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Sistema Cardiovascular Fisiologia Veterinária FUNÇÃO: transporte (oxigênio e gás carbônico, água, nutrientes-glicose, metabólitos e hormônios). Regulação da temperatura, fluído tecidual (hemoconcentração-quantidade do sangue e hemodiluição-excesso de liquído) e pH sanguíneo. Defesa-leucócitos (glóbulos brancos) e coagulação. LOCALIZAÇÃO: em pequenos animais: 3º e 7º espaço intercostal, deslocado mais para a esquerda, protegido pelas costelas, fica no mediastino. Em grandes animais: 2º e 6º espaço intercostal. ANATOMIA: O sangue que chega no ventrículo direito (lado mais côncavo), vem do coração, do resto do organismo e chega com pouca pressão, indo para o pulmão. No ventrículo esquerdo (lado mais reto), ele tem mais músculos pois bombeia o sangue para todo organismo. Sai do coração: artérias – rica em oxigênio; pouca elasticidade. Chega no coração: veias – baixa em oxigênio, rica em dióxido de carbono; mais elástica. Miocárdio contrai e relaxa., pericárdio proteção, endocárdio entra em contato com o sangue. Válvula tricúspide: tem três porções, quando abre o sangue que está no átrio direito passa para o ventrículo direito. Do ventrículo direito, ocorre uma contração, que joga o sangue em direção ao pulmão. Só sai do ventrículo quando ocorre a contração, pois existe a válvula pulmonar (semi- lunar), após contrair, passa pela artéria/tronco pulmonar Chegando nos pulmões, ocorre troca respiratória, libera dióxido de carbono e retorna o oxigênio. O sangue oxigenado chega nas veias pulmonares, entrando no átrio esquerdo. Entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo, têm a presença da válvula mitral (bicúspide). O ventrículo esquerdo se preenche de sangue, e contrai, passando para a artéria aorta, que tem a válvula aorta (semi-lunar). Da aorta, bifurca para outras artérias (cabeça-corpo-órgãos). Após a troca respiratória, o oxigênio entra e produz dióxido de carbono, retorna para o lado direito do coração. SISTEMA DE TRANSPORTE: Fluxo de massa: o sangue move-se por diferença de pressão entre 2 vasos sanguíneos. Em única direção. Perfusão capilar – tempo de preenchimento capilar. Difusão passiva: Movimentação de substâncias dissolvidas, onde tem maior concentração vai para onde tem menos concentração. Parede do vaso para o líquido intersticial. CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA: Vasos em paralelo, circuito fechado (artérias e veias - arteríolas e vênulas - chega no interior do tecido em capilares). Não tem perda de volume de sangue. CIRCULAÇÃO PULMONAR: Pequena circulação. Envolve o lado direito do coração – pulmão – lado esquerdo do coração. O sangue que veio pobre em oxigênio, passa pelo o átrio direito, abrindo a válvula tricúspide passa o sangue para o ventrículo direito, bombeia o sangue, através da artéria pulmonar, chega nos vasos – troca respiratória. De artérias, drena para tamanhos menores até os capilares. As veias pulmonares chegam no átrio esquerdo, tem a válvula mitral que está fechada, quando abre passa o sangue para o ventrículo esquerdo. SANGUE POBRE EM OXIGÊNIO, VAI PARA O PULMÃO. OXIGENA E RETORNA PELO LADO ESQUERDO DO CORAÇÃO. CIRCULAÇÃO SISTÊMICA: Grande circulação. Envolve mais órgãos. O ventrículo esquerdo que bombeia o sangue saindo pela aorta, bifurcando em artérias (cabeça-corpo-órgãos), drena o tamanho em arteríolas e depois capilares, vai para os órgãos realizando a troca respiratória, retornando o dióxido de carbono. Veia cava cranial e veia cava caudal chega ao átrio direito. DÉBITO CARDÍACO: Caracterizado pelo volume de sangue bombeado pelo VE ou VD. Chega em mesma quantidade pois a circulação pulmonar e sistêmica está em série. Determinado pelo sangue bombeado a cada minuto por um ventrículo. Maior resistência e pressão na circulação sistêmica por conta das artérias (que são menos elásticas). Essa pressão determina se o volume de sangue está com obstrução. SANGUE: Células circulantes que desempenham muitas funções, além de substâncias orgânicas (hormônios) e inorgânicas (minerais). Hemácias. Coloração do sangue depende da quantidade de hemoglobina no animal, já que é uma proteína que tem afinidade ao oxigênio – quanto mais oxigênio mais vermelho o sangue. A hemoglobina dá a coloração para as mucosas. Densidade- elementos celulares possuem maior densidade por isso sedimentam (coleta de sangue, quando o tubo anticoagulante fica parado, as células vermelhas que são pesadas vão para o fundo). A parte que fica em cima, é o PLASMA (coloração: incolor e amarelado-bilirrubina ou caroteno). Animais herbívoros tem esse pigmento amarelado- caroteno. NORMAL. Em animais carnívoros, o plasma amarelado já é sinal de ALTERAÇÃO- bilirrubina. Animais onívoros, suínos: plasma incolor. PLASMA: Parte líquida do sangue, composto de 91 a 92% de água, balanço hídrico. 8 a 9% de sólidos: albumina, globulinas, e fibrinogênio- proteínas. Albumina: pressão coloidosmótica – mantém a água no interior do vaso. Se não tem essa proteína, o líquido que está dentro vai querer sair do vaso. Transporte de substâncias (UBER). Tampão- mantém o pH entre 7,4. Globulinas: reposta imune. Fibrinogênio: importante para a formação do coágulo, percursor da fibrina. Proteínas plasmáticas: coagulação do sangue, defesa (globulinas), transporte (albumina), regulação do metabolismo, balanço nutricional, pressão osmótica. A lesão hepática reduz acentuadamente a produção de proteínas, deficiência nutricional. HIPOPROTEINEMIA: ascite e edema. PARTE CELULAR: Eritrócitos ou hemácias: não tem núcleo nos mamíferos, redonda e achatada nos polos, tem esse formato para ajudar a diminuir a distância de difusão- para os gases chegarem no citoplasma e saírem na membrana plasmática. Auxilia a passagem entre os capilares. Dentro da hemácia, tem uma enzima chamada de Anidrase carbônica importante para produzir o dióxido de carbono- íons bicarbonato. Número de células é relativo ao tamanho. Maior tamanho menor quantidade. Menor tamanho maior quantidade. HEMATOPOIESE: HEMATO-SANGUE POIESE- FORMAÇÃO Célula tronco – depende do estímulo ela se diferença. Célula tronco na medula óssea: • Célula progenitora mieloide: várias linhagens (eritrócitos, monócito, eosinófilo, basófilo, megacariócito-fragmentos desse plasma dão origem as plaquetas, neutrófilo) • Célula progenitora linfoide: origem aos linfócitos (T, B, MAPC, adipócito, osteoblasto, célula NK) Formação das células sanguíneas: Eritrócito origina da célula tronco – não pode ter núcleo pois precisa armazenar a hemoglobina, quando a célula é jovem ela é grande e pode ter núcleo – quando a célula já está madura, não tem núcleo. ERITROPOIESE: No animal adulto, reposição continua de células, perda do núcleo por extrusão, reticulócitos (1 a 3%) presentes no sangue. Composição: Água 62 a 72% Sólidos 35% (95% hemoglobina), o restante lipídeos, fosfolipídios, colesterol livre, vitaminas e glicose. Enzimas e minerais. A anidrase carbônica dentro da hemácia auxilia no transporte de dióxido de carbono. O animal jovem tem mais eritrócitos, porque precisa de mais oxigênio, quando o animal está na fase adulta, o animal já cresceu. A fêmea tem mais eritrócitos, pois tem a capacidade de desenvolver um novo ser. O tempo de vida varia de acordo com a espécie, são destruídos diariamente em grande número. A transfusão sanguínea as células vivem menos tempo. HEMOGLOBINA (Hg) Globina ligada a um grupo heme – liga ao O2. 4 grupos heme (Fe) + globina= hemoglobina. Composta por 96% de proteínas, 4% por grupamento prostético chamado heme, e representa 95% do eritrócito TRANSPORTE DE OXIGÊNIO: A hemoglobina fetal tem maior afinidade para ligação com o oxigênio que o adulto. EXCETO OS FELINOS. Excitação pode aumentar os valores: policitemia. . Carboxihemoglobina: ligação CO. A hemoglobinapossui afinidade 200x maior para o CO do que para O2. Oxi-hemoglobina: ligação Hg + O2. Mioglobina: estoque de oxigênio muscular. Metemoglobina: oxidação do ferro ferroso ao estado férrico. Não combina com O2, alguns medicamentos podem levar ao aumento de sua fabricação. Destino dos eritrócitos: notável capacidade de mudar de forma, no fim da vida tornam-se menos deformáveis. HEMÓLISE INTRAVASCULAR (remoção das hemácias dentro do vaso). HEMÓLISE EXTRAVASCULAR- 90% (remoção das hemácias através do baço) Hemoglobina é quebrada em globina, quebrado em aminoácidos. Albumina transporta na bilirrubina não conjugada, para ser metabolizada no fígado. Depositada na vesícula biliar. Outra parte cai na circulação e chega ao rim, transformasse UROBILINA (coloração das fezes e da urina). Excesso da HEMÓLISE EXTRAVASCULAR: Icterícia(plasma amarelado), mucosas e esclera (parte branca do olho), excessiva degradação eritrócitos, doença hepática(o fígado não consegue conjugar a bilirrubina não conjugada em bilirrubina conjugada) e ductos biliares obstruídos. Destino dos eritrócitos: 10% dos eritrócitos, Hg liberada diretamente, não conjugada; Haptoglobina+Hg=fígado macrófagos que fazem a metabolização da hemoglobina. Excesso da HEMÓLISE INTRAVASCULAR: Plasma avermelhado. Hemoglobinemia (aumento da globulina no sangue) e hemoglobinúria (excesso de hemoglobina liberado através da urina). Como as hemácias são retiradas do sangue, vai ter que ocorrer uma nova reposição, por células jovens. Eritropoiese: ocorre em animais jovens na medula óssea de todos os ossos, conforme o animal cresce ele vai perdendo o poder da eritropoiese e fica só na medula do esterno, do ílio, fêmur e úmero. O rim identifica se existe uma pequena quantidade dos eritrócitos, através da quantidade do oxigênio que chega até lá: HIPÓXIA. Ou seja, quando tem uma diminuição de oxigênio circulante no animal, o rim identifica. Todo sangue é filtrado pelo rim, o que precisa ser reabsorvido volta para a circulação e quando não é necessário para o animal, ele é eliminado. Então ocorre a produção de um hormônio ERITROPOIETINA que é secretada na circulação e vai até a medula óssea vermelha e faz com que ocorra a eritropoiese. Quando o animal está em desenvolvimento, quem faz essa função é o fígado e o baço. Se ocorrer algum problema que a medula óssea não for suficiente para a produção, o fígado acaba entrando em ação e realizando a produção também. HEMATÓCRITO(Ht) Corresponde a porção ou proporção do sangue ocupado pelas hemácias. Chamado também de VOLUME GLOBULAR (VG). Medido em porcentagem, é importante para a avaliação (principalmente se o animal tem alguma anemia-diminuição da produção de hemácias ou policitemia- aumento das células circulantes-aumento do número dos eritrócitos; A policitemia pode ser: • Relativa: aconteceu algo no organismo do animal que ainda não é patogênico e o organismo está tentando se adaptar. Quando o animal perde água (ex: desidratação), ocorre um aumento das proteínas plasmáticas – Hemoconcentração. Se o animal tiver uma hipóxia tecidual, uma diminuição de oxigênio (ex: alta atitude), o rim identifica que existe uma hipóxia e ele produz a eritropoietina, e aumenta a quantidade dos eritrócitos -Compensatória. • Absoluta: Desordem na medula óssea. Começa a produzir eritrócitos a mais o que o necessário. Os eritrócitos precisam levar o oxigênio para todo o animal! As células das hemácias são mais pesadas e vão para o fundo do tubo, onde ocorre a separação da parte líquida com a parte sólida do sangue. Hematócrito é a quantidade de sódio em relação da parte líquida. A: normal B: anemia C: policitemia Valores fisiológicos que são normais para cada espécie. Se tiver abaixo ou acima. Anemia ou policitemia. Cães tem hemácias de tamanho maior e caprinos hemácias de tamanho menor. • Doação de sangue: Através de bolsa de sangue, é coletado da veia jugular. Quantidade de sangue 7% do peso animal, e se o animal perder 25% desses 7% tem risco de morte. O sangue circula no circuito fechado, e se ocorre o rompimento de um vaso, o sangue não retorna para o coração para que seja bombeado. É indicado em casos de anemia aguda, trombocitopatias (problema na formação da coagulação de sangue), e falta de anticorpos. LEUCÓCITOS São células de defesa, glóbulos brancos. Função: impedir que o organismo do animal entre em contato com qualquer patógeno e para montar resposta e proteger. São produzidos na medula óssea. Presentes no sangue, linfa, órgãos linfóides e vários tecidos conjuntivos. Tem separados os linfócitos e os monócitos, que são chamados também de agranulocitas, células mononucleares. E os basófilos, neutrófilos e eosinófilos. Chamados granulocitas, células polimorfonucleares. Os grânulos são neutros. Os basófilos vão corar e ficar azuis. Os eosinófilos coram de vermelho, os neutrófilos são neutros, os grânulos não coram. Todos têm núcleo segmentado. Diferentes morfologias. Os leucócitos estão em menor quantidade no sangue comparado com os eritrócitos. Tem funções principalmente nos tecidos, em cada linhagem. Quando ocorre infecções bacterianas, os leucócitos podem aumentar – Leucocitose. Infecções virais, pode ocorrer a redução -Leucopenia. O monócito não tem grânulos e tem poder de fazer fagocitose. Linfócitos são células menores e o núcleo ocupa quase todo o citoplasma, não tem diferença entre o linfócito T e B no exame de sangue. O eosinófilo tem grânulos no citoplasma e o núcleo é segmentado. O basófilo tem grânulos no citoplasma, o núcleo é segmentado. O neutrófilo tem grânulos mas não cora, o núcleo é todo segmentado. NEUTRÓFILOS Em relação as aves, o nome é outro: heterofilo. O tamanho varia de cada espécie, de 9 a 12 micrometros. No cão e gato varia de 2 a 3 lóbulos, na vaca e no cavalo varia de 3 a 4 lóbulos. Hipersegmentação (lóbulos em maior quantidade): existe uma patologia, ou demora na amostra. No tecido é normal a hipersegmentação. (maduro) Hiposegmentação (bastonetes): células jovens, já segmentados. O neutrófilo quando é jogado na circulação ele é segmentado, conforme fica mais tempo na circulação, ele vai formando mais lóbulos e chama-se de hipersegmentado. Neutrófilo mais velho. FUNÇÃO: • Atividade fagocítica: a fagocitose é um processo de transmembrana, de transporte de solutos. Quando a membrana plasmática consegue englobar uma partícula sólida e a partícula ia para o interior do citoplasma. Ela encontra alguma coisa estranha na circulação e emite os pseudópodes e engloba a bactéria e forma um fago. Os lisossomas, são enzimas que digerem essa bactéria e ocorre a ligação com o fago= fagolisossoma, começa a degradar a bactéria a matando. Depois o resto é liberado por exocitose. • Diapedese o neutrófilo que está circulando no sangue, identifica que tem um antígeno no tecido e faz o processo de passagem de sangue para o tecido, e faz a atividade de fagocitose. Resposta ao estresse: os neutrófilos que estão marginais eles saem e vão para a circulação e quando ocorre a coleta de sangue, é coletado uma quantidade de neutrófilos maior do que está na circulação. – Leucograma de estresse. EOSINÓFILOS Estão em menor quantidade no sangue, também tem atividade fagocítica e são móveis. Aumentam (Eosinofilia) em processos alérgicos (histamina mediador químico, são importantes pois quando tem parasitoses, a histamina promove uma lesão na membrana plasmática dos parasitas), choque anafilático. BASÓFILOS São raros no sangue, eles são comparados com os mastócitos (macrófagos que vão para o tecido). Tem função de auxiliar na hemostasia, com rejeição de parasitas e são liberados por hipersensibilidade. São produzidos na medula óssea similar aos neutrófilos, auxiliam na ativação e degranulação da histamina, bardicinia, serotonina e enzimas lisossômicas). MONÓCITOSSão mononucleares, célula grande, vacúolos no interior. São chamados de “caminhão de lixo” porque eles auxiliam na limpeza nos tecidos após uma resposta inflamatória – restos celulares. No tecido são chamados de macrófagos. Produzem peróxido de hidrogênio em maior quantidade do que os neutrófilos. LINFÓCITOS São mononucleares, o núcleo é grande, pouca quantidade de citoplasma. São responsáveis pelo sistema de defesa do organismo do animal. Em maior quantidade em bovinos e ovinos, depois de serem produzidos na medula óssea, são amadurecidos em outros locais (linfonodos, baço, placas de Peyer e timo). Não tem atividade fagocítica, mas tem enzimas no interior do citoplasma, as enzimas são jogadas para fora, e eliminam as células estranhas ou parasitadas. Linfócitos B (menor quantidade – anticorpos, imunidade humoral); Linfócitos T (maior quantidade – resposta celular, auxiliam na resposta imune). Células T citotóxicas que eliminam as enzimas, T auxiliar responsável por apresentar esse antígeno a célula B ou T – identificando o que está estranho “fofoca”. Células Natural Killer: são programadas para matar, responsáveis por identificar a célula anormal circulando. Células de memória: são importantes para que quando o animal entre em contato com o antígeno, ele se lembre e faça mais rápido a resposta, produzem “linfocinas”- interleucinas e interferons. Sistema imune: • Célula B: Imunidade humoral - produzem imunoglobulinas, ou anticorpos. Identificam as células estranhas e se transformam em plasmócitos. Anticorpo espécie especifico só se liga naquele antígeno que está ligado a ele. • Imunidade celular é importante porque auxilia na defesa do organismo além dos anticorpos. Linfócitos T auxiliar vai ir até o linfonodo e mostra pro linfócito B ou T para ter uma resposta humoral ou celular, protegendo o animal conta a infecção dos patógenos. Células T supressores controlam a proliferação das células T e B. • Imunidade passiva: não é o animal que produz o anticorpo, por exemplo: colostro, placenta e soro. • Imunidade ativa: é a capacidade do animal de produzir os anticorpos, exposição ao antígeno, exemplos: vacina, doenças. https://www.youtube.com/watch?v=lBn3SNO04UU&t =1s PLAQUETAS Não são células, são restos de citoplasma de uma célula maior – megacariócitos. Tem função de fazer coagulação, manter a hemostasia - manter a integridade do vaso, fazer um tampão plaquetário. Corrente sanguínea com hemácias, linfócitos- invasão do vírus- os vírus atacam os linfócitos T auxiliares- são fagocitados e entram na célula T auxiliar- essa célula não consegue fazer sua função, quando ele se multiplica e sai da célula, ela morre- os macrófagos (monócitos com capacidade de fazer fagocitose) vão atrás do vírus para impedir que continue a lesão- os macrófagos fagocitam o vírus e tentam eliminar- o macrófago acaba mostrando para os linfócitos T auxiliar que tem o vírus, vai apresentar o vírus- esse linfócito T auxiliar vai até o linfonodo e diz tanto para o linfócito T quanto para o B que tem algo de estranho- o linfócito B se transforma num plasmócito, o linfócito T auxiliar também conta pro outro linfócito. O linfócito citotóxico sai da circulação junto com o linfócito B e vai para o linfonodo e vai onde tem o vírus e mata as células parasitadas- o linfócito B carrega os anticorpos para proteger o animal. O macrófago elimina o resto celular. https://www.youtube.com/watch?v=lBn3SNO04UU&t=1s https://www.youtube.com/watch?v=lBn3SNO04UU&t=1s Sobrevivem no sangue de 8 a 11 dias, tem função de prevenir a hemorragia. Adesão-vaso danificado. Agregação- pseudópodes unidos e liberam fatores plaquetários. Fatores de coagulação: • Sistema intrínseco: dentro do vaso, relacionado ao colágeno que desencadeia a ativação dos fatores de coagulação. • Sistema extrínseco: substância chamada tromboplastina tecidual que desencadeia os fatores de coagulação. (Fator XII não está ativado e através da exposição do colágeno é ativado em XIIa, esse fator de coagulação XIIa vai catalisar a reação e ativar o fator XI passando para XIa, o XIa transofmra o IX em ativado, e o IXa transforma o VIII em VIIIa, e o VIIIa acaba promovendo a ativação da protrombinase (enzima) junto com a presença do cálcio, a quebra da protrombina em trombina, e essa trombina vai catalisar a quebra do fibrinogênio em fibrina, então forma o coágulo. https://www.youtube.com/watch?v=e4cQw70owYA& ab_channel=academiadeciencia Se for um vaso de grande calibre, as plaquetas não conseguem parar para obstruir a saída. SORO X PLASMA Plasma: sangue com anticoagulante, para ver o que tem no sangue do animal, imitando como é a circulação. Soro: sangue sem anticoagulante, não contem fibrinogênio porque foi quebrado em fibrina para formar o coaágulo, ocorre a formação do coagulo- tem os eletrólitos, metabólitos, anticorpos, os hormônios e não vai ter mais COAGULAÇÃO: Eritrócitos, leucócitos, plaquetas, macrófagos, eosinófilo, plasmina, fibrinogênio, fatores intrínsecos e extrínseco. Tem proteínas, sais, ions, hormônios. Lesão do endotélio vascular- lesão vascular, extravasamento do sangue- plaquetas identificam que tem uma lesão e se aderem a parede do vaso no local lesionado- junto com as plaquetas, os fatores de coagulação vão para ajudar, a quebra do fibrinogênio em fibrina, para formar o coagulo- essa fibrina que impede que continue saindo sangue- depois que ocorreu a coagulação, ocorre a quebra, a fibrinólise-os macrófagos fazem a limpeza dos restos celulares, eosinófilos também- e tudo volta ao normal. https://www.youtube.com/watch?v=e4cQw70owYA&ab_channel=academiadeciencia https://www.youtube.com/watch?v=e4cQw70owYA&ab_channel=academiadeciencia as células do sangue (pois elas estão unidas para formar o coágulo). SISTEMA CARDIOVASCULAR Sincício funcional: são células do miocárdio (miocitos- fibras musculares) tem ligação entre os citoplasmas para auxiliar a transmissão do potencial de ação. Pra que todo o coração contraia junto, o citoplasma tem a comunicação, para que o potencial de ação passe de uma fibra para a outra – potencial de ação mais longo. Adição do canal de Ca++, antes de ocorrer a abertura do canal de Na+, tem os canais de cálcio, serve para dar tempo que todo o coração contraia e despolarize junto. Porque se contrair uma porção do átrio e a outra porção do outro átrio não ter tempo de contrair, começa a ter as arritmias cardíacas. (Uma parte do coração contrai quando a outra já está relaxando). Abre os canais de sódio, o sódio entra, despolariza e abre os canais de cálcio que são lentos e começam a entrar na fibra muscular, depois que fecha os canais de cálcio, ocorre a repolarização da membrana, quando os canais de potássio são abertos e sai da célula. CICLO CARDÍACO Contração e relaxamento completo. Sístole: contração Diástole: relaxamento • Quando ocorre a sístole, o sangue que está no ÁTRIO vai para o ventrículo, quando ocorre a contração ventricular, o ventrículo contraí e joga o sangue para as artérias (aorta ou tronco pulmonar). VÁLVULAS CARDÍACAS Atrioventriculares - entre átrios e ventrículos: MITRAL (av esquerda) e TRICÚSPIDE (av direita). Abrem quando o sangue estiver passando do átrio para o ventrículo e o ventrículo está em diástole, fechando durante a sístole tanto do átrio quanto do ventrículo (se não fechar durante a sístole ocorre o sopro). Semilunares: AORTICA e PULMONAR, abrem quando ocorre a passagem do sangue dos ventrículos para as artérias, quando ocorre a sístole do ventrículo, fechando durante a diástole (pois senão não dá tempo de encher o ventrículo). RITMO CARDÍACO Impulso para o batimento cardíaco. Células musculares especializadas- células marcapasso (se auto despolarizam e se estimulam, ficam localizadas no átrio direito, no nó sinoatrial). Promovem a descarga elétrica, propagando a despolarizaçãopor todo o átrio, propagada pelo septo intraventricular, antes tem o nó atrioventricular, ocorre diminuição da corrente elétrica para dar tempo de todo o átrio direito e esquerdo ter tempo de contrair e vão até o ápice do coração pelo Feixe de His. Irrigando os ventrículos direito e esquerdo tem a Fibra de Purkinje, também se auto despolarizam. CONDUÇÃO ELÉTRICA Corrente elétrica passa por toda fibra muscular, todos despolarizam juntos. Nó atrioventricular demora mais para dar tempo de todo o átrio contrair, ocorre a sístole atrial, a condução elétrica Quando corre a sístole ventricular, a tricúspide e a mitral estão fechadas, e a aórtica e a pulmonar estão abertas. O átrio esquerdo está recebendo o sangue e está em diástole atrial. Quando ocorre a diástole ventricular, a tricúspide e a mitral estão abertas, e a aórtica e a pulmonar estão fechadas. Ocorre a sístole atrial. passa pelo feixe de His (região septo atrial), chegando no ápice do coração, a diferença de carga elétrica passa pelas células de Purkinje (região ventricular). O nó sinusal (onde tem as células marcapasso) começam a transmitir o impulso elétrico por todo átrio direito e esquerdo, quando o impulso sai do nó sinusal vai para o nó atrioventricular, passa pelo feixe de His que fica entre os ventrículos, indo até o ápice e drena pelas células de Purkinje. CONTRAÇÃO CARDÍACA Íons K+, Na+ e Ca++. Quando ocorre a despolarização (sístole), têm a abertura dos canais de sódio e começa a entrar na célula, começando a ter a mudança da carga elétrica (ficando mais positiva). Quando todos se despolarizam, abriram todos canais de sódio e se fecham, e agora ocorre a abertura dos canais de cálcio que demora para fechar. (se tivesse a abertura dos canais de potássio já, ocorreria a repolarização, precisa de tempo, senão ocorre a ARITMIA CARDÍACA. Quando todos se despolarizam, fecha os canais de cálcio e abre os canais de potássio e ocorre a repolarização. Os canais de cálcio auxiliam na completa contração das fibras, para que tanto o átrio contraia e relaxe todos juntos. CICLO CARDÍACO Composto de 3 fases: • Sístole atrial ou pré-sístole: quando ocorre a contração do átrio e a ejeção do sangue para o ventrículo. Completo enchimento dos ventrículos, válvulas AV (mitral e tricúspide) estão relaxadas. As válvulas semilunares (aórticas e pulmonares) estão fechadas. • Sístole ventricular: Contração isométrica (4 válvulas fechadas, evita o refluxo, o ventrículo contrai sem variar o volume). Ejeção: pressão ventricular supera a pressão arterial, e as válvulas semilunares abrem. • Diástole ventricular: Pressão ventricular quase zero, pressão arterial supera a pressão ventricular. Relaxamento isométrico ventricular (4 válvulas fechadas). Enchimento: abre as válvulas AV (75% enchimento do ventrículo é passivo e apenas 25% sístole atrial). SONS CARDÍACOS A auscultação: em cães e gatos entre a 3 e 7 costela, em bovinos e equinos entre a 2 e a 6 costela. 1º som: fechamento da mitral e da tricúspide (válvulas atrioventriculares) – sístole ventricular. 2º som: fechamento das válvulas semilunares (aórtica e pulmonar) – diástole ventricular. CIRCULAÇÃO CARDÍACA Circulação pulmonar: a veia cava cranial e veia cava caudal chegam no átrio direito, o átrio direito contrai e joga o sangue para o ventrículo. Essa força de contração promove a abertura da válvula tricúspide, passando o sangue para o ventrículo, a válvula pulmonar está fechada, o ventrículo contraí e joga o sangue para a aorta, abrindo a válvula pulmonar. O sangue vai para o pulmão, onde acontece a troca respiratória e volta para o lado esquerdo do coração pelas veias pulmonares. O átrio está em diástole para receber o sangue e depois começa a contrair, abrindo a válvula mitral permitindo que o sangue do átrio passe para o ventrículo, o ventrículo começa a contrair, e a válvula aórtica está fechada, logo após ocorrer toda a contração, acontece a abertura da válvula aórtica, passando o sangue do ventrículo para a aorta. Circulação sistêmica: ocorre junto com a pulmonar. DÉBITO CARDÍACO (DC) Quantidade de sangue ejetado (VE-volume ejetado) pelo ventrículo esquerdo ou direito. Quantidade de sangue para suprir as necessidades do animal. Depende da frequência cardíaca e do volume. FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC) Relação da contração cardíaca, número de batimentos/minuto (ciclo). Variações fisiológicas: • Tamanho do animal: animal pequenos maior FC do que animais grandes por causa do volume de sangue ejetado que é menor. • Idade: animais jovens FC maior que idosos. • Exercício: animais que fazem exercícios FC maior, pois precisa que chegue O nos músculos, cálcio, ATP. • Temperatura corporal e ambiental: temperatura maior FC maior. • Sistema nervoso autônomo: se o animal estiver em estresse e precisa saber se luta ou foge, o animal precisa estar em contração muscular, o FC maior. TAQUICARDIA: aumento da FC BRADICARDIA: diminuição da FC BPM: batimentos por minuto Anestesia geral: O sistema nervoso autônomo, diminui o VE (volume de sangue ejetado), FC e DC. Sístole atrial: ONDA P Sístole ventricular: COMPLETO QRS Diástole ventricular: ONDA T Desfibrilação: alta voltagem-coração volta a contrair todos juntos-repolarizar todas as células ao mesmo tempo. Marcapasso ectópicos (fora do nó sinoatrial), perda da sincronização, arritmia cardíaca. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC) Ocorre em cães idosos. Causas: miocárdio perde a função, defeito das válvulas mitral e tricúspide, perdendo a força de fechar e acontecendo os sopros. Resultado: aumento ventricular- coração globoso (formato arredondado). Lado direito-circulação sistêmica-edema ou ascite, emagrecimento. Lado esquerdo-circulação pulmonar- diminuição O2- órgãos rins- tosse seca- mucosa cianótica. SISTEMA LINFÁTICO Meio interno: sangue+linfa+líquido extra celular (LEC-banha as células-ultrafiltrado do plasma sanguíneo). Sague+líquido dentro dos vasos sanguíneos. Circulam nos dois sentidos: do coração ara a periferia (arterial) e da periferia para o coração (venoso). No interior dos vasos linfáticos somente circula no sentido periferia para o coração. Função: Remoção de fluido tecidual em excesso- falha de drenagem causa edema. Transporte de material de degradação-resíduos das células. Filtração da linfa – linfonodos (proteção): imunoglobulinas e linfócitos e monócitos. Transporte de proteínas: moléculas grandes que não passariam diretamente as veias. Composição: Porção celular: leucócitos (linfócitos e monócitos). Porção micelar: proteínas e lipídios. Porção molecular: moléculas orgânicas (glicídios, ureia, hormônios). Porção iônica: cloretos, fosfatos e bicarbonatos-eletrólitos. LINFA Auxilia no retorno do sangue para o coração e têm a presença de anticorpos, células de defesa. Surge da filtração capilar, com nutrientes necessários para a sobrevivência-nutrição das células. Filtração contínua da parte fluida do sangue para o espaço intersticial. Está localizado dentro de um sistema de capilares-vasos- ductos linfáticos. O ducto torácico próximo a veia cava coleta a linfa. Próximo de órgãos importantes. CIRCULAÇÃO LINFÁTICA Material que entra pelos poros linfáticos e dentro dos vasos em direção ao coração. Atravessam pelo menos um gânglio linfático no trajeto, filtração material, retendo partículas como bactérias e destruindo, reação ganglionar linfática=aumento do volume. Equilíbrio da pressão hidrostática e coloidosmótica. Sistema respiratório FUNÇÃO: • Respiração, processo de trocas gasosas em que o organismo obtém O2 do meio ambiente e devolve dióxido de carbono CO2. • Produção da voz. • Regulação da temperatura corporal • Regulação do Ph. • Olfato. Se tiver alterações no trajeto, acaba sobrecarregando o sistema cardiovascular,pois quando falta oxigênio o coração bate mais rápido para tentar suprir a quantidade de O2. TRANSPORTE DE OXIGÊNIO Mucosa rósea é decorrente do pigmento da hemoglobina que está dentro da hemácia. Se tiver alterações no transporte de oxigênio, ocorre a alteração na coloração das mucosas (mucosas cianóticas- azuladas ou roxas), pois a hemoglobina não consegue chegar na célula. Divisão anatômica importante para caracterizar alterações. Abertura da faringe é a mesma abertura do esôfago. Os pulmões são separados em lóbos. CAVIDADE NASAL Localizada entre as narinas e faringe, separada pelos septos nasais, isolada da cavidade oral pelos palatos duro e mole (céu da boca). Conchas nasais: são ossos finos em forma de papiros, revestidos por epitélio nasal que ocupa a maior parte do lúmen da cavidade nasal. Quando o ar é inalado, ele precisa chegar nas estruturas menores com a temperatura mais próxima a temperatura do animal, pois se ele for com uma temperatura muito alta ou muito baixa, o ar acaba lesionando a mucosa, e lesionando essa mucosa fica fácil de ocorrer contaminação de bactérias, vírus, favorecendo a doença. O epitélio pseudoestratificado colunar (tem células que produzem muco), que reveste as conchas nasais, é responsável por “lavar” a cavidade nasal – as células caliciformes começam a produzir muco, e esse muco se mistura com as partículas estranhas para serem eliminados. Projetam cílios, que são importantes para fazer a varredura, impedem a passagem das partículas estranhas que penetram junto com o ar. Aquecimento do ar, umidificação a cavidade nasal impedindo o ressecamento e a filtração. A CAVIDADE NASAL É A PRIMEIRA A TER CONTATO COM OS PATÓGENOS. – IMPEDINDO A PROGREÇÃO, RICAMENTE VASCULARIZADA. Os cães e gatos braquicefálicos tem dificuldade, obstrução das narinas – excesso de cartilagem, dificultando a passagem do ar. São acometidos por doenças respiratórias. ESPIRRO Similar a tosse, irritação origina-se nas cavidades nasais. Objetivo de eliminar o irritante. ESPIRRO REVERSO – Respiração paroxística inspiratória. Espasmo na faringe e palato mole. Irritação local, excitação, puxões na coleira, mudança de temperatura. FARINGE É uma abertura comum entre a laringe e o esôfago, via comum do trato respiratório quanto para o trato digestivo. Separa a nasofaringe e orofaringe pelo palato mole. Controla a abertura e o fechamento das vias respiratórias para permitir a deglutição – epiglote (separa o esôfago da traqueia). Quando o animal está comendo, o bolo alimentar passa pela cavidade oral, passa pela faringe e a epiglote fecha, bloqueando a passagem para o sistema respiratório. Quando o animal está respirando, o ar passa pela cavidade nasal, pelas conchas, vai na região da faringe e a epiglote abre, facilita a passagem do ar para a traqueia. LARINGE Tubo curto e irregular que conecta a faringe com a traqueia. Progressão do sistema respiratório após a faringe. Formada por vários segmentos de cartilagem interligados e conectados com os tecidos adjacentes através dos músculos. Epiglote – formato de folha, posiciona-se de forma a abrir ou fechar a laringe. Cartilagens aritenoides são duas, ocorre a inserção das pregas vocais, estiramento das cordas vocais, controle pelos músculos presos a essas cartilagens. Cartilagem cricoide e epiglote são únicas e formam a estrutura da laringe. Servem para prevenir a inalação de materiais estranhos, controle de entrada e saída do ar dos pulmões. Local de entubação endotraqueal, durante a anestesia por exemplo. Inserção pela glote até a traqueia. Animais grandes: palato mole longo e cabeça longa. Pequenos animais: laringoscópio e em gatos laringoespasmo. TRAQUEIA Tubo largo e curto, da laringe até a região do pescoço e tórax. Bifurcação da traqueia: gera os brônquios principais direito e esquerdo. É constituída por: músculo liso, cartilagem hialina, tecido fibroso. O músculo liso serve para facilitar a alteração do padrão respiratório, para não romper a cartilagem. Está sempre aberto. Vai diminuindo de calibre. Anéis em “C” evitam o colapso, presença de cílios e muco, o acúmulo de muco causa tosse produtiva. Perda da integridade da cartilagem hialina, começa a deformar e não fica em formato de C, conforme diminui a sustentação da cartilagem, o músculo traqueal fica próximo da cartilagem, dificultando a passagem de ar. TOSSE Reflexo protetor estimulado pela irritação ou presença de corpo estranho na traqueia ou brônquios. Produz uma pressão, para eliminar para fora do animal. Como tem a estrutura de cartilagem, ela não expande. Pode ser produtiva (que tem muco) ou improdutiva. BRÔNQUIOS Cada brônquio, dentro dos pulmões, emite mais de 20 ramificações (árvore brônquica). É um músculo liso e cartilagem, os bronquíolos apenas por músculos lisos. Controlado pelo Sistema Nervoso Autônomo, fazendo com que o brônquio aumente de tamanho (relaxamento do músculo liso – bronquiodilatação - exercícios) ou diminuição de tamanho (contração – broncoconstrição – repouso ou partículas irritantes). SACOS ALVEOLARES São sacos minúsculos e de parede fina, que são envolvidos por uma rede de capilares (importante para passar o CO2 e retornar o O2). Dentro dos sacos, tem ar, onde ocorre a troca respiratória. Surfactante: produzida por células dentro do alvéolo, impede que colapse. Promove uma pressão. Sangue oxigenado na vênula e sangue com dióxido de carbono na arteríola (ao contrário do coração). ALVÉOLOS • Pnemumócitos ou céululas alveolares tipo I: Tem função de revestir a porção alveolar que está em contato com o ar, e controlam o movimento de fluidos entre o interstício e a região aerada dos alvéolos. • Pnemumócitos ou células alveolares tipo II: responsáveis pela produção do surfactante. • Macrófagos alveolares: principal linha de defesa contra partículas inaladas e microrganismos que adentram os alvéolos. PULMÕES São dois com formato de cone. Diafragma: músculo liso que separa a cavidade torácica da abdominal, que auxilia na entrada e na expulsão do ar. Mediastino: área entre os pulmões (fica também o coração, traqueia, esôfago, grandes vasos e linfonodos). A divisão em lobos varia de acordo com a espécie Pulmão esquerdo: lobo cranial e caudal. Pulmão direito: cranial, medial, caudal e acessório. Equinos não tem lobos, apenas acessório do lado direito. Hilo: nervos, linfa, sangue e ar. Nos fetos os alvéolos não se expandem em formato de saco, apenas consistência sólida, após o nascimento expansão dos pulmões e surfactante. • Como saber se o animal nasceu vivo e morreu após o parto ou nasceu morto: Pulmão emergido na água, se flutuar o animal nasceu vivo, pois o tinha ar dentro dos alvéolos. Se afundar, estiver denso, compacto, o animal nasceu morto. ZONA DE CONDUÇÃO Só passa o ar, não tem troca respiratória. Consideradas: narina, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. São estruturas que tem como função fazer com que o ar chegue até o alvéolo. Aquecer, umidificar, filtragem antes que chegue na zona de troca. Mudança de diâmetro (resistência). ZONA RESPIRATÓRIA Ocorre a troca respiratória. Consideradas: bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares, alvéolos. CAVIDADE TORÁCICA Limites: vértebras torácicas (dorsal), costelas e músculos intercostais (laterais), esterno (distal). • A pleura é uma membrana que reveste o interior, visceral (em contato com o pulmão) e parietal (em contato com as costelas), com fluido lubrificante e superfície lisa – expiração. Importante para auxiliar a expansão e o retorno do pulmão sem ocorrer o contato. • O diafragma é um músculo esquelético, quando relaxado tem formato de cúpula – expiração, quando contrai aumenta o volume torácico – inspiração. CICLO RESPIRATÓRIO Durante a inspiração: aumento do volume dotórax, e pulmões com influxo de ar. Contração do diafragma e movimento das costelas no sentido cranial e para fora (músculos intercostais externos). Expiração: diminuição do tamanho do tórax e dos pulmões com saída de ar. Relaxamento do diafragma e intercostais internos. Contração dos músculos intercostais interno diminuindo o tamanho da caixa torácica e auxiliando a saída do ar. Retorno a posição prévia e repouso. PRESSÃO INTRATORÁCICA Pressão negativa que faz um vácuo, o pulmão precisa para facilitar a entrada do ar. O coração contrai no ventrículo direito, impulsionando o sangue até os pulmões onde ocorre a troca respiratória, retornando no átrio esquerdo. (a pressão auxilia) VOLUMES RESPIRATÓRIOS ➢ Volume corrente: ar que entra e sai, inspirado e expirado e varia conforme a necessidade do organismo do animal. Menor quando o animal está em repouso, maior quando está agitado ➢ Volume minuto: volume de ar inspirado ou expirado durante 1 minuto, calculado pela multiplicação do volume corrente e do numero de respirações por minuto. Auxilia para diagnosticar se é uma dificuldade pela entrada ou pela saída do ar. ➢ Volume residual: ar que restou nos pulmões após uma expiração máxima, independe da quantidade de ar expirado. O pulmão não pode ser completamente esvaziado. PRESSÕES RESPIRATÓRIAS O ar flui para dentro ou para fora devido as diferenças de pressões criadas por aumento ou diminuição no volume torácico. (negativa no interior dos pulmões, positiva na saída do ar dos pulmões) ➢ Pressão intrapulmonar: durante inspiração semelhante a atmosférica. Durante a expiração maior do que a pressão atmosférica. TROCA DE GASES O capilar está com uma alta concentração de CO2, que precisa ser eliminado, no alvéolo tem uma alta quantidade de O2. O capilar chegando no alvéolo por diferença de gradiente de concentração, o O2 que está em grande concentração quer ir na circulação, e o CO2 vai para o alvéolo. TRANSPORTE DE OXIGÊNIO Ligado na hemoglobina, 98%, sendo apenas 2% dissolvido no plasma. Hemoglobina – proteína carreadora. Responsável pelo pigmento das mucosas. TRANSPORTE DE DIÓXIDO DE CARBONO Transportado diferente de O2. Difunde-se dos tecidos ao sangue através do seu gradiente de concentração. Bicarbonato viaja normalmente pela célula. Sistema de tamponeamento: A célula utiliza O2 e produz atp e CO2, CO2 entra na hemácia, reage com a água na presença da anidrase carbônica (enzima), produzindo ácido carbônico, degradado em hidrogênio e bicarbonato, bicarbonato Difusão respiratório: o processo de trocas gasosas ocorre por meio da difusão, onde tem maior concentração vai para onde tem menor concentração. O dióxido de carbono produzido na célula, o transporte é diferente. liberado pela hemácia, pelo transporte com o cloreto que entra na hemácia e o hidrogênio que ficou livre se liga com a hemoglobina= DESOXIHEMOGLOBINA. Volta na hemácia e se liga com o hidrogênio formando o ácido carbônico. ➢ HCO3 (bicarbonato) sai das hemácias através de contra transporte com o cloro. ➢ Processo inverso: PCO2 maior no sangue do que nos alvéolos. ➢ Bicarbonato volta no interior das hemácias e se liga com H, formando o ácido carbônico (H2CO3) e se dissocia em CO2 e H2O. ➢ CO2 difunde-se do sangue para os alvéolos e é eliminado para o meio externo. ➢ A desoxihemoglobina tem alta afinidade com os íons de hidrogênio. Ligação de H+ na desoxihemoglobina promove o tamponamento sanguíneo. Diferente do O2 que vai ligado na hemoglobina, o CO2 precisa ser desassociado. COMPLACÊNCIA PULMONAR Medida de distensibilidade dos pulmões – elasticidade. (Capacidade de estender e voltar ao tamanho normal, quanto mais complacente mais fácil a expansão). Determinada pela medida das alterações no volume pulmonar. Se tiver falta do surfactante, ele não consegue distender, dificultando a troca respiratória. Pnemumotórax: perfuração – atropelado, por exemplo. Rompe a complacência pulmonar, perdendo a pressão interna, tendo essa perda, o pulmão não consegue se distender, pois invés de ter ar dentro do pulmão, tem ar fora. Alvéolo grande: baixa pressão colapsante. Alvéolo pequeno: alta pressão colapsante. Alvéolo pequeno com surfactante: baixa pressão colapsante. TIPOS DE RESPIRAÇÃO Normal: abdominal – movimentos visíveis no abdômen causados pelas vísceras. Costal: condição dolorosa. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Número de ciclos ou número de respirações a cada minuto (mpm – movimentos por minuto). Interligado com a FC. Depende: • Idade: maior quando o animal é mais novo. • Exercício: maior, FC também é aumentada • Excitação: • Temperatura do ambiente: temperatura maior, maior frequência. • Prenhez e grau de enchimento do trato digestivo: aumenta a frequência, pois tem um ser sendo formado, precisa de grande vascularização. Diminuição da cavidade abdominal, comprimindo o diafragma. CIRCULAÇÃO PULMONAR Fluxo sanguíneo do lado direito do coração, ejetado pelo ventrículo D, e levado para os pulmões pela artéria pulmonar. Importante para a troca respiratória, sangue pobre em O2, voltando CO2. Artéria pulmonar se ramifica em artérias menores e cursam com os brônquios na direção as zonas respiratórias. Desassocia o CO2, forma bicarbonato que volta para o coração. Hematose: transformação do sangue venoso em sangue arterial que ocorre nos pulmões. Artérias pulmonares que diminuem de tamanho conforme o local – capilares pulmonares formam uma rede ramificada de vasos dentro do septo alveolar. Veias pulmonares – conduzem o sangue dos capilares para o átrio esquerdo.
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