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Introdução à disciplina de Nutrição Animal

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Nutrição Animal
Aula 1 - Introdução à alimentação animal
Definição e conceitos importantes:
● Alimento: é toda substância consumida por um indivíduo, capaz de
contribuir para seu ciclo regular da sua vida e sobrevivência da espécie a
qual pertence.
● Alimentação: estuda a composição química dos alimentos e os padrões de
exigência de cada animal.
● Nutrição: conjunto de processos que ocorrem no sistema digestório desde o
momento de ingestão até sua absorção.
● Digestão: compreende os processos químicos e físicos que são responsáveis
pela transformação do alimento em seus nutrientes.
● Absorção: envolve processos químicos e físicos relacionados com o
transporte dos nutrientes pela membrana do intestino e transportados pela
corrente sanguínea e linfática.
● Metabolismo: Conjunto de reações catabólicas e anabólicas que permitem
o funcionamento normal das células e consequentemente da vida do
animal.
- Catabolismo: processo destrutivo
- Anabolismo: processo construtivo
● Excreção: eliminação das partes dos alimentos não absorvidas.
● Ração: é a quantidade total de alimento fornecido e consumido por um
animal em um período de 24 horas.
● Dieta: conjunto de alimentos, incluindo as respectivas quantidades
indicadas para determinado indivíduo.
● Ingrediente: qualquer matéria prima utilizada na composição de uma ração
concentrado e volumoso
Classificação dos alimentos
● Alimento volumoso: alimento que contém um teor de FB > 18%
● Concentrados: alimento que contém um teor de FB < 18%
- Concentrados proteicos: alimento concentrado que contém um teor
de PB > 20% MS. ex: (soja, amendoim e trigo)
- Concentrados energéticos: alimento concentrado que contém um teor
de PB < 20% MS. ex: (milho, sorgo e aveia)
● Suplementos: ingrediente ou mistura de ingredientes capaz de suprir a
ração ou concentrado em aminoácidos, vitaminas e minerais.
● Aditivos: substâncias não nutritivas adicionadas aos alimentos com o
objetivo de melhorar suas propriedades ou seu aproveitamento.
Principais nutrientes
● Proteínas
● Carboidratos
● Lipídeos
● Vitaminas
● Minerais
● Água
Deficiência X Carência
● Deficiência= insuficiência de um nutriente essencial
● Carência = quadro sintomático apresentado como resultado da deficiência
nutritiva
Secreções digestivas
1. Saliva
● Composição: água, mucina, ureia, amônia, sais de Na, PO4, Cl, K, Ca e
SO2 e amilase
2. Suco gástrico
● Composição: HCl, mucina, pepsina, lipase gástrica, renina, catepsina e
outros compostos
3. Suco pancreático
● Composição: enzimas proteolíticas inativas (tripsinogênio,
quimiotripsinogênio, procarboxipeptidase)
4. Suco entérico
● Constituído pela mistura de dois sucos: duodenal e intestinal
Aula 2 - Alimentos na nutrição animal e exigências nutricionais
Classificação dos alimentos em função do conteúdo energético e teor de fibra
- Concentrado <18% FB
- Volumoso >18% FB
- Outros
Alimentos concentrados
- Energéticos <20% PB
carboidratos e lipídeos
*Gorduras são 2,25x mais energéticos que carboidratos
- Proteicos >20% PB
AA´s = aminoácidos
Lisina: 1° limitante para suínos (tem que ter)
Metionina: 1° limitante para aves
Milho ● Baixo teor proteico: 9% PB
● Pobre em Lisina
Aveia ● Alto teor de FB
● Muito utilizada para equinos e ruminantes
Sorgo
● Baixo teor de xantofila (pigmentos amarelos que formam
uma das duas principais divisões do grupo carotenóide).
● Alto teor de tanino (prejudicial para aves em processo de
crescimento).
● Sem restrições para bovinos
Farelo de
Trigo
● Alto teor de FB
● Alto teor de PB
● Inclusão máxima de 20% para suínos e aves = efeito laxativo
Farelo de
Arroz
● Alto teor de gordura
● facilidade em rancificar
● Inclusão de 30% para suínos e 20%-25% em aves
Farelo de
soja
● Alto teor de PB >40%
● Quando utilizada para não ruminantes, necessita de um
tratamento térmico
Torta de
Algodão
● Alto teor de PB >40%
● Rico em Gossipol: tóxico para não-ruminantes
● Sem restrições para ruminantes
● Deficiente em Lisina
Torta de
amendoim
● Alto teor de PB >40%
● Deficiente em Metionina e Lisina
● Presença de aflatoxina
Farinha de
carne, ossos
e sangue
● Elevado teor de PB >45-60%
● Processamento prejudica a qualidade
Farinha de
peixe
● Alto teor de PB >50%
Farinha de
penas
● Alto teor de PB >80%
Alimentos volumosos
- Alim. secos: feno e palha
- Alim. suculentos: silagem, pastagens, raízes/tubérculos
*Alimento volumoso é a base da alimentação dos ruminantes e equinos
Pastagens
- Fabáceas (leguminosas)
- Poáceas (gramíneas)
*Todo capim de folha larga é leguminosa, todo capim de fina gramínea
Forragem conservada
- Feno: secagem
- Silagem: fermentação, conserva qualidade dos alimentos, alta
palatabilidade
- Palhadas
Micotoxinas
- Aflatoxina: amendoim, farelo de algodão (aves e suínos extremamente
sensíveis)
- Ocratoxina: grãos e cereais contaminados
- Fumonisinas: milho
- Zearalenona: cevada, milho, sorgo e aveia
- Tricotecenos: trigo cevada, aveia e centeio (suínos e aves são sensíveis)
Água
*Perda de 10% da água no corpo pode levar a morte do animal
Distribuição da água no organismo:
- Fluido intracelular - água no interior das células
(até 50% do peso corporal);
- Fluido extracelular - água no exterior das células
(15-25% do peso corporal);
- Fluido intersticial - água no interior das paredes
do sistema vascular (5% do peso corporal).
Equinos
● Água corporal total: 62-68%
● Desidratação severa= perda de 8-10% peso vivo
● Ingestão para mantença: 5L/100 kg de Peso vivo
Cães e
gatos
● Perda de 0,5% do PV- estimula a ingestão de água
● o Gatos: 50-60ml/kg de PV
Poedeiras
● Durante a formação do ovo- consumo do dobro da
quantidade de água:
● Relação inversa com a idade e a gordura corporal
Frangos
de corte
● Manutenção de constate a entrada e a saída de água
● Aves jovens maior proporção de água do que as adultas
● Água é inversamente proporcional a gordura e idade
Funções da água
- Auxilia na eliminação de substâncias indesejáveis;
- Necessária para manter fluídos corporais e o equilíbrio iônico;
- Necessária para a digestão, absorção e metabolismo dos nutrientes;
- Maior constituinte do leite;
- Serve de proteção para o feto;
- Substância básica do sangue, fluídos extra e intracelulares;
- Regulador térmico: seu calor específico possibilita a absorção do calor;
Água coloidal
- Representa a água presa ao alimento
- Alimentos suculentos podem contribuir na água para o animal
- Ração animal (10-12% umidade)- água presa
Perdas de água
- Pulmonar (respiração)
- Cutânea (transpiração)
- Renal (micção)
- Digestiva (defecação)
- Secreções
- Produção
Aula 3 - Bromatologia aplicada a produção animal
importante ferramenta para o balanceamento correto da dieta dos animais. Por
meio de uma análise bromatológica é possível obter as frações nutritivas de um
alimento.
Importância
- avaliação de matérias prima
- avaliação de rações e pré misturas
Níveis de garantia
- Informação da provável composição
- É permitido a variação de até 10%
Procedimento de coleta e envio de material
Amostragem
- No processo de amostragem já se faz uma avaliação do aspecto e
presença de contaminantes;
- Caso não seja efetuada corretamente, os resultados das análises
poderão ser comprometidos
A) Amostras parciais
- Colhidas em diferentes pontos do local. Ex: campo, prado, vagão,
armazém, etc.
B) Amostra composta
- União das amostras parciais
C) Amostra média
- Da amostra composta homogeneizada, retira-se uma média
- Amostra enviada ao laboratório
AP + AC = AM
= alíquota (amostra laboratorial)
Pontos observados para uma boa amostragem
- Presença de carunchos ou larvas
- Presença de corpos estranhos
- Contaminação por cimento, roedores, fertilizantes, etc.
- Aquecimento
- Odores estranhos
- Bolor
- Fermentação
Aula 4 - Análise dos alimentos
Método Weende (análise em 6 fração)
- Água ----------------------------------------------------------------- umidade
- Proteína bruta------------------------------------------------------ PB
- Gordura ou extrato etéreo--------------------------------------- EE
-Fibra bruta----------------------------------------------------------- FB
- Cinza ou matéria mineral---------------------------------------- MM
- Extratos não nitrogenados ou carboidratos solúveis---- ENN
Método direto
● Umidade: por meio da evaporação em estufa a 105°
● FB: por meio da fervura em álcalis e ácidos fracos
● EE: extração com éter
● PB: determina-se o nitrogênio total cujo valor é multiplicado por 6,25
● MM: incineração na mufla a 600°
Método indireto
● ENN = 100 - (Água + PB + FB + EE + MM)
● MS = 100 - Água
● MO = MS - MM
Matéria seca
- Ponto de partida da análise dos alimentos;
- Os valores de MS facilitam a comparação dos diversos nutrientes;
- A composição dos alimentos em tabelas para cálculo das necessidades dos
animais e o consumo de alimentos são expressos em termos de MS.
Processo (2 fases)
1. secagem prévia ou pré secagem
● Realiza-se quando a amostra possui uma alta umidade (gramíneas,
silagens, etc)
● Tempo de pré secagem 16 a 24hrs ou 72hrs/fezes à 60°
2. Secagem definitiva
● Temperatura de 105°
Extrato etéreo
- Utiliza o éter etílico
- Extração dura de 4-6 hrs
- Por um aparelho Soxhlet
- Gordura é extremamente importante na alimentação, fornecendo 2,25x mais
energia
- Melhor paladar
*subst. gordurosas de valor energético alto = Triglicerídeos, lecitina e ácido graxo
MM ou cinza
- Obtida após o aquecimento da amostra em uma temperatura de 600°,
durante 4 horas ou até a combustão total;
- Determinação importante para o cálculo do ENN e da matéria orgânica.
Proteína bruta
- Utiliza-se um destilador de nitrogênio
- Consiste em três etapas:
digestão aquecimento
destilação evaporação
titulação
*O fator 6,25 pq 100/16 16% é a média de N dos alimentos
- Não é 100% confiável
- Nem todo nitrogênio é proteico
- Nem toda proteína tem 16% de N
- Ruminantes transformam nitrogênio não protéico NNP pela absorção da
flora intestinal
Fibra bruta
- Quantificação de três subs:
celulose--------------------------------- imp. herbívoros
hemicelulose-------------------------- imp. herbívoros
lignina---------------------------------- indigerível
Método de Van Soest
- Conteúdo celular
açúcares amido proteína lipídeos e ácidos orgânicos
- parede celular
FDN quantidade de fibra E
FDA indica a fibra de baixa qualidade
qualidade de forrageira
divide os componentes da amostra analisada em conteúdo celular e parede
celular
Conservação de forragens: Fenação
Objetivo:
- minimizar os efeitos da estacionalidade de produção de pastagens.
- obter uma forragem desidratada e de alta qualidade
*silagem pra bovino feno para equino
Princípio básico da fenação:
- conservação do valor nutritivo da forragem através da rápida desidratação
- 80 a 90 de matéria seca
- teor de umidade 10 a 20
Cynodon família de capim 40 cm = padrão ouro na fenação
- Tifton 85
- coast cross
Estágio de cres. da planta e seu valor nutritivo
- cres. vegetativo = alto valor nutritivo
- cres. reprodutivo (floração) = baixo valor nutritivo
Qualidade da planta
1. Fatores genéticos
● cultivares
● tipo de cresc.
● clima
● solo
● manejo
● pragas e doenças
2. Estágio de crescimento
● estágio cresc. vegetativo
- grande proporção de folhas
- alta umidade
- rica em proteínas e minerais
- baixa em fibras e lignina
● estágio reprodutivo
- alongamento do caule
- queda das folhas
- baixa quantidade de proteínas, lipídeos, carboidratos e minerais
- rica em fibras
- menor digestibilidade
Processo de fenação
1. corte
2. desidratação
3. armazenamento
Aspectos importantes.
- tipo de maquinário
- espécie de forrageira escolhida
- condições climáticas
= feno de qualidade satisfatória
Feno de boa qualidade
- Coloração verde;
- Cheiro agradável;
- Boa quantidade de folhas;
- Caules finos e macios;
- Ausência de mofo e livre de impurezas;
Tipos de feno
Aula 5 - Produção e manejo de silagens
Objetivo da ensilagem
- minimizar o efeitos da estacionalidade de produção das pastagens
- promove a conservação da forragem
- princípio de fermentação
- preservação de nutrientes
Processo: abaixar o PH da forragem de 6,5 para menos de 4,0 através da
conservação de açúcares e ácidos, principalmente ácido láctico, através do
desenvolvimento das bactérias lácticas.
*Ruminantes necessitam de alimento volumoso de boa qualidade durante todo o
ano.
melhor época para se produzir silagem: fase de crescimento vegetativo
Tipos de silo:
- trincheira
- bag
- superfície
Características importantes das forragens
1. Umidade
- importante para desenvolvimento de bactérias homoláticas
(Lactobacillus e Streptococcus)
- material seco: dificulta a compactação e desenvolvimento de mofos
- material muito úmido: fermentação butírica
- umidade ideal 30 a 40%
2. Carboidratos
- estruturais (celulose, hemicelulose e pectina)
- de reserva (amido e frutosanas)
- fermentação láctica mínimo de 16% de carboidratos solúveis
3. Proteínas
- 30 a 50% das proteínas são transformadas em compostos
nitrogenados solúveis devido a ação das proteases
4. Poder tampão
- intensidade com que a forragem resiste à mudança de Ph
5. População de microrganismos
- bactéria homolática
- somente o milho possui esta bactéria
Como fazer silagem:
1. Colheita
- maturidade da planta
- fase de crescimento vegetativo
2. Picagem
- de 8 a 25mm
- partículas grandes dificultam a compactação e ocorre a seleção do
animal
3. Transporte
- até 50% do custo total da silagem
4. Compactação
- retirar o ar das partículas de forragem
- má compactação forma bolsões de ar que desenvolvem fungos e
perda de nutrientes importantes
5. Vedação
- proteger contra a entrada de oxigênio
6. Retirada da silagem
- no mínimo 30 dias para abertura dos silos
- fatias de 15 a 20 cm
Fases do processo de ensilagem
a) Fase de atividade enzimática após o corte e picagem
b) Fase aeróbica
- respiração da planta e quebra das proteínas
- reação de Mailard = escurecimento da silagem
c) Fase anaeróbica ou fermentação
- ausência de oxigênio
- multiplicação de bactérias homoláticas
- 10 a 14 dias de fermentação
d) Fase estável
- 10 a 14 dias estabilizando
- 60% de ácido láctico
O que ensilar?
- Milho (forrageira ideal)
- Cana de açúcar
- Gramíneas
Aula 6 - Pré-secado
O que é?
● Alternativa intermediária ao feno e silagem;
● Permitido o uso de aditivos para garantir a preservação do material;
● Qualidade variável (desvantagem);
● As principais forrageiras utilizadas são o azevém e a aveia.
Obs: bactérias lácticas não vão encontrar um ambiente favorável ao seu
crescimento. Neste modelo de fermentação, abaixar o PH e preservar o material
enfardado não ocorre.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Não necessita de barracões para o
armazenamento;
Qualidade variável;
Alternativa mais barata Difícil acesso as principais forrageiras
utilizadas, devido a fatores climáticos;
O pré-secado pode ser deixado à
campo, perto do local de consumo por
até um ano;
A manta de polietileno é o principal
componente do custo
Como fazer:
1) corte da gramínea
2) envolvê-la no dia seguinte em polietileno em fardos de 400 a 500 kg
3) pode ser deixado no campo por até um ano
4) possui de 40 a 60% de água
*O feno possui o dobro de nutrientes que o pré-secado

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