Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Objetivos de Aprendizagem • Compreender os principais fatores que determinam o risco de cárie dos indivíduos • Conhecer o funcionamento do programa Cariogram; • Estimar o risco de cárie dos indivíduos, com base na simulação de casos clínicos; • Compreender o papel da microbiota no desenvolvimento da cárie dentária. CÁRIE é • Doença multifatorial? ▪ Sim, ela e considerada uma doença, ela multifatorial tem várias causas • Infecciosa / Transmissível? ▪ Não e mais considerada infecciosa (porque ela tem que ter um agente etimológico definido e na carie o paciente pode ter os microrganismos criogênicos e não desenvolver a doença e tem várias espécies) e nem transmissível (os microrganismos podem ser compartilhados mais não desenvolve a doença precisa de outros fatores) • Oportunista? ▪ Sim ela e oportunista eles se aproveitam se algumas situações para proliferar e causar a doença • Fortemente influenciada pelos carboidratos da dieta? ▪ Sim, ela e influenciada pelos carboidratos (açucares, sacarose, glicose e a frutose) • Influenciada pelos componentes salivares? ▪ Sim, influencia • Destrutiva? ▪ Sim, o dente fica oco, ocorre a perda do dente • Social? ▪ Sim Importante • Carie só da nas estruturas dentarias • Dente e o hospedeiro suscetível da doença • Para ter carie precisa de bactérias elas formas uma camada em cima do dente bem estruturada se aderem a camada do dente e começam a se multiplicar formando placa bacteriana ou biofilme • Precisa ter também carboidratos simples (açucares, sacarose, glicose e a frutose), amido e exemplo polissacarídeo monossacarídeo dissacarídeo, gosta mais de molécula pequena como o monossacarídeo e dissacarídeo mais o principal e sacarose, as bactérias fermentam e produzem um acido e uma fermentação láctica ele desmineraliza perde o mineral fica mole (dente não e osso) • Dente e formado mais de cálcio e fosfato Modelo de keyes Modelo de Fejerskov e Manjii Modelo de Meyer-Lueckel, Paris e Ekstrand Doença ≠ Lesão • O aparecimento de lesões cariosas na dentição de humanos é apenas o sinal clínico patognomônico da atividade da doença. • É necessário avaliar o risco de cárie do indivíduo, bem como o estágio e a atividade de cárie em cada dente especificamente. FATOR MICROBIANO • Importância dos estreptococos do grupo mutans (microorganismos que produzem ácidos – microor- ganismo cariogenico ) no desenvolvimento da doença • Não são considerados causa específica da cárie, mas a presença indica risco aumentado para a doença Características dos EGM Acidogenicidade • Metabolismo homofermentativo • Produção de ácido láctico (varias enzimas que tem a capacidade de ir degradando a glicose a frutose e produzir o acido) Habilidade para sobreviver em ambientes com baixo pH • Enzimas do metabolismo adaptadas • Extrusão protônica -ATPase de membrana Testes microbiológicos • Contagem de EGM ▪ Valores críticos - > 1000000 UFC/mL • Métodos laboratoriais – ágar • Testes de cadeira – Dentocult Hábitos alimentares e higiene bucal • Qualidade, quantidade, frequência e consistência do alimento • Presença, quantidade e aspecto da placa • Controle manual Saliva • Relação inversa entre índice de fluxo estimulado e o incremento de cárie • Fluxo salivar ▪ Limite de risco - 0,7 ml/min ▪ Valores normais - 1 a 3 ml/min • Relação inversa entre capacidade tampão e lesões de cárie radicular ▪ Valor limite - ph <4 Uso do fluoreto • Praticamente todos os pacientes hoje precisam de alguma quantidade de flúor na cavidade bucal; • Pacientes de baixo risco - formas de apresentação menos concentradas, como água fluoretada e dentifrício fluoretado; • Pacientes de risco maior - formas de apresentação mais concentradas, com frequência relativamente alta • E um elemento protetor ele reduz a desmineralização e ativa a remineraliza o dente História social • Poder aquisitivo baixo, cárie nos irmãos, menos educação • Menos visitas ao dentista e menos motivação • Barateamento de produtos contendo açúcar, um baixo nível de informação sobre medidas básicas de prevenção e pouco acesso aos profissionais de saúde bucal HISTÓRICO DE SAÚDE • Fatores que predispõem a um maior consumo de açúcar ou a uma deficiência nos procedimentos de higiene bucal • Doenças ou remédios que diminuem o fluxo salivar ▪ Radioterapia ▪ Síndrome de Sjögren ▪ Deficiência física ou mental O que significa determinar o risco de cárie? • Risco é probabilidade de um indivíduo desenvolver uma determinada doença ou experimentar uma mudança no estado de saúde em um período específico • Explicar as razões da doença cárie em progresso de forma a definir um programa de tratamento adequado, tendo como foco os fatores etiológicos mais importantes O cariograma • É um programa educacional interativo desenvolvido para melhor entendimento dos aspectos multifatoriais da cárie dentária. • Seu objetivo principal é demonstrar graficamente o risco de cárie, expresso como a "Possibilidade de se evitar novas cáries" em um futuro próximo. • Não especifica o número exato de cavidades que poderão ou não ocorrer no futuro. • Baseia-se nas informações obtidas do paciente e na maneira como o profissional as interpreta. Ilustra em que proporção os diferentes fatores envolvidos na etiologia da cárie afetam essa "Possibilidade". • Estimula a introdução de medidas preventivas, antes que novas lesões de cárie possam se desenvolver. CASO 1 – TOM Por razões econômicas o paciente não foi ao dentista nos últimos 6 anos. Ele é “saudável” e não está sob nenhum tratamento médico. Sua condição dentária é pior que a normal para sua faixa etária. Não é fumante. Ele está com 25 anos e trabalha como padeiro, sendo seus horários de trabalho irregulares, iniciando suas atividades pela manhã, muito cedo. Seu ambiente de trabalho faz com que ele tenha muita sede, o que o leva a ingerir grande quantidade de refrigerante. Relata que “sempre teve muitos buracos nos dentes, sendo que muitas lesões de cárie são detectadas no momento do exame clínico. As radiografias também mostram muitas lesões de cárie proximais incipientes. Três dentes necessitam de tratamento endodôntico. A dieta apresenta altas concentrações de açúcares refinados e outros carboidratos. A frequência de ingestão também é alta, mais de 10 vezes ao dia. Consome grandes quantidades de refrigerante e salgadinhos. Sua higiene bucal é ruim. com Índice de Placa 2, o que significa que 20-50% das superfícies dentárias estão cobertas por placa. Apresenta gengivite. Escova os dentes duas vezes ao dia com dentifrício fluoretado e não utiliza nenhum suplemento de flúor. Os testes salivares mostram alta concentração de EGM na saliva, correspondendo ao escore 2 do teste “Strip Mutans”. Sua contagem de lactobacilos também é alta. A secreção salivar é normal (1,4 mL/min), os setores Dieta (azul) – tipo e frequência Bactérias (vermelho) – quantidade de placa e presença de EGM na saliva Susceptibilidade (azul claro) - flúor e saliva Circunstâncias (amarelo) – experiência anterior de cárie e doenças relacionadas. Setor verde – probabilidade de evitar novas cáries e sua capacidade tampão também, correspondendo no teste Dentobuff® à cor azul, indicando boa capacidade tampão da saliva. Fator Avaliação Escore Experiência de cárie Condição pior que a normal para a faixa etária 3 Doenças relacionadas Paciente saudável, sem nenhum tratamento médico 0 Dieta, conteúdo Inadequada, muito carboidrato 3 Dieta, frequência Mais de 10 vezes em 24 horas 3 Quantidade de placa Higiene inadequada, índice de placa 2 2 EGM na saliva Classe 2 2 Programa de flúor Somente dentifrício 2 Secreção salivar Normal (2,2 mL/min) 0 Capacidade tampão Normal (azul) 0 resultado • Probabilidade de evitar novas cáries : 13% • Experiência anterior de cárie e doenças relacionadas: 12% • Quantidadede placa e presença de EGM na saliva: 25% • Susceptibilidade - flúor e saliva: 12% • Dieta – tipo e frequência: 37% CASO 2 - MARIA A paciente é uma mulher de 44 anos, com bom preparo físico e condição dentária melhor que o normal para sua faixa etária. Visita o dentista regularmente e pratica esportes. Em seu exame clínico não são encontradas alterações significantes. As radiografias mostram 3 lesões de cárie proximais iniciais, mas aparentemente inativas. Sob o ponto de vista de cárie, ela tem uma dieta apropriada com ingestão de açúcar regular e de baixa frequência. Alimenta-se 3 vezes ao dia e “belisca” de 2 a 3 vezes entre as refeições. Quando está fazendo esportes, toma isotônicos para hidratação. Tem boa higiene bucal , escovando os dentes duas vezes ao dia com dentifrício fluoretado, além disso, utiliza fio dental e faz bochechos com 200 ppm de fluoreto de sódio. Apresenta índice de placa 1, o que representa 5-20% das superfícies dentárias cobertas por placa. Os testes salivares mostram que a quantidade de EGM na saliva é baixa (escore 1 no Strip Mutans), apresentando também baixa contagem de lactobacilos. A secreção salivar é normal (1,5 mL/min) e a capacidade tampão da saliva é adequada, correspondendo no teste Dentobuff à cor azul, o que indica que a saliva tampona adequadamente os ácidos. Fator Avaliação Escore Experiência de cárie Condição pior que a normal 3 Doenças relacionadas Paciente saudável, sem nenhum tratamento médico 0 Dieta, conteúdo Apropriada 0 Dieta, frequência Ingestão regular e 2-3 refeições intermediarias 1 Quantidade de placa Boa higiene bucal, uso fio dental índice de placa 1 0 EGM na saliva Classe 1 1 Programa de flúor Dentifrício duas vezes ao dia e bochecho fluoretado 0 Secreção salivar Normal (1,5 mL/min) 0 Capacidade tampão Normal (azul) 0
Compartilhar