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As direções da renovação do serviço social- Exercício sobre José Paulo Netto

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Fundamentos Teóricos Metodológicos do Serviço Social II
Exercício em 08.08.2016
Ana Claudia Lopes Martins
Assunto: “As direções da renovação do serviço social”
1. Qual o referente empírico sobre o que JPN encontra as três direções?
	José Paulo Netto analisa a produção de conhecimento mais significativa disseminada nacionalmente entre 1965-1985. Foram objeto de análise, de acordo com Netto (p.152): Todas as edições da revista Debates Sociais, editadas no Rio de Janeiro pelo CBCISS; todos textos brasileiros inseridos na série “Cadernos Verdes”; todos os anais e conclusões de eventos profissionais nacionais, e também seus materiais preparatórios; quase todos os títulos de Serviço Social, publicados pela editora Agir, Francisco Alves, Vozes, Cortez & Moraes, Cortez; todas as edições da revista Serviço Social & Sociedade, editadas em São Paulo; um adequado número de teses de mestrado e doutorado no Rio de Janeiro e São Paulo, apostilas de cursos de especialização, textos de encontros regionais.
2. A que se refere o autor quando fala de distribuição diacrônica da elaboração profissional?
Refere-se aos diferentes momentos de reflexão do Serviço Social no período de 1965-1985, tendo em vista a formação profissional. Vale lembrar que esses momentos não se dão de forma exata no tempo, são estudados e debatidos de forma paulatina, sem constituir uma real ruptura de concepções de uma para a outra. 
3. Quais as os três momentos da renovação do serviço social no Brasil?
Em sua pesquisa, José Paulo Netto encontra três momentos de reflexão no Serviço Social no período de 1965-1985. São elas: Perspectiva modernizadora (1965-1975); Perspectiva de reatualização do conservadorismo (1975-1980); Perspectiva de intenção de ruptura (1980- [...]).
4. Quais as características da distribuição diacrônica da renovação?
	José Paulo Netto (p. 152) relata que essa distribuição diacrônica possui relação com os organismos que dão base ao processo de renovação. E identifica três momentos: O primeiro, onde o CBCISS é o principal responsável pelos seminários e debates teóricos; o segundo, onde nota-se um debate maior dentro da pós- graduação; o terceiro, além do CBCISS e da pós graduação, observa-se a presença da ABESS ou sindicatos profissionais. Netto aborda essa passagem de saliência da ‘ação organizadora de uma entidade’ para as ‘agências de formação’. 
5. Quais são os núcleos centrais de cada perspectiva e sua relação, por um lado, com o passado do serviço social e por outro, com as instâncias profissionais e da docência?
	A primeira perspectiva dura de 1965-1975, e José Paulo Netto chama de perspectiva modernizadora. Tem como característica principal seu caráter interventor e integrador no processo de desenvolvimento do país. Sendo assim, sua relação com o que José Paulo Netto chama de Serviço Social Tradicional, é de continuidade, adota para si as matrizes neopositivas norte-americanas. Mantém as concepções tradicionais, e insere um viés moderno em sua prática. Entretanto sua formação acadêmica não acompanha de imediato, esta refuncionalização, deixando isso para o CBCISS. 
	A segunda perspectiva dura de 1975-1980, Netto chama de perspectiva de reatualização do conservadorismo. De certa forma, faz uma crítica a perspectiva modernizadora, entretanto ainda possui um viés conservador, seria uma tentativa de recolocar o Serviço Social Tradicional. Possui como base a fenomenologia, em uma perspectiva católica, com aparência intelectual e sofisticada. Sua relação com as universidades, principalmente com a Universidade do Rio de Janeiro e a de São Paulo, é devido sua influência ser exercidas por estas. Entretanto, esta perspectiva pouco se fez presente nos debates teóricos da profissão, e não atingiu tanto êxito como as outras duas perspectivas.
	A terceira perspectiva inicia em 1980, e é chamada de intenção de ruptura - com o Serviço Social “Tradicional”. Não só deste, como também da herança positivista e do reformismo conservador. Sua base marxista resgata as tendências pré-64. Sua característica principal é a oposição ao tradicionalismo presente no Serviço Social. Sua relação com as universidades é presente, com o que chamamos de ‘marxismo acadêmico’.

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