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Estatística e Indicadores Sociais Uniasselvi

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Prévia do material em texto

2015
Estatística E indicadorEs 
sociais
Prof.ª Ana Luisa Fantini Schmitt 
Prof.ª Silvana Braz Wegrzynovski
Copyright © UNIASSELVI 2015
Elaboração:
Prof.ª Ana Luisa Fantini Schmitt 
Prof.ª Silvana Braz Wegrzynovski
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
310.7
S355e Schmitt, Luisa Fantini
 Estatística e indicadores sociais/Ana Luisa Fantini 
Schmitt, Silvana Braz Wegrzynovski . Indaial : UNIASSELVI, 2015.
 
 223 p. : il.
 ISBN 978-85-7830-887-2
 1. Estatística. 
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
III
aprEsEntação
A disciplina que se inicia neste momento no curso de Serviço 
Social, Estatística e Indicadores Sociais, tem como propósito estudar os 
procedimentos estatísticos e o uso dos mesmos na análise dos dados, os 
embasamentos teóricos da estatística e suas respectivas fases mediante um 
trabalho estatístico, como se procede a tabulação, a formulação de tabelas e 
gráficos, e como a estatística se fundamenta no processo de elaboração dos 
indicadores sociais.
O objetivo da disciplina é oferecer noções básicas sobre estatística, 
para que sirva de instrumento fundamental nas pesquisas sociais como a 
concepção dos indicadores sociais para os assistentes sociais na aplicabilidade 
da profissão.
O conteúdo exposto no respectivo caderno de estudo da referida 
disciplina, será desenvolvido em três unidades. Na Unidade 1 serão 
enfatizados os significados e a importância da estatística e dos indicadores 
sociais para o profissional do Serviço Social; na continuação deste, abrangerá 
sobre o papel dos indicadores sociais no monitoramento e avaliação das 
políticas públicas. A Unidade 2 propõe estudar os principais e básicos 
cálculos estatísticos, que serão utilizados pelo assistente social, através de 
uma relação entre a matemática e estáticas, através de exemplos práticos. 
Por fim, na Unidade 3, será abordada a realidade brasileira, mediante os 
indicadores sociais, mediante análise socioeconômica territorial, quais são os 
indicadores sociais que se fundamental na construção das políticas públicas, 
como por exemplo, os indicadores da saúde e da longevidade, da educação, 
do trabalho, de renda e de vulnerabilidade social no Brasil.
Vamos aos nossos estudos!
Prof.ª Ana Luisa Fantini Schmitt 
Prof.ª Silvana Braz Wegrzynovski
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfi m, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda 
mais os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza 
materiais que possuem o código QR Code, que 
é um código que permite que você acesse um 
conteúdo interativo relacionado ao tema que 
você está estudando. Para utilizar essa ferramenta, 
acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor 
de QR Code. Depois, é só aproveitar mais essa 
facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
V
VI
VII
UNIDADE 1 – O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES 
 SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL .................................................................... 1
TÓPICO 1 – ESTATÍSTICA E O SERVIÇO SOCIAL ....................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 O CONCEITO DE ESTATÍSTICA E O SERVIÇO SOCIAL ......................................................... 4
2.1 ROMPENDO COM OS PROTÓTIPOS ......................................................................................... 4
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 11
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 14
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 16
TÓPICO 2 – INDICADORES SOCIAIS E O SERVIÇO SOCIAL .................................................. 17
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 17
2 OS DADOS ESTATÍSTICOS E SUA UTILIZAÇÃO PARA PARÂMETROS DA ANÁLISE 
 DE RESULTADOS ................................................................................................................................ 19
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 29
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 31
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 33
TÓPICO 3 – UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS INDICADORES SOCIAIS DA 
 REALIDADE DO BRASIL .............................................................................................. 35
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 35
2 O SERVIÇO SOCIAL E OS FUNDAMENTAIS INDICADORES SOCIAIS DO BRASIL .... 36
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 51
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 55
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 56
TÓPICO 4 – OS INDICADORES SOCIAIS E A ERRADICAÇÃO DA POBREZA 
 NO BRASIL ........................................................................................................................ 57
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 57
2 OS INDICADORES SOCIAIS E A ERRADICAÇÃO DA POBREZA NO BRASIL ................ 57
LEITURACOMPLEMENTAR ............................................................................................................... 63
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 67
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 68
UNIDADE 2 – CÁLCULOS ESTATÍSTICOS BÁSICOS .................................................................. 69
TÓPICO 1 – DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA ............................................................................ 71
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 71
2 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA ................................................................................................ 71
3 TIPOS DE DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA ............................................................................ 72
3.1 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA SEM INTERVALOS DE CLASSE ................................... 72
3.2 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA COM INTERVALOS DE CLASSE.................................. 74
sumário
VIII
4 ELEMENTOS DE UMA DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA .................................................... 75
4.1 MÉTODO PRÁTICO PARA CONSTRUÇÃO DE UMA DISTRIBUIÇÃO DE 
 FREQUÊNCIA COM INTERVALOS DE CLASSE ...................................................................... 77
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 81
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 82
TÓPICO 2 – REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DAS DISTRIBUIÇÕES 
 DE FREQUÊNCIA .........................................................................................................85
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................85
2 TIPOS DE GRÁFICOS DE UMA DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA ..................................85
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................88
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................89
TÓPICO 3 – MEDIDAS DE POSIÇÃO (MÉDIA, MODA E MEDIANA) ..................................91
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................91
2 MÉDIA ARITMÉTICA (X ) ...............................................................................................................92
2.1 DADOS NÃO AGRUPADOS .......................................................................................................92
2.2 DADOS AGRUPADOS EM DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA SIMPLES ........................92
2.3 DADOS AGRUPADOS EM DISTRIBUIÇÕES COM INTERVALOS DE CLASSES .............93
3 MODA (Mo) .........................................................................................................................................100
3.1 DADOS NÃO AGRUPADOS .......................................................................................................100
3.2 DADOS AGRUPADOS EM FREQUÊNCIA SIMPLES .............................................................100
3.3 DADOS AGRUPADOS EM CLASSE ..........................................................................................101
4 MEDIANA (Md) ..................................................................................................................................103
4.1 DADOS NÃO AGRUPADOS .......................................................................................................103
4.2 FREQUÊNCIA SIMPLES ..............................................................................................................105
4.3 DADOS AGRUPADOS .................................................................................................................107
5 SIMETRIA E ASSIMETRIA .............................................................................................................109
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................112
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................113
TÓPICO 4 – MEDIDAS DE DISPERSÃO (DESVIO PADRÃO E COEFICIENTE 
 DE VARIAÇÃO) ..............................................................................................................115
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................115
2 AMPLITUDE TOTAL .........................................................................................................................116
3 DESVIO PADRÃO .............................................................................................................................116
3.1 DESVIO PADRÃO AMOSTRAL E DESVIO PADRÃO POPULACIONAL ..........................116
3.2 CÁLCULO DO DESVIO PADRÃO .............................................................................................117
3.2.1 Dados não agrupados ..........................................................................................................117
3.2.2 Dados de frequência simples ..............................................................................................119
3.2.3 Frequência de classes ...........................................................................................................121
4 COEFICIENTE DE VARIAÇÃO ......................................................................................................123
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................126
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................129
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................130
IX
UNIDADE 3 – INDICADORES SOCIAIS COMO INSTRUMENTOS DE 
 GESTÃO SOCIAL ......................................................................................................131
TÓPICO 1 – INDICADORES SOCIAIS E ESTATÍSTICA NA PRÁTICA .................................133
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................133
2 INDICADORES SOCIAIS E AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS .......................................134
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................143
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................147
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................149
TÓPICO 2 – A CONSTRUÇÃO DOS INDICADORES SOCIAIS NAS 
 POLÍTICAS PÚBLICAS.................................................................................................151
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................151
2 OS DADOS E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS ...........................................................151
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................171RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................174
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................176
TÓPICO 3 – INICIAÇÃO ÀS FONTES DE DADOS E INDICADORES ECONÔMICOS .....177
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................177
2 AS PRINCIPAIS PESQUISAS, INDICADORES, DIAGNÓSTICOS SOCIAIS E 
 FONTES DE DADOS DO BRASIL .................................................................................................178
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................188
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................193
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................195
TÓPICO 4 – A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O 
 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS ................197
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................197
2 O SERVIÇO SOCIAL NO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS 
 PÚBLICAS ............................................................................................................................................198
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................213
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................215
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................217
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................219
X
1
UNIDADE 1
O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA 
ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES 
SOCIAIS PARA O SERVIÇO 
SOCIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta disciplina tem por objetivos:
• conhecer a intervenção da estatística no serviço social;
• estudar os indicadores sociais no cotidiano profissional do assistente so-
cial;
• compreender a utilização da estatística e dos indicadores sociais a para 
análise na realidade social e na construção do diagnóstico social;
• analisar os indicadores sociais e a erradicação da pobreza no Brasil.
A Unidade 1 está dividida em quatro tópicos. Para um melhor aprofundamento 
do conteúdo e fixar melhor seus conhecimentos, no final de cada tópico você 
terá oportunidade de realizar as atividades propostas.
TÓPICO 1 – ESTATÍSTICA E O SERVIÇO SOCIAL
TÓPICO 2 – INDICADORES SOCIAIS E O SERVIÇO SOCIAL
TÓPICO 3 – ANÁLISE DOS PRINCIPAIS INDICADORES SOCIAIS DA 
REALIDADE DO BRASIL
TÓPICO 4 – OS INDICADORES SOCIAIS E A ERRADICAÇÃO DA 
POBREZA NO BRASIL
2
3
TÓPICO 1UNIDADE 1
Este vídeo corresponde 
aos tópicos 1 e 2
ESTATÍSTICA E O SERVIÇO SOCIAL
1 INTRODUÇÃO
Este primeiro tópico de ensino tem como iniciativa apresentar o conceito 
e os fundamentos da estatística como instrumento na definição das informações 
numéricas, que desde a época a.C. são utilizados na definição dos números, e que 
de diversas maneiras possibilitam a utilização das informações, uma leitura do 
contexto social, de uma determinada área geográfica.
Os números se fazem presentes cotidianamente nas mais diversas 
atividades das pessoas, que vão desde tarefas domésticas ou então de ordem 
mundial, por exemplo, o valor de uma compra de todos os tipos de comércio, como 
mercado, lojas de vestuários, automobilísticas entre outras, a variação cambial 
do dólar, mudanças econômicas, alterações dos percentuais de vulnerabilidades 
econômicas, sociais e culturais de uma determinada região.
A importância de citar resultados é uma questão que coloca vários desafios 
para todas as categorias profissionais, para o serviço social, em especial, pois 
encontra demanda nos locais de atuação profissional, dificultando assim citar 
e comparar resultados mediante a realidade estudada, sendo possível somente 
quando possuir um controle específico dos resultados coletados.
O Serviço Social, como profissão, trabalha especificamente com as questões 
sociais e suas mazelas. Quando se escolhe este curso na graduação, os acadêmicos 
já vêm com a ideia do objetivo do curso, sendo importante realizar os estudos 
dos dados estáticos para mudar uma demanda social, comprovando através dos 
números a diferença dos resultados alcançados com a intervenção profissional do 
assistente social.
O objetivo deste tópico é mostrar que o estudo e compreensão da estatística 
pode se tornar uma ferramenta importante no processo de implementação, 
monitoramento e avaliação das políticas públicas sociais.
UNIDADE 1 | O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
4
Este tópico visa enfatizar a importância dos dados estatísticos que são 
coletados, como alusão ao processo de informação da realidade social estudada em 
questão, referenciando a utilização da estatística direcionada à técnica específica 
de manipulação das informações relacionadas ao público-alvo das políticas 
sociais. A compreensão e a análise dos dados oportunizam um entendimento 
mais abrangente das questões analisadas, podendo auxiliar na classificação das 
áreas que são ou não de vulnerabilidade social.
Então vamos aos estudos.
2 O CONCEITO DE ESTATÍSTICA E O SERVIÇO SOCIAL
2.1 ROMPENDO COM OS PROTÓTIPOS
Para o Serviço Social, conhecer a estatística é importante, pois rompe com 
protótipos que ao longo das nossas vidas se materializam como conceitos que 
se tornam verdades, como por exemplo: “não vou utilizar isso nunca na minha 
vida”, “não suporto matemática e nem cálculos”, “odeio tabelas e gráficos”, onde 
se cria um obstáculo, que precisa estar muito bem fundamentado para poder 
rompê-lo.
Os números fazem parte do dia a dia de todas as classes sociais, todas 
as categorias profissionais, no meio universitário e acadêmico, há certa oposição 
ao que se refere aos conceitos sobre estatísticas. Uma das provações dessa 
disciplina é romper com os paradigmas fundamentados sobre os conhecimentos 
da estatística.
Uma das finalidades da estatística é de realizar a organização dos dados 
coletados, dos dados estatísticos que se pretendem trabalhar para uma devida 
finalidade.
Conforme Marcelino (2010, p. 2), pode-se entender como estatística:
A coleta, a apresentação e a caracterização da informação, visando 
assistir à análise de dados e o processo de decisão. A estatística 
descritiva envolve a coleta, a análise e a apresentação de um conjunto 
de dados para descrever as diversas características deste conjunto de 
dados. A estatística inferencial consiste nos métodos de estimativas de 
uma população com base nos estudos sobre amostras. A população é a 
totalidade dos itens que estão sendo considerados. A amostra é a parte 
da população que está sendo apreciada para análise. A população 
finita é aquela que possui um limite quantitativo, enquanto a infinita 
se refere a quantitativos sem limite. Um parâmetro é uma medida 
sintética que descreve um estado da população.
Os dados podem ser dos tipos qualitativos ou quantitativos. Os 
dados quantitativos discretos são aqueles que podem ser contados. 
TÓPICO 1 | ESTATÍSTICA E O SERVIÇO SOCIAL
5
Os dados qualitativos contínuos são os que podem ser medidos. 
Estudos enumerativos envolvem a tomada de decisão, com basenas características de uma população sob análise. Estudos analíticos 
envolvem a tomada de uma decisão sobre um processo visando ao 
aumento de performance no futuro. 
Os dados coletados deverão ser avaliados conforme as necessidades 
de atuação, sendo que o resultado final do trabalho desenvolvido depende 
especificamente de cada situação, pois a estatística conforme o conceito acima 
citado tem uma conexão com a realidade dos fatos listados, havendo a interferência 
de cada especificidade e generalidades da ciência como meio de intervenção.
Novamente Marcelino (2010, p. 1), ressalva:
[...] a estatística é uma ciência que estuda e pesquisa sobre: o 
levantamento de dados com a máxima quantidade de informação 
possível para um dado custo; o processamento de dados para a 
quantificação da quantidade de incerteza existente na resposta para 
determinado problema; a tomada de decisões sob condições de 
incerteza, sob o menor risco possível. 
Diante disso, pode-se constatar que a estatística tem o papel de auxiliar, 
identificar e mapear o público-alvo para ser atingido com determinada ação 
profissional, como também de quantificar todos os resultados que são adquiridos 
em uma determinada pesquisa, que necessite de certo diagnóstico estatístico.
Todos os procedimentos da estatística, bem como seus métodos, estão 
relacionados na maioria das áreas de conhecimento, pois cada vez que precisa realizar uma 
coleta de dados, para conhecer um território, uma instituição analisa todas as esferas (social, 
cultural, política, econômica etc.) de um determinado município, estado ou país.
IMPORTANT
E
A estatística não é um ramo da matemática onde se investigam os 
processos de obtenção, organização e análise de dados sobre uma 
determinada população (e/ou região). A estatística também não se 
limita a um conjunto de elementos numéricos relativos a um fato social, 
nem a números, tabelas e gráficos usados para resumo, à organização 
e apresentação dos dados de uma pesquisa, embora este seja um 
aspecto da estatística que pode ser facilmente percebido no cotidiano 
(não só por profissionais, mais por toda a sociedade). Ela é uma 
ciência multidisciplinar, que permite a análise estatística de dados de 
um físico. Poderia também ser usada por um economista, agrônomo, 
químico geólogo, matemático, biólogo, sociólogo, psicólogo e cientista 
político. (MARCELINO, 2010, p.1).
UNIDADE 1 | O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
6
A origem histórica da estatística antecede o período denominado “antes 
de Cristo - a.C.”, pois existem citações bíblicas que usavam o recadastramento 
para utilizar nos censos, objetivando a cobranças de taxas de impostos, de 
alistamento para as guerras e também para um controle das crianças que nasciam 
vivas. Um exemplo bíblico a ser utilizado, para provar a existência da estatística 
a.C., é através da história de Moisés, onde era solicitado perante um censo o 
controle de filhos primogênitos masculinos que nasciam vivos, pois deveriam 
serem sacrificados. 
“[...] Há indícios de que 3.000 anos a.C. já se faziam censos na Babilônia, 
China e Egito e até mesmo o quarto livro do Velho Testamento faz referência a 
uma instrução dada a Moisés”. FONTE: Disponível em: <http://www.ufrgs.br/mat/
graduacao/estatistica/historia-da-estatistica>. Acesso em: 9 abr. 2015.
Outra alusão que afirma que a estatística existe a.C., é a história do 
nascimento de Jesus Cristo, onde seus pais Maria e José estavam a caminho de 
Belém para participar de um censo estatístico.
FIGURA 1 – NASCIMENTO DE JESUS
FONTE: Disponível em: <https://divulgandoascensao.wordpress.com/category/jesus/> Acesso 
em: 9 abr. 2015.
Na atualidade, as chamadas ciências investigativas, tornaram-se 
importantes, pois apresentam as taxas de referências para a atuação de diversas 
categorias profissionais. No caso do assistente social, na sua atuação prática 
diária, as taxas são utilizadas através de vários exemplos, como: taxa per capita, 
taxa de vulnerabilidade social, taxa de desempregos, taxa de mulheres chefes 
TÓPICO 1 | ESTATÍSTICA E O SERVIÇO SOCIAL
7
de família, taxa de analfabetismo, entre outros, sendo papel do profissional de 
serviço social conseguir realizar uma leitura científica das taxas referenciadas em 
uma determinada pesquisa.
Os censos ou o recenseamento demográfico, realizado em um período de dez 
em dez anos, é um conjunto de estudos demográficos de uma determinada população, 
e que congrega as mais diversas informações da realidade em estudo, através de um 
levantamento socioeconômico, sendo um instrumento indispensável para o conhecimento 
do profissional de serviço social.
DICAS
[...] os recenseamentos cobrem a totalidade do território e fornecem 
dados desagregados em nível de grandes regiões, unidades de 
federação, macro e microrregiões, municípios, distritos e até mesmo em 
nível de setor censitário (unidade geográfica de coleta que, zona urbana, 
compreende cerca de 300 domicílios). (JANNUZZI, 2006, p. 40).
A contagem da população e sua “demarcação” mediante critérios 
políticos, sociais, econômicos, culturais, religiosos vêm antes mesmo da era pré-
cristã, acontece através dos censos demográficos, conforme a necessidade de cada 
momento histórico. 
O Brasil é um dos países que possui o censo demográfico mais completo e 
detalhado se comparado como outros países. Para Jannuzzi (2006, p. 41): “[...] sua 
operação envolve mais de duas centenas de milhares de pessoas para recensear os 
mais de 37 milhões de domicílios brasileiros, dispersos nos mais de 5.500 municípios”.
FIGURA 2 – CENSO DO IBGE
FONTE: Disponível em: <http://www.proparnaiba.com/redacao/2011/07/29/ibge-abre-
4-250-vagas-tempor-rias-para-agente-de-pesquisa.html>. Acesso em: 10 abr. 2015.
UNIDADE 1 | O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
8
Normalmente as políticas públicas, nas mais diversas áreas, são 
implementadas através das demandas sociais que são apresentadas por meio dos 
dados copilados e situados em um censo.
O censo demográfico é concretizado a cada dez anos, e tem por objetivo 
a contagem da população, no intervalo desse período é realizada a Pesquisa 
Nacional por Amostra de Domicílio – PNDAS, visando um acompanhamento 
anual sistêmico do panorama socioeconômico, um dos focos mais relevantes 
dessa pesquisa é a fecundidade/anticoncepção, a migração, saúde, mobilidade, 
os associativismos partidários, os bens de consumo. A década de 80 teve um 
destaque especial na pesquisa sobre o mercado de trabalho.
Para saber mais acesse os links:
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad98/
saude/metodologia.shtm>.
<ftp://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_
Domicilios_continua/Notas_metodologicas/notas_metodologicas.pdf>.
DICAS
Pode-se considerar que a implantação da Política Nacional de Assistência 
Social – PNAS, de 2004, tem com referência a classificação dos municípios pelo 
porte demográfico de cada um deles, conforme dados do censo do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
TABELA 1- CLASSIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS SEGUNDO TOTAL DE HABITANTES
Classificação do Município Total da população 
Municípios pequenos 1 Com população de até 20.000 habitantes
Municípios pequenos 2 Com população de até 20.001 a 50.000 habitantes
Municípios médios Com população de até 50.001 a 100.000 habitantes
Municípios grades Com população de até 100.001 a 900.000 habitantes
Metrópoles Com população maior que 900.000 habitantes
FONTE: Adaptado de: <file:///C:/Users/User/Downloads/PNAS%202004%20e%20NOBSUAS_08.0
8.2011.pdf>. Acesso em: 9 abr. 2015.
TÓPICO 1 | ESTATÍSTICA E O SERVIÇO SOCIAL
9
Para saber mais, acesse o site do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate 
à Fome da Secretaria Nacional de Assistência Social, e estude o arquivo disponível em: <http://
www.mds.gov.br/assistenciasocial/arquivo/Politica%20Nacional%20de%20Assistencia%20Social%202013%20PNAS%202004%20e%202013%20NOBSUAS-sem%20marca.pdf>.
DICAS
Com toda a certeza, você, caro(a) acadêmico(a), deve estar se questionando: 
Qual é a finalidade de estudar estatística no Serviço Social?
Diante desse questionamento, é primordial compreender que para 
o serviço social, o referencial estatístico é de suma importância devido à 
característica investigativa que a própria profissão possui da realidade em 
foco. Com essa atuação o profissional tem parâmetros para a elaboração de um 
diagnóstico social, que seja propositivo e analítico perante as demandas sociais 
que são encontradas no dia a dia do profissional.
A citação e referência aos dados podem oferecer à análise resultado positivo 
ou negativo, que servirão de apoio para o desenvolvimento de programas e 
projetos, conforme a necessidade atual. Marcelino (2010) enfatiza que a estatística 
tem aumentado a sua participação na linguagem das agilidades profissionais da 
conjuntura atual, visando que os números e seus respectivos significados refletem 
as questões do cotidiano, permitindo à análise apoio dos fatos e dados copilados.
No serviço social a estatística é utilizada como uma ferramenta que está 
inclusa nos instrumentais teóricos e metodológicos referentes à atuação profissional 
do assistente social, possibilitando a análise e compreensão da realidade social 
em que se pretende conhecer. Dessa maneira promove quantificar os dados 
numéricos da realidade em estudo, apresentando informações relacionadas às 
análises realizadas, tanto de maneira propositiva como crítica dos resultados 
apresentados, que resultarão em uma intervenção crítica e também criativa nas 
demandas sociais, através de programas e projetos.
A estatística se torna uma ferramenta importante para o profissional que possui 
habilitação para planejar, executar e avaliar projetos, pesquisas e programas, impondo o 
reconhecimento das referências estatísticas para uma ação investigativa da realidade social 
em que o assistente social está atuando.
UNI
UNIDADE 1 | O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
10
Outro questionamento que você, caro(a) acadêmico(a), deve estar 
querendo saber: É possível fazer uma reflexão sem usar as referências da estatística 
na atuação profissional?
Mediante tal questionamento, se torna fundamental o estudo e o 
conhecimento da pesquisa como instrumento no desenvolvimento da profissão 
de serviço social.
 Conforme a autora Bourguignon (2007, p. 47), defende que:
[...] as pesquisas em Serviço Social têm contribuído para avanços 
significativos em diferentes campos da ação profissional, no âmbito 
das políticas públicas, no enfrentamento das expressões da questão 
social em diferentes momentos históricos, na construção da proposta 
curricular e definição dos seus fundamentos teóricos e metodológicos, 
na consolidação do projeto ético-político profissional, entre outros 
aspectos. 
As origens históricas da profissão, perante as aflições e indignações 
da realidade social, fazem com que os assistentes sociais busquem investigar 
proporcionando um novo conhecimento sistêmico, com um retorno emergente 
às demandas sociais, preponderando todo o público pesquisado e os serviços 
já ofertados, levando sempre em consideração que o público do serviço social é 
usuário instituído de direitos sociais. Essa indignação com as diferenças sociais 
oportuniza aos assistentes sociais usarem uma prática investigativa, e uma 
pesquisa que resulta em uma reflexão da realidade social. “[...] a pesquisa se revela 
como potencialidade para o Serviço Social, e é neste contexto que se enfrenta o 
desafio de construir articulações orgânicas entre a produção de conhecimento e a 
prática profissional.” (BOURGUIGNON, 2007, p. 49).
Os usuários do Serviço Social possuem um papel ativo na participação 
de uma pesquisa social. Cabe também ao assistente social a orientação e um 
retorno para os usuários sobre a pesquisa realizada, baseado no princípio ético 
da profissão.
Citando novamente Bourguignon (2007, p. 52).
A pesquisa para o Serviço Social deve gerar um conhecimento que 
reconheça os usuários dos serviços públicos como sujeitos políticos 
que são capazes, também, de conhecer e intervir em sua própria 
realidade como autonomia, desvencilhando-se das estratégias de 
assistencialismo, clientelismo e subalternidade, tão presentes nas 
ações governamentais e políticas públicas.
TÓPICO 1 | ESTATÍSTICA E O SERVIÇO SOCIAL
11
IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA PARA O PROCESSO DE 
CONHECIMENTO E TOMADA DE DECISÃO
Sérgio Aparecido Ignácio
A estatística tem sido utilizada na pesquisa científica nas mais variadas 
áreas do conhecimento, visando à otimização de recursos econômicos e de 
processos de produção, bem como ao aumento da qualidade e produtividade 
nas questões judiciais, na medicina, em pesquisas envolvendo levantamentos por 
amostragem, em previsões de safras e em muitos outros contextos.
Trata-se de uma ciência multidisciplinar, que vem sendo empregada 
nos diferentes ramos do conhecimento, dentre eles a agronomia, biologia, 
direito, economia, engenharia, farmácia, física, geologia, hidrologia, matemática, 
medicina, nutrição, odontologia, psicologia, química e sociologia. Atualmente os 
dados estatísticos são obtidos, classificados e armazenados em meios magnéticos e 
disponibilizados em diversos sistemas de informações acessíveis a pesquisadores/
gestores, cidadãos e organizações da sociedade, que, por sua vez, podem utilizá-
los para o desenvolvimento de suas atividades. 
A expansão no processo de obtenção, armazenamento e disseminação de 
informações estatísticas tem sido acompanhada pelo rápido desenvolvimento de novas 
técnicas e metodologias de análise de dados estatísticos (RODRIGUES et al., 2003).
 Praticamente todas as informações divulgadas pelos meios de comunicação 
provêm de alguma forma de pesquisas e estudos estatísticos.
O crescimento populacional, os índices de inflação, emprego e desemprego, 
o custo da cesta básica, os índices de desenvolvimento humano são alguns exemplos 
de pesquisas divulgadas pelos meios de comunicação e que se utilizam dos métodos 
estatísticos. Na área tecnológica, a corrida espacial criou diversos problemas 
relacionados ao cálculo da posição de uma nave espacial, cujos cálculos dependem 
de teorias estatísticas mais avançadas, considerando que estas informações, como 
sinais de satélite, são recebidas de forma aleatória e incerta (ENCE, 2010). 
[...] Na pesquisa científica, a estatística é empregada desde a definição 
do tipo de experimento, na obtenção dos dados de forma eficiente, em testes de 
hipóteses, estimação de parâmetros e interpretação dos resultados. Permite, assim, 
ao pesquisador, testar diferentes hipóteses a partir dos dados empíricos obtidos. 
[...] No mercado financeiro e instituições bancárias, os métodos estatísticos 
são empregados para modelagem financeira e econômica, visando modelar 
o comportamento do crédito, da inadimplência, a movimentação de ações e 
previsões de taxas de juros, possibilitando estabelecer estratégias para a concessão 
de empréstimos que maximizem os lucros. 
LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 1 | O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
12
[...] Em qualquer país, a estatística é ferramenta fundamental para que se 
possa traçar planos sociais e econômicos e projetar metas para o futuro. Técnicas 
estatísticas avançadas permitem estimar, com um bom grau de precisão, variáveis 
como tamanho da população, taxa de emprego e desemprego, índices de inflação, 
evasão escolar, demanda por determinados bens e serviços, assim como formular 
planos para atingir as metas programadas de avanço no bem-estar social. Em face 
da imensa quantidade de dados e indicadores socioeconômicos e demográficos 
atualmente coletados e analisados pelos diferentes institutos de pesquisa (públicos 
ou privados), tornou-se inquestionável a importância da ciência estatística nosúltimos dois séculos.
 Segundo Paris (2007),
Estratégias para a redução da pobreza e o desenvolvimento mundial 
apoiam-se na Estatística. Sua utilização engloba, desde a elaboração 
até a implementação de políticas e programas nacionais, tais como 
programas de Estratégias de Redução da Pobreza, cumprimento dos 
objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), definidos em nível 
internacional, servindo para avaliar o desempenho destas políticas 
junto à sociedade. Estatísticas confiáveis descrevem a realidade 
quotidiana das pessoas; revelam, por exemplo, onde se encontram os 
pobres, por que razão são pobres e de que maneira vivem. Por sua vez, 
estas informações fornecem as evidências necessárias à implementação 
e ao controle de políticas de desenvolvimento efetivas. Indicam onde 
os recursos são mais necessários e fornecem meios para avaliar o 
progresso e medir o impacto de diferentes políticas.
 Estatísticas de boa qualidade também aprimoram a transparência e a 
responsabilidade quanto à prestação de contas na elaboração de políticas, dois 
elementos essenciais para uma gestão pública eficiente e eficaz, pois permitem 
que os cidadãos avaliem o sucesso de políticas governamentais e desafiem as 
autoridades a responder por essas políticas.
Em institutos de pesquisa como o IBGE, Departamento Intersindical de 
Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Fundação Sistema Estadual 
de Análise de Dados (SEADE), IPARDES, Instituto Agronômico do Paraná 
(IAPAR), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Empresa Brasileira 
de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a ciência estatística é responsável pela 
operacionalização de pesquisas socioeconômicas, agropecuárias ou demográficas 
sobre a realidade brasileira, permitindo a construção de indicadores estatísticos 
sintéticos para a utilização na esfera federal, estadual e municipal, possibilitando 
o estudo, planejamento, acompanhamento e avaliação de programas e políticas 
públicas. Os maiores exemplos da importância da estatística para o gestor 
público é a realização, pelo IBGE (2010) do levantamento de Informações Sociais, 
Demográficas e Econômicas, envolvendo:
• Estatísticas de Âmbito Social e Demográfico: Podem ser destacados alguns 
levantamentos que têm como base a coleta de informações junto aos domicílios. 
Realizado decenalmente, o Censo Demográfico se constitui como núcleo das 
estatísticas sociodemográficas, auxiliando os gestores públicos a entender 
melhor a dinâmica da população e a organizar seus gastos com saúde e 
assistência social. No intervalo entre dois Censos é realizada a Contagem da 
TÓPICO 1 | ESTATÍSTICA E O SERVIÇO SOCIAL
13
População, operação censitária fundamental para aprimorar as estimativas 
anuais de população. De caráter amostral, destaca-se a Pesquisa Nacional por 
Amostra de Domicílios (PNAD), que levanta anualmente informações sobre 
habitação, rendimento e mão de obra, associadas a algumas características 
demográficas e de educação. Como mais uma fonte de informação sobre o 
mercado de trabalho, destaca-se a Pesquisa de Economia Informal Urbana, 
de periodicidade quinquenal, e, para acompanhamento conjuntural, cabe 
mencionar a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). A Pesquisa de Orçamentos 
Familiares (POF), de periodicidade quinquenal, permite conhecer a estrutura 
de rendimentos e da despesa das famílias. Ainda como fonte de informações 
sociodemográficas encontram-se as pesquisas fundamentadas em registros 
administrativos, como o Registro Civil, a Pesquisa de Assistência Médico-
Sanitária e a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico.
• Estatísticas da Agropecuária: Têm como núcleo o Censo Agropecuário, que 
investiga, a partir dos estabelecimentos agropecuários, a organização fundiária 
(propriedade e utilização das terras), o perfil de ocupação da mão de obra e o nível 
tecnológico incorporado ao processo produtivo, entre outros temas estruturais 
de relevância. Para o acompanhamento anual do setor, destacam-se a Pesquisa 
Agrícola Municipal e a Pesquisa da Pecuária Municipal, entre outras.
 
• Estatísticas Econômicas: Trazem informações sobre os principais setores 
da economia: comércio, indústria, construção civil e serviços, a partir do 
levantamento, por amostra, em estabelecimentos de cada setor. A Pesquisa 
Anual do Comércio, a Pesquisa Industrial Anual, a Pesquisa Anual da Indústria 
da Construção e a Pesquisa Anual de Serviços são exemplos dos trabalhos mais 
relevantes nessa área. Cabe mencionar que o acompanhamento conjuntural da 
economia é possível através do conjunto de pesquisas mensais do comércio, da 
indústria e da agricultura. 
• Índices de Preços Produzidos: Contínua e sistematicamente, os índices de 
preços ao consumidor permitem acompanhar, mensalmente, o comportamento 
dos preços dos principais produtos e serviços consumidos pela população. 
Esta área engloba o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o 
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), baseado em cesta 
de consumo de famílias de renda mais alta. Além deste, pode-se acompanhar, 
pelo Sistema Nacional de Custos e Índices da Construção Civil, a evolução de 
preços, a mão de obra e os materiais empregados no setor. 
• Sistema de Contas Nacionais Oferece uma visão de conjunto da economia e 
descreve os fenômenos essenciais que constituem a vida econômica: produção, 
consumo, acumulação e riqueza, oferecendo também uma representação 
compreensível e simplificada, porém completa, deste conjunto de fenômenos e 
das suas inter-relações. O Sistema de Contas Nacionais do IBGE segue as mais 
recentes recomendações das Nações Unidas expressas no Manual de Contas 
Nacionais - System of National Accounts 1993 - SNA, incluindo o cálculo do 
Produto Interno Bruto (PIB) e a Matriz de Insumo-Produto.
FONTE: Disponível em: <http://www.ipardes.gov.br/biblioteca/docs/NT_06_importancia_
estatistica_tomada_decisao.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2015.
14
Neste tópico pode-se compreender as nuances relativa a Estatística e o 
Serviço Social. Foram abordados os seguintes itens:
• Conhecer a estatística é importante, pois rompe com protótipos que ao longo 
das nossas vidas se materializa como conceitos que se tornam verdades.
• Os números fazem parte do dia a dia de todas as classes sociais, todas as 
categorias profissionais, no meio universitário e acadêmico, há certa oposição 
ao que se refere aos conceitos sobre estatísticas.
• Uma das finalidades da estatística é realizar a organização dos dados coletados, 
dos dados estatísticos que se pretendem trabalhar para uma devida finalidade.
• A estatística tem o papel de auxiliar a identificar e mapear o público-alvo para 
ser atingido com determinada ação profissional.
• A estatística deve quantificar todos os resultados que são adquiridos em uma 
determinada pesquisa que necessite de certo diagnóstico estatístico.
• A origem histórica da estatística antecede o período denominado “antes de Cristo”.
• Na atualidade, as chamadas ciências investigativas, tornaram-se importantes, 
pois apresentam as taxas de referências para a atuação de diversas categorias 
profissionais.
• A contagem da população e sua “demarcação” mediante critérios políticos, 
sociais, econômicos, culturais, religiosos vêm antes mesmo da era pré-cristã, 
acontece através dos censos demográficos, conforme a necessidade de cada 
momento histórico.
• Normalmente as políticas públicas nas mais diversas áreas, são implementadas 
através das demandas sociais que são apresentadas por meio dos dados 
copiladas e situadas em um censo.
• A implantação da Política Nacional de Assistência Social – PNAS, de 2004, 
tem como referência a classificação dos municípios pelo porte demográfico de 
cada um deles, conforme dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística – IBGE.
• Para o serviço social, o referencial estatístico é de suma importância, devido à 
característica investigativa que a própria profissão possui da realidade em foco.
RESUMO DO TÓPICO 1
15
• No serviço social aestatística é utilizada como uma ferramenta que está inclusa 
nos instrumentais teóricos e metodológicos referentes à atuação profissional 
do assistente social.
• Os usuários do Serviço Social possuem um papel ativo na participação de 
uma pesquisa social. 
• As origens históricas da profissão, perante as aflições e indignações da 
realidade social, fazem com que os assistentes sociais busquem investigar 
proporcionando um novo conhecimento sistêmico, com um retorno emergente 
às demandas sociais, preponderando todo o público pesquisado, os serviços já 
ofertados, levando sempre em consideração que o público do serviço social é 
usuário instituído de direitos sociais.
16
1 Pesquise e descreva quais são as finalidades dos Censos 
Demográficos que são realizados no Brasil.
2 Na Política Nacional de Assistência Social – PNAS, conforme 
Tabela 1 desta unidade, está exposta a classificação dos municípios segundo 
o número de habitantes. Analise a tabela e descreva qual é a classificação do 
seu município, justificando a resposta.
AUTOATIVIDADE
17
TÓPICO 2
INDICADORES SOCIAIS E O SERVIÇO SOCIAL
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Os indicadores sociais podem ser utilizados de maneira correspondente 
para fundamentar as informações reais e concretas de uma determinada realidade 
regional nos mais diversos segmentos, podendo nortear as ações que serão 
direcionadas, oferecendo um suporte aos processos de gestão social.
A profissão de serviço social, na referência do assistente social como gestor das 
políticas sociais, não pode estar desvinculada da utilização das estatísticas e indicadores sociais.
IMPORTANT
E
Nesse sentido torna-se necessário abranger o real significado que os 
indicadores sociais representavam pelas assustadoras entrelinhas da definição 
de estatística e das questões enigmáticas da matemática. Na atualidade os 
indicadores sociais estão sendo edificados com mais clareza, com resultados 
estatísticos, fundamentados em dados que foram retirados a partir de uma leitura 
da realidade em que o serviço social está inserido.
A indicação de uma política pública, independente da área de concentração, 
necessita de dados que forneçam indicadores com a possibilidade de situar, 
desempenhar e propor resultado final para a efetivação da mesma.
Os indicadores sociais estão em todas as fases do processo de execução 
das políticas públicas, conforme a figura abaixo:
UNIDADE 1 | O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
18
FIGURA 3 – PROCESSOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
FONTE: A autora
IMPLEMENTAÇÃO
INDICADORES
SOCIAIS
MONITORAMENTO
EXECUÇÃOAVALIAÇÃO
Os dados numéricos que foram coletados através de uma determinada 
pesquisa, são parâmetros que criam critérios de classificação de indicadores, 
segundo a área temática de intervenção da realidade social que se pretende, como:
• Saúde
• Educação
• Mercado de Trabalho
• Demográfico
• Habitação
• Segurança Pública
• Infraestrutura urbana
• Renda e desigualdade
Existe um maior valor qualitativo de conceitos e significados do que as 
questões de valores quantitativos.
TÓPICO 2 | INDICADORES SOCIAIS E O SERVIÇO SOCIAL
19
2 OS DADOS ESTATÍSTICOS E SUA UTILIZAÇÃO PARA
PARÂMETROS DA ANÁLISE DE RESULTADOS
Ao apresentar os resultados obtidos, necessita-se de um determinado 
cuidado mediante o processo de análise, especialmente quando os resultados são 
apresentados em forma de gráficos, porcentagens, tabelas e outros.
 
Quando escrevemos algum artigo científico, ou até mesmo um texto 
simples, devemos ter cuidado com a clareza das informações, pois essas podem 
ser lidas por pessoas leigas ao assunto, portanto deve-se pensar que estamos 
escrevendo algo para outra pessoa ler e entender, o texto deve ser claro, com 
informações coerentes e que os resultados sejam esclarecedores.
 
Como vimos anteriormente, a estatística fornece informações, que em 
conjunto, oferecem definição de parâmetros de uma medida perante a realidade 
social pesquisada.
 
O profissional de serviço social tem habilitação para desenvolver o 
diagnóstico social nas atividades diárias da profissão através de dados e taxas 
numéricas que mostram o foco da realidade social estudada.
Os resultados de uma pesquisa, que são concentrados nos dados estatísticos 
que se tornam elementos fundamentais, matérias-primas no processo de elaboração de 
indicadores sociais.
DICAS
Nas tomadas de decisões do poder público, para efetivação das políticas 
sociais, os indicadores sociais são determinados como instrumentos de maior 
importância, pois apresentam as maiores e principais demandas sociais. 
Ao gestor das políticas públicas fica a responsabilidade para com o 
controle efetivo, através de processos de avaliação e monitoramento das políticas 
públicas implantadas, além de mostrar as consequências e os impactos perante o 
investimento do poder público.
UNIDADE 1 | O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
20
DICAS
Para um melhor conhecimento sobre esse assunto, faz-se necessária a leitura 
do livro:
Qualquer pessoa que queira compreender melhor o debate 
atual sobre pobreza, distribuição de renda, desigualdades 
sociais, condições de vida e desenvolvimento humano precisa 
entender mais profundamente o que são os Indicadores 
Sociais, como são construídos, o que significam, para que 
servem. Tais questões são tratadas nesse livro, em linguagem 
simples e precisa. Além de se destinar à leitura e à informação 
do público em geral, este livro tem grande utilidade em 
disciplinas de graduação como Metodologia da Pesquisa 
Científica, Técnicas de Pesquisa em Economia e Estatística 
Aplicada. O livro pode ser útil, ainda, como guia de referência 
para pesquisadores, analistas socioeconômicos e técnicos de 
planejamento no setor público e privado.
JANNUZZI, Paulo de Martino. Indicadores Sociais no Brasil – 
Conceitos, Fontes de Dados e Aplicações – 5. ed. 2012.
A estatística social tem o papel de apresentar os dados coletados em 
uma pesquisa bruta, através de números de censo demográficos, pesquisas de 
amostras e por dados que estão organizados em registros e arquivos públicos.
Ao estudar os indicadores sociais, é possível perceber que os mesmos são 
instrumentos que explanam as diferenças de uma região, de um espaço geográfico, 
norteiam o mapeamento das regiões consideradas mais desenvolvidas que as 
outras, apontando fatores determinantes para essa diferenciação, como, por 
exemplo, fatores econômicos, geográficos, sociais, culturais, políticos, entre outros.
Para Giroto et al. (2008, p. 7):
[...] os indicadores sociais são expressos usualmente, como taxa de 
desemprego, taxa de mortalidade infantil, taxa de analfabetismo, 
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), e são termos comumente 
utilizados por políticos, jornalistas, estudantes e pela população 
para avaliar as políticas públicas, verificar as condições de vida, 
além de argumentar, a partir da utilização deles, as prioridades 
sociais defendidas por determinada classe social. Ou seja, os 
indicadores transcenderam às esferas técnicas, acadêmicas e órgãos de 
planejamento público. 
A construção de indicadores sociais acontece através da junção dos dados 
coletados em sistemas organizados, possibilitando a análise e comparações de 
um determinado grupo de indicadores com outro grupo, através de sistemas que 
organizam os indicadores sociais. 
TÓPICO 2 | INDICADORES SOCIAIS E O SERVIÇO SOCIAL
21
DICAS
Não deixe de acessar o site para entender e compreender melhor sobre 
indicadores sociais. <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=01>.
A base de dados que constitui os indicadores sociais deve estar 
fundamentada em dados verdadeiros e referência de confiabilidade que ofereçam 
uma análise da realidade de um território ou determinada região, através das 
demandas prioritárias. “Os indicadores apontam, indicam, aproximam, traduzem 
em termos operacionais as dimensões sociais de interesse definidas a partirde 
escolhas teóricas ou políticas realizadas anteriormente”. (JANNUZZI, 2006, p. 138).
Os indicadores são constituídos através de referências de dados 
estatísticos, que podem ser retirados das pesquisas de campo, relatórios sociais e 
de fontes como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Ministérios e 
Secretarias do Governo Federal, Datasus, de instituições de ensino, organizações 
governamentais e não governamentais entre outros.
 
Januzzi (2006, p. 37) afirma que: “[...] os indicadores são construídos a 
partir de estatísticas sociais levantadas em censos demográficos, pesquisas 
amostrais e a partir de dados dispostos em registros administrativos públicos”.
Como já mencionados, os indicadores sociais se tornam a matéria-prima 
perante o processo de elaboração e implementação das diferentes políticas 
públicas, pois cada fase de todo o processo necessita da utilização de indicadores 
sociais específicos, contribuindo com sua especificidade.
FIGURA 4 - REPRESENTAÇÃO DA FALTA DE MORADIA
FONTE: Disponível em: <http://www.portalsuldabahia.com.br/wp-content/uploads/2012/10/
lares-brasileiros.jpg>. Acesso em: 13 abr. 2015.
UNIDADE 1 | O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
22
A qualidade de um indicador social precisa conter algumas características 
inerentes, como a dimensão da população que está em risco, a coleta de dados, 
transparência dos dados e outros.
Durante a elaboração do diagnóstico social de uma determinada realidade 
pesquisada, o uso de indicadores sociais permite mapear as prioridades, 
considerando tomadas de decisões, considerando quais as políticas públicas 
sociais que contestam às reais demandas.
Para Jannuzzi (2006, p. 15), “[...] o indicador social é, pois, o elo entre 
os modelos explicativos da teoria social e a evidência empírica dos fenômenos 
sociais observados”. 
Durante a década de 1990, os indicadores sociais iniciaram uma integração 
nas pautas das agendas públicas de todo o país, com respaldo nas mídias como 
fonte de referências e ampliando os espaços e conquistas nas decisões políticas.
A investigação no campo dos indicadores sociais, realizada por 
organismos governamentais e não governamentais, tem buscado 
aprofundar a vinculação dos indicadores com os princípios que 
nortearam o seu surgimento, ou seja, servir de instrumentos para o 
planejamento governamental, bem como superar a análise estritamente 
econômica. Agora, as condições sociais fazem parte do rol de 
preocupações não só de especialistas, como também dos governos. A 
“qualidade de vida” ou o “bem-estar” assumem um papel importante, 
juntamente com enfoque econômico, para responder como anda o 
“estado social” da Nação. (SANTAGADA et al. 2007, p. 121).
Ao diagnóstico social cabe compreender a realidade social e sua 
dinamicidade, através dos índices de vulnerabilidades sociais, econômicas, 
políticas, culturais etc., através da falta de políticas públicas sociais em um 
território e também da falta de empenho político dos gestores públicos. Os 
indicadores sociais norteiam e execução de um diagnóstico social, através de 
eixos estratégicos, como por exemplo: Para quem? Para quê? Para onde? Para 
quando? entre outros questionamentos que buscam a identificação do público-
alvo para as políticas públicas.
TÓPICO 2 | INDICADORES SOCIAIS E O SERVIÇO SOCIAL
23
FIGURA 5 – DIAGNÓSTICO SOCIAL
FONTE: Disponível em: <http://www.monografias.com/trabajos96/diagnostico-
rural-participativo-forestal/diagnostico-rural-participativo-forestal.shtml>. Acesso 
em: 13 abr. 2015.
O autor Jannuzzi (2005, p. 141) ressalva que:
Os indicadores sociais permitem a operacionalização de um conceito 
abs trato ou de uma demanda de interesse programático. Eles apontam, 
indicam, aproximam, traduzem em termos operacionais as dimensões 
sociais de interesse definidas a partir de escolhas teóricas ou políticas 
realizadas anteriormente. 
Uma das principais características que os indicadores sociais precisam 
ter é em relação à confiabilidade dos seus dados, pois é a partir deles que as 
determinações administrativas, acordos e compromissos com as políticas 
públicas, melhor distribuição de recursos, programas, projetos e serviços.
A confiabilidade dos indicadores é de suma importância para subsidiar as 
decisões administrativas, acordo nas políticas públicas específicas, me lhor distribuição 
de bens e serviços, e que são utilizados em todos os segmentos da sociedade.
Para Jannuzzi (2006), os indicadores sociais precisam oferecer características 
fundamentais e efetivas, com destaque para a importante relevância social, para a 
validade, para a confiabilidade, para a especificidade, para a sensibilidade, para a 
cobertura, para a inteligibilidade da construção, da comunicabilidade, factibilidade 
com obtenção, periocidade na atualização, desagregabilidade e historicidade.
UNIDADE 1 | O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
24
A Secretaria Técnica da Rede Inter Gerencial de Informação para a Saúde 
- Ripsa, 2008, apresenta um roteiro de oito tópicos com referências de qualidade 
de um indicador que são: 
• Conceituação: características que definem o indicador e a forma como ele 
se expressa, se necessário, agregando informações para a compreensão 
de seu conteúdo.
• Interpretação: explicação sucinta do tipo de informação obtida e seu 
significado.
• Usos: principais formas de utilização dos dados, as quais devem ser 
consideradas para fins de análise.
• Limitações: fatores que restringem a interpretação do indicador, referente 
tanto ao próprio conceito quanto às fontes utilizadas.
• Fontes: instituições responsáveis pela produção dos dados que são 
adotados para o cálculo do indicador e pelos sistemas de informação a 
que correspondem.
• Método de cálculo: fórmula utilizada para calcular o indicador, definindo 
precisamente os elementos que a compõem.
• Categorias sugeridas para análise: níveis de desagregação dos dados 
que podem contribuir para a interpretação da informação e que sejam 
efetivamente disponíveis, como sexo e idade.
• Dados estatísticos e comentários: tabela resumida e co mentada, que 
ilustra aplicação do indicador com base na situação real observada. 
Sempre que possível, os dados devem ser desagregados por grandes 
regiões e para anos selecionados da década anterior. (RIPSA, 2008, p. 18).
Conheça o material da RIPSA na íntegra: Indicadores básicos para a saúde no 
Brasil: conceitos e aplicações. 
FONTE: Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/livroidb/1ed/indicadores.pdf>.
DICAS
As exterioridades que determinam a implementação de uma política 
pública social devem estar em sintonia com as prioridades que aparecem através 
das demandas de uma determinada realidade social de uma região ou até 
mesmo do país. Os gestores das políticas públicas possuem a responsabilidade, 
compromisso e comprometimento nas deliberações e decisões sobre o uso dos 
dados e dos indicadores sociais, através de ética, transparência e responsabilidade 
na definição das prioridades sociais.
TÓPICO 2 | INDICADORES SOCIAIS E O SERVIÇO SOCIAL
25
FIGURA 6 – Políticas Sociais
FONTE: Disponível em: <http://arquivo.geledes.org.br/acontece
ndo/noticias-brasil/10604-nao-e-verdade-que-o-brasil-gaste-
muito-em-politicas-sociais>. Acesso em: 14 abr. 2015.
Para uma elaboração coerente das políticas públicas, através da utilização 
dos indicadores das demandas sociais, faz-se necessária a composição de uma 
equipe técnica multidisciplinar, composta por profissionais das diferentes áreas que 
estejam comprometidos no processo de elaboração das mesmas, e que respeitem 
eticamente a confiabilidade das informações e a fonte de referência utilizada.
[...] natureza administrativa e estatística — que as novas tecnologias 
de informação e comunicação viabilizam. Dados cadastrais antes 
esquecidos em armários e fichá rios passam a transitar pela internet, 
transformando-se em informaçãoestruturada para análise e tomada 
de de cisão. Dados estatísticos antes inacessíveis em enormes arquivos 
digitais passam a ser “customizados” na forma de tabelas, mapas e 
modelos quantitativos construídos por usuários não especializados 
(JANNUZZI, 2006, p. 145).
Uma administração, sendo privada, pública ou social, deverá organizar 
os indicadores sociais em um sistema, onde estejam classificados em temáticas, 
como por exemplo: educação, saúde, mercado de trabalho, qualidade de vida.
Os indicadores são agrupados em um sistema, tais como as classificações 
das temáticas, como os aspectos demográficos, a educação, a saúde, o mer cado de 
trabalho, a qualidade de vida, a habitação, a infraestrutura urbana, condições de 
vulnerabilidade social e outros.
Na tabela a seguir é possível verificar algumas publicações periódicas, 
sites e portais de indicadores sociais.
UNIDADE 1 | O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
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TABELA 2 – SÍTIOS COM INDICADORES SOCIAIS
FONTE SÍTIO CONTEÚDO
IBGE <www.ibge.gov.br> Síntese de Indicadores Sociais.
Síntese de Desenvolvimento Sustentável.
Indicadores Sociais: 
o Países
o Estados
o Cidades
PNUD <www.pnud.org.br> Aplicativo de Atlas do Desenvolvimento 
Humano e relatório com o mesmo índice.
IPEA <www. Ipea.gov.br> Relatório do IPEADATA.
Radar Social.
Relatório de Acompanhamento dos 
Objetivos de Desenvolvimento do 
Milênio.
Mistério da 
Saúde
<www.datasus.gov.br> Indicadores e Dados Básicos.
Cadernos de Informações Municipais.
Portal ODM <www.portalodm.com.br> Sistemas de Indicadores Municipais.
FONTE: A autora
Para Jannuzzi (2006), os indicadores sociais podem ser classificados como 
básicos ou usais:
• Indicadores objetivos/quantitativos: referem-se às ocorrências concretas ou 
entes empíricos da realidade social, construídos a partir de políticas públicas 
disponíveis. Exemplo: percentual de desemprego, percentual de domicílio com 
acesso à rede de água, esgoto e energia elétrica, taxa de mortalidade infantil, 
taxa de evasão escolar e outros.
• Indicadores subjetivos/qualitativos: “correspondem a medidas construídas 
a partir da avaliação dos indivíduos e especialistas com relação a diferentes 
aspectos da realidade levantadas em pesquisas de opinião pública ou grupos 
de discussão. ” (Jannuzzi, 2006, p. 20). Exemplos: indicador de confiança de 
uma organização e/ou instituição, notas avaliativas sobre a execução dos 
gestores públicos. 
Os indicadores sociais também são classificados como indicadores 
descritivos e normativos, sendo descrito por Jannuzzi (2006), da seguinte forma:
• Indicadores descritivos: apenas descrevem características e aspectos da 
realidade empírica, não são fortemente dotados de significados valorativos. 
Exemplo: a taxa de natalidade infantil, evasão escolar.
• Indicadores normativos: “refletem explicitamente juízos de valor ou critérios 
normativos com respeito à dimensão social estudada.” (Jannuzzi, 2006, p. 21).
TÓPICO 2 | INDICADORES SOCIAIS E O SERVIÇO SOCIAL
27
Qualquer indicador normativo, quando é referenciado, necessita de 
normas que estabeleçam um modelo constituído metodologicamente, podendo 
ser utilizado, como exemplo, o indicador de vulnerabilidade social. 
A vulnerabilidade social estabelecer normas e critérios do que agrega, 
como, por exemplo, a pobreza, quem é a população que foi considerada e que 
vive na linha de pobreza; essas normatizações definem um indicador normativo.
 
Outro aspecto que proporciona a classificação está na complexidade 
metodológica na constituição dos indicadores, que poderão ser usados nos 
critérios de diferenciação de dois outros conjuntos de indicadores, defendidos 
por Jannuzzi (2006, p. 22).
• Os indicadores simples: “são construídos a partir de uma estatística social 
específica, referida a uma dimensão social elegida”. Exemplo: os indicadores 
sociais da Saúde e Habitação. 
• Os indicadores compostos: “são elaborações mediante a aglutinação de dois 
ou mais indicadores simples, referida uma mesma ou diferentes dimensões da 
realidade social”. Exemplo: Índice de Desenvolviment6o Humano – IDH. 
Conforme a apresentação dos sistemas de indicadores, conseguimos 
identificar as demandas atuais realizando uma proeminência para as futuras 
demandas e um planejamento das políticas públicas sociais, através de curto, médio 
e longo prazo, e com ações de prevenção e controle das questões sociais levantadas.
Caro(a) acadêmico(a), para aprofundar o assunto sobre o Planejamento da 
Políticas Públicas, é fundamental conhecer este material: <www.http://www.ipea.gov.br/bd/
pdf/2009/Livro_BrasilDesenvEN_Vol01.pdf>.
DICAS
Os assistentes sociais precisam ser capacitados e preparados para saberem 
utilizar os instrumentais necessários para a sua atuação como profissional, e 
os indicadores sociais é uma dessas ferramentas para atender as demandas da 
população usuária de tais políticas. 
Os indicadores sociais se tornam elementos fundamentais na implementação 
de uma gestão democrática, pois além da representação numérica, conduzem a 
conferência das demandas apresentadas, através de seus dados estatísticos.
UNIDADE 1 | O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
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FIGURA 7 – GESTÃO DEMOCRÁTICA
FONTE: Disponível em: <https://portogente.com.br/colunistas/edesio-
elias-lopes/o-estatuto-da-cidade-e-a-gestao-democratica-do-espaco-
urbano-44148 >. Acesso em: 15 abr. 2015.
Os profissionais do serviço social devem utilizar os indicadores sociais 
como instrumentos estratégicos para enfrentar as demandas sociais apresentadas 
e aproveitar os mesmos para construção de novos indicadores, podendo subsidiar 
relatórios das instituições, organizações de atuação profissional que estejam 
comprometidas com as dimensões ético-políticas da profissão.
DICAS
Para enriquecer mais seu conhecimento, é fundamental a leitura deste livro:
Este livro trata da necessidade da construção de uma nova 
cultura política. Portanto, a aposta na institucionalização 
de uma nova contratualidade social, capaz de revigorar 
a vivência democrática está diretamente vinculada à 
adoção de mecanismos de democracia participativa 
que potencializem o florescer de novos protagonistas na 
atividade política, sobretudo na sociedade. Há, nos dias 
atuais, uma clara percepção dos impasses existentes no 
regime político democrático representativo, a sociedade 
reflete o cansaço com o aumento da corrupção e com 
a oligarquia da política, bem como com o clientelismo, o 
paternalismo, o fisiologismo e o autoritarismo que sempre presidiram a retórica democrática 
representativa. Assim, as experiências de democracia participativa tendem a eliminar os 
resquícios autoritários que desde sempre assombram o protagonismo social, bem como os 
preconceitos tecnocráticos que menosprezam a sabedoria popular. Deste modo, defende-
se este instrumento do planejamento e programação político-econômico, o método 
do orçamento participativo, que tem se consolidado como uma peça fundamental de 
democratização das relações entre Estado e sociedade, mas principalmente por articular os 
objetivos do combate à exclusão social com a socialização do poder político e econômico. 
Por fim, a socialização do poder estatal e dos investimentos orçamentários pela população, 
motiva o crescimento da autogestão da sociedade, bem como o protagonismo popular à 
construção de uma nova cultura política, verdadeiramente democrática e participativa.
SCAPIN, Evelyn; BOICO, Luciano Cezar. Democratizando a democracia através do orçamento 
participativo. Editora Uniarp: Caçador, 2012.
TÓPICO 2 | INDICADORES SOCIAIS E O SERVIÇO SOCIAL
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LEITURA COMPLEMENTAR
INDICADORES SOCIAIS NA FORMULAÇÃO E AVALIAÇÃO DE 
POLÍTICAS PÚBLICAS
Paulo de Martino Jannuzzi
Um indicador social é uma medida, em geral quantitativa, dotada de 
significado social substantivo, usado para substituir, quantificar ou operacionalizar 
um conceito social abstrato de interesse teórico(para pesquisa acadêmica) 
ou programático (para formulação de políticas). É um recurso metodológico, 
empiricamente referido, que informa algo sobre um aspecto da realidade social 
ou sobre mudanças que estão se processando na mesma. 
Os indicadores sociais se prestam a subsidiar as atividades de planejamento 
público e formulação de políticas sociais nas diferentes esferas de governo, 
possibilitam o monitoramento das condições de vida e bem-estar da população 
por parte do poder público e sociedade civil e permitem aprofundamento da 
investigação acadêmica sobre a mudança social e sobre os determinantes dos 
diferentes fenômenos sociais. 
Para a pesquisa acadêmica, o indicador social é, pois, o elo de ligação entre 
os modelos explicativos da Teoria Social e a evidência empírica dos fenômenos 
sociais observados. Em uma perspectiva programática, o indicador social é um 
instrumento operacional para monitoramento da realidade social, para fins de 
formulação e reformulação de políticas públicas (CARLEY, 1985, MILES, 1985). 
Essa assertiva (Indicador social apenas indica...) parece tão óbvia que alguém 
poderia argumentar sua pertinência neste texto. 
Ainda que haja indicadores cuja identificação com o conceito é quase 
tautológica, como no caso dos indicadores de mortalidade (mortalidade infantil, 
mortalidade materna etc.) e outros indicadores demográficos (HAUPT & KANE, 
2000), esse não é caso geral nas Ciências Sociais Aplicadas.
 E, no entanto, parece estar se consolidando em uma prática corrente 
a substituição do conceito indicado pela medida supostamente criada para 
“operacionalizá-lo”, sobretudo no caso de conceitos abstratos complexos 
como Desenvolvimento Humano, Condições de Vida, Qualidade de Vida ou 
Responsabilidade Social. Embora definidos muitas vezes de forma bastante 
abrangente, os conceitos são operacionalmente banalizados como se os 
indicadores e índices criados fossem a expressão exata, mais válida ou ideal dos 
conceitos indicados. Assim, por exemplo, a avaliação da melhoria das condições 
de vida ou desenvolvimento humano em países, regiões e municípios reduz-se a 
uma apreciação da variação do indicador construído. 
UNIDADE 1 | O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
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 Não havendo modificação no indicador, não haveria eventuais avanços 
ou retrocessos das condições de vida ou desenvolvimento humano, ainda que 
fossem realizados (ou deixados de fazer) esforços de políticas para mudança 
social em uma dimensão não contemplada pela medida.
FONTE: Disponível em: <http://www.cedeps.com.br/wp-content/uploads/2011/02/INDICADORES-
SOCIAIS-JANUZZI.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2015.
31
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico vimos:
• Os indicadores sociais podem ser utilizados de maneira correspondente para 
fundamentar as informações reais e concretas de uma determinada realidade 
regional nos mais diversos segmentos.
• Na atualidade os indicadores sociais estão sendo edificados com mais clareza, 
com resultados estatísticos, fundamentados em dados que foram retirados a 
partir de uma leitura da realidade em que o serviço social está inserido.
• O profissional de serviço social tem habilitação para desenvolver o diagnóstico 
social, nas atividades diárias da profissão, através de dados e taxas numéricas 
que mostram o foco da realidade social estudada.
• Nas tomadas de decisões do poder público para efetivação das políticas 
sociais, os indicadores sociais são determinados como instrumentos de maior 
importância, pois apresenta as maiores e principais demandas sociais.
• A estatística social cumpre o papel de apresentar os dados coletados em 
uma pesquisa de maneira bruta, através de números de censo demográficos, 
pesquisas de amostras e por dados que estão organizados em registros e 
arquivos públicos.
• A base de dados que constitue os indicadores sociais, deve estar fundamentada 
em dados verdadeiros e referência de confiabilidade, que ofereçam uma análise 
da realidade de um território ou determinada região, através das demandas 
prioritárias.
• Os indicadores sociais se tornam matéria-prima perante o processo de 
elaboração e implementação das diferentes políticas públicas, cada fase do 
processo necessita da utilização de indicadores sociais específicos, pois cada 
um contribuí com sua especificidade.
• Durante a década de 1990, os indicadores sociais iniciaram uma integração nas 
pautas das agendas públicas de todo o país.
• A confiabilidade dos indicadores é de suma importância para subsidiar as 
decisões administrativas.
32
• As exterioridades que determinam sobre a implementação de uma política 
pública social, devem estar em sintonia com as prioridades que aparecem 
através das demandas de uma determinada realidade social de uma região ou 
até mesmo do país.
• Uma administração sendo privada, pública ou social, deverá organizar os 
indicadores sociais em um sistema, onde estejam classificados em temáticas, 
como por exemplo: educação, saúde, mercado de trabalho, qualidade de vida.
• Os assistentes sociais precisam estar capacitados e preparados para saberem 
utilizar os instrumentais necessários para a sua atuação como profissional, e os 
indicadores sociais é uma dessas ferramentas para a atender as demandas da 
população usuária de tais políticas. 
• Os indicadores sociais se tornam elementos fundamentais na implementação 
de uma gestão democrática, pois além da representação numérica, conduzem 
a conferência das demandas apresentadas, através de seus dados estatísticos.
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1 Através do site do IBGE, <http://www.ibge.gov.br>, procure no banco 
de dados disponível referente aos indicadores sociais relacionados à 
população residente alfabetizada em sua cidade, e descreva sobre esses 
dados, comparando com a realidade de outras cidades de seu Estado.
2 Na sua cidade existe um banco de dados que apresente a 
demanda da política de habitação? Escreva sobre os dados 
contidos nele.
AUTOATIVIDADE
34
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TÓPICO 3
UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS 
INDICADORES SOCIAIS DA REALIDADE 
DO BRASIL
1 INTRODUÇÃO
Os indicadores sociais, que algum tempo atrás eram vistos como enigmas 
e cálculos matemáticos, nos dias atuais estão representados em todas as esferas 
do poder público, por meio das políticas públicas, da qual se utilizam dos dados 
estatísticos para elencar prioridades na gestão de recursos públicos, através de 
um monitoramento e avaliação dos impactos causados nas demandas sociais.
A análise e interpretação da realidade social acontece através de uma 
leitura profissional dos indicadores sociais, que estão fundamentados nos dados 
estatísticos, sendo esses considerados a matéria-prima para os mesmos.
Os indicadores sociais, além de possuírem um papel fundamental na 
elaboração das políticas públicas, também possuem um caráter investigativo nas 
buscas de respostas e de direcionamento nas ações profissionais.
As análises e compressões dos indicadores sociais perante a realidade que 
está sendo investigada devem possuir uma visão ampla do contexto, analisando 
primeiramente a nível macrorregional, ou seja, em nível de País. Após referenciar 
esses indicadores, deve-se realizar uma avaliação Regional, (Estados, Regiões) 
e por último uma avaliação microrregional, ou seja, Municipal, trazendo para a 
realidade das instituições, por meio de programas e projetos sociais.
O Tópico 3 desta unidade de ensino tem como objetivo apresentar 
para você, caro(a) acadêmico(a), os principais indicadores sociais nacionais e 
indicadores que possibilitaram uma leitura socioeconômica de uma região, sendo 
eles vinculados ao Índice de Desenvolvimento Humano – IDH.
UNIDADE 1
Este vídeo corresponde 
aos tópicos 3 e 4
36
UNIDADE 1 | O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E DOS INDICADORES SOCIAIS PARA O SERVIÇO SOCIAL
2 O SERVIÇO SOCIAL E OS FUNDAMENTAIS INDICADORES 
SOCIAIS DO BRASIL
Conforme o Censo Demográfico de 2010, o Brasil é o quinto maior país 
em área territorial, sendo que a sua população

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