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Roteiro de estudo - GESSOS

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Roteiro de Estudo - GESSOS 
 
1. Correlacione: Gipsita e Odontologia.
A gipsita é um mineral extraído em várias partes do mundo, mas também é produzido como um subproduto da dessulfurização do gás emitido em algumas usinas elétricas alimentadas por carvão. Existem várias formas cristalinas da gipsita na natureza tal como selenita e alabastro. Os gessos, produtos de gipsita, são utilizados em muitas aplicações na Odontologia, as principais incluem a construção de modelos de estudo para estruturas orais e maxilofaciais e seu uso como material acessório em laboratórios dentários no processo de produção de próteses dentárias. Eles são usados também para a construção de modelos e troqueis, sobre os quais próteses e restaurações em cera são construídas.
2. Diferencie gesso comum de gesso-pedra.
O principal constituinte dos gessos é o sulfato de cálcio hemi-hidratado. A partícula resultante é um agregado fibroso de cristais finos com poros capilares conhecido como gesso paris ou gesso comum. Quando a gipsita é aquecida sob pressão em ambiente úmido é produzido um hemi-hidrato cristalino na forma de bastões ou prismas chamado gesso-pedra. Devido a diferenças no tamanho do cristal, na área de superfície e no nível de perfeição da grade, os pó resultantes são frequentemente chamados α-hemi-hidrato para o gesso-pedra e β-hemi-hidrato para o gesso comum. Os cristais de β-hemi-hidrato são caracterizados por sua forma “esponjosa” e irregular. Em contraste, os cristais de α-hemi-hidrato são mais densos e têm forma prismática.
3. Descreva o processo de presa dos produtos à base de gesso.
Existem três teorias para a presa do gesso. A teoria coloidal propõe que, quando misturado com água, o hemi-hidrato entra em um estado coloidal através de um mecanismo sol-gel. No estado sol, as partículas do hemi-hidrato são hidratadas para formar di-hidrato, entrando assim em um estado ativo. À medida que a água é consumida, a massa se converte em um gel sólido. A teoria da hidratação sugere que partículas de gesso re-hidratado se unem através de ligações entre hidrogênio e grupos sulfato para formar o material após a presa. O mecanismo mais amplamente aceito é a teoria da dissolução-precipitação, que é baseada na dissolução das partículas do hemi-hidrato em água, seguida pela recristalização instantânea na forma de di-hidrato. Esta reação se torna possível porque, próximo da temperatura ambiente, a solubilidade do hemi-hidrato em água é quatro vezes maior do que a do di-hidrato. Assim, a reção de presa ocorre como segue:
1. Quando o hemi-hidrato é misturado com água, forma-se uma suspensão fluida e trabalhável.
2. O hemi-hidrato se dissolve até formar uma solução saturada de Ca2+ e (SO4)2.
3. A solução saturada de hemi-hidrato é supersaturada em relação à solubilidade do di-hidrato; ocorre a precipitação do di-hidrato.
4. À medida que o di-hidrato se precipita, o hemi-hidrato continua a se dissolver. O processo continua á medida que novos cristais se formam ou ocorre o crescimento dos cristais já presentes, até que a precipitação do di-hidrato não seja mais possível.
4. Discorra sobre a relação água/pó referentes aos produtos de gesso.
As quantidades de água e hemi-hidrato devem ser medidas precisamente em peso. O peso (ou volume) de água dividido pelo peso do pó de hemi-hidrato é conhecido como relação água/pó, abreviada como A/P. Essa relação é um fator importante na determinação das propriedades físicas e mecânicas do produto final. O uso de uma relação A/P mais alta diminui o número de núcleos por unidade de volume. Consequentemente, o tempo de presa é prolongado. Um aumento na relação A/Ptambém causa uma redução na resistência e na expansão de presa do gesso. 
5. Quais são os tempos de presa e trabalho recomendados e/ou observados na manipulação do gesso-pedra?
O tempo de espatulação deve ser de mais ou menos 45 segundos, possui tempo de trabalho de 3 minutos e tempo de presa inicial (perda de brilho) de 10 minutos e final (término da exotermia) de 30 minutos.
6. Quais são os métodos recomendados para que o operador acelere ou retarde a presa dos produtos formados por gipsita?
O tempo de presa é estabelecido por dois principais fatores, o tempo de espatulação e a relação água/pó (diferente pra cada tipo). O aumento do número de núcleos de cristalização por unidade de volume facilita a cristalização, o que acelera o tempo de presa. O número de núcleos de cristalização aumenta durante a espatulação, pois são divididos por fratura, desta forma aumentando o tempo de espatulação acelera o tempo de presa . Também se pode aumentar este número acrescendo raspas de gesso endurecido anteriormente.
Uma forma de retardar o tempo de presa seria adicionando uma maior quantidade de água, pois assim os cristais vão demorar mais para se entrelaçarem. Um outro tipo de retardador consiste na adição de sais que formam sais de cálcio menos solúveis do que os sulfatos. Eles podem incluir o bórax, o citrati de potássio e o cloreto de sódio (20%)
7. Defina o termo “expansão de presa”.
A cristalização dos di-hidratos pode ser descrita como um crescimento de cristais a partir de núcleos de cristalização. Os cristais que crescem dos núcleos podem se entrelaçar e obstruir o crescimento dos cristais adjacentes. Quando o processo se repete com milhares de cristais durante o crescimento, cria-se uma tensão ou impulso no sentido externo, produzindo uma expansão da massa como um todo. Assim, ocorre uma expansão de presa, muito embora o volume real dos cristais seja menor do que o calculado. Assim a estrutura imediatamente após a presa é composta por cristais entrelaçados e, entre eles, microporos e poros contendo a água em excesso necessária para a manipulação. 
8. Defina o termo “expansão higroscópica de presa”.
Expansão que ocorre quando o gesso ou um revestimento aglutinado com gesso toma presa imerso em águageralmente aquecida a aproximadamente 38 graus.
9. Correlacione: Resistência à compressão/tração do gesso e relação água/pó.
O gesso comum ou pedra após a presa é poroso, e quanto maior a relação água/pó maior é a porosidade. Como consequência, pode-se esperar que quanto maior a relação água/pó menor é a resistência seca do material após a presa porque existem menos cristais de di-hidrato por unidade de volume. Um material manipulado com uma relação água/pó alta apresenta uma resistência à tração diametral equivalente a 25% de sua resistência à compressão. Quando o material é misturado com uma relação água/pó mais baixa, a resistência à tração diametral é menos do que 10% da sua resistência à compressão.
10. Defina: Gesso tipo I, II, III, IV, V e gesso sintético.
Variações no processo de calcinação resultam em diferentes características de partículas de hemidrato e, portanto, em diferentes tipos de gesso (hemi-hidrato).
 Gesso tipo I (ou gesso para moldagem): é idêntico ao tipo II exceto pelo acréscimo de amido a sua composição; pouco utilizado na Odontologia atualmente. 
 Gesso tipo II (comum ou Paris): partículas irregulares e porosas (β- hemi-hidrato). Recomendado para modelos de estudo e modelos para moldeiras de clareamento, que não requerem alta fidelidade e resistência mecânica e à abrasão. Não contém anti-expansivos. Recomenda-se também para usos auxiliares. 
 Gesso tipo III (pedra): graças à pressão maior durante a calcinação (realizada em autoclave), formam-se partículas com formato mais uniforme e menos porosas (α- hemihidrato) que as do gesso comum. Sais extras são acrescentados ao pó de hemidrato para reduzir a expansão de presa (veja item 3), com objetivo de obter um modelo com maior fidelidade dimensional. Usado em modelos sobre os quais são confeccionados trabalhos que requerem maior fidelidade que a obtida com gesso comum, tais como: próteses parciais removíveis, moldeiras individuais e próteses oculares. 
 Gesso tipo IV (especial, pedra melhorado ou gesso pedra de alta resistência e baixa expansão): partículas também do tipo α- hemi-hidrato, porém são ainda mais compactas, lisas e regulares que as do gesso tipo III,graças à adição de cloreto de cálcio (modificador) durante a calcinação em autoclave. Sais extras também são acrescentados ao pó de gesso para reduzir a expansão de presa (veja item 3). É recomendado para modelos de trabalho, que necessitam de um material com propriedades mecânicas superiores para resistir a impactos e desgaste, como os modelos para confecção de próteses parciais fixas. 
 Gesso tipo V (especial de alta resistência e alta expansão): partículas resultantes de um processo de calcinação idêntico ao do tipo IV (com pressão, e cloreto de cálcio para obter partículas mais lisas, compactas e regulares), porém, sem adição de sais extras ao pó para reduzir a expansão de presa. Desta forma, a mistura do gesso tipo V com água resulta em um modelo de gipsita com maior expansão que o tipo IV, e com propriedades mecânicas até um pouco mais altas. É um gesso utilizado em casos em que é necessário que o modelo tenha dimensões maiores que do dente original, no intuito de compensar fenômenos de contração no processo de fundição para obtenção da peça protética indireta. Mais especificamente, o gesso tipo V é utilizado em casos em que a peça protética indireta será constituída de uma liga metálica de alta temperatura de fusão, que contrai muito ao resfriar. Entretanto, esta alta expansão do gesso tipo V (0,3% é um valor muito alto para peças que exigem alta fidelidade, como uma coroa protética) gera um problema prático: a peça fundida não encaixará no modelo, impedindo as provas da peça no modelo nas etapas seguintes à fundição. Por causa deste inconveniente, o gesso tipo V é pouco utilizado nos laboratórios de prótese. A alta contração da liga é compensada de outras formas, que serão discutidas nas aulas de processo de fundição e técnicas de fundição.
· Gesso sintético:é composto por fibra de vidro impregnado com resina de poliuretano. É embalado à vácuo e o seu contato com o ar, faz iniciar-se o seu endurecimento em poucos minutos. Ele é contraindicado para casos de membros edemaciados ou com possibilidades de futuros edemas, casos de reduções incruentas e casos onde a fratura necessite de um gesso bem. As ataduras de gesso sintético podem ser aplicadas sob imersão em água fria ou à seco. Uma vez imerso, o seu endurecimento se torna mais rápido.
11. Falar sobre a manobra de espatulação do gesso comum e do gesso-pedra.
A espátula deve ter uma lâmina rígida e um cabo de formato conveniente. A quantidade medida de água é colocada no grau e o pó pesado é adicionado lentamente sobre a água enquanto a mistura inicial é realizada. Em seguida, a mistura é vigorosamente espatulada com limpeza periódica da lateral do grau com a espátula, para garantir o molhamento de todo o pó e a quebra de qualquer aglomerado. A mistura deve continuar até que uma massa lisa seja obtida. Uma espatulação muito prolongada diminui drasticamente o tempo de trabalho, ao qual é muito importante para o vazamento de modelos. O aprisionamento de ar deve ser evitado, para isso pode utilizar umvibrador de alta frequência e baixa amplitude.
O método mais indicado de mistura é a utilização de um espatulador mecânico a vácuo. Primeiro a água é adicionada ao grau, seguida pela adição gradual do pó pré-pesado. O pó é incorporado durante aproximadamente 15s de mistura com espatulação manual, seguido por 20 a 30s de espatulação mecânica sob vácuo. A resistência e a dureza obtidas com essa espatulação normalmente excedem aquela obtida por 1 min de mistura manual. O grau de borracha com a mistura de gesso deve ser colocado sobre um vibrador para eliminar bolhas de ar aprisionadas.
12. Existe alguma condição especial de armazenamento necessária para manter a precisão dimensional do modelo de gesso?
Uma vez que as reações de presa do modelo tenham se completado, suas dimensões permanecerão relativamente constantes em condições ordinárias de temperatura e umidade. Entretanto, algumas vezes é necessário imergir o modelo de gesso em água como preparo prévio para outros procedimentos. Quando o modelo seco é imerso em água, pode ocorrer uma expansão desprezível se a água estiver saturada com sulfato de cálcio. Se a água não está saturada, ocorrerá dissolução do gesso. O método mais seguro para imergir o modelo é colocá-lo em um banho de água com restos de gesso no fundo do recipiente para garantir uma solução saturada de sulfato de cálcio. Se a temperatura de armazenamento aumentar para valores entre 90°C e 110°C, ocorrerá contração, juntamente com perda de resistência à medida que a água de cristalização é removida e o di-hidrato retorna à forma de hemi-hidrato. Como regra geral, não é seguro armazenar ou aquecer um modelo de gesso a temperaturas acima de 55°C.
13. Quais procedimentos devem ser seguidos para se obter o controle da infecção dos modelos de gesso?
Preocupações a respeito de possível contaminação cruzada da equipe do consultório dentário por microrganismos, incluindo o vírus da hepatite B e o vírus da imunodeficiência humana, através de moldes dentários, motivou um estudo sobre o efeito de desinfecção por spray e imersão em materiais de moldagem. Se o molde não foi desinfetado ou se o laboratório não tem certeza de que o produto de desinfecção apropriado foi seguido, será necessário desinfetar o modelo de gesso. Podem ser utilizadas soluções desinfetantes que não prejudiquem a qualidade do modelo de gesso. 
Como alternativa, desinfetantes podem ser incorporados ao pó ou dissolvidos na água de mistura. A adição de desinfetantes aos produtos de gesso deve sem dúvida alguma apresentar um feito em alguma propriedade de certos produtos, tal como resistência, expansão de presa e tempo de presa. O efeito exato depende do tipo de gesso e do agente antimicrobiano utilizado. De qualquer forma, os gessos para modelo desinfetados aparentemente se comparam de modo favorável com os controles não desinfetados. A grande quantidade de gessos (Tipo II a Tipo V) desinfetados com eficácia comprovada, sem prejuízo para as propriedades físicas, sem dúvida alguma irá reforçar o sistema de barreiras para o controle de infecção no laboratório dentário.
Protocolo:
1. Lavagem do molde em água corrente (30s)
2. Imersão em solução de hipoclorito de sódio a 1% ou glutaraldeído a 2% (10 minutos)
3. Borrifar as soluções acima e manter dentro de um saco plástico (10 minutos)
	
	Paloma Sthephanny

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