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1 Júlia Cristine TRANSTORNOS DE HUMOR • Divididos em Transtorno depressivo unipolar e Transtorno Afetivo Bipolar (episódios depressivos alternam com episódios de mania ou hipomania ou misto, se os sintomas de depressão e mania aparecem simultâneos) • Transtornos depressivos unipolares são subdivididos em Transtorno depressivo maior e Transtornos distímicos • Distimia → Sintomas mais brandos e mais crônicos • Hipomania → Transtorno que causa elevação leve, mas persistente do humor, energia e atividades e sensação intensa de bem estar, eficácia física e psíquica. Aumento da sociabilidade, vontade de falar, energia sexual e menor necessidade de sono. Essa euforia pode ser associada a irritabilidade, grosseria e atitudes pretenciosas. Não acompanha alucinações e ideias delirantes. • Mania sem sintomas psicóticos → Elevação de humor fora de proporção em relação ao sujeito, levando até a uma agitação incontrolável. A atenção não é mantida, aumento muito grande de energia levando a uma hiperatividade. Aumento da autoestima com ideias de grandeza e superestimação de suas capacidades. Ocorre uma perda de inibições sociais que leva a condutas imprudentes • Mania com sintomas psicóticos → Além da mania, ele possui ideias delirantes ou alucinações. INTRODUÇÃO • Classificada como Transtorno Depressivo na CID-10 e como Transtorno Depressivo maior na DSM-V • Caracterizada por humor depressivos, falta de interesse, anedonia (não sente prazer), insônia, negativismo de sentimentos e pensamentos, queda de energia, lentidão psicomotora e sintomas físicos • Problema de saúde pública • Mulheres tem risco de 2 a 3 vezes mais que os homens, principalmente na idade fértil. • Idade de mais prevalência é entre 20 e 50 anos • Morbidade através de recorrência, cronicidade, incapacitação e persistência • 50% dos deprimidos tem um período prodrômico (sinais e sintomas inespecíficos que aparecem antes dos sintomas específicos da doença) com sintomas de ansiedade e depressivos leves • 25% dos sintomas podem prevalecer por mais de um ano • Episódios tratados duram no mínimo três meses, mas ainda assim, parar o tratamento antes de terminar pode causar recaídas • 25% tem recidivas depois de 6 meses, 58% em 5 anos e 85% em 15 anos depois da recuperação • Quem já teve dois episódios tem 70% de risco de um terceiro e 90% de uma nova depressão • Com o decorrer da doença, o período de intervalo de episódios diminui e a gravidade aumenta. 2 Júlia Cristine • Muitos casos viram crônicos tendo sintomas de gravidade e duração variáveis • Suicídio estimado em 15% dos depressivos, sendo a doença altamente letal • Diagnóstico bem feito e bom tratamento indicam bom prognóstico • O risco de uma depressão grave aumenta de 1,5 a 3,0 vezes se a doença for presente em um parente de primeiro grau em comparação se não tiver • Cerca de 15% dos pacientes com transtorno de humor morrem por conta própria, e pelo menos 66% de todos os suicídios são precedidos por depressão • Há evidências crescentes de que as crianças de mulheres com depressão têm aumentado as taxas de problemas na escola e com comportamento, e têm níveis mais baixos de competência social e autoestima do que seus colegas de classe com mães que não têm depressão ETIOPATOGENIA • Interação de processos biológicos, genéticos, psicológicos e ambientais • Diminuição da serotonina cerebral, subsensibilização do receptor 5- HT1A e supersensibilização do receptor 5-HT2 e elevação nos níveis de cortisol • As alterações da serotonina e cortisol seriam consequências de um processo de estresse celular e não a principal etiologia HIPÓTESE DAS CITOCINAS PARA DEPRESSÃO • Indica envolvimento da depressão com processos inflamatórios. • Há associação entre a depressão e a ativação das células T, e aumento de citocinas pró inflamatórias como interleucinas, fator de necrose tumoral alfa, interferon gama. • Na inflamação ocorre aumento dos radicais livres e na depressão ocorre aumento nos níveis de peroxidação lipídica e dano oxidativo ao DNA, ou seja, acometimento sistêmico celular. • Desregulação dos eixos hipotálamo-hipófise-adrenal, tireoidiano e ligado ao hormônio do crescimento, anormalidades do sono, desajustes de ritmo circadiano, alterações na morfofisiologia cerebral e anormalidades do sistema imune • O estresse crônico pode causar uma hiperatividade do eixo HHA (encontrada em 50% dos depressivos), pois reduz a inibição dele. • A depressão possui herdabilidade em até 50% dos casos e os fatores ambientais modulam a atividade dos genes que causam suscetibilidades diferentes para a depressão entre os indivíduos • Bdnf pesuisar • Os genes que mais se destacam em estudos são adenilciclase 3 (ADCY3), galanina (GAL) e o gene que codifica um subtipo de canal de cálcio de baixa voltagem subtipo alfa (CACNA1C). A associação do CACNAlC com o diagnóstico de transtorno bipolar é um dos achados mais consistentes em estudos genéticos de associação de larga escala. Parece que as mutações dos canais de cálcio alteram a excitabilidade celular quando permite um maior influxo de cálcio. Não se sabe ainda 3 Júlia Cristine diferenciar a funcionalidade desses canais na depressão e bipolaridade FATORES DE RISCO AMBIENTAIS • Uso de substancias psicoativas (álcool, drogas, inibidores de apetite, antidepressivos) • Alteração do ritmo biológico (privação do sono) • Eventos adversos na infância. Ex: perda de parente, falta de carinho dos pais, baixo suporte social e abuso físico/sexual na infância. Essas alterações causam mudanças persistentes nos sistemas de resposta ao estresse, envolvendo principalmente o fator de liberação de corticotropina e o eixo HHA. Isso eleva vulnerabilidade a transtornos afetivos e ansiosos na vida adulta • Cuidados maternos podem alterar a expressão de um gene que modula o receptor de gene receptor de glicocorticoide no hipocampo QUADRO CLÍNICO • Sinais e sintomas físicos e psíquicos • Ver pelo cid 10 • Essenciais, independente do grau da depressão → Humor depressivo e/ou falta de interesse e motivação com prejuízo da capacidade hedônica (bem-estar geral e satisfação com a vida), queda do ânimo ou cansaço e lentificação psicomotora • Humor polarizado para depressão com anedonia e pouco responsivo a estímulos positivos • Afetos negativos, baixa autoestima, culpa, burrice, desesperança, tristeza, apatia, solidão, ansiedade, tédio, etc • Prejuízo das funções cognitivas como o pensamento lento, baixa concentração, comprometimento da memória • Ideias congruentes com o humor depressivo • Problemas e preocupações normais tornam-se tormentos • Psicomotricidade lentifica e diminuem a energia mental e física, ou seja, preguiça, cansaço, tarefas cotidianas exigem esforço • Depressão bipolar ou com sintomas ansiosos tem-se mais inquietação e agitabilidade psicomotoras • Depressão psicótica as ideias se tornam delirantes e deixam de ser passíveis de discussão lógica. Pode ter alteração de sensopercepção como alucinações auditivas e visuais • Alterações nos ritmos biológicos e sintomas vegetativos • Humor oscila com variação circadiana • Insônia pode ser inicial, medial ou terminal (despertar precoce, 2 horas antes do horário normal) • Sintomas físicos ou dolorosos, perda de libido, disfunção erétil e ejaculação precoce são comuns • Depressão atípica pode ter hipersonia e aumento do apetite • Na infância, os sintomas mais comuns são anedonia, diminuição do desempenho escolar e isolamento dos amigos. A taxa de recaídas é maior e é menor a presença de melancolia e sintomas psicóticos• Hipersonia é mais comum nos adolescentes e ao decorrer da vida a taxa de suicídio também aumenta • Depressão de inicio tardio → Quando começa depois dos 60 anos e tem relação com 4 Júlia Cristine comorbidades clínicas e comprometimentos cognitivos • Depressão atípica → A mais comum nos idosos. Em idosos polimedicados, pode ter sobreposição de sintomas primários e secundários devido o uso de medicações. Também tem estudos que relatam depressão psicótica ser mais relacionada com idosos SUBTIPOS DE DEPRESSÃO Divididas pela sintomatologia, polaridade, curso, fatores desencadeantes e gravidade • Leve → Não causa incapacidade, mas causa sofrimento importante • Moderada → Afeta parcialmente as funções do indivíduo • Grave → Incapacidade social e/ou profissional. Pode ou não ter episódio psicótico • O mesmo depressivo pode apresentar subtipos diferentes ao longo da vida DISTIMIA • Um transtorno depressivo leve e crônico (mais de 2 anos), com sintomas de mau humor, infelicidade, desanimo e pessimismo. Pessoa não necessariamente tem episódios depressivos • CID-10 classifica como Transtorno do humor persistente • Sintomas físicos e alterações psicomotoras normalmente não estão presentes • Estresse mais aguçado vendo problemas onde não tem • Mais de 95% dos pacientes que tiveram distimia terão ao menos um episódio de depressão ao longo da vida. Além disso, não foi distinguido clinicamente com a depressão maior • DSM-V caracteriza como Transtorno depressivo persistente • Cronicidade aumenta a morbidade e piora o prognostico pois tem baixa adesão ao tratamento com antidepressivo. 5 Júlia Cristine DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Em crianças se faz muito com o hipotireoidismo, doenças metabólicas e lesoes expansivas cerebrais. • Na infância a depressão pode ser confundida com autismo e na adolescência pode ser confundida com esquizofrenia • Nos idosos deve-se levar em conta as diversas patologias orgânicas que podem ser associadas • Anemia, demência, doenças da tireoide, doenças metabólicas, neoplasias e abusos de substancias • Medicamentos para cardiopatia, anti-inflamatórios, antiparkinsonianas e 6 Júlia Cristine benzodiazepínicos podem ocasionar sintomas parecidos com os de depressão • O principal diagnóstico diferencial é a depressão bipolar (um episódio depressivo atual em um paciente que já tenha apresentado ou possa vir a apresentar episódios de mania ou hipomania) que cursa com depressões recorrentes, mais graves, crônicas e com tratamento mais difícil • Alguns fatores de risco ajudam a diferenciar o TB da depressão como a idade precoce para o início da doença, sintomas atípicos, psicóticos, resistentes para antidepressivos; sazonalidade; depressão pós parto; muitas recorrências; sintomas de hiperatividade; grande irritabilidade, pensamentos acelerados e aumento de impulsividade durante um episódio depressivo • Mesmo se a pessoa depressiva recorrente não tem HF para TB, se tem sintomas maníacos, mesmo que muito sutil, piora o prognóstico e aumenta o risco para 3 vezes mais de má resposta aos remédios antidepressivos, 2x maior para psicose, risco de ser internado e maior número de episódios • Quando internar? Quando não tem mt recurso extrahospitalares como caps ou ter risco para si ou outros TRATAMENTO • Depende de fatores como o sexo, idade, gravidade, subtipo da depressão, potenciais biomarcadores, respostas anteriores, sensibilidade a alguns efeitos adversos e transtornos comórbidos • Também depende de alguns fatores da medicação como a eficácia, tolerabilidade, segurança, interações medicamentosas, custo, formulação da marca vs. Da genérica, efetividade no mundo real e simplicidade do uso. • Normalmente o tratamento é combinado • Terapia Cognitivo- comportamental → Objetivo de mudar as atitudes e comportamentos pessoais • Terapia Interpessoal → Melhoras aspectos interpessoais • Administradas de 6 a 12 semanas • Eletroconvulsoterapia → Tratamento agudo, mais eficaz que medicações e recomendado para pacientes que tem dificuldades no tratamento • O planejamento terapêutico é feito pela divisão de kupser em três fases a evolução clínica→ Aguda, continuação e manutenção • Resposta é uma melhora clínica parcial, definida por redução de ao menos 50% da pontuação da Escala de depressão de Hamilton (HAM-D) ou Escala de Montgomery Asberg. • A resposta terapêutica é classificada como remissão e recuperação • Remissão → Resposta menor ou igual a sete por mais de duas semanas e menos de seis meses na escala HAM-D • Recuperação → Assintomático. Se o estado de remissão permanecer por mais de seis meses • Recaída → Na fase de continuação do tratamento, houve um aumento do episódio depressivo índice • Recorrência → Após o período de recuperação, na fase de 7 Júlia Cristine manutenção ocorre um novo episódio depressivo FASE AGUDA • Se o tratamento tiver resposta insatisfatória ou ausente de 4 a 8 semanas, deve-se otimizar o tratamento aumentando a dose para a máximo tolerada, trocar o AD por um mais eficaz, associar com outros AD, potencializar com lítio (mais usada em casos de risco de autoextermínio e TB) ou tri- iodotironina (T3) ou eletroconvulsoterapia FASE DE CONTINUAÇÃO • Prevenir as recaídas, sendo assim o paciente deve continuar tomando o AD na mesma dose de 16 a 20 semanas depois da sua remissão FASE DE MANUTENÇÃO • Prevenir recorrências • Irá manter o AD dependendo de alguns fatores → idade avançada, episódios recorrentes na vida, episódios crônicos, psicóticos e graves, episódios difíceis de tratar, comorbidade significativa, sintomas residuais em episódio atual e história de recorrência durante a descontinuação do AD • Geralmente a dose que foi usada na fase aguda e de continuação continua nessa fase • Alguns pacientes precisam fazer profilaxia por pelo menos 2 anos CONSIDERAÇÕES • Depressão leve → Indica-se exercícios físicos, mas psicoterapia e AD podem ser usados se falha dos esforços • Depressão moderada → AD em monoterapia, psicoterapia ou ambos • Depressão grave → Pode ser combinação de um AD com antipsicótico, eletroconvulsoterapia, ou a combinação de um AD e psicoterapia ANTIDEPRESSIVOS • Inibidores seletivos de recaptura de serotonina (ISRS) → Os primeiros. Ex: fluoxetina (perda de apetite inicial), sertralina, paroxetina, citalopram • Duais → Inibem recaptação de serotonina e NE (ISRSN). Venlafaxina, mirtazapina, milnaciprano e duoxetina • Antidepressivos tricíclicos (ACT) →Atuam inibindo a recaptação sináptica de norepinefrina, serotonina e dopamina. Ex: amitriptilina, nortriptilina, imipramina e desipramina • Inibidores da monamina oxidase (IMAO) → Impede a quebra da norepinefrina, da dopamina e da serotonina pela enzima monoamina oxidase • Agomelatina → Primeiro antidepressivo melatoninérgico. É agonista dos receptores MT1 e MT2 e antagonista de 5-HT • Existem mais de 30 AD no mundo e 23 comercializados no Brasil • Prescrever o AD em dose terapêutica (máxima indicada pela posologia ou tolerada) e por tempo adequado (8 semanas) • Se caso for retirada, deve ser feito de forma gradual (25%por semana) para evitar sintomas de descontinuação abrupta • Estudos dizem que venlafaxina tem maior chance de remissão • Foram comparados doze antidepressivos de nova geração (não foram incluídos 8 Júlia Cristine desvenlafaxina e agomelatina); dois ISRS (escitalopram e sertralina), venlafaxina e mirtazapina se destacaram como mais eficazes que os demais (bupropiona, citalopram, duloxetina, fluoxetina, fluvoxamina, milnaciprano, paroxetina ereboxetina) • Efeitos colaterais são comuns e muito previsíveis principalmente se houver descontinuação abrupta • Agomelatina não demonstrou efeitos colaterais de descontinuação • Quetamina SÍNDROME SEROTONINÉRGICA • Ocorre devido ao uso de AD juntamente com substancias que possuem ação serotoninérgica (triptofano e outros, inclusive ADT, trazodona, lítio, meperidina, buspirona e fenfluramina3). • Os graus de gravidade são variáveis e pode ser fatal • Os sinais e sintomas podem ser confundidos com síndrome neuroléptica maligna. Sintomas sugestivos da síndrome incluem mudanças no estado mental do paciente (confusão, hipomania), agitação, mioclonias, hiperreflexia, diaforese, arrepios ou calafrios, tremor, diarreia, incoordenação e febre. • O tratamento consiste em tirar as substancias serotoninérgicas, tratamento de suporte e observar a resolução espontânea que ocorre normalmente em 24 horas • Em casos graves, o uso de propranolol ou metisergida pode ajudar PSICOFARMACOLOGIA PEDIÁTRICA E GERIÁTRICA • Os pré adolescentes tem um metabolismo hepático bem eficiente que os faz tolerar altas doses de medicamento por unidade de peso. Quando a pré adolescência passa, o metabolismo se assemelha a de um adulto • Ou seja, deve-se usar de forma gradativa a medicação no pré adolescente. Se não houver melhora, aumenta a dose para a de um adulto ajudadas para o peso, sem perigo de intoxicação • Os ISRS são os escolhidos para crianças e adolescentes, principalmente a fluoxetina que é bem eficaz • Já o idoso pode ter um metabolismo menos eficiente, devido a por exemplo diminuição de proteínas séricas, fazendo com que tenha maior quantidade de medicamentos livres (não ligados a proteínas), podem ser mais sensíveis a efeitos colaterais periféricos como constipação e hipertensao, e no SNC como delirium e tremores pois eles tem menores reservas de funções cerebrais, hepáticas e/ou cardiovasculares • Como não é regra, é necessário uma medicina personalizada, ou seja, adequar o tipo e dose de medicamento de acordo com as comorbidades e condições clínicas do idoso. Ultimamente os ISRS principalmente sertralina, citalopram e escitalopram ficaram mais populares como tratamento de primeira linha na depressão geriátrica 9 Júlia Cristine • A depressão no inicio da velhice constitui fator de risco para recorrências e muitas vezes pode ser necessário tratamento profilático RISCO DE SUCÍDIO • O Brasil é o 8º país com maior número absoluto de suicídios • No Brasil, pode haver uma subnotificação do número de suicídios e grande variabilidade regional nas taxas FATORES DE RISCO • Tentativa prévia de suicídio • Doença mental • Desesperança, desespero, desamparo e impulsividade → 10 Júlia Cristine Impulsividade especialmente nos adolescentes que juntamente com o uso de substancias e o sentimento de desesperança são grandes fatores de risco • Idade → Muito alto entre os jovens devido humor depressivo, abuso de substâncias, problemas emocionais, familiares e sociais, história familiar de transtorno psiquiátrico, rejeição familiar, negligência, além de abuso físico e sexual na infância. Também é alto entre os idosos devido a morte de algum parente, especialmente o conjugue, sensação de estar sendo um peso para a família, etc • Gênero → Os homens tem taxa maior de suicídio de até 3 vezes mais. Enquanto que a taxa de tentativa de suicídio é 3 vezes maior nas mulheres, que possuem maior apoio social • Doenças clínicas não psiquiátricas • Eventos adversos na infância e na adolescência → Um fator de risco adicional de adolescentes é o suicídio de figuras proeminentes ou de indivíduo que o adolescente conheça pessoalmente. Existe, também, o fenômeno dos suicidas em grupo ou comunidades semelhantes que emitem o estilo de vida • HF e genética • Fatores sociais FATORES PROTETORES • Dados não muito consistentes → Autoestima elevada; bom suporte familiar; laços sociais bem estabelecidos com família e amigos; etc AVALIAÇÃO DO RISCOS RISCO BAIXO • Pessoa teve alguns pensamentos suicidas • Escuta acolhedora • Tratamento de possível transtorno psiquiátrico • Se não houver melhora, encaminhar para um médico especializado, certificando um atendimento rápido e pedindo também uma contrarreferencia RISCO MÉDIO • Pessoa tem pensamentos e planos, mas ainda não pretende executá- los • Manejar → cuidado com os possíveis meios de cometer suicídio na sala de atendimento; escuta terapêutica; realizar um contrato terapêutico de não suicidio; fazer a familia e amigos estarem mais presentes; investir nos fatores protetivos • Encaminhar → Pedir autorização para entrar em contato com a família; encaminhar para serviço psiquiátrico para avaliar; orientar sobre medidas de proteção como esconder facas e tirar medicamentos do alcance do paciente RISCO ALTO • Pessoa tem plano e meio para faze-lo e quer fazer o mais rápido possível • Tentou suicídio recentemente • Tentou suicídio varias vezes em um curto espaço de tempo • Manejo → Não deixar a pessoa sozinha; realizar o contrato não suicídio; tomar cuidado com possíveis meios na sala de atendimento; informar a família • Encaminhar → encaminhar para um serviço psiquiátrico para avaliar e se necessário, internar. Se isso 11 Júlia Cristine não for possível, considerar o caso como emergência • Urgencia/Emergencia → Objetivo de reduzir o risco imediato, manejo dos fatores predisponente e acompanhamento o Vigilância 24 horas deve ser estruturada por alguém da equipe de saúde ou cuidador, se for avaliado como capacitado, até a reavaliação médica. o Utensílios que podem ser usados para machucar devem ser retirados do acesso do paciente , assim como a bolsa do mesmo deve ser revistada para avaliar a presença destes. o Portas, inclusive do banheiro, não devem ser trancadas. o A transferência de pacientes entre instituições deve ser feita de ambulância, e não pelos familiares; o Os pacientes com alto risco de suicídio e frágil suporte social devem ser internados em instituição especializada o Em casos graves, a eletroconvulsoterapia pode ser uma opção para um resultado em curto prazo.
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