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Júlia Figueirêdo – HABILIDADES MÉDICAS IV SEMIOLOGIA DERMATOLÓGICA: ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS DA PELE E DE SE US ANEXOS: A pele é o maior e mais pesado órgão do corpo, tendo como principal função a proteção do organismo contra agentes lesivos do meio. Além disso, essa estrutura também impede a perda exacerbada de água, mantém a temperatura corporal estável e permite a percepção de estímulos sensoriais do ambiente. Cabe também a pele a conversão de vitamina D e a proteção contra a radiação ultravioleta. Socialmente, a cútis pode auxiliar a identificar um indivíduo, o que ocorre por meio de procedimentos de pigmentação artificial (tatuagens), que também agem como meio de comunicação, ou por padrões de manchas específicas. Embriologicamente, a pele é formada a partir de dois folhetos distintos, o ectoderma (dá origem a epiderme, aos anexos cutâneos e ao sistema melanogênico), e o mesoderma, que compõe a derme, a tela subcutânea e o músculo liso associado. Anatomicamente, a pele é formada por três camadas, a epiderme, mais superficial, a derme e a hipoderme, porção mais profunda. Salienta-se que essas camadas são bem integradas entre si, havendo a presença de cristas que aderem as duas camadas mais externas. A epiderme, camada externa não vascularizada, é, por sua vez, formada por 5 estratos, explanados a seguir (da região mais interna para a mais superficial): Camada basal: lâmina não estratificada de células proliferativas que concentram queratinócitos unidos e apresentam grande deposição de melanócitos, além de células de Merkel, que, conectadas aos axônios presentes na região, permitem a determinação de sensações táteis; Camada espinhosa (presença células de Langerhans, atuantes na defesa imune, de desmossomos e demais moléculas de adesão, garantindo a integridade da junção entre as camadas da pele); Camada granulosa (é mais evidente na pele glabra ou espessa); Camada lúcida (fina linha presente apenas na palma das mãos e na planta dos pés, delimitando a região de deposição de queratina); Camada córnea (concentração de queratina na pele glabra). A derme, por sua vez, divide-se em duas camadas: a papilar, formada por tecido conjuntivo frouxo e colágeno tipo III, criando ondulações que estimulam a junção com a derme, e a lâmina reticular, formada por tecido conjuntivo denso não modelado e colágeno tipo I. As células mais abundantes nessa região são fibroblastos, células Júlia Figueirêdo – HABILIDADES MÉDICAS IV dendríticas, mastócitos/macrófagos e eosinófilos, garantindo a proteção local contra ameaças externas. Somente a derme é vascularizada, levando os nutrientes necessários à epiderme por meio de difusão. A inervação, no entanto, é abundante, permitindo a discriminação do tato, da pressão do toque, da dor, do prurido, de sensações vibratórias e da variação de temperatura. Além da pele, a dermatologia é responsável por avaliar os anexos cutâneos, representados pelas glândulas écrinas (presentes em todo o corpo, são produtoras de suor fluido, não associadas a folículos pilosos), sebáceas (inativas até a adolescência, fortemente relacionadas à acne) e apócrinas (presentes principalmente nas axilas, secretam suor mais viscoso), pelas unhas (compostas por quatro grandes segmentos, a lâmina, a matriz, a borda livre e as dobras laterais), e os folículos pilosos. Sobre essas últimas estruturas, destaca-se que representam uma unidade pilossebácea formada por pelo, seus músculos eretores e pela estrutura glandular associada. Os cabelos apresentam fases distintas de crescimento, formando um grande ciclo, iniciado pela fase anágena (3 a 6 anos de duração), com grande atividade de proliferação na raiz do pelo, que é sucedida pela fase caágena (persiste por 2 semanas), marcada pela retração do comprimento do pelo, que assume desenho de foice. Todo esse processo culmina na fase telógena (estende-se por cerca de 3 meses), na qual há repouso mitótico e maior propensão à queda dos fios, que normalmente são perdidos a uma taxa de 60 a 100 por dia. A CONSULTA MÉDICA EM DERMATOLOGIA: Em dermatologia, a anamnese é realizada após a realização do exame objetivo e subjetivo da pele e de seus anexos, peculiaridade que diferencia essa especialidade das demais áreas clínicas. Desse modo, após o paciente descrever sua Júlia Figueirêdo – HABILIDADES MÉDICAS IV queixa principal e demais aspectos capazes de complementar a história da doença atual, o profissional deve partir para a análise direta das lesões ou atipias cutâneas. EXAME OBJETIVO: O exame objetivo consiste na análise cuidadosa da pele e de suas lesões, contando com inspeção, palpação, digitopressão e compressão local. Inspeção: o médico deve avaliar toda a pele, assim como cabelo/pelos, unhas e mucosas, idealmente num ambiente bem iluminado (luz do sol ou iluminação artificial que minimize interferências). Em caso de acometimentos difusos, a observação se dá inicialmente a uma distância de cerca de 1 a 2 metros (panorama geral), aproximando-se posteriormente até ficar a 20 ou 30 cm da ferida, utilizando uma lupa quando necessário; Palpação: com esse procedimento é possível determinar a espessura e a consistência do sinal, além de identificar o volume e a macicez da lesão; Digitopressão: com os dedos ou com o auxílio de uma lâmina de vidro (vitropressão), a área em análise é submetida a um momento de isquemia, permitindo a análise de eventuais mudanças de cor dos sinais cutâneos, favorecendo a detecção de manchas avermelhadas. Compressão local: esse mecanismo de análise tem como finalidade a comprovação acerca da ocorrência de edema, uma vez que deixa uma “impressão” na pele. Caso esse traçado seja linear, é possível investigar dermografismo. EXAME SUBJETIVO: O sintoma de maior destaque para a dermatologia é o prurido, sendo necessário tomar nota de todas as suas características, como presença, intensidade, evolução e presença de “surtos” em momentos específicos, uma vez que pode auxiliar a diferenciar duas doenças com manifestações semelhantes. Outro ponto de destaque é a sensação de ardor, evidente principalmente em processos inflamatórios. Alguns acometimentos podem inclusive apresentar quadros álgicos, variando de intensidade e “profundidade” (dor superficial ou muscular). ANAMNESE: Com a realização do exame objetivo e a coleta de informações decorrente da avaliação subjetiva, devem ser coletadas informações sobre a localização primária das lesões, bem como suas características originais, o modo pelo qual se disseminou e as características da evolução do quadro. Além disso, é imprescindível registrar todos os tratamentos prévios realizados, uma vez que eles podem desencadear ou piorar diversas dermatoses. A investigação de histórico familiar de manifestações semelhantes é importante, assim como também é necessário questionar acerca de procedimentos cirúrgicos anteriores, doenças da infância e, principalmente, antecedentes (familiares e pessoais) de quadros associados a processos alérgicos, como asma e rinite. Buscar a ocorrência de reações semelhantes dentre os colegas de trabalho ou escola também pode ser importante para detectar determinado quadro e impedir sua disseminação, quando infectocontagioso. O profissional deve também questionar o paciente acerca de eventuais comorbidades e tratamentos medicamentosos de forma a direcionar o tratamento para estratégias que minimizem interações entre fármacos ou o Júlia Figueirêdo – HABILIDADES MÉDICAS IV risco de desenvolvimento de uma condição associada. A identificação do fototipo do paciente também é de grande importância, pois direciona as orientações quanto à exposiçãosolar e permite estabelecer rotinas para rastreamento e detecção de sinais precoces para o desenvolvimento de câncer de pele. Essas divisões são: I: indivíduo sempre se queima; II: indivíduo quase sempre se queima, às vezes bronzeia; III: indivíduo pode se queimar, mas em geral se bronzeia; IV: indivíduo nunca se queima e sempre bronzeia; V: alcance de bronzeamento moderado; VI: torna-se muito bronzeado. LESÕES MELANOCÍTICAS: As lesões melanocíticas devem ter ao menos uma dentre as seguintes manifestações: glóbulos, estrias ou redes pigmentares (aspecto de favo de mel). A presença de algum desses fatores sugere a ocorrência de uma lesão possivelmente neoplásica, sendo necessária uma avaliação mais detalhada, com biópsia local. EXAME FÍSICO GERAL: Na dermatologia, na maior parte dos casos, o exame físico geral pode ser condensado, mas é imprescindível avaliar a pressão arterial e o grau de hidratação das mucosas, estendendo essa análise para as cadeias de linfonodos periféricos e abdominais quando necessário. O dermatologista pode fazer uso do dermatoscópio como mecanismo pouco invasivo de investigação de lesões, porém não fornece diagnóstico, dependendo de uma biópsia, por exemplo. PRINCIPAIS TERMOS EM DERMATOLOGIA: LESÕES ELEMENTARES: As lesões elementares cutâneas atuam como blocos constituintes dos acometimentos locais, representando um número limitado de respostas morfológicas isoladamente, mas que, ao serem interpretadas em conjunto, compõem um panorama patológico. De forma geral, esse grupo de acometimentos pode ser classificado em seis categorias distintas, a saber: Alterações de cor: o Mancha/mácula: corresponde a alteração na cor da pele sem a presença de pontos com elevações ou depressões. As alterações mais comuns presentes nesse grupo são Júlia Figueirêdo – HABILIDADES MÉDICAS IV as manchas vasculossanguíneas, associadas a mudanças no calibre dos vasos ou ao extravasamento de hemácias, e as manchas pigmentares, decorrentes de disfunções na concentração de melanina ou de outros compostos na derme. Manchas vasculossanguíneas: Eritema: a vasodilatação promove o surgimento de manchas vermelhas que somem com a dígito ou vitropressão. Subdivide- se em: o Cianose: manchas arroxeadas e mais frias que a pele ao redor dela, decorrentes da congestão venosa; o Rubor: eritema rubro decorrente de congestão arterial, havendo aumento da temperatura local; o Enantema: eritema em mucosas; o Exantema: disseminação aguda do eritema, que pode ser morbiliforme/rubeoliforme (manchas interrompidas por áreas saudáveis) ou escarlatiniforme (manchas uniformes); o Eritema figurado: mancha de bordas definidas, com leve elevação, apresentando contorno varável. Mancha lívida: é produto de um processo isquêmico, portanto apresenta cor azul-arroxeada e menor temperatura que o entorno; Mancha angiomatosa: apresenta cor vermelha forte, decorrente de um aumento no número de capilares. O local fica mais pálido cm vitropressão; Mancha anêmica: área esbranquiçada formada pela ausência de capilares no local, sendo permanente. Quando é feita a vitropressão, o entorno tem sua coloração igualada à mancha (comprova que não há vasos); Púrpura: área vermelha insensível à vitropressão. Ao longo do tempo, ela passa a ser arroxeada e, por fim, amarelo-esverdeada graças à degradação da hemoglobina, até recuperar a pigmentação original da pele. Quando é menor que 1 cm, chama-se petéquia, se maior recebe o nome de equimose e, em caso de apresentação linear, é denominada por víbice. Júlia Figueirêdo – HABILIDADES MÉDICAS IV Manchas pigmentares: Leucodermia: formação de manchas brancas decorrentes da diminuição (hipocromia) ou falta total (acromia) de melanina; Hipercromia: a coloração regional se torna mais intensa devido ao acúmulo de pigmentos. A melanodermia (aumento de melanina) pode abranger múltiplas cores, do castanho-claro ao preto, que também é encontrado no depósito de hemosiderina. A cor amarela pode estar associada a pigmentos biliares (icterícia), caroteno (carotenodermia) ou lipídeos. A utilização de medicamentos sistêmicos contendo alguns metais também pode resultar em alterações na pigmentação da pele; Pigmentação externa: cosméticos e medicamentos tópicos podem causar alterações temporárias na coloração da pele no ponto de aplicação. Elevações edematosas: o Urtica: lesão irregular em formato e extensão, com cor que varia entre o branco-rosado e o vermelho, sendo motivo de prurido. Essa formação é resultado do extravasamento de plasma, que é solucionado em poucas horas; o Edema angioneurótico: região circunscrita edemaciada que pode afetar a região subcutânea, resultando assim em saliências na superfície da pele. Formações sólidas: são decorrentes de processos neoplásicos ou inflamatórios, podendo acometer a epiderme, derme e/ou a hipoderme. o Pápula: lesão sólida com elevação em relação ao entorno, de tamanho inferior a 1 cm. O processo desencadeante pode afetar a epiderme, a derme ou ambas; Fibloma mole é um tipo de pápula. o Nódulo: pode ou não ser saliente, apresentando cerca de 1 a 3 cm. O processo desencadeante pode acometer qualquer camada da pele; Júlia Figueirêdo – HABILIDADES MÉDICAS IV o Nodosidade ou tumor: pode ou não ser saliente, com tamanho superior a 3 cm. O termo tumor é mais associado a processos neoplásicos; o Goma: corresponde a uma nodosidade com liquefação central que pode ulcerar, liberando conteúdo necrótico; o Vegetação: representa uma lesão sólida em aspecto de couve-flor, de cor branco-avermelhada. Sangra facilmente; Verucosidade: é uma lesão elevada, com aspecto inelástico e amarelado, decorrente de hiperqueratose. Coleções líquidas: o Vesícula: lesão de até 1 cm que contém líquido claro, que pode se tornar amarelado ou avermelhado, representando acúmulo de pus ou sangue; o Bolha/flictena: corresponde a uma elevação de mais de 1 cm, com conteúdo inicialmente claro, mas que, assim como na vesícula, pode sofrer alterações; o Pústula: elevação de até 1 cm com conteúdo purulento; o Abscesso: formação circunscrita de tamanho variável, podendo ou não ser elevada, com conteúdo purulento acumulado na pele ou em tecidos próximos. Há a presença de calor, dor e flutuação do local, que pode estar ruborizado; Júlia Figueirêdo – HABILIDADES MÉDICAS IV o Hematoma: formação de tamanho variável que pode ou não estar elevada, decorrente do acúmulo de sangue na pele ou em tecidos subjacentes. A coloração vermelha inicial passa gradualmente a um tom amarelo-esverdeado. É possível ocorrer infecções locais, casos nos quais há calor e dor, além de deposição de pus. Alterações de espessura: o Queratose: corresponde ao espessamento duro e inelástico da pele, com superfície áspera e amarelada, decorrente do aumente da camada córnea; o Liquenificação: há um espessamento da pele com acentuação de seus sulcos, que ganham aspecto quadriculado. Esse acometimento é decorrente de alterações na camada malpighiana (espinhosa); o Edema: corresponde a um aumento depressível na espessura da pele, que pode manter sua coloração normal ou apresentar-se rósea ou esbranquiçada. Há extravasamento de plasma para as camadas profundas da pele; o Infiltração: corresponde a alterações na espessura com aumento na consistência da pele, que perde a definição de seus sulcos. Seus limites não pouco definidos, podendo assumir coloração rósea. Resulta da presença de infiltrado celular na derme, podendo ou não estar acompanhada por edema e vasodilatação.Na vitropressão, o fundo da área acometida assume cor de café com leite; o Esclerose: a pele se torna coriácea (aspecto de couro), sem elasticidade. A espessura do local afetado pode ser aumentada ou reduzida, e a realização de pregas é dificultada ou impossibilitada. Esse processo decorre da fibrose do colágeno; o Atrofia: a pele se adelgaça, tornando- se mais susceptível a pregas. O surgimento desse acometimento é decorrente da diminuição da concentração de componentes teciduais. Júlia Figueirêdo – HABILIDADES MÉDICAS IV Perdas e reparações teciduais: o Escama: massa micácea ou foliácea que se desprende da superfície da pele devido a alterações na queratinização; o Erosão de exulceração: perda tecidual restrita à epiderme sem que haja formação de cicatrizes, normalmente associada à ruptura de bolhas; o Escoriação: representa uma lesão traumática, normalmente associada ao ato de se coçar; o Ulceração: perda circunscrita da epiderme e da derme, podendo em alguns casos acometer camadas mais profundas de tecido; o Úlcera: cronificação das ulcerações; o Fissura/rágadia: representa perdas lineares de epiderme e derme que circundam orifícios ou acometem áreas de dobras; o Crosta: é um acúmulo de serosidade, pus ou sangue dessecado que se mistura a células epiteliais, formando uma camada amarelada, esverdeada ou vermelho-escura em locais onde houve perda tecidual; o Escara: região de coloração preta, bem delimitada por tecido necrótico. Esse nome também pode ser usado para identificar a ulceração que ocorre após a perda do esfacelo (tecido esverdeado comumente associado a infecções); o Cicatriz: tem aspectos variados, não apresentando poros, pelos e sulcos. É resultado de um processo de fibrose e atrofia, com tendência à regressão. Júlia Figueirêdo – HABILIDADES MÉDICAS IV LESÕES ASSOCIADAS: As lesões associadas são, como o nome índia, combinações entre dois acometimentos elementares. Nesse grupo, também é possível identificar alterações específicas, características de determinados acometimentos, como: Afta: ulceração pequena em mucosas; Alopecia: ausência de pelos em áreas onde há a presença de folículos; Calo: hiperqueratose que se infiltra na pele, causando dor. É mais comum nos pés, decorrente de processos irritativos ou excesso de pressão mecânica nos pés; Calosidade: áreas de hiperqueratose de formato circular que pode acometer mãos e pés, também resultando do excesso de fricção local; Celulite: inflamação da derme ou do tecido subcutâneo; Cisto: formações elevadas ou não, formadas por uma cavidade repleta de substâncias líquidas ou semissólidas e envoltas por epitélio; Comedo: corresponde ao acúmulo de queratina e sebo em folículos pilosos (cravo preto) ou de corneócitos no infundíbulo do folículo (cravo branco); Corno: dilatação cutânea elevada e circunscrita, composta por queratina; Eritroderma: presença de eritema crônico e generalizado, que se descama; Fístula: canal na pele responsável por drenar secreções necróticas ou supurativas; Millium: cistos de queratina superficiais, pequenos e branco-amarelados que se formam na pele; Placa: áreas elevadas na pele com diâmetro maior que 2 cm; Poiquiloderma: sinal reticulado marcado por atrofia telangiectasia e pigmentação; Queloide: proliferação de tecido fibroso não regressivo na pele, que surge após um evento traumático; Seropápula: corresponde a uma vesícula inserida no centro de urticas pequenas; Sulco/túnel: saliências lineares de menos de 1 cm, que apresentam vesículas com cor perolada do tamanho da cabeça de um alfinete em sua extremidade. Típica da escabiose. TERMOS DESIGNATIVOS DE LESÕES EM DERMATOLOGIA: As lesões associadas podem ter seus formatos e contornos descritos como: Anular (em anel); Arcada (em arco); Circinada (em círculo); Corimbosa (lesão central e outras satélites); Discoide (em forma de disco); Espiralada (em forma de espiral); Figurada (com borda elevada e bem definida); Geográfica (contorno irregular semelhante a um mapa); Gotada (em gotas); Risada (em círculos concêntricos); Lenticular (como lentilhas); Linear; Miliar; Júlia Figueirêdo – HABILIDADES MÉDICAS IV Numular (em forma de moeda); Placa; Pontuada (em pontos); Serpiginosa (em linha ou contorno sinuoso). O fenômeno de Koeber, comum na psoríase, deve ser investigado em pacientes com lesões rotineiras em um determinado local, mas que desenvolve as mesmas manifestações em outra região após um trauma. Em relação a distribuição e número das lesões, elas podem ser designadas como: Localizada: presença de acometimento em uma ou algumas regiões da pele; Disseminada: presença de lesões individuais em várias áreas do corpo; Generalizada: lesões uniformes e difusas que se estendem por múltiplas regiões; Universal: presença de comprometimento total da pele, inclusive do couro cabeludo. É possível expressar a localização das dermatoses em relação às partes do organismo, como cabeça, face, couro cabeludo, tronco e membros superiores ou inferiores, sendo também utilizadas classificações mais específicas, associadas às regiões cutâneas.
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