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A retratação da mulher no romantismo e realismo Romantismo que foi dividido em 3 gerações, na primeira geração a mulher no romantismo era tida como um amor puro, seres angelicais, sem sensualidade figuravam pessoas perfeitas tanto no físico como no espiritual, na segunda geração as mulheres já apresentavam uma sensualidade reprimida, mas continuavam idealizadas pelos homens, e na terceira geração existia um desejo sexual concretizado, como nas obras de Castro Alves. Um belo exemplo da mulher no romantismo é o poema "Anjo és" de Almeida Garrett onde ela é capaz de dominar o homem: "que me domina teu ser o meu ser sem fim" e "minha alma forte anda humilde a teu poder", o autor se mostra perturbado, confuso com a figura da mulher por não saber se é um anjo ou uma mulher. Por um lado, “frenéticos abraços”, “este ardor que me devora” e “fogo eterno” remetem a uma certa sensualidade, e isso o faz acreditar que ela é uma mulher. As mulheres do romantismo são fortes como Iracema "Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira", sempre com o amor idealizado impossível e quase impossível de ser realizado. A mulher no realismo como disse Eça de queirós "O Realismo é uma reação contra o Romantismo: O Romantismo era a apoteose do sentimento; - o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos - para condenar o que houve de mal na nossa sociedade". No realismo a mulher é muito menos idealizada e mais condizente com a realidade, uma mulher mais real, já não é inocente: trai o marido, tem prazeres e vontades próprias, uma mulher com vontade própria, com vontade de trair, sofrimentos, angústias, aflições, mostrando o lado mais humano das mulheres. Como exemplo, temos as mulheres dos romances de Machado de Assis, começando pela mais famosa, Capitu. Uma mulher forte e decidida, que seduzia todos que não simpatizavam com seu jeito e que fez uma sociedade machista preferi-la ao marido possivelmente traído. Virgília também é sedutora, prefere ter um romance com Brás Cubas quando tudo é proibido: ela está casada e tem um filho. Sofia, por sua vez, sabe bem o que quer e mesmo não traindo o marido com Rubião, deixa o apaixonado "cozinhando" até o momento em que consegue atingir seu objetivo, que é tirar do novo rico grande parte da sua fortuna, A mulher no século XIX é vista de duas formas diferentes, no romantismo é uma mulher idealizada com alma pura, já no romantismo ela é cheia de desejos, atitudes de uma forma que condiz com a realidade, isso acontece devido ao contexto histórico da época, onde a crítica pelo romantismo vinha se desenvolvendo cada vez mais e a busca pela realidade sem ilusões e fantasias era um dos pontos chaves. Instituto Federal do Piauí Campus: Uruçuí Aluno: Diego Borges de Sousa Turma: 2º Ano Agropecuária Disciplina: Português Professor: Pablo A retratação da mulher no romantismo e realismo DATA: 05/07/2016
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