toda vez que o potencial de 
membrana for em direção ao limiar, ou seja, está se 
aproximando do limiar, eu digo que está acontecendo 
uma excitação. 
 Toda a vez que o potencial de membrana for pra 
baixo, ou seja, tiver se afastando do limiar → Está 
acontecendo uma inibição. 
 Na→ efeito excitatório 
 Cloreto e Potássio → Efeito inibitório 
 Cálcio → Excitatório, pois se ele estiver mais 
concentrado fora da célula então ele vai entrar a partir de 
um gradiente químico, ele é carga elétrica positiva, então 
ele vai ser atraído por carga elétrica negativa, então ele 
também vai entrar pelo gradiente elétrico. Então o cálcio 
tem uma capacidade até maior de causar um distúrbio 
elétrico maior do que o sódio. Por isso nosso organismo 
controla muito estritamente a concentração de cálcio. 
 
 Uma vez que o sinal chegou no terminal axonal, 
acima do limiar, ou seja supra-limiar, vai causar um 
potencial de ação. 
 Quando o potencial graduado chega na zona de 
gatilho. Estando acima do limiar ele consegue promover 
na membrana do axônio a abertura de canais iônicos de 
sódio dependentes de voltagem. O fato de ter chegado no 
limiar, provoca instantaneamente a abertura de vários 
outros canais iônicos de sódio, aí muito sódio entra na 
célula, rapidamente essa membrana se despolariza, ela 
vai se despolarizando, até que há um momento que esse 
canal iônico de sódio se fecha (como mostrado aí no 
gráfico acima). Então vai parar de despolarizar. Aí no 
momento seguinte vai abrir um canal iônico de potássio, 
este vai sair da célula, nesse momento a célula vai 
repolarizando. Ela vai passar do ponto que ela estava, vai 
hiperpolarizar e nesse momento o canal de potássio se 
fecha. A partir desse ponto a bomba de sódio e potássio 
devolve o sódio para fora da célula, o potássio para 
dentro. O que acabou de ser descrito é o que conhecemos 
como fenômeno do potencial de ação. 
 Toda vez que um estímulo for incapaz de gerar 
um potencial de ação, ele é sublimiar. 
 Imaginar uma ação e não realiza-la não é 
estímulo mecânico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O potencial de ação não usa toda a capacidade de 
sinalização do sódio. Tem uma razão para isso: 
 
 Imagine a membrana da célula no axônio, nessa 
membrana temos canais iônicos. 
 
 Na imagem acima temos um canal iônico de sódio 
(que é o que interessa agora). No primeiro momento esse 
canal está em repouso fechado (-70mV). Aí vem um 
potencial graduado que vai abrir esse canal (que vai 
acontecer entre o 2 e o 3 naquele gráfico anterior). 
 Então vai vir um potencial graduado que vai 
promover a abertura daquele canal iônico de sódio, 
quando abre esse portão vai permitir a entrada do sódio, 
assim o potencial de membrana vai subindo. 
 
 Quando esse canal atinge próximo dos +30 tem 
um outro mecanismo que vai promover o fechamento 
desse canal que está dentro da célula. Então quando ele 
fecha não entra mais sódio. 
 Tudo isso que foi falado até agora é uma dinâmica 
de funcionamento do canal de sódio. Ela vai ocorrer em 3 
estágios diferentes: 
1. Fechado ativo 
2. Estágio Aberto 
3. Estágio fechado inativo 
É por isso que essa membrana celular vai fazer 
períodos de refratariedade, ou seja, uma coisa que não vai 
responder. 
 
 Quando os canais de sódio passarem para o 
estado fechado inativo, a porção de membrana marcada 
em rosa na imagem acima vai ter canal de potássio aberto 
repolarizando ela, enquanto que a porção seguinte da 
membrana o canal de sódio ainda tá abrindo, ainda tá 
saindo do estado fechado ativo para aberto para depois 
fechar e inativar e isso vai seguir em frente. 
 
 É por essa razão que esse potencial de ação 
acontece como mostrado no gráfico. Ele é auto 
regenerativo e unidirecional, pois para o lado que ele vai 
só vai encontrar canais de sódio que podem responder e 
para trás estão canais de sódio inativos. 
 
 
 Isso também será capaz de criar uma coisa 
chamada Período Refratário. Isso significa um período 
que esse canal de sódio não vai ser capaz de responder ao 
novo estímulo. Observar no gráfico a curva no início. 
Observar também que no período marcado em rosa no 
gráfico, não existe a possibilidade do canal iônico de 
sódio responder, esse período é conhecido como período 
refratário absoluto. No período em azul vamos ter alguns 
canais de sódio que vão estar fechados inativos e outros 
fechados ativos, eles não vão ser sincronizados. 
A partir desse momento 
dá para abrir um canal de 
sódio, mas a membrana 
está mais distante do 
limiar. Então para eu abrir 
um canal de sódio nesse 
momento aqui tem que ter um estímulo mais forte. Então 
este é um período refratário relativo, ou seja, vai ser 
relativo a intensidade do estímulo, só vai ter sinal elétrico 
se for um mais forte que o anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 Tudo isso que está sendo falado ocorre no axônio 
A imagem ao lado 
mostra um axônio 
gigante de uma lula. 
Esse axônio sendo 
grande, conduz um sinal 
elétrico muito rápido, 
tão rápido que a lula é muito rápida. Contudo esse animal 
tem poucos neurônios. 
Nos mamíferos esse 
mesmo espaço em que 
cabe um único axônio 
gigante, dá para formar 
um nervo com muitos 
axônios. Então temos 
axônios que tem um 
diâmetro muito menor. A consequência disso é que em 
uma célula menor, vamos ter menos canais iônicos, 
significa diminuir a propagar sinais. Só que essa 
diminuição de axônio foi necessário evolutivamente, pois 
temos muito mais neurônios. 
 
 Por isso a necessidade da bainha de mielina, esta 
vai ser um envoltório em torno da célula que vai fazer um 
manto lipídico, faz um isolamento elétrico. Só que esta é 
descontínua, vai ter locais no axônio que ela não vai estar 
presente, chamamos estas regiões de nódulos de 
Ranvier. Neste local, podemos concentrar mais canais 
iônicos, de modo a melhorar a eficiência desse sinal 
elétrico. Isso permite que o sinal elétrico salte de um 
nódulo para outro, isso causa um “encurtamento” do 
axônio. 
 A mielina é feita por células da glia, quando é no 
sistema nervoso periférico, é feito por células de Schwan. 
Quando é dentro do SNC, são os oligodendrócitos. E se 
essa bainha sofrer degeneração, esta vai desfazer isso, o 
que vai tirar a vantagem da rapidez. 
 
 
 Observar na imagem acima que os potenciais de 
ação sempre alcançam um mesmo ponto. Eles não vão 
mudar de amplitude, o que pode acontecer são mudanças 
na frequência dos potenciais de ação, então se eu tenho 
uma frequência menor dos potenciais de ação, vai haver 
uma menor liberação de neurotransmissores. Quando há 
uma maior frequência nos potenciais de ação, a liberação 
de neurotransmissores será maior. 
 
 Nessa imagem acima temos uma sinapse 
química, no exemplo temos a sinapse de dois neurônios. 
Temos que considerar que temos a parte pré-sináptica e 
a parte pós-sináptica. E no espaço entre elas temos a 
sinapse, essa transmissão química vai ocorrer por meio 
de neurotransmissores (tem como características: tecido 
produzido na membrana pré-sináptica, tem de estar 
armazenado em vesículas e tem que ser liberado na 
sinapse). A célula pré-sináptica é aquela que vai ter o 
neurotransmissor. E a pós é aquela que vai ter o receptor 
para aquele neurotransmissor. 
 No mecanismo de neurotransmissão o potencial 
de ação vai até o terminal axonal, este vai abrir canais de 
cálcio dependentes de voltagem, o cálcio entre na célula, 
este cálcio auxilia na ancoragem e na liberação do 
neurotransmissor, ele vai se espalhar em torno da fenda 
sináptica, liga no receptor na célula pós-sináptica e então 
desencadeia uma resposta. 
 Uma vez que esse neurotransmissorfoi liberado, 
ele não pode ficar no local de sinapse se não ele vai ficar 
estimulando a célula pós-sináptica. Existem pelo menos 
4 mecanismos de retirada desse neurotransmissor. 
 
 O primeiro mecanismo é assim: o 
neurotransmissor pode ser trazido para a célula da glia, 
uma das funções dela é fazer a manutenção do espaço 
extracelular onde o neurônio vive. Uma das maneiras é 
fazendo a retirada do neurotransmissor que já foram 
usados, destruindo eles na célula da glia. Uma outra 
maneira de remover o neurotransmissor é levar ele de 
volta para a própria célula onde ele foi secretado, 
chamamos isso de reciclagem. 
 Uma terceira maneira é levar ele para a corrente 
sanguínea. E quarta é destruir ele por ação enzimática. 
 
 
 Na imagem acima temos um neurônio pré-
ganglionar, tendo como função a liberação do 
neurotransmissor e que vai agir na célula pós-
ganglionar. Só que esse neurotransmissor pode se ligar 
no receptor que é canal iônico, toda vez que houver essa 
ligação, vai haver uma resposta chamada ionotrópica, ou 
seja, resposta através de canal iônico, dependendo do 
canal em que estiver trabalhando, pode ser uma resposta 
tanto excitatória quanto inibitória. Se por exemplo, ele se 
ligar ao canal de sódio, este vai despolarizar a membrana, 
então será uma resposta excitatória. Se for um de cloreto, 
este vai inibir a membrana celular, então será uma 
resposta inibitória. 
 Então agora, só precisamos entender o termo, 
toda vez que esse neurotransmissor causar uma 
excitação. Isso vai causar um potencial excitatório pós-
sináptico. Toda vez que for um canal iônico que causa 
inibição, vai causar um potencial inibitório pós-sináptico. 
 Um outro tipo de resposta chamamos de resposta 
metabotrópica, ou seja, resposta por metabolismo, isso 
quer dizer uma cascata de reações químicas. Então 
quando esse neurotransmissor se ligar ao receptor, vai 
ativar uma proteína G, esta vai gerar uma sequência de 
reações que vai gerar uma resposta celular. 
 
 Os potencias graduados podem se somar, 
podemos ter potencias graduados com somação espacial. 
A exemplo disso podemos citar assim, imagine que temos 
uma membrana celular e duas sinapses estão distantes no 
espaço, uma inibitória e outra excitatória, embora elas 
duas funcionem, elas estão distantes no espaço, os 
potencias graduados podem se somar. 
 Ou então, podemos ter uma única sinapse, ela 
liberou o neurotransmissor e causou potencial graduado. 
E na sequência libera neurotransmissor e causa potencial 
graduado, ou seja, é só uma sinapse ocorrendo em tempos 
diferentes (como mostrado no gráfico acima).

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