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1 - Redação de Documentos

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REDAÇÃO DE DOCUMENTOS 
APRESENTAÇÃO 
A Redação Oficial tem a finalidade de documentar o que a Administração Pública precisa, ela 
encaminha suas solicitações, processos e respostas. Para tanto, convém que tenha uma linguagem clara e 
objetiva. 
A economia de palavras reflete em uma economia de tempo, pois este hoje é um bem precioso 
tanto na área pública quanto privada. E o grande desafio é falar pouco com todas as informações necessárias, 
justamente porque o fato de se ter que buscar as informações que faltaram em um documento demanda o 
gasto do tempo. 
É importante que cada palavra de um texto seja colocada na forma correta 
gramatical para não macular a imagem da instituição e isso se traduz em uma organização de 
conhecimento e raciocínio. 
 Assim não convém mais a redação de um texto com erros de português da mesma 
forma que não convém um texto muito rebuscado com expressões de difícil compreensão e 
desnecessárias à finalidade do documento, como, por exemplo, questões pessoais. 
O treino para chegar a essa qualidade é um exercício de reflexão, verificando se tais 
palavras são realmente necessárias à informação. O resultado disso é um texto enxuto, claro e 
inteligível para qualquer cidadão, que é quase sempre um dos destinatários de nossos 
documentos. 
 
OBJETIVOS GERAIS 
 Conscientizar sobre a importância do conhecimento a respeito da Redação Oficial e Língua Portuguesa 
para uma boa apresentação dos documentos oficiais. 
 Apresentar regras gerais da Redação Oficial 
. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
Criar condições para que o Policial Militar amplie conhecimentos para: 
 Aperfeiçoar as redações dos documentos e relatos das ocorrências; 
 Reconhecer os erros gramaticais e alterá-los; 
 Realizar uma escrita com mais concisão e clareza; 
 
 
 
 
CONTEÚDOS 
 
MÓDULO I – REDAÇÃO OFICIAL 
AULA 1 – COMUNICAÇÃO OFICIAL OU ADMINISTRATIVA 
AULA 2 – NORMAS GERAIS 
AULA 3 - DIAGRAMAÇÃO 
 
MÓDULO II – RELATO DAS OCORRÊNCIAS 
AULA 1 – RAI; 
AULA 2 – RECOMENDAÇÕES GERAIS 
 
INSTRUÇÕES METODOLÓGICAS 
 
Conteúdo apresentado pela plataforma de Ensino a Distância na qual o discente deverá efetivar 
a leitura do material apresentado em módulos, realizar as atividades previstas no plano de tutoria como o 
fórum e a avaliação via sistema. É exigido o aproveitamento mínimo de 70%, a fim de validar a aplicação da 
prova escrita presencial referente ao conteúdo ministrado. 
Trabalhar os aspectos procedimentais e atitudinais dando ênfase na análise crítica do 
conhecimento produzido, visando à compreensão da Redação Oficial vinculadas aos documentos oficiais e 
relato das ocorrências da Policia Militar do Estado de Goiás, através de aulas expositivas e estudo de textos 
pertinentes ao tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I – REDAÇÃO OFICIAL 
 
AULA 1 - COMUNICAÇÃO OFICIAL OU ADMINISTRATIVA 
 
A redação oficial é o meio pelo qual se procura estabelecer relações de serviço na 
administração pública. É de caráter funcional, portanto, deve primar pela linguagem sóbria, clara, isenta de 
pleonasmos, juízos de valor, repetições, chavões, frases forçadas e sem nenhum proveito. Na redação oficial, 
as palavras têm significados precisos. 
Na redação oficial, “quem comunica” é sempre o Serviço Público. O que se comunica é 
sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão. 
Deve seguir um nível de linguagem padrão culto ou formal, o que quer dizer que qualquer 
pessoa será capaz de entender a linguagem de forma correta gramaticalmente. Difere do nível coloquial ou 
informal, onde não há tanta obediência às regras gramaticais e há predominância de gírias e expressões do 
dia a dia. 
 
1.1. COERÊNCIA, PRECISÃO E ORIGINALIDADE 
A coerência diz respeito às ideias de texto, de forma que uma ideia exposta não seja 
contraditória a outra em um mesmo texto, assim o texto possui um sentido completo e discurso harmônico 
com o que se pretende expressar. 
A precisão de um documento oficial se expressa ao utilizarmos palavras que não 
possuem duplo sentido ou significado vago. Devemos empregar os termos necessários à enunciação 
daquilo que queremos transmitir. Abrevia a redação e a recepção da mensagem. 
Os termos que possuem significação figurada não devem ser utilizados, pois a palavra pode 
não ter o mesmo significado para o emissor e para o receptor. Utilizar palavras mais simples evita 
interpretações pessoais ou afetivas. 
A originalidade revela o estilo do autor, sua maneira de dizer e exprimir idéias. Ser original é 
ser sincero, manifestar o que se pensa, fugir dos clichês, das expressões planas, dos preciosismos 
desnecessários, das frases feitas. 
Falta originalidade nas frases: 
 Vimos pela presente informar... 
 Esta tem por finalidade... 
 Temos a honra de participar-lhe... 
 Firmamos protestos de apreço e distinta consideração... 
 Sendo o que tínhamos para o momento... 
 
 
Consideramos que os exemplos rebuscados de iniciar uns documentos podem ser substituídos, 
em sua maioria, pelas palavras: “Encaminhamos, solicitamos, informamos, recebemos. 
E quanto ao fecho, também devemos substituir os antigos fechos floreados pelas simples 
palavras: “Respeitosamente, atenciosamente e cordialmente, usados nas seguintes situações. 
 
Os tradicionais “Sem mais para o momento” e “Sendo o que tínhamos a informar” são 
inteiramente desnecessários e estão sendo banidos mesmo na correspondência empresarial, donde provieram. 
Também não se deve abusar de palavras como honra, satisfação, prazer e gentileza, pois não 
há satisfação, prazer ou gentileza em solicitar a alguém algo que vai custar-lhe horas de trabalho. Do mesmo 
modo, não há nenhuma honra em comunicar a alguém uma ocorrência rotineira da atividade administrativa, 
ainda pior quando uma correspondência iniciada por honra, prazer, etc. é portadora de notícias desagradáveis 
ao destinatário 
 
1.2 IMPESSOALIDADE, FORMALIDADE E PADRONIZAÇÃO 
A formailidade diz respeito à polidez, civilidade e padronização dos documentos. 
O agente ou servidor público, ao redigir seus atos normativos e comunicações, não age em 
nome próprio, mas sim em nome do órgão ao qual pertence. 
A impessoalidade se caracteriza por evitar interferências pessoais em um documento público, 
voltado ao serviço da Administração Pública, e ela se dá sob três aspectos: 
a) Na ausência de impressões individuais de quem comunica; 
b) Impessoalidade de quem recebe a comunicação; 
•Autoridades de hierarquia superior, inclusive o
Presidente da República.
Respeitosamente
•Autoridades de mesma hierarquia ou subordinados
Atenciosamente
•Autoridades independentes de hierarquia, como 
autoridades civis
Cordialmente ou Agradecemos
 
 
c) Caráter impessoal do assunto tratado. 
 
1.3 CONCISÃO 
O esforço de concisão, que obedece a um princípio de economia linguística, não deve ser 
confundido com economia de pensamento. Conquanto concisa, a exposição de ideias deve ser suficiente para 
abordar eficazmente a matéria. É um equívoco eliminar passagens substanciais do texto em busca de 
concisão, pois esta nada tem a ver com pobreza de conteúdo. 
 “Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de 
palavras.” 
 A concisão não significa que se deve escrever pouco, mas simplesmente o necessário. Vá, 
também, direto ao assunto; evite rodeios. 
“Temos o imenso prazer de comunicar o recebimento, nesta data, de sua prezada carta de 
cinco do mês em curso e...” 
Podemos dizer a mesma coisa, com grande economia de palavras, de papel e de tempo se 
escrevermos: 
 “Recebemos sua carta de 5 do corrente...” 
 “Por intermédio da presente, estamos levando ao conhecimento de Vossa Senhoria que, 
nesta data, enviamos o material que consta do seu pedido de número 15, de 10 de novembro próximo findo.” 
Podemos simplesmente dizer: 
 “Enviamos o material do seu pedido n. 15, de 10 de novembro.” 
O pensamento conciso éresultado de muita reflexão. 
 Uma mensagem bem elaborada exige muito empenho: colher informações corretas, refletir 
sobre elas, rascunhar o texto, corrigir, reescrever, ler em voz alta para perceber ecos (palavras com 
terminações iguais empregadas muito próximas umas das outras) e cacofonias (uso de terminologia incorreta 
ou não corrente). 
 Deve-se ainda verificar se o vocabulário está à altura do receptor, cortar ideias supérfluas, 
substituir palavras que se repetem ou cognatas (com o mesmo radical), verificar se não houve cortes em 
demasia e o texto está seco, descortês ou desprovido de conteúdo. 
Portanto as características da redação oficial são: impessoalidade, uso do padrão culto da 
lunguagem, clareza, concisão formalidade e padronização. 
 
 
 
 
 
AULA 2 - NORMAS GERAIS 
Fica abolido o uso do tratamento digníssimo (DD) e mui digno (MD), uma vez que dignidade 
é pressuposto de qualquer cargo público. É dispensável o superlativo ilustríssimo para as autoridades que 
recebem o tratamento de V. Sa. É suficiente o uso de Senhor. 
Acrescente-se que Doutor é um título e não um pronome de tratamento, devendo ser seu uso 
restrito a quem tiver concluído o curso universitário de Doutorado e àqueles que, pela titularidade histórico-
social, convencionou-se o emprego de doutor, como é o caso dos bacharéis em Direito ou Medicina. 
Os Presidentes e diretores de empresas recebem o tratamento de Vossa Senhoria (V. Sª.), 
sendo seu vocativo Senhor Fulano de Tal ou Senhor + cargo respectivo. Os pronomes de tratamento para 
religiosos, são: Vossa Santidade para o Papa. Seu vocativo é Santíssimo Padre. Vossa Eminência para 
Cardeais. Seu vocativo é Eminentíssimo Cardeal. 
 
EXPRESSÕES QUE DEVEM SER EVITADAS E EXPRESSÕES DE USO RECOMENDÁVEL 
a) “Mesmo” 
A cidade de São Paulo editou uma lei municipal obrigando aos prédios advertirem aos 
usuários dos elevadores para verificarem se o elevador está parado no andar e assim espalhou-se na cidade 
as seguintes placas: 
 
O motivo do erro é simples. Diz a gramática que não se deve usar a palavra "mesmo" como 
pronome pessoal. A frase colocada nas placas dos elevadores deveria ser corrigida, e a palavra "mesmo" 
substituída por "ele". 
A palavra MESMO é essencialmente classificada como adjetivo; significa de igual identidade, 
exatamente igual a outro: “Aquelas aeromoças usam o mesmo uniforme até hoje.”Pode, também, o termo 
indicar a reflexividade: “…vestindo-se a si mesmo.” 
- Quando é pronome, concorda com a palavra a que se refere (equivale a próprio): 
Ex: Os adolescentes mesmos promoveram a festa. 
As vítimas mesmas recorreram à polícia. 
 - Quando significa realmente é invariável. 
 
 
Ex: O ladrão reagiu mesmo durante a prisão. 
Obs.: Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo. 
Ex: Chamei-o e "o mesmo" não atendeu. 
 Chamei-o e ele não atendeu. 
Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos 
servidores (e não "dos mesmos"). 
 
b) “Que” 
A expressão “Que” está sendo usada de forma excessiva, sugerimos substituí-lo por uma 
vírgula. Isso deixará o texto muito mais claro e formal. 
 
2.1 NORMAS DE GRAMÁTICA 
 
Emprego dos pronomes de tratamento 
O uso dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. São de uso consagrado: 
DECRETO Nº 9.758, DE 11 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a forma de tratamento e 
de endereçamento nas comunicações com agentes públicos da administração pública federal. 
PRONOMES DE TRATAMENTO – PODER EXECUTIVO FEDERAL 
Destinatário Tratamento Abrev. Vocativo Destinatário 
Presidente da República Senhor Não se usa Senhor 
Presidente da 
República, 
Ao Senhor Fulano de Tal Presidente da 
República Endereço 
Vice-Presidente da República Senhor 
Sr. Senhor Vice-
Presidente, 
Ao Senhor Fulano de Tal Vice-Presidente da 
República 
Ministros de Estado Senhor Sr. Senhor Ministro, Ao Senhor Fulano de Tal Ministro... 
Chefe do Estado-Maior das 
Três Armas 
Senhor Sr. Senhor Chefe, 
Ao Senhor Fulano de Tal Chefe do Estado-
Maior das Três Armas 
Oficiais-Generais das Forças 
Armadas 
Senhor Sr. 
Senhor + Cargo 
respectivo, 
Ao Senhor Fulano de Tal Oficial-General das 
Forças Armadas 
Procurador-Geral da 
República 
Senhor Sr. 
Senhor 
Procurador, 
Ao Senhor Fulano de Tal Procurador-Geral 
da República 
Chefe do Estado-Maior das 
Três Armas 
Senhor Sr. Senhor Chefe, 
Ao Senhor Fulano de Tal Chefe do Estado-
Maior das Três Armas 
Oficiais-Generais das Forças 
Armadas 
Senhor Sr. 
Senhor + Cargo 
respectivo, 
Ao Senhor Fulano de Tal Oficial-General das 
Forças Armadas 
Chefe do Gabinete Militar da 
Presidência da República 
Senhor Sr. Senhor Chefe, 
Ao Senhor Fulano de Tal Chefe do Gabinete 
Militar da Presidência da República 
 
 
 
PRONOMES DE TRATAMENTO – PODER EXECUTIVO - ESTADUAL 
Destinatário Tratamento Abrev. Vocativo Destinatário 
Governador de Estado 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. Senhor Governador, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal 
Governador do Estado 
Vice-Governador de Estado 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. 
Senhor Vice-
Governador, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal 
Vice-Governador do... 
Secretário de Estado dos 
Governos Estaduais 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. Senhor Secretário, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal 
Secretário de Estado de 
Prefeitos Municipais 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. Senhor Prefeito, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal 
Prefeito do Município 
 
PRONOMES DE TRATAMENTO - PODER LEGISLATIVO 
Destinatário Tratamento Abrev. Vocativo Destinatário 
Presidente do Congresso 
Nacional 
Vossa 
Excelência 
Não se 
usa 
Excelentíssimo Senhor 
Presidente do 
Congresso Nacional, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal 
Presidente do Congresso Nacional 
Presidente da Câmara 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. Senhor Presidente, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal 
Presidente da Câmara 
Vice-Presidente da 
Câmara 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. 
Senhor Vice-
Presidente, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal 
Vice-Presidente da Câmara 
Membros da Câmara dos 
Deputados 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. Senhor Deputado, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal 
Deputado 
Membros do Senado 
Federal 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. Senhor Senador, 
A Sua Excelência o Senhor Senador Fulano 
de Tal Senado Federal endereço 
Presidente e Membros das 
Assembleias Legislativas 
Estaduais 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. 
Senhor + cargo 
respectivo, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal 
cargo respectivo 
Presidentes das Câmaras 
Municipais 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. 
Senhor + cargo 
respectivo, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal 
cargo respectivo 
 
 
 
 
 
 
PRONOMES DE TRATAMENTO - PODER JUDICIÁRIO 
Destinatário Tratamento Abrev. Vocativo Destinatário 
Presidente do Supremo 
Tribunal Federal 
Vossa 
Excelência 
Não se 
usa 
Excelentíssimo 
Senhor Presidente do 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal 
Presidente Supremo Tribunal Federal 
 
 
Supremo Tribunal 
Federal, 
Membros do Supremo 
Tribunal Federal 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. 
Senhor + cargo 
respectivo, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Cargo 
respectivo 
Presidente e Membros 
do Superior Tribunal de 
Justiça 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. 
Senhor + cargo 
respectivo, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Cargo 
respectivo 
Presidente e Membros 
do Tribunal Superior 
Militar 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. 
Senhor + cargo 
respectivo, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Cargo 
respectivo 
Juízes 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. Senhor Juiz, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Cargo 
respectivo 
Desembargadores 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. 
Senhor 
Desembargador, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Cargo 
respectivo 
Auditores da Justiça 
Militar 
Vossa 
Excelência 
V.Exa. 
Senhor + cargo 
respectivo, 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Cargorespectivo 
 
PRONOMES DE TRATAMENTO – OUTROS CASOS 
Destinatário Tratamento Abrev. Vocativo Destinatário 
Reitor de Universidade 
Federais 
Senhor 
Não se 
usa 
Senhor Reitor, Senhor Fulano de Tal Reitor da Universidade 
Reitor de Universidade 
Estaduais e Particulares 
Vossa 
Magnificência 
Não se 
usa 
Magnífico Reitor, 
A vossa Magnificência o Senhor Fulano de Tal 
Reitor da Universidade 
 
PRONOMES DE TRATAMENTO – HIERARQUIA ECLESIÁSTICA 
Destinatário Tratamento Abrev. Vocativo Destinatário 
Papa 
Vossa 
Santidade 
Não 
existe 
Santíssimo Padre, Ao Santíssimo Padre Fulano de Tal Endereço 
Arcebispos e 
Bispos 
Vossa 
Excelência 
Reverendíssim
a 
Não 
existe 
Excelentíssimo e 
Reverendíssimo 
Senhor 
Arcebispo (ou 
Bispo), 
Ao Senhor Arcebispo (ou Bispo) Fulano de Tal Endereço 
Sacerdotes, 
Cléricos e demais 
religiosos 
Vossa 
Reverência 
Não 
existe 
Reverendo 
Sacerdote (ou 
Clérico, etc.), 
Ao Senhor Sacerdote (ou Clérico, etc.) Fulano de Tal 
Endereço 
 
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas ao Chefe do Poder Executivo Federal 
é Senhor, e para os Chefes do Poder Legislativo e Judiciário é Excelentíssimo Senhor, seguido do respectivo 
cargo. 
 Ex.: 
 
 
Senhor Presidente da República, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal, 
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do respectivo cargo: 
Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador. 
 
Homônimas e Parônimas 
São palavras com pronúncia ou escrita parecidas que costumam provocar dúvidas na elaboração de 
documentos. Ou seja, a escrita está correta porém tem significados diferentes. Como por exemplo: 
Acender: atear fogo – Ascender: subir, elevar-se 
Acerca de: sobre, a respeito de - A cerca de: a uma distância aproximada de 
Acidente: acontecimento casual, desastre – Incidente: episódio, que incide, que ocorre 
Afim: relativo à afinidade, semelhança - A fim de: para, com a finalidade de 
Alto: de grande extensão vertical – Auto: ato público, processo 
 
AULA 3 – DIAGRAMAÇÃO 
Os documentos devem obedecer à seguinte diagramação: 
 Deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas 
citações e 10 nas linhas de rodapé. 
 É obrigatório constar a numeração de página desde a primeira folha. Deve ser usada no 
canto direito da página com fonte tamanho 12. 
 O início de cada parágrafo do texto deverá ter 2,5cm de distância da margem esquerda. O 
campo destinado à margem esquerda terá no mínimo 3,0 cm de largura. O campo destinado à margem direita 
terá 2,0 cm. 
 Deve ser utilizado espaçamento 1 ou 1e 1/2. Dependendo da quantidade de parágrafos do 
documento pode-se usar espaço duplo ou simples entre cada parágrafo. 
 Não se recomenda o uso de negritos, itálicos, sublinhados, letras maiúsculas, 
sombreamentos, relevos, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade 
do documento, salvo extrema importância. É deselegante o negrito do nome do signatário. 
 A impressão deverá ser feita em cor preta e o papel branco. Cores podem ser usadas 
somente para gráficos e ilustrações. O papel deverá ser usado no tamanho A-4 (297x210mm). 
 
 
 As “logomarcas” do Estado de Goiás e dos órgãos devem estar dentro dos 4,0 cm do limite 
superior da página, devidamente alinhadas e colocadas somente na primeira página do documento. 
 Entre a data e a indicação do destinatário pode haver variação de espaços, visto que não há 
definição rígida. 
 No ofício o destinatário deve conter o tratamento, o nome da autoridade ou pessoa a quem 
se destina, cargo, Município/Estado e CEP. 
 Entre o destinatário e o assunto deve ter apenas um espaço duplo. 
 O assunto deve ser sucinto, sendo no máximo cinco palavras, para indicar ao receptor o 
tema principal do mesmo. 
 Entre o assunto e o vocativo há somente um espaço duplo. 
 Entre o vocativo e o texto deve ser utilizado um espaço duplo. 
 O vocativo deve ser “Senhor” acrescido do cargo ocupado pelo destinatário. A exceção são 
os documentos a serem destinados aos chefes maiores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 
 Quando se tratar de cidadãos destituídos de autoridade deverá ser “Prezado Senhor”. Em 
nenhuma hipótese será colocado ilustríssimo, digníssimo ou mui digno (DD/MD). 
 Entre os parágrafos deve ser utilizado espaço duplo. 
 A margem inferior será de 2,0 cm. 
 Entre a última linha do texto e o desfecho “Atenciosamente” ou “Respeitosamente” deve 
haver um espaço duplo. 
 Entre o desfecho e o signatário poderá haver variação de espaços. 
 O signatário será o nome do emitente, letra tamanho 12, sem negrito, itálico ou outra forma 
de destaque e logo abaixo o cargo ocupado. 
 O cabeçalho deve apresentar o logotipo da PMGO à esquerda, observando o modelo e 
tamanho no Manual de Identidade Visual da Polícia Militar do Estado de Goiás e o logotipo do Estado de 
Goiás à direita. Ambos devem estar dentro dos 4,0 cm do limite superior da página, devidamente alinhadas 
conforme previsto no Manual de Redação Oficial do Estado de Goiás e colocadas somente na primeira 
página do documento. 
 Na página, o cabeçalho será escrito com fonte tipo Times New Roman, caixa alta, tamanho 
10, espaçamento entrelinhas simples, e alinhamento centralizado; 
 
 
 O tamanho do logotipo da PMGO deverá seguir o padrão definido pelo Manual de 
Identidade Visual, segundo a Portaria nº 4992/ 08 de maio de 2014, que especifica o tamanho de 3 cm para 
a altura e 2,35 cm para a largura, conforme a figura 01. O tamanho do logotipo do Estado de Goiás deverá 
ser proporcional ao logotipo da PMGO, conforme a figura 02. 
 
 
 O Rodapé será da seguinte forma: 
 Antes da primeira linha de texto do rodapé, aplica-se uma linha traçada, destacando a 
separação do rodapé do corpo do documento. 
 
 
 A fonte empregada no rodapé será Times New Roman tamanho 10, espaçamento 
entrelinhas simples e alinhamento centralizado; 
 Na primeira linha, será indicado o nome da unidade que produziu o documento; na segunda 
linha, será informado o endereço, na terceira linha o número de telefone e/ou fax e endereço eletrônico (e-
mail) da unidade que produziu o documento; 
 As iniciais do digitador/ sigla do setor/ nome do arquivo, deverão estar na última linha 
do rodapé, alinhada à direita e a fonte empregada será tamanho 8; 
 
3.1. OFÍCIO 
 
Ofício - É um instrumento de comunicação formal que se caracteriza como um tipo de 
documento escrito expedida por autoridade pública sobre assunto de ordem administrativa ou operacional. 
O destinatário pode ser órgão público ou pessoa particular. 
São partes de um ofício: 
a) Cabeçalho: são os dizeres impressos que identificam o órgão de origem. Compreende 
também a “logomarca”. 
b) Tipo e número do expediente. 
c) Local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita, uma linha abaixo 
do número do documento. 
d) Destinatário: o tratamento, o nome e o cargo da pessoa a quem são dirigidas as 
comunicações. No caso do ofício também deve ser incluído o endereço. Ex.: 
A Sua Excelência o Senhor 
Fulano de Tal 
Presidente da República 
CEP.: 00000-00 Brasília – DF 
 
Ao Senhor 
Fabrício de Cristo Souza 
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil 
Av. Portugal n° 856 St. Coimbra 
CEP.: 00000-00 Goiânia - GO 
 
e) O Vocativo: deve ser apropriado à pessoa a quem reportamos. Alinha-se ao parágrafo 
inicial. 
f) Texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente 
deve conter a seguinte estrutura: 
 
 
 Desenvolvimento onde o assunto é discorrido. Se o texto tiver mais de uma idéia elas devem 
ser tratadas em parágrafos distintos. No caso de remessa de documentos deve-se especificar o número e a 
data do expediente que o solicitou ou o motivodo envio, de forma detalhada e precisa. 
g) Fecho: 
O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de 
saudar o destinatário. Como já foi explicado, os fechos recomendados são: 
- Respeitosamente, 
Para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República. 
- Atenciosamente, 
 Para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. 
- Cordialmente, ou Agradecemos, 
Independentemente do nível hierárquico, em caso de solicitações recomenda-se o fecho de 
agradecimento. 
h) Assinatura e identificação do signatário: todas as comunicações devem ter abaixo do fecho 
o espaço para a assinatura (sem delimitar a linha), o nome de quem o expediu e o cargo que ocupa. Por 
motivo de segurança, quando houver mais de uma página, deverá transferir para a seguinte a última linha 
anterior ao fecho para que a assinatura não fique isolada. 
i) PARTICULARIDADES: Os documentos remetidos em anexo são numerados com 
algarismos arábicos, seguidos de um parêntese. Vejamos: 
 
 
 
 
 
 
3.2. MEMORANDO 
 
Memorando é a modalidade de documento de comunicação entre unidades 
administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente no mesmo nível, ou em 
níveis diferentes. Trata-se de uma forma de comunicação interna. 
Sua principal característica é a agilidade. A tramitação deve pautar pela 
simplicidade e rapidez de procedimentos burocráticos. 
Quanto à sua forma, o memorando segue o modelo-padrão do ofício com a diferença 
de que seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. 
 
 3.3 PARTE 
 
A Parte é o documento de comunicação interna da Unidade ou Grande Comando, através do 
qual circulam informações inerentes à rotina administrativa e/ou operacional. O texto deve ser claro, conciso 
e preciso, deve conter os dados capazes de identificar pessoas ou coisas envolvidas, local, data e hora do fato 
e caracterizar as circunstâncias que a envolveram, sem tecer comentários ou opiniões pessoais. 
 Quando a Parte for emitida por chefia de seção ou subunidade, para tratar de assuntos 
funcionais, deverá ser numerada. Quando a Parte for emitida por policiais militares para tratar de assuntos 
de serviço ou pessoais não conterá número (S/Nº) – quando os policiais não estão vinculados a alguma Seção, 
Chefia ou departamento da UPM, normalmente os policiais que estão alocados em escalas do serviço 
operacional -, exceto quando for expedida mais de uma com a mesma data. Os serviços diários das unidades 
deverão ser relatados mediante o uso de Parte. 
g) A sua diagramação segue as regras do Memorando com a diferenciação do recuo de 5cm 
da margem no campo Remetente: “Do”, o tratamento e o cargo da pessoa que está enviando a Parte, recuo 
de 5 cm da margem esquerda. Destinatário: “Ao”, o tratamento e o cargo da pessoa a quem está sendo dirigida 
a Parte, recuo 5 cm da margem esquerda. 
Exemplo: 
 Do Maj Subcomandante do 1º BPM 
 Ao Sr. Ten Cel Comandante do 1° BPM 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II – RELATO DE OCORRÊNCIAS 
 
AULA 1 – O REGISTRO DO ATENDIMENTO INTEGRADO (RAI) 
 
O Registro do Atendimento Integrado (RAI) é o sistema criado pela Secretaria de Segurança 
Pública e Administração Penitenciária do Estado de Goiás (SSPAPGO) no ano de 2016 para elaborar o 
registro único de Boletim de Ocorrência dos órgãos de segurança pública do Estado, substituindo o sistema 
anterior Sistema de Atendimento Integrado a Emergência (SIAE). 
O RAI é preenchido por qualquer um dos órgãos de segurança pública (Polícia Militar, Policia 
Civil, Polícia Técnico-Cientifica, Corpo de Bombeiros, ...) sendo que é adaptado e modelado conforme a 
natureza das atividades operacionais de cada órgão. 
O RAI é um formulário com vários campos que solicita uma série de dados (integrantes da 
equipe policial, vítimas, testemunhas, materiais apreendidos, instrumentos e produtos de crime, etc.) e , 
principalmente, o Relato de Atendimento. Este campo equivale ao Histórico ( descrição do fato) do Boletim 
de Ocorrência ou do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). 
Desse modo, o Relato do Atendimento do RAI é a parte do formulário que o policial militar 
deve fazer o registro ordenado e minucioso do atendimento policial, que tem a finalidade de registrar o 
acontecimento de um fato, as pessoas envolvidas, as providenciais policiais, o que torna em um importante 
instrumento para constar as medidas técnico-profissionais e legais empreendidas na ação ou operação 
policial. 
A ocorrência policial, por sua vez, é todo fato que, de qualquer forma, afete ou possa afetar a 
ordem pública e que exija a intervenção policial por meio de ações ou operações. Uma vez que a ocorrência 
policial seja atendida pelo policial militar, consequentemente, é relevante que também seja registrada ou 
relatada o atendimento. 
O preenchimento dos campos do RAI assim como o do TCO é intuitivo, sem muita 
dificuldade. O campo do Relato de Atendimento, onde o policial narra os fatos deve conter: 
 Quem? Personagens. 
 O quê? Atos, enredo. 
 Quando? Dia, hora, momento. 
 Onde? O lugar da ocorrência. 
 Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos. 
 Por quê? A causa dos acontecimentos, se for sabida. 
 
Recomenda-se que os fatos sejam narrados na seguinte ordem: 
 
 
1) O acontecimento que gerou a ocorrência ou como ocorreu o empenho dos policiais militares; 
2) Circunstâncias com as quais os policiais se depararam ao chegar ao local da ocorrência; 
3) Providências policiais no decorrer do atendimento, devidamente fundamentadas (fundamentação 
técnico-profissional e legal, se for o caso) e motivadas; e, 
4) Desfecho da ocorrência ou providencias finais. 
 
No relato do atendimento (RAI), deve-se relatar apenas o que é significativo, selecionar fatos 
relevantes do acontecimento. Os dados que forem lançados em campos específicos do RAI não precisam ser 
repetidos no histórico, exceto se forem importantes para a narrativa. 
O relato do RAI deve ser fiel à realidade, dando noção do lugar, hora, circunstâncias e 
participação dos envolvidos. Deve-se narrar, de forma concisa e objetiva, todas as informações colhidas no 
local da intervenção policial, as quais terão valor inestimável nas investigações posteriores. 
Em observância aos princípios da legalidade e motivação, o relator da ocorrência deve 
fundamentar as ações e providências que adotar, principalmente coercitivas, como uso da força, 
prisões,apreensões e multas. 
Deve-se expor, de forma lógica e objetiva, os motivos de fato e de direito que o levaram a 
adotar tais medidas. Por exemplo, quando o policial apreende um objeto/instrumento que tem relação com o 
crime, ele deve indicar o motivo de ter tomado essa providência. O ato administrativo não tem eficácia nem 
validade se não estiver alicerçado na lei.É importante salientar que o policial não pode fazer afirmações sobre 
as quais se exige um laudo pericial. 
Enfim, um RAI bem confeccionado é aquele que narra os acontecimentos de maneira 
ordenada, coerente, clara, concisa, precisa, objetiva e que resguarda as ações e providências adotadas pelos 
policiais explicitando os fundamentos de fato e de direito, estabelecendo uma lógica entre estes. 
 
ORIENTAÇÕES DE RELATO PARA OCORRENCIAS ESPECÍFICAS 
1. Calúnia, difamação, injúria, ameaça 
É fundamental nos registros em que envolva crimes contra a honra e a liberdade pessoal, tais 
como calúnia, difamação, injúria e ameaça, que sejam transcritos de maneira literal os xingamentos proferidos 
pelos envolvidos, como por exemplo, “SEU LADRÃO, SUA VAGABUNDA, SEU MACACO, SE VOCÊ 
NÃO ME PAGAR EU ACABAREI COM A SUA VIDA, dentre outros ( quando possível, os gestos descritos 
pelo ofendido), pois tanto o judiciário quanto o ministério público irão se basear nesses dizeres para, se for o 
caso, alterar a tipificação inicialmente atribuída no RAI. Ainda, por último, deve ser verificado a existência 
 
 
desistema de monitoramento nas proximidades, pois serão de extrema utilidade a fidelidade dos fatos 
registrados. 
 
2. Desacato 
Cabe salientar, também, que nos casos de crimes de desobediência, resistência e desacato, 
sejam descritos em minúcias todos acontecimentos, visando amparar o policial de uma possível falsa 
comunicação de crime, como por exemplo, abuso de autoridade, tortura, dentre outros.
 Outro aspecto importante é fazer constar o nome de eventuais testemunhas não militares que tenham 
presenciado os fatos, com a finalidade de dar ainda mais credibilidade a versão dos policiais militares. 
Obs.: As palavras, gestos, ações ou xingamentos devem ser descritos o mais fidedigno e 
verossímil possível pelo policial militar. É fundamental que seja relatado no RAI exatamente o que foi dito 
pelo autor sendo colocado em destaque (negrito, aspas, letras maiúsculas) pois nisto consiste a consumação 
do delito. 
 
3. Desobediência (Opor-se a execução de uma ordem legal) 
Especificamente para o crime de Desobediência, é dever do policial militar relatar a descrição 
da ordem legal que foi dada ao autor, que consequentemente NÃO foi obedecida, e também, relatar a reação 
do autor (a conduta, comportamento, palavras), para que a ação do policial possa ser posteriormente 
compreendida. 
 
4. Resistência 
A capacidade de utilizar legitimamente a força para resolver um conflito é a principal 
característica e competência da polícia. A nossa habilidade está em saber utilizar o nível de força adequado 
a cada situação, ocorrência e intervenção realizada. Sempre que houver o crime de RESISTÊNCIA, ou que 
seja necessário o emprego da força (em qualquer dos níveis), o policial militar deve relatar a conduta do 
infrator de forma pormenorizada e a medida tomada pelo policial para conter o infrator da lei (força física, 
uso de técnica de imobilização, uso de bastão, espargidor de pimenta, etc.). Devendo o policial militar, 
informar as possíveis lesões ocorridas ao infrator (e se for o caso, as sofridas pelos policiais) para que seja 
estabelecida uma relação entre a lesão, a conduta e a intervenção do policial militar – a fim de justificar 
(tecnicamente) a força empregada para contê-lo. 
Obs: Normalmente, o médico legista descreve a lesão no Exame realizado no infrator, e 
quando o policial militar não informa a lesão e explica a relação causa/efeito no RAI, em procedimentos 
apuratórios (sindicâncias) compromete as declarações dos policiais. 
 
 
 
5. Justificativa do uso de algemas: 
Não está proibido o uso de algemas, no entanto, o emprego está condicionado às diretrizes 
da Súmula Vinculante nº 11. Desse modo, o policial deve-se resguardar e constar a justificativa do uso de 
algemas no próprio texto do RAI. 
“Em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria 
ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de 
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato 
processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado” ( SÚMULA VINCULANTE 
Nº 11, STF). 
 
6. Tráfico de drogas 
Nestes crimes é importante que o fato seja relatado com riqueza de detalhes, as condutas 
individualizadas, fazendo menção expressa à quantidade e às características da substância entorpecente 
apreendida. 
 
7. Embriaguez 
Ocorrências de embriaguez necessitam de apoio de outra guarnição (BPMTRAN/ BPMRv) 
para a realização do teste do etilômetro ou será constatado por perícia. Ao término do procedimento, o 
policial deve constar as informações no RAI, bem como as características físico-motoras do autor, inclusive, 
qualificando testemunhas do fato. 
Obs.: O RAI permite anexar os documentos, imagens, vídeos. 
 
8. Perturbação do sossego 
O Policial Militar deve relatar com detalhes a situação que presenciou, os materiais 
envolvidos na perturbação e dados das testemunhas (qualificação). 
Caso a ocorrência seja de crime ambiental, ou seja, quando há a constatação pelo órgão 
municipal competente – AMMA, deve o PM constar o nome do responsável pela medição do decibelímetro. 
 
9. Vias de Fato: 
O policial deve-se atentar para a situação que presenciar, informando todos os envolvidos, a 
versão das partes, bem como as lesões que constatar. Se possível, qualificar testemunhas do fato. Caso seja 
necessário o uso de algemas ou até mesmo o uso seletivo da força, é importante que seja relatado na própria 
ocorrência, explicando desde logo os motivos que ocasionaram tal reação. 
 
 
 
10. Homicídio 
É uma das ocorrências mais complexas do atendimento policial militar e a que exige mais 
responsabilidade. É importante frisar que todos os dados envolvendo a ocorrência DEVEM SER 
devidamente relatados. Deve-se constar a realização do isolamento e preservação do local de crime, bem 
como identificação dos agentes dos órgãos que comparecerem ao local (BM/SAMU, DIH, POLÍCIA 
TÉCNICO-CIENTÍFICA, IML). 
 
11. Acidentes de Trânsito (conforme o POP 501- p. 246) 
Descrição do fato – Relato objetivo e sucinto do acidente. A quantidade de informações deve 
ser a maior possível, desde que necessária ao esclarecimento dos fatos, mas limitada aos aspectos objetivos, 
não devendo o relatório trazer opiniões pessoais do relator, pois os dados subjetivos podem gerar expectativa 
de falsos direitos das partes envolvidas. 
O relatório deve conter as seguintes informações: 
Fonte da informação: Por exemplo: De acordo com as testemunhas..., Segundo versão dos 
condutores..., Pelos vestígios encontrados no local...; Local de circulação dos veículos: especificação do 
nome da via em que circulavam; 
Sentido de circulação dos veículos; 
Descrição do acidente: Por exemplo: no cruzamento das vias ocorreu o abalroamento..., 
Frente ao nº 251 ocorreu a colisão..., Na altura do posto do INSS ocorreu o tombamento...; 
Consequências do acidente: Danos de pequena, média ou grande monta; 
Providências tomadas. 
Exemplo de relatório de acidente: 
Segundo versão dos condutores (FONTE DA INFORMAÇÃO), ASTRA trafegava pela Av. 
Anhanguera (LOCAL DE CIRCULAÇÃO) no sentido Oeste-Leste (SENTIDO DE CIRCULAÇÃO) GOLF 
trafegava pela Alameda Progresso (LOCAL DE CIRCULAÇÃO) no sentido Norte-Sul (SENTIDO DE 
CIRCULAÇÃO). no cruzamento das vias ocorreu o abalroamento entre os veículos (DESCRIÇÃO DO 
ACIDENTE) que provocou danos materiais de média monta em ASTRA e pequena monta em GOLF e 
vítima com escoriações leves, que era passageira do GOLF (CONSEQUÊNCIA DO ACIDENTE). Foi feita 
a remoção do ASTRA, através do guincho da PM, com fundamento no art. 230, V do CTB. GOLF liberado 
ao condutor no local (PROVIDÊNCIAS TOMADAS). 
 
 
 
 
 
AULA 2 - RECOMENDAÇÕES GERAIS 
a) Não utilizar no relato código “Q”, gírias, metáforas. Ex: Em PTR, houve QBO; o QRA, QTH, QTI; 
b) Não utilizar no relato as expressões PE-1, PE-2, VE-1, VE-2 etc. O RAI pode ser modificado por 
outros agentes, e a sequencia dos qualificados podem ser alteradas. 
c) Evitar adjetivos em excesso. 
d) Toda Operação Policial (ação conjunta) – que envolve policiais e agentes de diferentes órgãos devem 
ser especificadas a ação de cada um na intervenção que gerou o registro especifico. 
e) Sempre vincule o RAI a uma Operação do MOPI (verifique com sua UPM, as naturezas que devem 
ser vinculadas ao nome das operações criadas pelo quartel no sistema Mapeamento de Operações 
Integradas). 
f) Lembre-se de escrever de forma clara e concisa, e não com economia ou omissão de informações. O 
relato da ocorrência é e pode se tornar o único instrumento de amparo das providencias do policial 
militar. Portanto, ele deve ser criteriosamente redigido, expondo todos os dados importantes que 
circundam a ocorrência. 
 
COMO INICIAR O RELATO DE ATENDIMENTO (FONTE DA INFORMAÇÃO E 
BSERVAÇÕES INICIAIS DOS POLICIAIS 
1. Esta equipe foi empenhada pelo COPOMpara atender a ocorrência de natureza tal, no local 
deparou com AUTOR que relatou o seguinte fato... 
2. De acordo com determinação do COPOM, deslocamos ao local citado onde deparamos 
com a (vítima), (envolvido) relatou que... 
3. Diante da solicitação da vítima através de telefone funcional, esta equipe compareceu no 
local e horário citado a qual declarou que... 
4. Compareceu a sede deste Destacamento (Pel, Cia), a pessoa do Senhor Fulano de tal, acima 
qualificado relatando que... 
5. Esta equipe encontrava-se em patrulhamento, situação em que deparamos como seguinte 
fato/ com o flagrante de (crime)... (avistou o indivíduo em situação de atitude suspeita) 
6. Conforme determinação e informações passadas pelo COPOM, comparecemos ao local 
citado, onde nenhum fato mencionado via rádio foi constatado, sendo que apenas foi registrado esse B.O. 
7. Em apoio à equipe da RP-0000, (Em ação conjunta das equipes) procedemos a abordagem 
aos indivíduos em atitude suspeita, localizando os objetos ou substância, conduzindo-os a delegacia de 
polícia. 
 
 
8. Durante a "Operação Policial tal", esta equipe atuou... 
9. Após receber denúncia (solicitação) anônima via telefone, esta equipe deslocou... 
 
COMO NARRAR, DESCREVER AS CIRCUNSTANCIAS DO ATENDIMENTO 
(DESENVOLVIMENTO) 
1) O autor estava conduzindo o veículo tal que possuía registro de furto/roubo na data de 
__/__/___, aquele não portava o documento de habilitação ou qualquer outro tipo de documento de 
identificação... 
2) O autor possui antecedentes criminais por crime de roubo, furto, receptação, tráfico de 
drogas, e de acordo com a consulta realizada junto ao COPOM, esse possui um mandado de prisão em seu 
desfavor pelo crime de... (ou: esse se encontrava foragido do regime semiaberto desde a data de 
___/___/____. 
3) Durante a busca pessoal foi encontrado em poder do Autor, uma arma de fogo, 
revólver, marca tal, calibre, numeração e um total de seis munições não deflagradas. Tal arma foi consultada 
junto ao COPOM constando registro de furto... (constando registro em nome de fulano de tal...). 
4) Durante a busca veicular, localizou-se uma porção de substância semelhante à droga 
embrulhada em uma sacola plástica embaixo do banco do condutor. Tal substância assemelha-se à maconha. 
5) Durante a entrevista dos abordados, AUTOR apresentou a CNH em nome de fulano 
de tal, esta equipe desconfiou da insegurança e contradições de suas respostas, suspeitando tratar de um 
documento falso. 
6) O autor assumiu a prática do crime na companhia de 
FULANO, BELTRANO E SICRANO, apontando o local onde se encontrava os objetos furtados. 
7) Durante o acompanhamento (abordagem) do veículo ocupado pelos infratores, houve 
disparos de arma de fogo em direção a esta equipe policial, que reagiu a injusta agressão revidando com 
disparos de arma de fogo. O condutor e passageiro foram alvejados, ocasionando-lhes ferimentos. 
COMO REGISTRAR AS PROVIDÊNCIAS DO ATENDIMENTO (DESFECHO OU 
CONCLUSÃO) 
1) Após orientar as partes (ou a vítima) sobre os procedimentos necessários, foi passado 
orientações de prevenção. Registrado o encerramento junto ao COPOM. 
 
 
2) Foi dada a voz de prisão ao autor pelo crime de... . A equipe conduziu-o ao 1º DP, 
onde foi autuado em flagrante delito pelo art. 157 do CPB (roubo), ficando sob a responsabilidade da 
autoridade competente. 
3) O autor resistiu durante a sua detenção com uso de força física, sendo empregado o 
uso da força necessário para contê-lo, sendo utilizado o bastão policial (ou espargidor de pimenta), causando-
lhe algumas escoriações em tal local/região do corpo. Esse foi encaminhado à Delegacia de Polícia, sendo 
lavrado um TCO pelo crime de... (relatar se foi lavrado o Auto de resistência à prisão, Relatório Médico, 
etc.). 
4) O adolescente infrator foi apreendido e conduzido à autoridade policial. (A criança foi 
entregue ao Conselheiro tutelar de plantão às 13h00min). 
5) Foi feita a apreensão do veículo, esse foi removido ao pátio do DETRAN (BPM, PEL, 
Dest.) com base no Art. 000 do CTB, a CNH foi recolhida, bem como, foi lavrado o A. I nº000000. O 
condutor foi liberado no local. 
6) Os objetos foram entregues à autoridade policial conforme se constou no Auto de 
Exibição e Apreensão, e o recibo neste B.O. 
7) Foi necessário o uso de algemas em Fulano de Tal, conforme súmula vinculante nº 11, 
pois esse se encontrava agressivo, colocando em perigo a integridade física própria ou alheia (ou por receio 
de fuga por se tratar de criminoso de alta periculosidade). 
8) AUTOR foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros, prefixo-000, 
encaminhado ao Hospital... 
9) AUTOR realizado o Exame de Constatação de Droga, Exame de Corpo Delito. 
10) Foi providenciado o isolamento e preservação do local e crime. 
11) AUTOR foi encaminhado ao Instituto de Identificação, onde nos exames realizados 
revelou sua identidade. 
 
 
 
 
 
 
 
MODELOS DE RELATOS DE OCORRÊNCIAS PROATIVAS: 
1) Foi realizada abordagem com busca pessoal e checagem de antecedentes criminais, porém não foi 
encontrado nenhum objeto ilícito ou mandado de prisão em desfavor do abordado, sendo liberado. 
2) Foi realizado patrulhamento com toques de sirene por toda a extensão da viano intuito de 
potencializar a ostensividade do serviço policial militar. 
3) A equipe policial, realizou ponto de estacionamento no local proporcionando Visibilidade da 
atividade policial de preservação da ordem pública. 
4) Foi realizada abordagem ao veículo, com busca pessoal aos ocupantes e Revista veicular, porém 
nenhum objeto ilícito foi encontrado. Em seguida foram checados dados pessoais e do veículo, sem 
alterações. Feita a liberação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
DECRETO Nº 9.758, DE 11 DE ABRIL DE 2019 (Dispõe sobre a forma de tratamento e de endereçamento 
nas comunicações com agentes públicos da administração pública federal). 
 
Manual de Redação do Governo do Estado de Goiás / Governo do Estado de Goiás, Gabinete Civil, Agência 
Goiana de Administração e Negócios Públicos. – Goiânia: Aganp, 2005. 
 
Manual de Identidade Visual da Polícia Militar (Portaria nº 4992/ 08 de maio de 2014) 
 
Manual de Padronização de Modelos de Documentos da Polícia Militar (Instrução de Serviço nº 001/ 03 de 
julho de 2017) 
 
Manual de Redação da Presidência da República (Portaria SG no 2, de 11.1.91, DOU de 15.1.91) 
 
MARTINO, Agnaldo. Portugues esquematizado: gramatica, interpretação de texto, redação oficial, redação 
discursiva. São Paulo: Saraiva, 2015.

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