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Ética Profissional 04A – 2020/2 Reflexões éticas acerca dos temas Amor, Violência e Felicidade Antônio Carlos, Estefanny Helena, Isadora Castro, Laura Encarnação, Luiza Camargo, Wellison Mateus → Amor: Tentar entender e definir o amor não é uma questão contemporânea ,os gregos já tinham suas formas de explicar o amor através dos mitos, como na teogonia de Hesíodo, nos mitos olimpianos, Eros é representado por uma criança travessa que flecha corações que se apaixonam por psique (alma), sua mãe, não contente com suas travessuras, o submete as mais difíceis provas e sofrimento dando-lhe como companheiros a inquietude e a tristeza. Observa-se nesse segundo relato que naquele tempo já está presente a inquietude e a solidão relacionada com a alma (psique), que por sua vez está ligada a figura do amor, representada por Eros. Partindo da tentativa dos filósofos antigos de explicar o amor, é algo que leva o homem a sair de si, para que, na relação com outros, realize o encontro. E nesse encontro temos a intersubjetividade, a procura do outro que nos completa. A relação amorosa se baseia na reciprocidade, no desejo ao outro enquanto ser consciente e desejante. Então porque na sociedade contemporânea, fala-se tanto sobre sexo e é tão difícil definir o amor em palavras e atitudes? Talvez seja pela dificuldade de expressão do amor no mundo atual; a industrialização de grandes centros trouxe consigo a dificuldade de contatos que se aprofundam, sendo raro o encontro verdadeiro e a criação de vínculos afetivos, até mesmo na família. → Violência: A violência é um impulso natural do ser humano não ligada apenas a destruição do outro, podendo ser direcionada para fora ou dentro de si, é o uso desejado da agressividade reprimida culturalmente, embora na sociedade atual a violência tenha tomado conta, em todos os aspectos. Na família, ela pode ser encontrada na autoridade paterna e submissão dos demais; na escola, na autoridade e censura por parte dos professores; nas ruas, no medo de ser assaltado, agredido, estuprado; no uso de drogas, como uma violência contra si mesmo. A violência pode ser vista na poluição das cidades e queimadas das florestas, ações que visam o desenvolvimento humano, mas destroem o nosso planeta; na falta de empatia com o próximo, já que milhões de indivíduos não possuem o básico para sobrevivência enquanto outros esbanjam. Existem ainda os transgressores, pessoas que descumprem pequenas regras de convivência; os infratores, que descumprem regras do código penal, como regras de trânsito; e os delinquentes, que cometem crimes contra a sociedade, como roubo e assassinato. → Felicidade: Existem muitos questionamentos sobre a tal felicidade. O que é ser feliz? Muitos pensadores articularam sobre esse conceito tão abstrato. A felicidade seria o contrário da tristeza e do sofrimento? Para o filósofo Robert Misrahi o que seria a felicidade se não tivermos com quem compartilhar essa alegria? É também a celebração de amizades, do amor e do erotismo. A busca da felicidade também seria a busca pela realização de algo pessoal, como no amor. Porém, para Platão a busca do amor não deve ser reduzida apenas a encontrar a outra metade que nos completa. O amor intelectual é superior ao amor sensível, é mais do que apenas a beleza física, a beleza mais preciosa é a da alma. Na opinião de Espinosa o desejo é a própria essência humana, interessa-se por tudo o que nos dá alegria e, por consequência, aumenta nossa capacidade de pensar e de agir. Ele defende que a alegria é a passagem do ser humano a uma perfeição menor para uma maior, e a tristeza uma perfeição maior para uma menor. Afirma que a felicidade não é o prêmio da virtude, mas a própria virtude. Freud observa que as forças agressivas e egoístas precisam ser controladas para permitir o convívio humano e a vida moral. A cultura torna-se possível pelo controle do desejo, e nem sempre a regulação do desejo é algo saudável e consciente, podendo ocorrer, o processo de repressão. Podemos perceber que a felicidade foi uma pauta para alguns filósofos ao longo da história, sendo assim uma constituição da identidade de cada um, na busca da nossa autêntica liberação.
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