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Transtorno Depressivo

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1 Júlia Cristine 
TRANSTORNOS DE HUMOR 
• Divididos em Transtorno 
depressivo unipolar e Transtorno 
Afetivo Bipolar (episódios 
depressivos alternam com 
episódios de mania ou hipomania 
ou misto, se os sintomas de 
depressão e mania aparecem 
simultâneos) 
• Transtornos depressivos unipolares 
são subdivididos em Transtorno 
depressivo maior e Transtornos 
distímicos 
• Distimia → Sintomas mais brandos 
e mais crônicos 
• Hipomania → Transtorno que 
causa elevação leve, mas 
persistente do humor, energia e 
atividades e sensação intensa de 
bem estar, eficácia física e 
psíquica. Aumento da 
sociabilidade, vontade de falar, 
energia sexual e menor 
necessidade de sono. Essa euforia 
pode ser associada a irritabilidade, 
grosseria e atitudes pretenciosas. 
Não acompanha alucinações e 
ideias delirantes. 
• Mania sem sintomas psicóticos → 
Elevação de humor fora de 
proporção em relação ao sujeito, 
levando até a uma agitação 
incontrolável. A atenção não é 
mantida, aumento muito grande 
de energia levando a uma 
hiperatividade. Aumento da 
autoestima com ideias de grandeza 
e superestimação de suas 
capacidades. Ocorre uma perda de 
inibições sociais que leva a 
condutas imprudentes 
• Mania com sintomas psicóticos → 
Além da mania, ele possui ideias 
delirantes ou alucinações. 
INTRODUÇÃO 
• Classificada como Transtorno 
Depressivo na CID-10 e como 
Transtorno Depressivo maior na 
DSM-V 
• Caracterizada por humor 
depressivos, falta de interesse, 
anedonia (não sente prazer), 
insônia, negativismo de 
sentimentos e pensamentos, 
queda de energia, lentidão 
psicomotora e sintomas físicos 
• Problema de saúde pública 
• Mulheres tem risco de 2 a 3 vezes 
mais que os homens, 
principalmente na idade fértil. 
• Idade de mais prevalência é entre 
20 e 50 anos 
• Morbidade através de recorrência, 
cronicidade, incapacitação e 
persistência 
• 50% dos deprimidos tem um 
período prodrômico (sinais e 
sintomas inespecíficos que 
aparecem antes dos sintomas 
específicos da doença) com 
sintomas de ansiedade e 
depressivos leves 
• 25% dos sintomas podem 
prevalecer por mais de um ano 
• Episódios tratados duram no 
mínimo três meses, mas ainda 
assim, parar o tratamento antes de 
terminar pode causar recaídas 
• 25% tem recidivas depois de 6 
meses, 58% em 5 anos e 85% em 
15 anos depois da recuperação 
• Quem já teve dois episódios tem 
70% de risco de um terceiro e 90% 
de uma nova depressão 
• Com o decorrer da doença, o 
período de intervalo de episódios 
diminui e a gravidade aumenta. 
 
2 Júlia Cristine 
• Muitos casos viram crônicos tendo 
sintomas de gravidade e duração 
variáveis 
• Suicídio estimado em 15% dos 
depressivos, sendo a doença 
altamente letal 
• Diagnóstico bem feito e bom 
tratamento indicam bom 
prognóstico 
• O risco de uma depressão grave 
aumenta de 1,5 a 3,0 vezes se a 
doença for presente em um 
parente de primeiro grau em 
comparação se não tiver 
• Cerca de 15% dos pacientes com 
transtorno de humor morrem por 
conta própria, e pelo menos 66% 
de todos os suicídios são 
precedidos por depressão 
• Há evidências crescentes de que as 
crianças de mulheres com 
depressão têm aumentado as taxas 
de problemas na escola e com 
comportamento, e têm níveis mais 
baixos de competência social e 
autoestima do que seus colegas de 
classe com mães que não têm 
depressão 
ETIOPATOGENIA 
• Interação de processos biológicos, 
genéticos, psicológicos e 
ambientais 
• Diminuição da serotonina cerebral, 
subsensibilização do receptor 5-
HT1A e supersensibilização do 
receptor 5-HT2 e elevação nos 
níveis de cortisol 
• As alterações da serotonina e 
cortisol seriam consequências de 
um processo de estresse celular e 
não a principal etiologia 
HIPÓTESE DAS CITOCINAS PARA 
DEPRESSÃO 
• Indica envolvimento da depressão 
com processos inflamatórios. 
• Há associação entre a depressão e 
a ativação das células T, e aumento 
de citocinas pró inflamatórias 
como interleucinas, fator de 
necrose tumoral alfa, interferon 
gama. 
• Na inflamação ocorre aumento dos 
radicais livres e na depressão 
ocorre aumento nos níveis de 
peroxidação lipídica e dano 
oxidativo ao DNA, ou seja, 
acometimento sistêmico celular. 
• Desregulação dos eixos 
hipotálamo-hipófise-adrenal, 
tireoidiano e ligado ao hormônio 
do crescimento, anormalidades do 
sono, desajustes de ritmo 
circadiano, alterações na 
morfofisiologia cerebral e 
anormalidades do sistema imune 
• O estresse crônico pode causar 
uma hiperatividade do eixo HHA 
(encontrada em 50% dos 
depressivos), pois reduz a inibição 
dele. 
• A depressão possui herdabilidade 
em até 50% dos casos e os fatores 
ambientais modulam a atividade 
dos genes que causam 
suscetibilidades diferentes para a 
depressão entre os indivíduos 
• Bdnf pesuisar 
• Os genes que mais se destacam em 
estudos são adenilciclase 3 
(ADCY3), galanina (GAL) e o gene 
que codifica um subtipo de canal 
de cálcio de baixa voltagem 
subtipo alfa (CACNA1C). A 
associação do CACNAlC com o 
diagnóstico de transtorno bipolar é 
um dos achados mais consistentes 
em estudos genéticos de 
associação de larga escala. Parece 
que as mutações dos canais de 
cálcio alteram a excitabilidade 
celular quando permite um maior 
influxo de cálcio. Não se sabe ainda 
 
3 Júlia Cristine 
diferenciar a funcionalidade desses 
canais na depressão e bipolaridade 
FATORES DE RISCO AMBIENTAIS 
• Uso de substancias psicoativas 
(álcool, drogas, inibidores de 
apetite, antidepressivos) 
• Alteração do ritmo biológico 
(privação do sono) 
• Eventos adversos na infância. Ex: 
perda de parente, falta de carinho 
dos pais, baixo suporte social e 
abuso físico/sexual na infância. 
Essas alterações causam mudanças 
persistentes nos sistemas de 
resposta ao estresse, envolvendo 
principalmente o fator de liberação 
de corticotropina e o eixo HHA. 
Isso eleva vulnerabilidade a 
transtornos afetivos e ansiosos na 
vida adulta 
• Cuidados maternos podem alterar 
a expressão de um gene que 
modula o receptor de gene 
receptor de glicocorticoide no 
hipocampo 
QUADRO CLÍNICO 
• Sinais e sintomas físicos e psíquicos 
• Ver pelo cid 10 
• Essenciais, independente do grau 
da depressão → Humor depressivo 
e/ou falta de interesse e motivação 
com prejuízo da capacidade 
hedônica (bem-estar geral e 
satisfação com a vida), queda do 
ânimo ou cansaço e lentificação 
psicomotora 
• Humor polarizado para depressão 
com anedonia e pouco responsivo 
a estímulos positivos 
• Afetos negativos, baixa 
autoestima, culpa, burrice, 
desesperança, tristeza, apatia, 
solidão, ansiedade, tédio, etc 
• Prejuízo das funções cognitivas 
como o pensamento lento, baixa 
concentração, comprometimento 
da memória 
• Ideias congruentes com o humor 
depressivo 
• Problemas e preocupações 
normais tornam-se tormentos 
• Psicomotricidade lentifica e 
diminuem a energia mental e 
física, ou seja, preguiça, cansaço, 
tarefas cotidianas exigem esforço 
• Depressão bipolar ou com 
sintomas ansiosos tem-se mais 
inquietação e agitabilidade 
psicomotoras 
• Depressão psicótica as ideias se 
tornam delirantes e deixam de ser 
passíveis de discussão lógica. Pode 
ter alteração de sensopercepção 
como alucinações auditivas e 
visuais 
• Alterações nos ritmos biológicos e 
sintomas vegetativos 
• Humor oscila com variação 
circadiana 
• Insônia pode ser inicial, medial ou 
terminal (despertar precoce, 2 
horas antes do horário normal) 
• Sintomas físicos ou dolorosos, 
perda de libido, disfunção erétil e 
ejaculação precoce são comuns 
• Depressão atípica pode ter 
hipersonia e aumento do apetite 
• Na infância, os sintomas mais 
comuns são anedonia, diminuição 
do desempenho escolar e 
isolamento dos amigos. A taxa de 
recaídas é maior e é menor a 
presença de melancolia e sintomas 
psicóticos• Hipersonia é mais comum nos 
adolescentes e ao decorrer da vida 
a taxa de suicídio também 
aumenta 
• Depressão de inicio tardio → 
Quando começa depois dos 60 
anos e tem relação com 
 
4 Júlia Cristine 
comorbidades clínicas e 
comprometimentos cognitivos 
• Depressão atípica → A mais 
comum nos idosos. Em idosos 
polimedicados, pode ter 
sobreposição de sintomas 
primários e secundários devido o 
uso de medicações. Também tem 
estudos que relatam depressão 
psicótica ser mais relacionada com 
idosos 
SUBTIPOS DE DEPRESSÃO 
Divididas pela sintomatologia, polaridade, 
curso, fatores desencadeantes e gravidade 
• Leve → Não causa incapacidade, 
mas causa sofrimento importante 
• Moderada → Afeta parcialmente 
as funções do indivíduo 
• Grave → Incapacidade social e/ou 
profissional. Pode ou não ter 
episódio psicótico 
• O mesmo depressivo pode 
apresentar subtipos diferentes ao 
longo da vida 
DISTIMIA 
• Um transtorno depressivo leve e 
crônico (mais de 2 anos), com 
sintomas de mau humor, 
infelicidade, desanimo e 
pessimismo. Pessoa não 
necessariamente tem episódios 
depressivos 
• CID-10 classifica como Transtorno 
do humor persistente 
• Sintomas físicos e alterações 
psicomotoras normalmente não 
estão presentes 
• Estresse mais aguçado vendo 
problemas onde não tem 
• Mais de 95% dos pacientes que 
tiveram distimia terão ao menos 
um episódio de depressão ao longo 
da vida. Além disso, não foi 
distinguido clinicamente com a 
depressão maior 
• DSM-V caracteriza como 
Transtorno depressivo persistente 
• Cronicidade aumenta a morbidade 
e piora o prognostico pois tem 
baixa adesão ao tratamento com 
antidepressivo.
 
 
5 Júlia Cristine 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Em crianças se faz muito com o 
hipotireoidismo, doenças 
metabólicas e lesoes expansivas 
cerebrais. 
 
 
• Na infância a depressão pode ser 
confundida com autismo e na 
adolescência pode ser confundida 
com esquizofrenia 
• Nos idosos deve-se levar em conta 
as diversas patologias orgânicas 
que podem ser associadas 
• Anemia, demência, doenças da 
tireoide, doenças metabólicas, 
neoplasias e abusos de 
substancias 
• Medicamentos para cardiopatia, 
anti-inflamatórios, 
antiparkinsonianas e 
 
6 Júlia Cristine 
benzodiazepínicos podem 
ocasionar sintomas parecidos com 
os de depressão 
• O principal diagnóstico diferencial 
é a depressão bipolar (um episódio 
depressivo atual em um paciente 
que já tenha apresentado ou possa 
vir a apresentar episódios de 
mania ou hipomania) que cursa 
com depressões recorrentes, mais 
graves, crônicas e com tratamento 
mais difícil 
• Alguns fatores de risco ajudam a 
diferenciar o TB da depressão 
como a idade precoce para o início 
da doença, sintomas atípicos, 
psicóticos, resistentes para 
antidepressivos; sazonalidade; 
depressão pós parto; muitas 
recorrências; sintomas de 
hiperatividade; grande 
irritabilidade, pensamentos 
acelerados e aumento de 
impulsividade durante um episódio 
depressivo 
• Mesmo se a pessoa depressiva 
recorrente não tem HF para TB, se 
tem sintomas maníacos, mesmo 
que muito sutil, piora o 
prognóstico e aumenta o risco para 
3 vezes mais de má resposta aos 
remédios antidepressivos, 2x maior 
para psicose, risco de ser 
internado e maior número de 
episódios 
• Quando internar? Quando não 
tem mt recurso extrahospitalares 
como caps ou ter risco para si ou 
outros 
TRATAMENTO 
• Depende de fatores como o sexo, 
idade, gravidade, subtipo da 
depressão, potenciais 
biomarcadores, respostas 
anteriores, sensibilidade a alguns 
efeitos adversos e transtornos 
comórbidos 
• Também depende de alguns 
fatores da medicação como a 
eficácia, tolerabilidade, segurança, 
interações medicamentosas, custo, 
formulação da marca vs. Da 
genérica, efetividade no mundo 
real e simplicidade do uso. 
• Normalmente o tratamento é 
combinado 
• Terapia Cognitivo-
comportamental → Objetivo de 
mudar as atitudes e 
comportamentos pessoais 
• Terapia Interpessoal → Melhoras 
aspectos interpessoais 
• Administradas de 6 a 12 semanas 
• Eletroconvulsoterapia → 
Tratamento agudo, mais eficaz que 
medicações e recomendado para 
pacientes que tem dificuldades no 
tratamento 
• O planejamento terapêutico é feito 
pela divisão de kupser em três 
fases a evolução clínica→ Aguda, 
continuação e manutenção 
• Resposta é uma melhora clínica 
parcial, definida por redução de ao 
menos 50% da pontuação da 
Escala de depressão de Hamilton 
(HAM-D) ou Escala de 
Montgomery Asberg. 
• A resposta terapêutica é 
classificada como remissão e 
recuperação 
• Remissão → Resposta menor ou 
igual a sete por mais de duas 
semanas e menos de seis meses na 
escala HAM-D 
• Recuperação → Assintomático. Se 
o estado de remissão permanecer 
por mais de seis meses 
• Recaída → Na fase de continuação 
do tratamento, houve um aumento 
do episódio depressivo índice 
• Recorrência → Após o período de 
recuperação, na fase de 
 
7 Júlia Cristine 
manutenção ocorre um novo 
episódio depressivo 
FASE AGUDA 
• Se o tratamento tiver resposta 
insatisfatória ou ausente de 4 a 8 
semanas, deve-se otimizar o 
tratamento aumentando a dose 
para a máximo tolerada, trocar o 
AD por um mais eficaz, associar 
com outros AD, potencializar com 
lítio (mais usada em casos de risco 
de autoextermínio e TB) ou tri-
iodotironina (T3) ou 
eletroconvulsoterapia 
FASE DE CONTINUAÇÃO 
• Prevenir as recaídas, sendo assim o 
paciente deve continuar tomando 
o AD na mesma dose de 16 a 20 
semanas depois da sua remissão 
FASE DE MANUTENÇÃO 
• Prevenir recorrências 
• Irá manter o AD dependendo de 
alguns fatores → idade avançada, 
episódios recorrentes na vida, 
episódios crônicos, psicóticos e 
graves, episódios difíceis de tratar, 
comorbidade significativa, 
sintomas residuais em episódio 
atual e história de recorrência 
durante a descontinuação do AD 
• Geralmente a dose que foi usada 
na fase aguda e de continuação 
continua nessa fase 
• Alguns pacientes precisam fazer 
profilaxia por pelo menos 2 anos 
CONSIDERAÇÕES 
• Depressão leve → Indica-se 
exercícios físicos, mas psicoterapia 
e AD podem ser usados se falha 
dos esforços 
• Depressão moderada → AD em 
monoterapia, psicoterapia ou 
ambos 
• Depressão grave → Pode ser 
combinação de um AD com 
antipsicótico, 
eletroconvulsoterapia, ou a 
combinação de um AD e 
psicoterapia 
ANTIDEPRESSIVOS 
• Inibidores seletivos de recaptura 
de serotonina (ISRS) → Os 
primeiros. Ex: fluoxetina (perda de 
apetite inicial), sertralina, 
paroxetina, citalopram 
• Duais → Inibem recaptação de 
serotonina e NE (ISRSN). 
Venlafaxina, mirtazapina, 
milnaciprano e duoxetina 
• Antidepressivos tricíclicos (ACT) 
→Atuam inibindo a recaptação 
sináptica de norepinefrina, 
serotonina e dopamina. Ex: 
amitriptilina, nortriptilina, 
imipramina e desipramina 
• Inibidores da monamina oxidase 
(IMAO) → Impede a quebra da 
norepinefrina, da dopamina e da 
serotonina pela enzima 
monoamina oxidase 
• Agomelatina → Primeiro 
antidepressivo melatoninérgico. É 
agonista dos receptores MT1 e 
MT2 e antagonista de 5-HT 
• Existem mais de 30 AD no mundo e 
23 comercializados no Brasil 
• Prescrever o AD em dose 
terapêutica (máxima indicada pela 
posologia ou tolerada) e por tempo 
adequado (8 semanas) 
• Se caso for retirada, deve ser feito 
de forma gradual (25%por semana) 
para evitar sintomas de 
descontinuação abrupta 
• Estudos dizem que venlafaxina 
tem maior chance de remissão 
• Foram comparados doze 
antidepressivos de nova geração 
(não foram incluídos 
 
8 Júlia Cristine 
desvenlafaxina e agomelatina); 
dois ISRS (escitalopram e 
sertralina), venlafaxina e 
mirtazapina se destacaram como 
mais eficazes que os demais 
(bupropiona, citalopram, 
duloxetina, fluoxetina, 
fluvoxamina, milnaciprano, 
paroxetina ereboxetina) 
• Efeitos colaterais são comuns e 
muito previsíveis principalmente se 
houver descontinuação abrupta 
• Agomelatina não demonstrou 
efeitos colaterais de 
descontinuação 
• Quetamina 
SÍNDROME SEROTONINÉRGICA 
• Ocorre devido ao uso de AD 
juntamente com substancias 
que possuem ação 
serotoninérgica (triptofano e 
outros, inclusive ADT, 
trazodona, lítio, meperidina, 
buspirona e fenfluramina3). 
• Os graus de gravidade são 
variáveis e pode ser fatal 
• Os sinais e sintomas podem ser 
confundidos com síndrome 
neuroléptica maligna. 
Sintomas sugestivos da 
síndrome incluem mudanças 
no estado mental do paciente 
(confusão, hipomania), 
agitação, mioclonias, 
hiperreflexia, diaforese, 
arrepios ou calafrios, tremor, 
diarreia, incoordenação e 
febre. 
• O tratamento consiste em tirar 
as substancias 
serotoninérgicas, tratamento 
de suporte e observar a 
resolução espontânea que 
ocorre normalmente em 24 
horas 
• Em casos graves, o uso de 
propranolol ou metisergida 
pode ajudar 
PSICOFARMACOLOGIA PEDIÁTRICA E 
GERIÁTRICA 
• Os pré adolescentes tem um 
metabolismo hepático bem 
eficiente que os faz tolerar altas 
doses de medicamento por 
unidade de peso. Quando a pré 
adolescência passa, o metabolismo 
se assemelha a de um adulto 
• Ou seja, deve-se usar de forma 
gradativa a medicação no pré 
adolescente. Se não houver 
melhora, aumenta a dose para a de 
um adulto ajudadas para o peso, 
sem perigo de intoxicação 
• Os ISRS são os escolhidos para 
crianças e adolescentes, 
principalmente a fluoxetina que é 
bem eficaz 
• Já o idoso pode ter um 
metabolismo menos eficiente, 
devido a por exemplo diminuição 
de proteínas séricas, fazendo com 
que tenha maior quantidade de 
medicamentos livres (não ligados a 
proteínas), podem ser mais 
sensíveis a efeitos colaterais 
periféricos como constipação e 
hipertensao, e no SNC como 
delirium e tremores pois eles tem 
menores reservas de funções 
cerebrais, hepáticas e/ou 
cardiovasculares 
• Como não é regra, é necessário 
uma medicina personalizada, ou 
seja, adequar o tipo e dose de 
medicamento de acordo com as 
comorbidades e condições clínicas 
do idoso. Ultimamente os ISRS 
principalmente sertralina, 
citalopram e escitalopram ficaram 
mais populares como tratamento 
de primeira linha na depressão 
geriátrica 
 
9 Júlia Cristine 
• A depressão no inicio da velhice 
constitui fator de risco para 
recorrências e muitas vezes pode 
ser necessário tratamento 
profilático 
 
 
RISCO DE SUCÍDIO 
• O Brasil é o 8º país com maior 
número absoluto de suicídios 
• No Brasil, pode haver uma 
subnotificação do número de 
suicídios e grande variabilidade 
regional nas taxas 
FATORES DE RISCO 
• Tentativa prévia de suicídio 
• Doença mental 
• Desesperança, desespero, 
desamparo e impulsividade → 
 
10 Júlia Cristine 
Impulsividade especialmente nos 
adolescentes que juntamente com 
o uso de substancias e o 
sentimento de desesperança são 
grandes fatores de risco 
• Idade → Muito alto entre os 
jovens devido humor depressivo, 
abuso de substâncias, problemas 
emocionais, familiares e sociais, 
história familiar de transtorno 
psiquiátrico, rejeição familiar, 
negligência, além de abuso físico e 
sexual na infância. Também é alto 
entre os idosos devido a morte de 
algum parente, especialmente o 
conjugue, sensação de estar sendo 
um peso para a família, etc 
• Gênero → Os homens tem taxa 
maior de suicídio de até 3 vezes 
mais. Enquanto que a taxa de 
tentativa de suicídio é 3 vezes 
maior nas mulheres, que possuem 
maior apoio social 
• Doenças clínicas não psiquiátricas 
• Eventos adversos na infância e na 
adolescência → Um fator de risco 
adicional de adolescentes é o 
suicídio de figuras proeminentes 
ou de indivíduo que o adolescente 
conheça pessoalmente. Existe, 
também, o fenômeno dos suicidas 
em grupo ou comunidades 
semelhantes que emitem o estilo 
de vida 
• HF e genética 
• Fatores sociais 
FATORES PROTETORES 
• Dados não muito consistentes → 
Autoestima elevada; bom suporte 
familiar; laços sociais bem 
estabelecidos com família e 
amigos; etc 
AVALIAÇÃO DO RISCOS 
RISCO BAIXO 
• Pessoa teve alguns pensamentos 
suicidas 
• Escuta acolhedora 
• Tratamento de possível transtorno 
psiquiátrico 
• Se não houver melhora, 
encaminhar para um médico 
especializado, certificando um 
atendimento rápido e pedindo 
também uma contrarreferencia 
RISCO MÉDIO 
• Pessoa tem pensamentos e planos, 
mas ainda não pretende executá-
los 
• Manejar → cuidado com os 
possíveis meios de cometer 
suicídio na sala de atendimento; 
escuta terapêutica; realizar um 
contrato terapêutico de não 
suicidio; fazer a familia e amigos 
estarem mais presentes; investir 
nos fatores protetivos 
• Encaminhar → Pedir autorização 
para entrar em contato com a 
família; encaminhar para serviço 
psiquiátrico para avaliar; orientar 
sobre medidas de proteção como 
esconder facas e tirar 
medicamentos do alcance do 
paciente 
RISCO ALTO 
• Pessoa tem plano e meio para 
faze-lo e quer fazer o mais rápido 
possível 
• Tentou suicídio recentemente 
• Tentou suicídio varias vezes em um 
curto espaço de tempo 
• Manejo → Não deixar a pessoa 
sozinha; realizar o contrato não 
suicídio; tomar cuidado com 
possíveis meios na sala de 
atendimento; informar a família 
• Encaminhar → encaminhar para 
um serviço psiquiátrico para avaliar 
e se necessário, internar. Se isso 
 
11 Júlia Cristine 
não for possível, considerar o caso 
como emergência 
• Urgencia/Emergencia → Objetivo 
de reduzir o risco imediato, manejo 
dos fatores predisponente e 
acompanhamento 
o Vigilância 24 horas deve 
ser estruturada por alguém 
da equipe de saúde ou 
cuidador, se for avaliado 
como capacitado, até a 
reavaliação médica. 
o Utensílios que podem ser 
usados para machucar 
devem ser retirados do 
acesso do paciente , assim 
como a bolsa do mesmo 
deve ser revistada para 
avaliar a presença destes. 
o Portas, inclusive do 
banheiro, não devem ser 
trancadas. 
o A transferência de 
pacientes entre 
instituições deve ser feita 
de ambulância, e não pelos 
familiares; 
o Os pacientes com alto risco 
de suicídio e frágil suporte 
social devem ser 
internados em instituição 
especializada 
o Em casos graves, a 
eletroconvulsoterapia 
pode ser uma opção para 
um resultado em curto 
prazo.

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