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LEI PENAL NO TEMPO

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Auditoria Fiscal Isadora Dutra Rebelo
 Lei Penal no Tempo 
 Tempo do Crime 
Art. 4 do CP: ‘’considera-se praticado o crime no momento 
da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento de 
resultado.’’ 
Com base nesse artigo, fica claro que a teoria adotada 
pelo Código Penal, é a teoria da atividade. 
 Retroatividade da Lei Penal mais benéfica 
Art. 5, XL da CF. Fica determinado que a lei somente 
poderá (e deverá) retroagir em benefício do réu. Quando 
em malefício, fica vedada a sua retroatividade. 
Não existe retroatividade de Jurisprudência, mas de 
norma penal em branco sim. 
 Conflitos da Lei Penal no tempo 
Quando duas leis penais entram em conflito, é preciso 
definir qual lei deverá ser aplicada. Existem 4 categorias de 
conflitos da lei penal, são eles: 
> Abolitio Criminis
Art. 2 do CP determina que ninguém pode ser punido por 
fato que lei posterior deixa de considerar crime. Portanto, 
com a aplicação da retroatividade benéfica, a nova lei que 
deixa de considerar um ato como crime irá retroagir e 
beneficiar também aqueles que já estão na fase de 
cumprimento de sentença, assim como no caso de 
processos que estejam em fase de apuração, estes 
deverão ser arquivados. 
Ocorre a extinção da punibilidade do agente para efeitos 
penais. No caso de efeitos civis, a lei não retroagirá. 
Quando um agente comete o mesmo crime pela segunda 
vez, torna-se reincidente nele. Portanto, se sobrevier a 
abolitio criminis pelo crime que ele haja sido condenado, 
ele voltará a ser considerado réu primário. 
> Novatio Legis Incriminadora
Quando uma nova lei cria um novo crime. Por se tratar de 
lei que causa prejuízo ao réu, ela não retroagirá. 
> Novatio Legis in Pejus - Lei nova mais severa
Não é criado um novo tipo penal, apenas modifica uma 
pena já existente, tornando-a mais grave. Por servir de 
malefício ao réu, não irá retroagir. 
> Novatio Legis in Mellius - Lei nova mais benéfica
Modifica uma pena já existente, tornando-a mais benéfica, 
portanto irá retroagir 
 Extratividade, Retroatividade e Ultratividade 
> Extratividade
É a aplicação de uma lei a fatos ocorridos fora do âmbito 
de sua vigência. É gênero que se divide em 2 espécies: 
retroatividade e ultratividade, portanto pode ser aplicada 
de duas formas: 
> Retroatividade
Aplicação da lei a fatos ocorridos antes de sua vigência. 
> Ultratividade
Aplicação de lei já revogada a fatos ocorridos durante o 
período de sua vigência. 
 Ultratividade e Retroatividade simultâneas 
Quando um agente pratica um crime enquanto a Lei A 
está vigente; depois entra em vigor a Lei B que é mais 
benéfica (retroage em benefício); após entra em vigor a 
Lei C, que é maléfica em relação a Lei B (não retroage). 
Nesse caso, irá ocorrer a ultratividade da Lei B, pois entre 
as 3 leis, é a mais benéfica ao agente, 
Súmula 711 do STF: A lei penal mais grave aplica-se ao 
crime continuado ou ao crime permanente, se a sua 
vigência é anterior à cessação da continuidade ou da 
permanência. 
Ou seja, quando se tratar de um crime continuado ou 
permanente, a lei a ser aplicada sempre será a última 
vigente antes da conduta se encerrar, seja ela mais grave 
ou mais benéfica. Por exemplo, um sequestro que ocorre 
durante um ano, não importa quantas vezes a pena mude 
enquanto o crime está ocorrendo, quando o sequestro se 
encerrar, será aplicada a que esteve em vigência por 
último, mesmo que em malefício ao réu. 
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Auditoria Fiscal Isadora Dutra Rebelo
> Combinação de Leis
Caso duas leis tiverem algum benefício diferente ao 
acusado, não poderá combiná-las, mesmo que em 
benefício, pois isso se daria como a criação de uma 
terceira lei. 
 Leis Temporárias e Excepcionais 
Não se submetem às regras comuns das leis penais, cada 
uma delas possui uma peculiaridade que altera sua 
vigência. 
> Lei temporária
Possui um prazo de vigência predeterminado. 
> Lei excepcional
Possui prazo de vigência indeterminado, porém 
condicionado a algum tipo de situação transitória, e após 
essa situação se cessar, a vigência da lei também cessará. 
É uma lei com caráter emergencial. 
Art. 3 do CP: ''A lei excepcional ou temporária, embora 
decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato 
praticado durante sua vigência.’' Ou seja, nesses casos é 
possível a ocorrência da ultratividade em prejuízo.
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