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O QUE É SONDAGEM DO SOLO

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O QUE É SONDAGEM DO SOLO
Com a sondagem do solo, é possível conhecer as características do terreno, como a espessura das camadas que o compõe, sua resistência e a provável localização do lençol freático, caso exista. “A análise pode ser comparada com uma radiografia médica”, diz o engenheiro Artur Quaresma, tesoureiro da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS).
É com base nesse levantamento que os tipos de fundação são definidos. Se o projetista não tiver conhecimento sobre o que existe no subsolo, é grande a possibilidade de a fundação ou mesmo a estrutura da edificação ter seu dimensionamento calculado de maneira errada.
QUAL SUA IMPORTANCIA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL
A sondagem do solo é importante para conhecer a fundo o terreno ao receber as cargas necessárias (evitando que desabe). A sondagem do solo também permite eleger exatamente o melhor tipo de fundação a ser feito.
Mas, para chegarmos a estas conclusões, é preciso saber é o tipo de solo a ser trabalhado e também se há lençol freático no local (e qual a sua altura). Ainda é válido saber como o solo irá se comportar ao receber peso ou carga. Tudo isso é conseguido com muito estudo
Levando em consideração que o solo varia de região para região, dentro do próprio lote podem ocorrer variações grandes – que podem prejudicar a obra como um todo.
No Brasil, são feitas sondagens a fim de reconhecer essas modificações tipo de solo e as propriedades dele.
QUAIS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA REALIZAR A SONDAGEM
Sondagens à Trado
Os trados pode ser manuais ou mecanizados. Existem dois tipos de trado mais utilizados: concha ou cavadeira e helicoidal e com menor emprego, os trados torcidos e espiral.
Os trados cavadeira tem cerca de 5, 10, 15 cm de diâmetro e são usados para estudos de ocorrências de materiais para terraplanagem e pavimentação, barragens, nos estudos de subleito rodoviários e ainda para avanço da perfuração nas sondagens até que se encontre o nível de água ou até o seu limite de utilização.
Os trados helicoidais, torcido ou espiral são empregados no interior do revestimento de sondagens a percussão, podendo ser utilizados nos solos argilosos, mesmo abaixo do nível de água.
Trados manuais
É um processo mais simples, rápido e econômico para as investigações do solo. A sondagem à trado manual geralmente penetra somente nas camadas de solo com baixa resistência e acima do nível d’água. A perfuração do solo geralmente é realizada com os operadores girando uma barra horizontal acoplada a hastes verticais, onde se encontram as brocas. A cada 5 ou 6 rotações é necessário retirar a broca para remover o material acumulado. A amostragem geralmente é feita a cada metro, anotando-se as profundidades em que ocorrem mudanças do material.
Este tipo de sondagem é muito utilizado para a determinação do nível do lençol freático. As amostras retiradas pelo trado manual são sempre deformadas, ou seja, o solo não mantém suas características físicas quando retirado da natureza. Os resultados da sondagem são apresentados através de perfis individuais ou tabelas e são traçados perfis gerais do subsolo.
Trados mecânicos
O trados mecanizado é o processo de fundação profunda mais barato em relação aos custos relacionados a perfuração e a quantidade de concreto. É uma opção muito utilizada nos canteiros de obra pois é um processo limpo que não produz lama, é fácil de ser transportado e mobilizado dentro da obra, requer um número pequeno de operadores e é de execução relativamente rápida.
Além disso, a realização da sondagem por trado mecânico se caracteriza pela não produção de vibrações durante a perfuração e a perfuração em solos de resistência elevada.
Sondagens à percussão SPT
Conhecida como sondagem SPT (Standard Penetration Test) ou teste de penetração padrão ou simples reconhecimento, esse é um processo muito usual para conhecer o tipo de solo fornecendo informações importantes para a escolha do tipo de fundação.
Por meio da sondagem à percussão tipo SPT é possível determinar o tipo de solo atravessado pelo amostrador padrão, a resistência (N) oferecida pelo solo a cravação do amostrador e a posição do nível de água se encontrada água durante a perfuração.
Equipamentos utilizados durante uma sondagem tipo SPT.
Sondagem Rotativa
A sondagem rotativa permite a investigação e reconhecimento de rochas e solos permitindo a retirada de amostras da rocha atravessada, podendo atingir grandes profundidades.
Os resultados das sondagens são apresentados em relatório, com planta do local e indicação dos pontos perfurados, perfis geológicos geotécnicos de cada sondagem, contendo as informações da obra, número, inclinação e rumo da sondagem, data de início e término, cota do furo e nível d’água quando encontrado, profundidade e cotas na vertical, diâmetros de sondagem e profundidade dos revestimentos, comprimento de cada manobra, número de golpes SPT ( quando solo ), recuperação dos testemunhos, alteração, coerência, fraturamento, RQD, descontinuidades, classificação e interpretação geológica.
COMO É FEITO ESTE ENSAIO
Para conhecer o tipo de solo de um terreno e suas principais características, como o nível do lençol freático e a resistência, é fundamental que seja feita alguma sondagem. Uma das mais conhecidas e realizadas antes da escolha da fundação é a SPT-T.
A sondagem SPT-T é um método de investigação de solo cujo avanço da perfuração é feito por meio de trado ou de lavagem, sendo utilizada a cravação de um amostrador padrão para a obtenção de medida de resistência à penetração, coleta de amostra e determinação do nível de água.
A resistência do solo é obtida pelo número de golpes necessários para cravar um amostrador padrão utilizando o procedimento executivo definido na norma ABNT 6884:2001. A medida de resistência, mais conhecida como NSPT, é obtida contando o número de golpes necessários para cravar três segmentos de 15 cm. A amostra coletada metro a metro permite a análise tátil e visual das distintas camadas do subsolo. Quando a sondagem é realizada acima do nível de água, a perfuração deve ser executada com o auxílio de um trado concha ou helicoidal até atingir o lençol freático. Abaixo do nível do lençol freático é possível utilizar o método de percussão com circulação de água (método de lavagem) com cravação obrigatória de revestimento. O ensaio SPT torna-se SPT-T quando, após o término da cravação do amostrador, é acoplado um torquímetro na parte superior da composição de hastes e é aplicado o torque obtendo duas medidas. Uma corresponde ao valor máximo do torque e a outra ao torque residual.
	
	
1. Amostrador padrão
Após atingir 1 m de profundidade de escavação, a equipe posiciona o amostrador padrão. Este equipamento será cravado para o teste de resistência à percussão e coletará as amostras de solo. Para a cravação também é necessário posicionar a cabeça de bater, que vai rece ber o impacto direto do martelo.
2. Marcação
É necessário marcar com um giz um segmento de 45 cm dividido em três partes iguais de 15 cm. Essa marcação servirá como referência para a contagem das batidas do martelo em cada trecho.
3. Posicionamento do martelo
Para começar a cravação, o martelo é posicionado a 75 cm de altura da cabeça de bater. Depois, se iniciam os golpes até que sejam cravados os 45 cm. Um membro da equipe anota no boletim a quantidade de golpes necessária para cravar o amostrador a cada 15 cm.
4. Coleta de amostras
Após cravar os 45 cm, retira-se o amostrador padrão para a coleta de amostras do solo. O processo segue, até que se encontre o nível d'água.
5. Teste de umidade
Ao perceber a umidade do solo escavado, é feito um teste para saber se foi atingido o nível d'água. Esse teste é realizado com um equipamento conhecido como "piu" que, ao tocar a água, emite um som. Deste ponto até o final da sondagem, a perfuração continua com o método conhecido como lavagem. O equipamento de escavação usado é o trépano de lavagem, que permite coletar o material escavado pela circulação da água, que ocorre com a ajuda de uma bomba motorizada.6. Colocação do torquímetro
Terminando a cravação do amostrador, é acoplado um torquímetro na parte superior da composição de hastes e é aplicado o torque obtendo duas medidas. Uma corresponde ao valor máximo do torque e a outra ao torque residual.
ÍNDICE DE RESISTENCIA A PENETRAÇÃO
O índice SPT foi definido por Terzaghi-Peck, que nos diz que o índice de resistência à penetração (SPT) é a soma do número de golpes necessários à penetração no solo, dos 30 cm finais do amostrador. Despreza-se portanto o número de golpes correspondentes à cravação dos 15 cm iniciais do amostrador. 
Ainda que o ensaio de resistência à penetração não possa ser considerado como um método preciso de investigação, os valores de SPT obtidos dão uma indicação preliminar bastante útil da consistência (solos argilosos) ou estado de compacidade (solos arenosos) das camadas do solo investigadas. Veja a tabela abaixo: 
	Índices de resistência à penetração e respectivas designações
	Solo
	Índice de Resistência á Penetração
	Designação
	Areias e siltes arenosos
	<= 4
	Fofo
	
	5 - 10
	Pouco compacto
	
	11 - 30
	Medianamente compacto
	
	31 - 50
	Compacto
	
	> 50
	Muito compacto
	Areias e siltes argilosos
	<= 2
	Muito mole
	
	3 - 4
	Mole
	
	5 - 8
	Média
	
	9 - 15
	Rija
	
	16 - 30
	Muito rija
	
	> 30
	dura
FALE SOBRE A NBR 8036/83
Esta Norma fixa as condições exigíveis na programação das sondagens de simples reconhecimento dos solos destinada à elaboração de projetos geotécnicos para construção de edifícios. Esta programação abrange o número, a localização e a profundidade das sondagens.
Documento complementar Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
NBR 6502 - Rochas e solos - Terminologia 3 Definições
Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão definidos na NBR 6502.
4.1.1 Número e locação das sondagens
4.1.1.1 O número de sondagens e a sua localização em planta dependem do tipo da estrutura, de suas características especiais e das condições geotécnicas do subsolo. O número de sondagens deve ser suficiente para fornecer um quadro, o melhor possível, da provável variação das camadas do subsolo do local em estudo.
4.1.1.2 As sondagens devem ser, no mínimo, de uma para cada 200 m2 de área da projeção em planta do edifício, até 1200 m2 de área. Entre 1200 m2 e 2400 m2 deve-se fazer uma sondagem para cada 400 m2 que excederem de 1200 m2. Acima de 2400 m2 o número de sondagens deve ser fixado de acordo com o plano particular da construção. Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser:
4.1.1.3 Nos casos em que não houver ainda disposição em planta dos edifícios, como nos estudos de viabilidade ou de escolha de local, o número de sondagens deve ser fixado de forma que a distância máxima entre elas seja de 100 m, com um mínimo de três sondagens.Para a fase de projeto, ou para o caso de estruturas especiais, eventualmente poderão ser necessárias investigações complementares para determinação dos parâmetros de resistências ao cisalhamento e da compressibilidade dos solos, que terão influência sobre o comportamento de estrutura projetada. Para tanto, devem ser realizados programas específicos de investigações complementares.
COMENTE SOBRE OS PERFIS 
O solo varia de região para região, dentro do próprio lote podem ocorrer variações bruscas de composição e resistência do solo, daí a importância de seguir os procedimentos normatizados para ter uma representação o mais fiel do subsolo em estudo. 
Apesar desta variação, algumas regiões são bem conhecidas dos engenheiros que lidam com fundações, o ensaio SPT pode ser utilizado para indicar o tipo de fundação mais adequado.
Previamente à execução da obra deverão ser efetuadas sondagens à percussão ou mista, objetivando a determinação do perfil geotécnico do solo a ser escavado para que sejam determinadas técnicas a serem adotadas bem como os recursos específicos para execução dos serviços.
	
MURO DE ARRIMO
Muro de arrimo é uma estrutura projetada e construída para resistir à pressão lateral do solo quando há uma mudança desejada na sua elevação que excede o ângulo de repouso do solo, em outras palavras, os muros de arrimo são estruturas destinadas a conter o solo das encostas. Eles são usados ​​para solos entre duas elevações diferentes, muitas vezes em áreas onde a paisagem precisa ser em modificada severamente e construída para fins mais específicos, como a agricultura em encostas ou viadutos rodoviários.
TIPOS DE MURO
Tecnicamente, e de maneira simples, os muros são divididos em dois tipos:
· Muros de arrimo por gravidade ou peso;
· Muros de arrimo de flexão.
Muros de Arrimo por Gravidade:
Os muros de arrimo por gravidade são aqueles que contém a parcela de solo somente com a atuação do seu peso próprio. Estes muros, geralmente, possuem grandes dimensões. A sua utilização se torna limitado em locais onde existe pouco espaço. Quanto mais alta a contenção, maior será o peso do muro necessário para conter o solo.
Os tipos de muro de gravidade mais comuns são: 
· Muros de alvenaria de pedra: este tipo de muro consiste na execução de uma com pedras argamassadas apoiadas em uma sapata de fundação; 
· Muro de concreto ciclópico: é um muro simples de ser executado, basicamente o muro é executado com concreto sim ples e pedra de mão; 
· Muro de gabião: o muro de gabião é amplamente utilizado em rodovias e taludes próximos a córregos, é formado por inúmeras gaiolas de aço que são preenchidas com pedra; 
· Muro de sacos de solo cimento
· Erroneamente conhecida como Rip-Rap (um tipo de enrocamento usado em barragens), esta é uma técnica alternativa para contenção de encostas que utiliza sacos de solo estabilizado com cimento. Esse tipo de muro apresenta como vantagens o seu baixo custo e o fato de não requerer mão-de-obra ou equipamentos especializados. A sua utilização é recomendável para alturas máximas de 4 a 5m, e pode ser aplicado largamente em áreas arenosas sujeitas à erosão acentuada, prestando-se para recomposição do relevo afetado por voçorocas e outras formas erosivas menos severas.
· Muro de pneus: consiste no empilhamento de pneus que foram descartados com preenchimento de uma mistura de solo cimento 
Muros de arrimo por flexão:
Os muros de arrimo de flexão são mais esbeltos que os muros de gravidade. Não utilizam apenas o seu peso próprio para suportar a carga do solo, mas são feitos com materiais resistentes e armados com barras de aço. O suporte da força do solo é realizado pelo conjunto concreto mais aço, ou seja, são os muros de concreto armado.
Os tipos de muro de flexão mais comuns são:
· Muro de concreto armado: é o muro convencional, constituído apenas por concreto e barras de aço. Possui dois componentes bem definidos que é a sapata de fundação e a parede que contém o solo.
· Muro de bloco armado: uma opção muito utilizada é a substituição da parede em concreto armado convencional, por blocos estruturais cheios de concreto armados;
· Muro com contraforte: são muros utilizados para grandes alturas, são semelhantes ao muro de concreto armado convencional, mas possuem ao longo do seu comprimento elementos chamados de contraforte, são como paredes de concreto construídas perpendicularmente ao muro, conferindo maior rigidez à estrutura;
· Muro com vigas e pilares: outra forma de executar os muros de arrimo é a utilização de um muro com vigas, pilares e preenchido com blocos. É de suma importância para o funcionamento deste muro boas fundações para os pilares.
Ainda existem outros tipos de técnicas construtivas, mas que são direcionadas para situações excepcionais, como grandes contenções, cortinas atirantadas, solo grampeado, paredes de diafragma, entre tantas opções.
INFLUENCIA DA ÁGUA
Grande parte dos acidentes envolvendo muros de arrimo está relacionada ao acúmulo de água no maciço. A existência de uma linha freática no maciço é altamente desfavorável, aumentando substancialmente o empuxo total. O acúmulo de água, por deficiência de drenagem, pode duplicar o empuxo atuante.O efeito da água pode ser direto, resultante do acúmulo de água junto ao tardoz interno do muro, ou indireto, produzindo uma redução da resistência ao cisalhamento do maciço em decorrência do acréscimo das pressões intersticiais
SISTEMAS DE DRENAGEM
Sistemas de drenagem superficial devem captar e conduzir as águas que incidem na superfície do talude, considerando - se não só a área da região estudada como toda a bacia de captação. 
Diversos dispositivos (canaletas transversais, canaletas longitudinais de descida (escada), dissipadores de energia, caixas coletoras etc.) podem ser selecionados para o projeto, dependendo da natureza da área (ocupação densa, com vegetação etc.), das condições geométricas do talude, do tipo de material (solo/rocha)
Sistemas de proteção de talude têm como função reduzir a infiltração e a erosão, 
decorrentes da precipitação de chuva sobre o talude.As alternativas de proteção superficial podem ser classificadas em dois grupos: proteção com vegetação (Figura 23) e proteção com impermeabilização (Figura 24). Não existe uma regra para a concepção de projetos desta natureza, entretanto deve-se sempre Considerar a proteção vegetal como a primeira alternativa, em particular, para taludes não naturais. 
Processos de infiltração decorrentes da precipitação de chuva podem alterar as condições hidrológicas do talude, reduzindo as sucções e/ou aumenta
ndo a magnitude das poropressões. Em ambos os casos, estas mudanças acarretam uma redução na tensão efetiva e, conseqüentemente, uma diminuição da resistência ao cisalhamento do material, tendendo a causar instabilidade.Ressalta-se que, no caso de taludes localizados em áreas urbanas,mudanças nas condições hidrológicas podem ocorrer não somente devido à infiltração das águas de chuva, como também devido a infiltrações causadas por vazamentos em tubulações de AGua e/ou esgoto. 
Sistemas de drenagem subsuperficiais(drenos horizontais, trincheiras drenantes 
longitudinais, drenos internos de estruturas de contenção, filtros granulares e geodrenos) têm como função controlar as magnitudes de pressões de água e/ou captar fluxos que ocorrem no interior dos taludes. Estes sistemas tendem a causar rebaixamento do nível piezométrico, sendo o volume de água que flui através dos drenos diretamente proporcional ao coeficiente de permeabilidade e ao gradiente hidráulico. Com o rebaixamento do nível piezométrico, o gradiente hidráulico Diminui e o fluxo então vai se reduzindo progressivamente até se restabelecer uma 
condição de regime permanente. Em solos de baixa condutividade hidráulica, esta redução pode significar a inexistência de um volume de drenagem visível a olho nu, a qual não deve, entretanto, ser associada à deterioração do dreno. Este tipo de comportamento muitas vezes gera dúvidas quanto a eficácia do sistema de drenagem, sugerindo a possibilidade de colmatação. Neste sentido, recomenda-se a monitoração contínua, através da instalação de piezômetros, comparando-se Registros antes, durante e após a construção.
	
4.
ESTABILIDADE DE MUROS DE ARRIMO
Na verificação de um muro de arrimo, seja qual for a sua seção, devem ser investigadas as seguintes condições de estabilidade: tombamento, deslizamento da base, capacidade de carga da fundação e ruptura global, como indica a Figura 
18. 
O projeto é conduzido assumindo-se um pré-dimensionamento (Figura 19
em seguida, verificando-se as condições de estabilidade.
Parâmetros de resistência
Os parâmetros de resistência são usualmente obtidos para a condição de ruptura (pico da curva tensão-deformação) do solo e, Dependendo da condição de projeto, devem ser corrigidos por fatores de redução,
No contato do solo com a base do muro, deve-se sempre considerar a redução dos 
parâmetros de resistência.
O solo em contato com o muro é sempre amolgado e a camada superficial é usualmente alterada e compactada, antes da colocação da base.
	
	
4.4.
Segurança contra o Tombamento 
Para que o muro não tombe em torno da extremidade externa (ponto A da 
Figura 22), o momento resistente deve ser maior do que o momento solicitante. O momento resistente (Mres)corresponde ao momento gerado pelo peso do muro. O momento solicitante (Msolic) é definido como o momento do empuxo total atuante em relação ao ponto A.
O coeficiente de segurança contra o tombamento é definido como a razão:
	4.5.
Segurança contra o Deslizamento 
A 
segurança contra o deslizamento c
onsiste na verificação do equilíbrio das componentes 
horizontais das forças atuantes, com a aplicação de um fator de segurança adequado: 
O empuxo passivo, quando considerado, deve ser reduzido por um Fator de segurança entre 2 e 
3, uma vez que sua mobilização requer a existência de deslocamentos significativos. 
Alternativamente, esta componente pode ser simplesmente desprezada.
O valor de S é calculado pelo produto da resistência ao cisalhamento na base do muro vezes a largura; isto é :
	
O deslizamento pela base é, em grande parte dos casos, o fator condicionante. As 2 medidas ilustradas na Figura 24permitem obter aumentos significativos no fator de segurança:
A base do muro é construída com uma determinada inclinação, de modo a reduzir a grandeza da projeção do empuxo sobre o plano que a contém; muro 
prolongado para o interior da fundação por meio de um “dente”; dessa forma, pode-se considerar a contribuição do empuxo passivo.
Capacidade de Carga da Fundação
A capacidade de carga consiste na verificação da segurança contra a ruptura e 
deformações excessivas do terreno de fundação. A análise geralmente considera o muro rígido e a distribuição de tensões linear ao longo da base. 
Se a resultante das forças atuantes no muro localizar-se no núcleo centra da base do muro, o diagrama de pressões no solo será aproximadamente trapezoidal. O terreno estará submetido apenas a tensões de compressão. 
	
	ESTACAS
DEFINIÇÃO
As estacas são elementos de fundação profunda executadas por equipamentos e ferramentas, podendo serem cravadas ou perfuradas, caracterizadas por grandes comprimentos e seções transversais pequenas. As estacas podem ser feitas de madeira, aço, concreto pré moldado, concreto moldado in situ ou mistos.
CARACTERISTICAS
egundo Luciano Décourt, as estacas usuais no Brasil podem ser classificas em duas categorias: a) Estacas de deslocamento b) Estacas escavadas a) ESTACAS DE DESLOCAMENTO são aquelas introduzidas no terreno através de algum processo que não provoca a retirada do solo. - Estaca pré-moldade de concreto;
- Estaca metálica;
- Estaca de madeira;
- Estaca tipo Franki.
b) ESTACAS ESCAVADAS são aquelas executadas “in situ” através de perfuração do terreno por um processo qualquer, com remoção de material, com ou sem revestimento, com ou sem a utilização de fluido estabilizante. - Estaca tipo Strauss;
- Estaca trado rotativo;
- Estaca hélice contínua;
Algumas características das estacas:
1.0 - ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
VANTAGENS: - Permite uma boa fiscalização durante a concretagem;
- Permite a moldagem de corpos de prova para verificação da resistência à compressão;
- Permite a moldagem das estacas no local da obra;
- Permite a emenda de uma peça na outra;
- etc. DESVANTAGENS: - Tempo de cura normal do concreto de 21 dias;
- A estaca não ultrapassa camada de solo resistente (N/30 > 15);
- O transporte dentro da obra;
- Durante a cravação se o contato do martelo com o concreto não for feito com um material elástico, quebra a cabeça da estaca; - Grande vibração durante a cravação.
- Capacidade de carga do concreto de aproximadamente 60 kg/cm2.
Unidade VI - Mecânica dos Solos I 2
2.0 – ESTACA METÁLICA
VANTAGENS: - Atingem grandes profundidades;
- Podem atravessar camadas resistentes de solo;
- Pequena vibração durante a cravação;
- Não apresenta atrito negativo;
- Uma estaca pode ser feita com vários perfis soldados um ao outro;
- Emenda fácil de executar;
	- Podem ser cravadas formando um ângulo de inclinação com a vertical
	
DESVANTAGENS: - Custo relativamente elevado;
- Fácil oxidaçãoquando da flutuação do nível da água
3.0 – ESTACA DE MADEIRA
VANTAGENS: - Duração ilimitada quando mantida permanentemente abaixo da água;
- Custo relativamente pequeno em áreas de reflorestamento de eucalipto;
DESVANTAGENS: - Duração muito pequena quando fica exposta a flutuação do nível da água, surge a ação dos cogumelos, cupim e brocas marinhas quando cravadas no mar; - Comprimento limitado a 12m;
- Obrigação da colocação de um anel metálico na parte do contato com o martelo (pilão);
- Obrigação da licença dos órgãos responsáveis pela conservação do meio ambiente;
- Grande vibração durante a cravação.
4.0 - ESTACA TIPO FRANKI. A sua execução obedece o seguinte roteiro: a) Inicia-se a cravação do tubo no solo, derrama-se uma quantidade de concreto seco e apiloando-se com o pilão, de modo a formar um tampão estanque; b) Sob os golpes do pilão o tubo penetra no solo e o comprime fortemente; c) Chegando-se à profundidade desejada, prende-se o tubo e, sob os golpes do pilão, soca-se o concreto tanto quanto o solo suporta, de modo a construir uma base alargada (ponta alargada da estaca); d) Terminada a execução da base alargada é colocada a armação e iniciada a execução do fuste, neste momento inicia-se a retirada do tubo;
	No interior do concreto
	
e) Continua-se a execução do fuste da estaca, socando-se o concreto por camadas sucessivas, mantendo sempre a ponta do tubo abaixo do concreto para garantir a impossibilidade de penetração de água ou solo
VANTAGENS: - Grande área da base, fornecendo grande resistência de ponta;
- Superfície do fuste (lateral) muito rugosa, fornecendo grande resistência lateral devido a boa ancoragem do fuste no solo; - Devido a sua execução o terreno fica fortemente comprimido;
- Pode ser executada em grandes profundidades;
- Suporta grande capacidade de carga;
DESVANTAGENS: - Grande vibração durante a cravação;
- Demora no tempo de execução;
- Custo elevado da mão – de – obra;
- Capacidade de carga do concreto de aproximadamente 60 kg/cm2.
5.0 - ESTACA TIPO STRAUSS:
	retira-se o tubo, com o cuidado de manter a ponta do tubo sempre abaixo do concreto
	
A sua execução obedece o seguinte roteiro: a) Crava-se o tubo no solo enquanto se retira o solo do interior do tubo com uma sonda; b) Atingida a cota de assentamento, limpa-se totalmente o interior do tubo; c) Preenche-se o tubo com concreto apiloado em camadas sucessivas, enquanto é feito o preenchimento
VANTAGENS: - Pouca vibração durante a execução;
Custo relativamente baixo;
- Fácil execução em solo acima do nível da água.
DESVANTAGENS: - Difícil execução abaixo do nível da água;
- Capacidade de carga pequena;
- Difícil cravação em solo resistente.
6.0 - ESTACA TRADO ROTATIVO A sua execução obedece o seguinte roteiro: a) O trado é cravado no solo por meio de um torque; b) Quando o trado está cheio ele é sacado e retirado o solo;
	concretagem é colocada a ferragem e a parte final da estaca é vibrada com um vibrador de imersão
	
c) Quando a cota de assentamento é atingida, o furo é cuidadosamente limpo e na sua parte inferior é colocado brita e apiloado; d) Inicia-se a concretagem da estaca, com um concreto auto-adensável, faltando 2/3 para completar a
VANTAGENS: - Produção diária muito grande em solo com coesão e ângulo de atrito interno acima do nível da água;
- Aspecto de limpeza na obra;
- Possibilita a construção de estacas relativamente longas;
- Possibilita a construção de estacas inclinadas.
DESVANTAGENS: - Solo com nível da água muito elevado é necessário a utilização de fluido estabilizador do furo;
- Resistência de ponta não contribui com a capacidade de carga da estaca;
7.0 - ESTACA HÉLICE CONTÍNUA
A estaca tipo hélice contínua é executada mediante a introdução no terreno de uma haste tubular dotada externamente de uma hélice continua a qual é descida no terreno por aplicação de um torque. Durante a penetração e dependendo do diâmetro da haste, não ocorre a retirada do solo escavado, resultando uma estaca do tipo implantada sem deslocamento do solo. Todavia, pode ocorrer além de uma certa profundidade, que o solo fique totalmente aderido às pás da hélice quando então, na continuação da penetração, a estaca passa a ser por deslocamento de solo. Na parte inferior da haste tubular existe um tampão, a ser perdido, que impede a penetração do solo no seu interior.
	pela haste tubular sob pressão constante
	de 1 kgf/cm2, retirando-se a composição de perfuração sob 
Alcançada a cota de assentamento inicia-se a concretagem da estaca por bombeamento de concreto velocidade constante. Durante a remoção da haste um limpador mecânico retira o solo que está aderente entre as pás da hélice continua.
Imediatamente após o término da concretagem é inserido dentro do concreto, por gravidade ou com o auxílio de um vibrador, a armação. Características:
a) Concreto: - Areia, brita nº 1 e cimento
- Teor de cimento 400kgf/m3 de concreto
- Slump 20 a 24 cm
- Resistência característica à compressão 180 kgf/cm2 b) Armação: - comprimento aproximadamente 8 m;
- ferro longitudinal de 6 a 8 barras de aço CA – 50A com diâmetro de 16mm ou 20mm;
- estribo helicoidal de barra de aço CA-25 de diâmetro de 10mm a cada 20cm
VANTAGENS: - Os equipamentos permitem atravessar camada de solo com SPT = 50;
- Os equipamentos permitem executar estaca inclinada de 140 até profundidade de 15m;
- Os equipamentos permitem executar estaca inclinada de 110 até profundidade entre 16m e 25m;
- Os equipamentos são dotados de instrumentos que monitoram continuamente toda execução das estacas; - Não há desconfinamento lateral do solo;
- Como o concreto é bombeado sob pressão ele preenche continuamente o volume escavado, fornecendo uma maior resistência por atrito lateral da estaca;
- Devido o monitoramento eletrônico é permitido um controle contínuo da qualidade de execução da estaca;
- Permite a execução de cerca de 200m a 300m de estaca por dia em condições normais de terreno.
DESVANTAGENS: - Custo relativamente elevado;
- Número de equipamentos limitados no Brasil;
OU USE ESSE SOBRE ESTACAS
Características, vantagens e desvantagens das estacas
Estacas pré moldadas
· Estacas de madeira: São utilizadas abaixo do nível d’água. O topo da estaca de madeira deve ter diâmetro maior do que 25 cm e devem ser protegidos para não sofrerem danos durante a cravação. Já a ponta da estaca de madeira deve ter diâmetro maior do que 15 cm e devem ser protegidas com ponteira de aço quando for necessário penetrar camadas resistentes do solo.  A cravação é geralmente executada com martelo de queda livre. 
· Vantagens: As estacas de madeira podem ser facilmente emendadas e tem duração prolongada quando utilizadas abaixo do nível d’água.
· Desvantagens: Este tipo de estaca, por ser de madeira, é mais difícil de se encontrar e  não podem ser utilizadas acima do NA por sofrerem ataque de microorganismos.
· Estacas metálicas: São constituídas de perfis laminados ou soldados, tubos de chapas dobradas (seção circular, quadrada ou retangular) e trilhos. As estacas de aço devem resistir à corrosão pela própria natureza do aço ou por tratamento adequado porém dispensam tratamento se estiverem inteiramente enterradas em terreno natural. 
· Vantagens: As estacas metálicas são facilmente emendadas, têm elevada resistência à tração e compressão, não fissuram, não trincam e não quebram e possui pouca vibração durante sua cravação.
· Desvantagens: Alto custo se comparadas as estacas pré moldadas, estacas Franki e estacas Strauss e poucos fornecedores.
· Estacas pré-moldadas de concreto:  Podem ser de concreto armado ou protendido e concretadas em formas horizontais ou verticais. São cravadas no solo através de bate estacas. 
· Vantagens: As estacas pré moldadas de concreto têm boa capacidade de carga e boa resistência de esforços de flexão e cisalhamento. Além disso, por serem produzidas em fábricas apropriadas tem uma boa qualidade do concreto e é controlada e fiscalizada por laboratórios
· Desvantagens: Por serem de concreto armado ou protendido, têm alto peso próprio limitando as seçõese comprimentos em função do transporte e cortes e emendas são de difíceis execuções.
· Estacas mega: São elementos de concreto pré-moldado que são cravados por prensagem através de macaco hidráulico. São utilizados como reforços de fundações ou substituições de fundações já existentes, usando como reação a própria estrutura. 
· Vantagens: São indicadas para recuperação de patologias sem o uso de demolições.
· Desvantagens: Tem alto custo e longo tempo de cravação.
Estacas de concreto moldadas in loco
Como o próprio nome já diz, são estacas que são produzidas no mesmo local em que serão aplicadas. São executadas enchendo-se de concreto, perfurações previamente executadas no terreno, através de escavações ou cravações. Podem ser: Estacas tipo broca, Estacas tipo Franki, Estacas tipo Strauss, Estacas Hélice Contínua, Estacas tipo Raiz.
Execução de Estaca Tipo Strauss
CONCLUSÃO
A escolha do tipo de estaca de fundação a ser utilizada em um projeto é aquela que irá suportar as cargas a serem recebidas da estrutura respeitando os quesitos de segurança e fatores econômicos. Outros fatores como topográficos, o tipo do solo que será aplicada e técnicos também influenciam na escolha do melhor tipo de estaca a ser utilizada assim como a preocupação com as edificações vizinhas.ESTACAS DE CONCRETO
ESTACA METÁLICA

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