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Psicose Introdu oçã O termo “psicose” vem do grego “psic” = mente + “ose”= condição anormal. É um transtorno psicológico em que o estado mental da pessoa encontra-se anormal, fazendo com que viva em dois mundos simultaneamente, o real e o imaginário, de modo que não consegue diferenciá-los tanto que se fundem.– As pessoas podem agir de forma destrutiva movidas por um estado psicótico. A psicose é muito comum e atinge até 5% da população em algum momento da vida. Fisiopatologia da psicose A psicose trata-se de uma síndrome neurológica, em que algumas partes do cérebro não estão funcionando normalmente, geralmente associada à ação do neurotransmissor dopamina. Apesar de a dopamina ter inúmeras funções no cérebro, sendo importante para a comunicação dos neurônios e atuando em diversos sistemas do organismo, o seu excesso em algumas áreas do cérebro ou o dano direto dessas áreas pode levar as pessoas a vivenciarem alucinações, delírios, alterações de personalidade ou pensamentos e comportamentos desorganizados. Sinais e sintomas da psicose Delírios/delusão são crenças e convicções que se – mantêm apesar de haver claras evidências contrárias e da implausibilidade dos fatos. Para o paciente em delírio, sempre exite uma lógica no seu pensamento e nenhum argumento é capaz de convencê-lo do contrário. Exemplos de delírios: Delírio persecutório o indivíduo – sente que há forças externas, tentando prejudicá-lo, como conspirações, gás venenoso na tabulação, comida envenenada, câmeras escondidas na sua casa, microchips implantados secretamente no cérebro… Delírio de ciúmes o paciente está – convicto de que o/a parceiro/a comete adultério e imagina evidências em pequenas manchas nas roupas e nas alterações na posição do banco do carro. Tem certeza de que ela/a vai ao banheiro, não para urinar, mas sim para encontrar a/o amante dentro da cabine. Coisas absurdas. Delírio religioso o paciente pensa – ser uma divindade ou ter contato direto com Deus. Além disso, há delírios sobre abdução por Ets, clonagem, contato com os mortos E … algumas pessoas famosas até sofrem até atentados por conta de delírios de fãs que imaginam ser seus/suas amantes e que, portanto, têm direito de decidir sobre aspectos de sua vida. OBS.: Delírio é diferente de delirium (confusão mental na velhice). Alucinações são percepções falsas de um dos – sentidos. A alucinação auditiva é a mais comum > visual > tátil > olfatória > paladar. A auditiva pode ser com uma ou várias pessoas falando ou uma música sendo tocada, sendo que essas vozes costumam impor ordens, muitas vozes, mandam o paciente pular de uma janela ou de uma ponte. A olfatória está associada a cheiros desagradáveis, como vômitos e fezes. A visual pode ocorrer com objeto sem forma ou até com pessoas e animais ou pode-se imaginar o corpo sendo tomado por inúmeros insetos ou a presença de pessoas no ambiente. Além disso, podem ocorrer alterações do equilíbrio e da propriocepção, alterando-se a noção de posicionamento espacial do próprio corpo. #Bônus Alucinações normais– Hipnagogia é aquela sensação de queda ao adormecer e hipnopompia refere-se às alucinações que ocorrem durante o processo de despertar. Discurso desorganizado, saltando entre vários temas de conversa Comportamento desorganizado, podendo passar períodos muito agitados ou muito lentos Mudanças bruscas de humor, ficando muito feliz num momento e depressivo logo a seguir Dificuldade para se relacionar com outras pessoas Agitação Insônia Agressividade e autoagressão Impulsividade Causas da psicose A psicose não possui uma única causa, mas sim diversos fatores que, relacionados entre si, podem levar ao seu surgimento. Fatores que contribuem para o desenvolvimento de psicose: Predisposição genética Danos cerebrais prévios, como traumas ou exposição a certas substâncias químicas. Doenças que afetam o SNC, como Alzheimer, AVC, AIDS, Parkinson, transtorno bipolar, epilepsia, esquizofrenia, infecção (encefalites) ou tumor no SNC, esclerose múltipla … Lúpus, Insuficiência renal ou hepática e Sífilis… Insônia grave, em que a pessoa fica mais de 7 dias sem dormir Uso de substâncias alucinógenas Uso de drogas ilícitas e lícitas abstinência – ao álcool também Doses elevadas ou uso crônico de determinados medicamentos e drogas psicoativas; Uso ou intoxicação por maconha (principalmente em adolescentes com predisposição genética); Síndrome de abstinência de benzodiazepínicos, barbitúricos e bebidas alcoólicas; Exposição a metais pesados como arsênico, mercúrio e chumbo; Exposição a organofosforados (substâncias presentes principalmente em inseticidas e herbicidas) Momento de grande estresse / Estresse psicológico severo Depressão profunda Deficiência de vitaminas (folato, B12. tiamina, niacina); Doenças endócrinas como síndrome de Cushing, hipotireoidismo ou timoma; Doenças autoimunes; Distúrbios metabólicos (doença de Wilson, homocistinúria); Doenças genéticas que afetam os cromossomos (Síndrome de Klinefelter e Prader Willi). OBS.: Quando aparece em adolescentes pode ser passageira, sendo chamada de perturbação psicótica breve. Tratamento É realizado pelo psiquiatra e consiste no uso de antipsicóticos e estabilizadores de humor, como risperidona, haloperidol, lorazepam ou carbamazepina. Muitas vezes, além dos medicamentos, é necessário o internamento em um hospital psiquiátrico, onde podem até serem realizados tratamentos com a aparelhos elétricos, como a eletroconvulsoterapia sendo que o – Ministério da Saúde apenas aprova o uso dessa terapia em casos em que há risco iminente de suicídio, catatonia ou síndrome neuroléptica maligna, por exemplo. Esse internamento pode durar cerca de 1-2 meses, sendo que o indivíduo só pode receber alta quando já não é capaz de colocar a sua vida em risco nem a dos outros. Mas, para manter a pessoa sob controle e segura, é necessário que mantenham-se os medicamentos durante anos. Além disso, há indicação de sessões semanais com o psicólogo ou com o psiquiatra, afinal, ajudam na reorganização das ideias e na promoção de bem- estar. OBS.: No caso de psicose pós-parto, o médico pode prescrever medicamentos e, quando há riscos quanto à vida do bebê, é preciso que a mãe seja afastada deste, podendo ser necessário até o internamento hospitalar. Geralmente, após o desaparecimento dos sintomas, a mãe volta ao normal, só que existe o risco de ela ter um novo quadro psicótico em outro pós- parto.. Referências: https://www.tuasaude.com/psicose/ https://psiquiatriapaulista.com.br/o-que-e-psicose- psicotico/ https://www.mdsaude.com/psiquiatria/psicose/
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