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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA Instituto de Ciência e Tecnologia Engenharia Mecânica Relatório de APS 511X Grua Fixa Larissa Satler de Abreu R.A: C03BBE-8 27 de Abril de 2021 – Ribeirão Preto / SP 3 Sumário 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 4 2. OBJETIVO ................................................................................................. 9 3. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................ 10 3.1. Materiais e custos ............................................................................. 10 3.2. Métodos e montagem da grua ........................................................... 11 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................. 16 4.1. Memorial de Cálculos ........................................................................ 16 5. CONCLUSÃO ........................................................................................... 18 6. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 19 4 1. INTRODUÇÃO Há muitos séculos, no tempo em que a Antiga Grécia e o Antigo Egito estavam no auge da sua existência, foram inventados os primeiros guindastes, ou gruas. Utilizados para transportar água e construir prédios, as gruas primordiais eram movidas pela força do homem ou dos animais. Estas duas civilizações são conhecidas pela herança que deixaram para o futuro, sendo consideradas duas das mais avançadas civilizações na época. De facto, não foi preciso esperar muito tempo para que surgisse um novo tipo de grua, foram adicionadas engrenagens ao sistema primordial, engrenagens movidas pela força humana. Esta pequena mudança fez com que fosse possível erguer cargas de maior peso, com uma facilidade maior. A maior parte do conhecimento sobre os guindastes antigos vem dos escritos do arquiteto romano Vitrúvio (século I A.C.) e de Héron de Alexandria (século I D.C.). O mais simples dos guindastes descritos compunha-se apenas de um a única estaca fincada no chão, que era erguida e sustentada por um par de cabos amarrados em sua extremidade superior. Em seu topo, prendia-se a roldana por onde corria a corda utilizada para suspender os materiais. Essa corda era normalmente operada por um molinete fixo num dos lados da estaca, junto à base. Os guindastes romanos apresentavam sérias limitações. Apesar de a carga poder ser levantada verticalmente, o ângulo em que ela podia girar, à direita ou à esquerda, sem o guindaste se desequilibrar, era muito restrito. Além disso, só poderia ser erguida até a altura das estacas. Outro problema era a imobilidade do equipamento, que precisava ser desmontado a cada etapa da construção. Os construtores medievais conseguiram superar a maioria desses problemas. A força humana utilizada para fazer funcionar o molinete permaneceu insubstituível até o advento das máquinas a vapor. Abaixo na figura 1 temos o exemplo de um guindaste. 5 Figura 1 - Guindaste Fonte: ://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/origem-e-funcionamento-do-guindaste.html Embora exista um a grande variedade de guindastes em uso, essas máquinas podem ser divididas em dois grupos principais: os guindastes de ponta e os de Lança. Qualquer modelo, porém, utiliza numerosos acessórios para os trabalhos de suspensão: nos ganchos de aço adaptam-se redes, tramas, cordas, cabos de aço, Etc. Para operar com materiais a granel, de pequeno por te, mas soltos e em grande quantidade tais como minérios ou grãos), os guindastes são equipados com uma garra (ou concha) composta de duas mandíbulas articuladas. Na próxima página na figura 2 temos uma imagem de uma grua utilizada em construções. http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/origem-e-funcionamento-do-guindaste.html 6 Figura 2 - Grua de Construção Fonte: https://manusgrua.com.br/produto/grua-shandong-zhongwen-qtz40 O funcionamento de um guindaste depende de uma relação matemática entre a força utilizável no gabo de aço e o ângulo em que se encontra o material a ser erguido. A segurança de toda a operação, bem como a capacidade da máquina, subordina-se sempre a essa relação matemática. Os guindastes de lança são quase sempre autônomos e destinados à utilização ao ar livre e impulsionados por motor diesel. A lança oferece grande mobilidade para realizar as operações, porque tanto pode ser erguida ou baixada verticalmente quanto girar horizontalmente, em círculo, acompanhando sua superestrutura. Na próxima página temos a figura 3 uma demonstração de como é feito as elevações das cargas pela grua. https://manusgrua.com.br/produto/grua-shandong-zhongwen-qtz40 7 Figura 3 - Sistema de elevação de carga Fonte: https://cdn.portalsaofrancisco.com.br/wpcontent/uploads/2017/01/g uindaste-4.jpg Em quase todos os modelos de guindaste, a maior parte da ação de levantamento de carga é executada por um ou mais cabos de aço que se enrolam em um tambor situado dentro da superestrutura. Importante para todos os tipos de guindastes, o problema do equilíbrio torna-se crítico nos modelos de torre, muito em pregados na construção civil. Sua torre serve de suporte para um braço horizontal que se prolonga em direções opostas e em comprimentos distintos. A extremidade mais curta do braço possui um contrapeso; na outra, o mecanismo de suspensão movimenta-se sobre um trole. A capacidade de carga aumenta à medida que o trole trabalha mais próximo da torre central. Serviço portuário de carga e descarga de navios vale-se de diferentes equipamentos, especialmente destinados a trabalhos específicos. Contudo, um dos guindastes de emprego mais generalizado em docas é o que possui a lança conectada com um braço articulado, ou seja, o modelo mais conhecido como grua. Abaixo a figura 4 temos exemplos das utilizações de guindastes em navios. 8 Figura 4 - Utilização de Guindaste em Navios Fonte: https://cdn.portalsaofrancisco.com.br/wpcontent/uploads/2017/01/guindaste-01.jpg Em estaleiros há guindastes com mais de 120 metros de altura que suspendem 1500 toneladas numa única operação. Ao longo dos tempos as gruas estão se evoluindo, e como o processo de evolução é continuo cada vez mais teremos mais guindastes e gruas mais eficientes, econômicas, práticas e tecnológicas. 9 2. OBJETIVO Projetar e construir uma grua fixa com capacidade de suportar uma carga de 12 Kgf, que tenha sua estrutura composta por barras de aço com baixo teor de carbono, em formato de treliça e unidas por solda, tendo como obrigatoriedade ter a secção da torre em formato quadrático de 60 mm de lado, fabricado através de barras de aço (redondas ou quadradas) de 5 mm e 6 mm. Já a lança tem com o requisito possuir seção triangular equilateral de 60 mm, sendo construída através dos mesmos critérios para materiais que a torre. Sua base deve ser fabricada com uma chapa quadrada feita em aço A-36 com 260 mm de lado, tendo a sua espessura determinada através do cálculo de equilíbrio estático do conjunto (com ou sem carga, somado a uma tolerância de 25% no peso final da peça). A grua deverá conter também um contrapeso, que será fixado na parte posterior da lança, a uma distância de 350 mm do centro da torre, e sua massa também será obtida através d o cálculo de equilíbrio estático. 10 3. MATERIAIS E MÉTODOS Para o desenvolvimento do projeto é necessário ter um pouco de conhecimento de alguns conceitos sobre mecânica e principalmente sobre estruturas da grua. Os métodos e matérias utilizados para a fabricação e montagem da grua serão mostrados a seguir. 3.1. Materiais e custos Os custos são parte importante a serem consideradosno projeto, porém, deve ser balanceado juntamente com a qualidade. Na tabela a seguir são apresentados todos os materiais utilizados e os gastos gerados para o desenvolvimento do trabalho. Abaixo segue a uma tabela de materiais usados para a montagem e fabricação da grua. MATERIAL QUANTID ADE UNIDA DE PREÇO UNITARIO PREÇO TOTAL Barra de Ferro redonda Ø5 mm 26 mm R$ 0,70 R$ 18,20 Cabo de aço Ø3 mm 2 mm R$ 2,50 R$ 5,00 Chapa 1.1/2 - Aço A36 (260mm x 260mm) 1 peça R$ 110,00 R$ 110,00 Gancho 1 peça R$ 9,90 R$ 9,90 Contra Peso 1 peça R$ 50,00 R$ 50,00 Tinta 1 lata R$ 14,99 R$ 14,99 Serviços gerais (usinagem/soldas) 1 divers os R$ 100,00 R$ 100,00 TOTAL R$ 308,09 11 3.2. Métodos e montagem da grua Foi passado um projeto (figura 5) da grua para ser seguido, com dimensões e material a ser utilizado. Figura 5 - Projeto Inicial Grua Fonte: Faculdade UNIP Antes de iniciar a construção do protótipo é necessário estudar as normas de construção, dimensões, aplicação, entre outros itens importantes que serão avaliados. Nos itens abaixo serão descritos os procedimentos de construção dos itens mais importantes da grua. O primeiro passo na construção foi o corte das barras nas medidas montagem da torre. Foram cortadas quatro barras com 950 mm que serão as extremidades da torre, e posteriormente todas as barras para ser soldadas formando uma estrutura treliçada. Nesta etapa é muito importante que tudo seja montado e soldado verificando atentamente o alinhamento para que a torre não fique 12 torcida podendo prejudica a estrutura. Na figura abaixo se pode observar o resultado. Figura 6 - Torre Fonte: Imagem própria A segunda etapa do projeto foi à construção das estruturas das lanças, que deveriam ter seção triangularem equilateral com 60 mm. A lança para iça mento tem 650 mm de comprimento a partir do centro d à torre, enquanto a lança do contra peso tem 375 mm. Foi desenvolvido também um gabarito em formato triangular para evitar desalinhamento na fixação das lanças na torre, conforme figura abaixo: 13 Figura 7 - Lanças Fonte: Imagem própria Após o término da estrutura principal, foi fixado na ponta da lança elos de corrente com um gancho de aço, que servirá para sustentação da carga. Na lança menor foi soldado um gancho para ser colocado o contra peso de 13 kg. Abaixo seguem fotos do gancho e do contra peso. 14 Figura 8 - Gancho Fonte: Imagem própria Figura 9 - Contra Peso 15 Fonte: Imagem própria Por fim a estrutura foi fixada no topo da chapa de aço A36 com dimensões 1.1/2” x 260 mm x 260 mm. A espessura de 1.1/2” foi calculada de acordo com as reações para evitar o tombamento da grua. Figura 10 - Base soldada na estrutura Fonte: Imagem própria. 16 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Realizamos apenas dois testes para a montagem da grua. O primeiro teste fracassou, pois, a chapa escolhida para a base ficou muito fina e não suportou a carga necessária. Depois de refazermos alguns cálculos chegamos à espessura de uma chapa mais grossa e fizemos o ajuste na grua e foi um sucesso. A partir dos cálculos realizados abaixo, obteve-se as dimensões estruturais da grua de acordo com a carga proposta. 4.1. Memorial de Cálculos 1° Caso -> Com o CP e com o peso de 12 kgf, onde a grua pode tombar para frente. Condição: R1 = 0 F = 12 kgf ƩM1 = 0 Cálculos para CP e as reações na grua: 12* (650 + 30 - 260) - B * 130 - CP * (260 -30 + 350) 12*420-B*130-CP*580 5040-B*130-CP*580 5040-279,5CP-CP580 CP = 5040 / 859,5 CP=5,8 kgf C ~ 6 kgf 2° Caso -> Com o CP e sem o peso de 12 kgf, onde a grua pode tombar para trás. Condição: R2 = 0 F = 0 17 ƩM1 = 0 B * 130 - CP * (350 + 30 - 100) B*130-CP*280 B=2,15CP B=12,9 kgf B ~13 kgf 1° Caso: R1=0; R2=?; F=12 kgf ƩFy -> R2-12-B-CP=0 R2=12+13+6 R2=31 kgf 2° Caso: R1=?; R2=0; F=0 ƩFy -> R1-B-CP=0 R1=13+6 R1=19 kgf Cálculo para base h Aço 1020 na base 20% de segurança -> 13 kgf + 20% = 15,6 kgf P = (260*260*h)Ƭe h = 15,60/0,5315 h = 29,35 h ~ 1.1/2”mm (estimativa para cima) 18 5. CONCLUSÃO A aplicação prática dos conhecimentos obtidos em sala contribui muito para o entendimento e desenvolvimento profissional. Através desta atividade foi possível observar a veracidade dos cálculos utilizados para equilíbrio de forças e momentos, tensões e esforços além da utilização do coeficiente de segurança para garantia do projeto. O objetivo de projetar e construir uma grua que sustente uma carga de 12 kgf foi alcançado graças aos conceitos aplicados, desde interpretação de desenho, cálculos, planejamento e métodos até a construção e acabamento final. Na figura abaixo temos o resultado final da grua já com o peso de teste concluindo o projeto e provando que foi bem sucedido. Figura 11 - Grua finalizada Fonte: Imagem própria. 19 6. BIBLIOGRAFIA • Apostila Prof. Frateschi • http://engiobra.com/guindastes-torre/ • HIBBLER, Russel Charles. Resistência dos materiais. 7ª Ed.Pearson, 2010 • https://civilizacaoengenheira.wordpress.com/2012/12/22/ • http://www.trucado.com.b r/a-historia-do-guindaste/ • https://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/origem- efuncionamento-dos-guindastes • https://civilizacaoengenheira.wordpress.com/2012/12/22/como- funcionam-os-guindastes-torre/ http://engiobra.com/guindastes-torre/ http://www.trucado.com.b/ http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/origem- http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/origem-
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