Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
——— Glândulas Suprarrenais ——— Localizadas em cima de cada rim no espaço retro-peritoneal e tem o formado de pirâmide achatada. • Desenvolvimento embrionário – se diferencia em duas regiões distintas do ponto de vista estrutural e funcional: 1. Córtex da Glândula Suprarrenal – grande, perifericamente localizado; 2. Medula da Glândula Suprarrenal – localizado centralmente e revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo. A glândula é altamente vascularizada. O córtex da glândula suprarrenal produz hormônios esteróides essenciais à vida. A medula da glândula suprarrenal produz três hormônios catecolaminas e dopamina. • Córtex da Suprarrenal É subdividido em três zonas, cada uma delas secreta diferentes hormônios. 1. Zona Glomerulosa – zona mais externa, suas células são densamente acondicionadas e distribuídas em grupos esféricas e colunas arque- adas, secretam hormônios chamados de mineralocorticoides, porque afetam a homeostasia mineral. 2. Zona Fasciculada – mais longa das três zona, suas células são longas e retas, secretam principalmente glicocorticoides, em especial o cortisol, assim chamado por afetar a homeostasia da glicose. 3. Zona Reticular – zona mais interna, distribuída em cordões ramificados, eles sintetizam peque- nas quantidades de androgênios fracos, hormônios esteroides que exercem efeitos masculinizantes. Glicocorticoides Regulam o metabolismo e a resistência ao estresse, são o cortisol, corticosterona, cortisona, todos os três são secretados pela zona fasciculada e tem os seguintes efeitos: 1. Degradação de Proteína – intensificam a taxa de degradação da proteína, principalmente nas fibras musculares, aumentam a liberação de aminoácidos na corrente sanguínea, que são utilizados pelas células corporais na síntese de proteínas ou produção de ATP. 2. Formação de Glicose – os hepatócitos convertem determinados aminoácidos ou ácido lático em glicose, que será usada por neurônios e outras células para produzir ATP. A conversão de uma substância que não seja o glicogênio ou outro monossacarídeo em glicose é chamada de gliconeogênese. 3. Lipólise – estimulam a lipólise, degradação de triglicerídeos e liberação de ácidos graxos do tecido adiposo para o sangue. 4. Resistência ao estresse – a glicose extra fornecida pelos hepatócitos oferece aos tecidos uma pronta fonte de ATP para combater inúmeros estresses. Uma vez que tornam os vasos sanguíneos mais sensíveis a outros hormônios que causam a vasoconstrição, os glicorticoides elevam a pressão sanguínea. Esse efeito é vantajoso nos casos de perda sanguínea significativa, que faz com que a pressão arterial caia. 5. Efeitos anti-inflamatórios – inibem a participação dos leucócitos nas respostas inflamatórias, atrasam o reparo tecidual, retardam a cicatrização de condições inflamatórias crônicas como artrite reumatoide. 6. Depressão das respostas – deprimem as respostas imunes, por conta disso são prescritos para receptores de órgãos transportados com o objetivo de retardar a rejeição tecidual pro- movida pelo sistema imune. Desenvolvimento das Suprarrenais O córtex se desenvolve a partir do mesênquima, a medula se desenvolve a partir de células da crista neural. Na sexta semana, o córtex começa como uma agregação de células mesenquimais em cada lado do embrião entre a raiz do mesentério dorsal e a gônoda em desenvolvimento. As células que for- mam a medula são derivadas de um gânglio simpático adjacente, o qual é derivado das células da crista neural. As células da crista neural formam uma massa do lado medial do córtex embrionário. À medida que elas são rodeadas pelo córtex, as células se diferenciam nas células secretoras da medula suprarrenal. Posteriormente, mais células mesenquimais se originam do mesotélio (uma camada única de células achatadas) e envolvem o córtex, essas células dão origem ao córtex permanente da glândula suprarrenal. Histologia Adrenais são glândulas achatadas, com forma de meia lua, cada uma situada sobre o polo superior de cada rim, podendo ser chamadas de suprarrenais, porque se situam sobre os rins. É um órgão encapsulado e dividido nitidamente por duas camadas concêntricas: uma periférica, espessa, amarelada, chamada cortical ou córtex adrenal, e outra centralmente, menos volumosa, acinzentada, a camada medular ou medula adrenal. Essas duas camadas podem ser consideradas órgãos distintos, de origens embrionárias diferentes unidos anatomicamente. Circulação Sanguínea Recebem várias artérias que entram ao seu redor. Plexo Capilar – formado por ramos arteriais que se originam de três grupos de vasos arteriais. 1. Artérias da Cápsula; 2. Artérias do Córtex; 3. Artérias da medula – que atravessam o córtex e se ramificam, formando uma extensa redes de capilares na medula. Portanto, há um suprimento duplo para a medula tanto arterial, quanto venoso. O endotélio capilar é fenestrado e muito delgado, havendo uma lâmina basal continua abaixo do endotélio. Os capilares da medula juntamente com os vasos capilares que provem do córtex formam as veias medulares, que se unem para constituir as veias adrenais ou suprarrenais. Em geral, desaguam na veia cava inferior do lado direito ou na veia renal do lado esquerdo. Córtex Adrenal As suas células são secretadoras de esteroides em que a organela predominante é o retículo endoplasmático liso, não armazenam os seus produtos de secreção em grânulos, seus hormônios esteroides são produzidos e secretados após estimulo de forma sequencial. São moléculas de baixo peso molecular e solúveis em lipídios, podendo difundir-se pela membrana plasmática e não são secretados por exocitose. O córtex adrenal pode ser subdividido em três camadas: zona glomerulosa zona fasciculada e zona reticulada: • Zona Glomerulosa – se situa imediatamente abaixo da cápsula de tecido conjuntivo, é composta por células piramidais ou colunares, organizadas em cordões que tem forma de ar- cos envolvidos por capilares sanguíneos; • Zona Fasciculada – arranjo de células em cordões de espessura, retos e regulares, semelhantes a feixes, entremeados por capilares e dispostos perpendicularmente à superfície do órgão. Essas células são poliédricas e contêm um citoplasma com um grande número de gotículas de lipídios; • Zona Reticulada – a região mais interna situ- ada entre a zona fasciculada e a medula, tem células dispostas em cordões irregulares, que formam uma rede anastomosada. Hormônios do Córtex Em sua maioria, são esteroides, hormônios lipídicos formados pelas células a partir do colesterol. A síntese do colesterol é feita principalmente a partir de acetil- coenzima-A e ocorre no retículo endoplasmático liso em vários locais do corpo, especialmente no fígado. A maior parte do colesterol é originada no plasma e é convertida em uma molécula mais complexa, a pregnenolona. As enzimas associadas à síntese de progesterona e de desoxicorticosterona a partir de pregnenolona estão no retículo endoplasmático liso; as enzimas que por sua vez convertem desoxicorticosterona em aldosterona situam-se nas mitocôndrias. Os esteroides secretados pelo córtex podem ser divididos em três grupos: • Zona Glomerulosa – secreta o principal mine- ralocorticoide, a aldosterona, que mantém o equilíbrio de sódio, potássio e água no organismo e, consequentemente, dos níveis de pressão arterial. Ela age principalmente nos túbulos contorcidos distais dos rins e também na mu- cosa gástrica, nas glândulas salivares e sudoríparas, estimulando a absorção de sódio pelas células desses locais. • Glicocorticoides – um dos mais importantes é o cortisol, secretados principalmente pelas células da zona fasciculada e em menor grau por células da zonareticulada, eles regulam o metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios, exercendo, portanto, ações no organismo inteiro, também suprimem a resposta imune. • O cortisol tem propriedades anti- inflamatórias por meio dos leucócitos, supressão de citocinas e também ação imunossupressora. Alguns glicocorticoides apresentam atividade CÓRTEX O controle da secreção de glicorticoides ocorre por meio de um sistema de feedback negativo típico. Níveis baixos de glicocorticoides, principal- mente cortisol, estimulam as células neurossecretores no hipotálamo a secretarem hormônio liberador de corticotropina (CRH) . O CRH, junto com a baixa concentração de cortisol, promove a liberação de corticotropina ou hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) na adeno-hipófise. O ACTH flui no sangue para o córtex d glândula suprarrenal onde estimula a secreção do glicocorticoide. Medula Composta por células poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados arredondados, sustenta- dos por uma rede de fibras reticulares. Além das células do parênquima, há células ganglionares parassimpáticas, envolvidas por uma abundante rede de vasos sanguíneos. As células do parênquima, que aparecem na fase embrionária na constituição do tubo neural migram para o interior da adrenal, constituindo a medula. O citoplasma das células da medula tem grânulos de secreção que contem catecolaminas, podendo armazenar esses hormônios nos gânglios e sua secreção é mediada pelas fibras pré- ganglionares das células da medula. A liberação de Cortisol sofre alterações ao longo do dia. Nas primeira horas da manhã, a liberação do cortisol é muito elevada, mas à noite ela está reduzida ao máximo. Por conta disso, os médicos aconselham seus pacientes a tomaram os corticoides no período da manhã para tentar “imitar” a liberação natural do cortisol no organismo tentando diminuir os efeitos colaterais. Os efeitos colaterais estão muito relacionados à dose e ao tempo de uso. Geralmente, esses efeitos colaterais são menores, quando o uso de corticoides for por um curto período (uma semana apenas), mesmo que as doses do medicamente sejam altas. Apesar de apresentar muitos riscos, o tratamento com corticoides pode trazer muitos benefícios ao paciente, ele só é indicado quando o médico considera que a doença a ser tratada é mais grave que os possíveis efeitos colaterais. Quando os corticoides são administrados em altas doses por períodos prolongados, a produção natural de cortisol é inibida, de modo que o cortisol para de ser produzido pelo nosso corpo. Se o medicamente é retirado de uma vez o corpo ficará sem cortisol. A parada do uso desses medicamentos não pode ser imediata, pelo contrário, deve ocorrer de forma lenta e gradual. – Esse processo é chamado de desmame. Cuidados em relação ao uso de medicamentos à base de corticoides CORTICOIDES São hormônios produzidos naturalmente pelo corpo humano. E o principal corticoide produzido pelo organismo é o cortisol. As suas principais funções são: • Degradação de nutrientes como açúcares, proteínas e gorduras, contribuindo para o equilíbrio destes nutrientes no corpo; • Eles aumentam a disponibilidade de energia para o nosso organismo para ajudar a combatermos doenças; • Apresentam ação anti-inflamatória e imunossupressora, ou seja, eles diminuem a capacidade de defesa do organismo, impedindo uma resposta exagerada do organismo contra gentes agressores. Os corticoides são usados como medicamento, sendo indicados para tratar diversas doenças de origem inflamatória, alérgica, doenças autoimunes (quando o sistema de defesa do organismo ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo humano) e até contra alguns tipos de câncer. AÇÕES POSITIVAS • Ajudam a reduzir o processo de inflamação exagerado, para que ele ocorra na medida necessária; • Evitam uma resposta de defesa exagerada do organismo contra agentes agressores ou contra componentes do próprio corpo; • Evitam o excesso de cicatrização, reduzindo a formação de queloide (cicatriz imperfeita de tamanho grande). EFEITOS COLATERAIS • Ao diminuírem a resposta de defesa do organismo, eles podem aumentar o risco de infecções; • Hiperglicemia (aumento do nível de açúcar no sangue); • Desgaste e fraqueza muscular; • Prejuízo do crescimento da criança; • Agitação, instabilidade emocional e depressão; • Síndrome de Cushing. SÍNDROME DE CUSHING Conjunto de sinais e sintomas que ocorre, geral- mente, com pacientes em uso prolongado de corticoides.
Compartilhar