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@resumos.medvet.lu – Resumo feito por Luisa Monaco - @__luisamonaco Resumo feito com base nos slides do professor Sílvio Pereira e o que foi dito em aula. Protozoários intestinais Resumo feito por Luisa Monaco com base nas aulas dos professores da Universidade Anhembi Morumbi. O conteúdo dessa apostila não é de minha autoria. @resumos.medvet.lu – Resumo feito por Luisa Monaco - @__luisamonaco Resumo feito com base nos slides do professor Sílvio Pereira e o que foi dito em aula. Características Agentes parasitários – protozoários. Podem ser divididos em protozoários coccídeas ou flagelados. Protozoários flagelados São aqueles que possuem flagelos. Exemplo – giárdia. → Na Europa, chamado de Giárdia lamblia, já na América do Sul, Giárdia intestinales. → Nome universal ficou como Giárdia duodenales. Possuem duas formas – trofozoíto e cisto. Trofozoítos: → Forma flagelada. → Formato de pera. o 10-15 micrômetros de comprimento. o 6-10 de largura. → É a forma que parasita o hospedeiro. o Fica aderido à superfície do epitélio do intestino delgado. → Pouco resistente no ambiente. o Quando é eliminada nas fezes, “veste uma roupa”, uma camada de proteção contra o ambiente externo. ▪ Camada cística – processo da encistamento. Figura 1 - trofozoítos da Giárdia duodenales. Figura 2 - forma flagelada com a camada cística. @resumos.medvet.lu – Resumo feito por Luisa Monaco - @__luisamonaco Resumo feito com base nos slides do professor Sílvio Pereira e o que foi dito em aula. Cistos: → Forma ovoide. o 8-12 micrômetros de comprimento. o 7-10 micrômetros de largura. → Estágio latente e resistente. → Formados no processo de encistamento dos flagelos trofozoítos. → É responsável pela transmissão do agente. → Pode sobreviver no ambiente por vários meses em condições úmidas e frias. o É sensível em condições em que a temperatura esta alta, assim como a umidade. Figura 3 - cistos da Giárdia duodenalis. Transmissão: → Epidemiologia. → Via fecal-oral. → A transmissão corre pela ingestão de água e comida contaminadas com os cistos. o Estes foram contaminados quando as fezes ficam no ambiente. → Em casos de diarreia, o trofozoíto pode ser eliminado, porém não é ele que contamina o animal. o Quando chega no estômago, ele é destruído pelas enzimas. → Fatores que contribuem para o estabelecimento da infecção: o Elevada contaminação fecal do ambiente. o Água não tratada sendo utilizada. ▪ Cistos são resistentes aos processos de cloração, por isso a água precisar ser muito bem tratada. o Alta densidade populacional. o Práticas sanitárias deficientes. → Ocorre em maior frequência em filhotes de cães e gatos, principalmente em canis ou locais de criação. → A transmissão ocorre principalmente por portadores assintomáticos. o Estes eliminam cistos intermitentemente por muito tempo, contaminando o ambiente e favorecendo o surgimento de novos casos. @resumos.medvet.lu – Resumo feito por Luisa Monaco - @__luisamonaco Resumo feito com base nos slides do professor Sílvio Pereira e o que foi dito em aula. Patogenia: → Não invadem as células, ficam na superfície da mucosa intestinal. o Devido a uma interação entre o disco adesivo do trofozoítos e as células intestinais. → Encurtamento das microvilosidades intestinais. o Diminui a área de abdorção. → Esfoliação acelerada dos enterócitos. → Redução da atividade da enzima dissacaridase e lipase pancreática, consequentemente, ocorre a redução da digestão dos carboidratos. o Prejudicando a digestão de nutrientes e água = síndrome da má absorção e digestão. o Pode-se observar as fezes do animal com presença de gordura (esteatorréia) – indica que a gordura não está sendo emulsificada e nem absorvida pelo intestino delgado. Figura 4 - corte histológico do intestino delgado contaminado com o protozoário Giárdia duodenales. Manifestações clínicas: → Ocorrem por volta do nono dia após a infecção. → Fezes pastosas. → Fétidas. → Diarreicas (esteatorréia). → Vômitos. → Desidratação. → Emagrecimento. → Dores abdominais. → Para queles que já pegaram alguma vez ou são assintomáticos, desenvolvem uma resposta imune e não desenvolvem sintomas. o Servem como portadores. Diagnóstico laboratorial: → Exame parasitológico de fezes = COPROPARASITOLÓGICO. → Método de flutuação em solução de sulfato de zinco. o Amostra de fezes é dissolvida nessa amostrada. o Coa a amostra para a retirada dos componentes sólidos. @resumos.medvet.lu – Resumo feito por Luisa Monaco - @__luisamonaco Resumo feito com base nos slides do professor Sílvio Pereira e o que foi dito em aula. o Centrifuga a amostra por 10 minutos. o Os cistos sobem e observamos em uma lâmina. → Positivo se houver cistos. → Caso o resultado for negativo, deve-se examinar pelo menos 3 amostras em um período de 5 dias para confirmar o resultado. o Como ocorre uma eliminação intermitente, em uma amostra pode conter ou não cistos. → Testes rápidos: o ELISA, snap. o Imunocromatografia. o Estes exames detectam antígenos dos protozoários flagelados, como a Giárdia, que estão presentes nas fezes dos animais. Giárdia duodenales: → Acometem humanos, animais domésticos e selvagens. → Se alimentam dos nutrientes do organismo por osmose. Protozoários coccídeas São unicelulares eucariontes Só realizam sua reprodução no interior das células intestinais. → Toda célula infectada é rompida. Complexo apical: → Conjunto de organelas – micronemas, anel polar – na extremidade apical. → Importante pois é a partir dessas estruturas que o protozoário consegue entrar no interior das células. Intracelular obrigatório – invadem as células intestinais e realizam sua reprodução. Patogenia e reprodução: → Obrigatoriamente precisa infectar uma célula intestinal para se reproduzir. → Patogenia = destruição das células após sua multiplicação. A doença é chamada de Coccidiose. Fase assexuada → Dentro da célula, possui um formato arredondado e ao longo do tempo, seu núcleo sofre várias divisões, fragmentando-se. @resumos.medvet.lu – Resumo feito por Luisa Monaco - @__luisamonaco Resumo feito com base nos slides do professor Sílvio Pereira e o que foi dito em aula. → Cada núcleo pega um pedaço do citoplasma do protozoário, formando novos protozoários. → Por conta de centenas de novos protozoários no interior da célula, ela não suporta e ocorre a lise (destruição celular) → Esse processo é chamado de esquizogônia (ou merogonia). → Após a saída dos novos protozoários, eles infectam novas células, se reproduzindo e destruindo em seguida. PROTOZOÁRIO INFECÇÃO CÉLULAS INTESTINAIS FORMA ARREDONDADA FRAGMENTAÇÃO DO NÚCLEO DO PROTOZOÁRIO FORMAÇÃO DE CENTENAS DE NOVOS PROTOZOÁRIOS DESTRUIÇÃO DA CÉLULA, LIBERAÇÃO DOS NOVOS PROTOZOÁRIOS QUE INFECTAM NOVAS CÉLULAS ESQUIZOGONIA @resumos.medvet.lu – Resumo feito por Luisa Monaco - @__luisamonaco Resumo feito com base nos slides do professor Sílvio Pereira e o que foi dito em aula. Fase sexuada → Depois de reproduzirem novos protozoários a fase assexuada, eles infectam as células novamente com o objetivo de produzir gametas para gerar descendentes. → Os protozoários da fase assexuada formam gametas. o Microgametocito = gametas masculinos. o Macrogametocito = gameta feminino. → Os microgametocitos destroem as células e ficam livres. → Com isso, ocorre a fecundação dos gametas e a formação de um zigoto (célula ovo ou oocisto). → A célula é destruída, liberando o oocistopara serem eliminados nas fezes. → Causa sangramento da mucosa intestinal PROTOZOÁRIOS FORMADOS NA FASE ASSEXUADA INFECTAM CÉLULAS, AUMENTAM DE TAMANHO E FORMAM GAMETAS MICROGAMETÓCITOS MEGAMETÓCITOS GAMETAS MASCULINOS GAMETAS FEMININOS DESTRUIÇÃO CELULAR E LIBERAÇÃO DOS GAMETAS FECUNDAÇÃO @resumos.medvet.lu – Resumo feito por Luisa Monaco - @__luisamonaco Resumo feito com base nos slides do professor Sílvio Pereira e o que foi dito em aula. Manifestações clínicas: → Ocorrem geralmente em filhotes e animais jovens (de 3 até 6 meses de idade). → Alteração das fezes. o Pastosas. o Fétidas. o Diarreia. → Presença de sangue. o Significa que houve sangramento na mucosa intestinal. o Coloração escura. o Presença de estrias. → Cólicas. → Anorexia. → Vômito. → Desidratação. → Emagrecimento. FORMAÇÃO DE UMA CÉLULA OVO CHAMADA DE OOCISTO. DESTRUIÇÃO CELULAR E LIBERAÇÃO DOS OOCISTOS NAS FEZES @resumos.medvet.lu – Resumo feito por Luisa Monaco - @__luisamonaco Resumo feito com base nos slides do professor Sílvio Pereira e o que foi dito em aula. Fase ambiental: → Os hospedeiros (infectados) liberam os oocistos não infectantes, como uma massa central. Figura 5 – oocistos não infectantes liberados. → Esses oocistos serão amadurecidos no ambiente. o Processo de esporogonia. o Duração de 24-48 horas. o Formação do protozoário dentro do oocisto. o A ingestão de oocistos não infectante não gera nada para o animal. → Controle deve ser feito nessa parte, pois após a realização das fezes, deve-se recolhê-las em 24 horas no máximo, para que o oocisto não infectante não evolua para um infectante. → No processo de esporogonia, ocorre a formação de oocistos infectantes e a formação de bolsas que protegem os protozoários. o Chamadas de esporocistos. o Eimeria = formam 4 bolsinhas. o Cystoisospora = formam 2 bolsinhas. Gênero Eimeria: → Hospedeiros – ruminantes, equinos, coelhos e aves. → Transmissão: o Ingestão de oocistos infectantes, localizados na água, nos alimentos... @resumos.medvet.lu – Resumo feito por Luisa Monaco - @__luisamonaco Resumo feito com base nos slides do professor Sílvio Pereira e o que foi dito em aula. o No estômago, os oocistos e os esporocistos são liberados. o Fase assexuada e depois fase sexuada. → Espécies: o Acervulina, maima e tenella – acometem as aves. o Arloingi – acometem os caprinos. o Não há a infecção de uma espécie em outra, por exemplo, a espécie que acometem as aves não acomete os caprinos e vice- versa = especificidade de hospedeiros. → A doença é chamada de Eimeriose. Figura 6 - oocistos não infectantes do gênero Eimeria. Gênero Cystoisospora: → Hospedeiros – cães, gatos e suínos. → Transmissão: o Ingestão de oocistos infectantes localizados na água, nos alimentos... o No estômago, os oocistos e os esporocistos são liberados. o Fase assexuada e depois fase sexuada → Espécies: o Canis – acometem os caninos. o Felis – acometem os felinos. o Suis – acometem os suínos. o Não há a infecção de uma espécie em outra, por exemplo, a espécie que acometem os felinos não acomete os suínos e vice- versa = especificidade de hospedeiros. → Antigamente chamava apenas isóspora, porém, a descoberta da formação de um cisto ocasionou na mudança de seu nome. → Possuem um estágio extra- intestinal, ou seja, realizam o ciclo intestinal e se locomovem para o linfonodo mesentérico. o Como não tem células intestinais, eles ficam adormecidos nessa região, se protegendo em um cisto. o Se um dia houver uma diminuição da imunidade do animal, ocorre uma reativação dos protozoários que estão no linfonodo mesentérico. o Se locomovem para o intestino, realizando um novo ciclo, liberando oocistos nas fezes. @resumos.medvet.lu – Resumo feito por Luisa Monaco - @__luisamonaco Resumo feito com base nos slides do professor Sílvio Pereira e o que foi dito em aula. o Por ter essa fase extra- intestinal, ao infectar um organismo que não é específico, o protozoário vai direto para os linfonodos mesentéricos e fica lá, usando o animal como um organismo paratênico/transporte. ▪ Não ocorre ciclo intestinal. o Exemplo – um roedor foi infectado com Cystoisospora felis e não houve manifestações clínicas, pois essa espécie não é especifica para roedor, mas caso um felino caçar o roedor, ele pode ser contaminado, já que o roedor ingeriu oocistos da espécie especifica dos felinos. → A doença é chamada de Cistoisosporose ou Isosporose. Figura 7 - oocistos não infectantes do gênero Cystoisospora. Diagnostico laboratorial: → Colher amostra de fezes. → Exame COPROPARASITOLÓGICO. o Copro = fezes. → Método de flutuação em solução salina hipersaturada para obter o extrato fecal. o Os oocistos flutuam e “grudam” na lâmina. o Visualização de oocistos = POSITIVO. o Também chamado de Método de Willis.
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