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Atividade: Resenha crítica Documentário escolhido: Indústria Americana - American Factory Dados gerais do filme: ⎯ Data de lançamento: 25 de janeiro de 2019 (mundial) ⎯ Direção: Julia Reichert, Steven Bognar ⎯ Prêmios: Oscar de Melhor Documentário de Longa-Metragem, MAIS ⎯ Indicações: Prêmio BAFTA de Cinema: Melhor Documentário, MAIS ⎯ Produção: Julia Reichert, Steven Bognar, Jeff Reichert, Julie Parker Benello ⎯ Produtoras: Higher Ground Productions, Participant Media Resenha e análise crítica: O documentário conta a história de uma fábrica da GM (General Motors) nos Estados Unidos, que foi fechada durante a crise econômica que atingiu o país em 2008. A estrutura da fábrica foi comprada pela empresa chinesa Fuyao, fabricante de vidros automotivos, que estava interessada em entrar no mercado americano. Registra, entre 2015 e 2017, a ocupação e instalação da Fuyao e a contratação de americanos para realizar as atividades ao lado de gerentes chineses. Indústria Americana mostra que apesar da empresa ter mudado o nome para Fuyao Glass America, a multinacional chega aos Estados Unidos querendo adotar o mesmo modelo de trabalho que o chinês. Em pouco tempo, o choque cultural fica evidente. Os americanos reclamam das condições de trabalho. Os chineses trabalham horas a fio sem questionar nada e têm como único compromisso entregar resultados. As principais diferenças entre as duas culturas são: salários/remunerações dos chineses são consideravelmente mais baixos, horários de intervalo mais reduzidos, extensas jornadas de trabalho, em muitos casos apenas duas folgas ao mês, rígida disciplina, superiores autoritários, falta de condições de segurança do trabalho (EPI’s, questões ergonômicas, psicológicas). Situações a quais os americanos não estavam acostumados. Além disso, os gerentes da Fuyao não queriam que os funcionários fossem sindicalizados. Os funcionários enfrentaram perseguições, demissões e assédios para não organizarem um sindicato dentro da empresa. Ao decorrer do documentário, fica bem claro que os chineses têm a visão que os americanos são “preguiçosos” e improdutivos. Esse documentário é focalizado na empresa Fuyao, seus empregados (americanos e chineses) e as diferenças entre China e Estados Unidos. Mostrando que o mundo do trabalho está em transformação. Além dos conflitos culturais, as novas tecnologias de automação industrial, vem substituindo empregos. Mesmo sem os direitos trabalhistas e de segurança que os americanos estavam em busca, o documentário deixa como reflexão se os mesmos não estariam pior sem a vinda da Fuyao para o Estados Unidos. Ao fim, é possível notar o grande impacto da nova indústria automatizada, que gerará desempregos em nível mundial, pela substituição de mão de obra humana por “máquinas”. Fica como reflexão o futuro do trabalho, a importância da segurança do trabalho nos ambientes industriais, o choque cultural, a discriminação entre as nacionalidades e a globalização econômica de uma forma geral.
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