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Dietética e Necessidades Nutricionais de Adolescentes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS 
FACULDADE DE NUTRIÇÃO - FANUT
Alimentação e Nutrição no Curso da Vida II
Profª Drª Vânia Barboza
Profª Drª Alódia Brasil
Nutrição 
do 
Adolescente
1. Adolescência
1.1. Definição:
	Período da vida que ocorre entre 9 e 18 anos, começando com o aparecimento de características sexuais secundárias e finalizando com o término do crescimento somático.
2
Organização Mundial da Saúde (OMS): entre 10 e 19 anos Organização das Nações Unidas (ONU): entre 15 e 24 anos 
(DRI’s, 2005 e Krause, 2008)
1.1. Definição:
	No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069, de 1990, considera adolescência como a faixa etária de 12 a 18 anos de idade (artigo 2o).
3
1. Adolescência
2.1. Alterações fisiológicas
	Puberdade: período de rápido desenvolvimento e crescimento durante o qual a criança desenvolve-se fisicamente em um adulto e torna-se capaz de reproduzir-se sexualmente.
4
2. Crescimento e maturação sexual
(DRI’s, 2005 e Krause, 2008)
Início: ampla variação individual.
 Sexo feminino: 9  1,8 anos
 Sexo masculino: 10,5  0,5 anos
5
(Machado, 2009)
2. Crescimento e maturação sexual
6
2. Crescimento e maturação sexual
(Machado, 2009)
2.1. Alterações fisiológicas (continuação)
Velocidade de crescimento: infância
7
(Krause, 2008)
2. Crescimento e maturação sexual
2.1. Alterações fisiológicas (continuação)
 Crescimento continua por 5 a 7 anos de desenvolvimento puberal. 
 Grande porcentagem desta altura: 18 a 24 meses de estirão de crescimento.
 Pico de velocidade de ganho de altura: taxa mais rápida de crescimento durante o estirão de crescimento e ocorre em diferentes idades para diferentes indivíduos.
8
2. Crescimento e maturação sexual
(Krause, 2008)
2.1. Alterações fisiológicas (continuação)
Aumento na estatura é acompanhado pelo aumento de peso na puberdade.
 Adolescentes adquirem 40 – 50% do peso adulto durante a adolescência.
Indivíduos do sexo masculino: ganham duas vezes mais tecido magro que os do sexo feminino.
Percentuais de gordura aumentam de 15% para 15-18% no sexo masculino, e de 19% para 22-26% no sexo feminino. 
9
2. Crescimento e maturação sexual
(Krause, 2008)
2.2. Alterações psicológicas
	O desenvolvimento cognitivo e emocional, pode ser dividido em adolescência inicial, intermediária e final (ou tardia). 
	
10
2. Crescimento e maturação sexual
(Krause, 2008)
	A determinação do estágio da adolescência pode ser muito útil no fornecimento de aconselhamento nutricional, assim como no planejamento de programas educacionais.
2.2. Alterações psicológicas (continuação)
Está preocupado com o corpo e a imagem corporal 
Confia e respeita os adultos 
É ansioso quanto às suas relações com os colegas 
É ambivalente sobre autonomia 
11
Adolescência inicial
(Machado, 2009)
2. Crescimento e maturação sexual
2.2. Alterações psicológicas (continuação)
É muito influenciado por seu grupo de colegas 
Desconfia dos adultos 
Vê a independência como algo muito importante 
Experimenta um desenvolvimento cognitivo significante 
12
Adolescência intermediária
2. Crescimento e maturação sexual
(Machado, 2009)
2.2. Alterações psicológicas (continuação)
Estabeleceu uma imagem corporal 
Está orientado em direção ao futuro e está fazendo planos 
Está cada vez mais independente 
É mais consistente em seus valores e crenças 
Está desenvolvendo intimidade e relações permanentes 
13
Adolescência final
2. Crescimento e maturação sexual
(Machado, 2009)
14
National Center for Health Statistics (NCHS):
	
	Curvas revisadas foram publicadas em 2000, sendo recomendadas para o uso na prática clínica e pesquisa, para avaliar o crescimento de crianças e adolescentes dos EUA (CDC,USA).
Curvas do crescimento
3. Avaliação Nutricional
Gráfico de crescimento do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, USA):
- Percentis de peso e altura para idade de indivíduos do sexo MASCULINO, com idades entre 2 e 20 anos.
15
Gráfico de crescimento do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, USA):
- Percentis de peso e estatura para idade de indivíduos do sexo FEMININO, com idades entre 2 e 20 anos.
16
Gráfico de crescimento do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, USA):
- Percentis de índice de massa corporal (IMC) para idade de indivíduos do sexo MASCULINO, com idades entre 2 e 20 anos.
17
Gráfico de crescimento do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, USA):
- Percentis IMC para idade de indivíduos do sexo FEMININO, com idades entre 2 e 20 anos.
18
Curvas da OMS (2007):
Reconstrução da referência de crescimento que era recomendada anteriormente, a do National Center for Health Statistics (NCHS) de 1977, para as crianças dos 5 aos 19 anos.
• Lançamento em setembro de 2007.
• Público: crianças a partir dos 5 anos e adolescentes (até 19 anos)
19
3. Avaliação Nutricional
www.who.int/childgrowth
www.saude.gov.br/nutricao
20
www.who.int/childgrowth
21
www.who.int/childgrowth
22
www.who.int/childgrowth
23
www.who.int/childgrowth
24
Avaliação do consumo alimentar:
 Anamnese alimentar e aspectos comportamentais
 Uso das DRI’s para avaliar a adequação da ingestão de nutrientes.
3. Avaliação Nutricional
Avaliação clínica:
- Exames bioquímicos
- Avaliação antropométrica
- Desenvolvimento, crescimento e maturação física
3.1.
3.2.
Hábitos alimentares inadequados
Alimentação em horários irregulares / lanches fora de hora;
Alimentos de fast-food e lojas de conveniência;
Influência das refeições da família;
Influência da mídia e propagandas.
(Krause, 2008)
25
www.nutrociencia.com.br
26
Hábitos alimentares inadequados
www.nutrociencia.com.br
27
27
28
Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. 
Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares. 2008-2009 
Gráfico – Consumo per capita de bebidas selecionadas na alimentação de adolescentes, adultos e idosos - Brasil - período 2008 – 2009 
29
Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. 
Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares. 2008-2009 
Gráfico – Consumo de itens selecionados na alimentação de adolescentes, adultos e idosos - Brasil - período 2008 – 2009 
(Fisberg et al., 2006)
30
Distribuição percentual da adequação do consumo de fruas e verduras em relação às recomendações da Pirâmide Alimentar entre os adolescentes entrevistados. Escolas do SENAI, São Paulo, 2003
4.2) Proteína:
31
(DRI’s, 2005)
4. Necessidades Nutricionais
4.3) Carboidrato:
	Ingestão de CHO estimada em 130 g/dia (extrapolado de adultos)
Valores de AI para fibra: 
- Sexo MASCULINO:
9 a 13 anos: 31 g/dia
14 a 18 anos: 38 g/dia
 
- Sexo FEMININO:
9 a 18 anos: 26 g/dia
32
(DRI’s, 2005)
4. Necessidades Nutricionais
AI: Adequate Intake (Ingestão Adequada)
4.4) Lipídios:
Valores ainda não estabelecidos para adolescentes
Valores não devem exceder 30-35% do VET
Sendo menos de 10% de gordura saturada
Valores de AI para n-6 (ácido linoleico):
33
(DRI’s, 2005)
4. Necessidades Nutricionais
34
(DRI’s, 2005)
4.4) Lipídios:
Valores de AI para n-3 (ácido -linolênico):
4. Necessidades Nutricionais
4.5) Micronutrientes:
Os envolvidos na síntese muscular, de material genético, material ósseo e de células sanguíneas têm grande importância nesse período.
Os adolescentes incorporam duas vezes mais cálcio, ferro, zinco e magnésio em seus corpos durante os anos de seu estirão de crescimento do que em outros períodos.
Adolescentes do sexo feminino: maior necessidade de ferro.
35
(Krause, 2008)
4. Necessidades Nutricionais
4.5.1) Cálcio: 
 Em função dos desenvolvimentos muscular, esquelético e endócrino acelerados, as necessidades de cálcio são maiores durante a puberdade e adolescência que na infância ou fase adulta. 
45% da massaesquelética é adicionado durante a adolescência
36
(Krause, 2008)
4. Necessidades Nutricionais
4.5.1) Cálcio: (continuação)
Substituição do leite por refrigerantes: 
Estima-se que 9% da ingestão calórica total dos adolescentes do sexo masculino e 8% da ingestão calórica total do sexo feminino pode ser atribuída pelo consumo de refrigerante.
Risco para desenvolver osteoporose com a continuidade da prática
37
(Krause, 2008)
4. Necessidades Nutricionais
4.5.2) Ferro:
A construção da massa muscular nos meninos é acompanhada de maior volume sanguíneo; as meninas perdem ferro mensalmente com o início da menstruação.
Em períodos de rápido crescimento, os adolescentes podem apresentar baixas concentrações séricas de hematócrito ou hemoglobina: anemia fisiológica do crescimento. 
A anemia secundária à deficiência de ferro pode prejudicar a resposta imunológica e diminuir a resistência à infecção.
A anemia pode afetar o aprendizado, conforme evidenciado por estudos que mostram que crianças e adolescentes com anemia têm problemas com memória de curto prazo.
38
(Krause, 2008)
4. Necessidades Nutricionais
4.5.3) Zinco:
- Sabe-se que o zinco é essencial para o crescimento e maturação sexual. 
Apesar dos níveis plasmáticos de zinco declinarem durante o desenvolvimento puberal, a retenção de zinco aumenta significativamente durante o estirão de crescimento.
 Esta utilização aumentada pode levar ao uso mais eficiente de fontes dietéticas. Entretanto, a ingestão limitada de alimentos que contêm zinco pode afetar o crescimento físico, assim como o desenvolvimento de características sexuais secundárias.
39
(Krause, 2008)
4. Necessidades Nutricionais
4. Necessidades Nutricionais
Recomendações Macronutrientes: Adolescentes
Recomendações Macronutrientes: Adolescentes
Recomendações Macronutrientes: Adolescentes
Recomendações Macronutrientes: Adolescentes
RECOMENDAÇÕES DE MICRONUTRIENTES
RECOMENDAÇÕES DE MICRONUTRIENTES
RECOMENDAÇÕES DE MICRONUTRIENTES
RECOMENDAÇÕES DE MICRONUTRIENTES
RECOMENDAÇÕES DE MICRONUTRIENTES
Transtornos alimentares:
ANOREXIA 
Caracterizada por peso perigosamente abaixo do normal, preocupação excessiva com a magreza, e hábitos dietéticos restritivos.
BULIMIA
Caracterizada por um peso corporal próximo ao normal, episódios de ingestão alimentar descontrolados, e esforços para a eliminação de calorias do corpo.
- Dificuldade do diagnóstico frente às mudanças fisiológicas e comportamentais do período.
50
(Shils, 2006; Krause , 2008)
5. Situações especiais 
Adolescentes que possuem comportamentos para controle de peso, como: uso de laxantes e diuréticos, pílulas de emagrecimento, exercícios excessivos e práticas de jejum, são considerados adolescentes em risco de desenvolverem transtornos alimentares.
Outros sintomas: dores abdominais, amenorreia, e perda de peso sem explicação aparente. 
51
(Shils, 2006; Krause , 2008)
5. Situações especiais 
52
(Shils, 2006; Krause , 2008)
5. Situações especiais 
 Hipertensão
 Dislipidemias
 Obesidade
Educação nutricional
www.nutrociencia.com.br
53
6. Estratégias de intervenção
Envolvimento da família
Uso de suplementação
Incentivo à prática de atividade física
Mahan, L. K.; Escott-Stump, S. Krause’s Food and Nutrition Therapy. 12th edition. International edition. Saunders/Elsevier editor. 2008. 1377 pages.
Centers of Disease Control (CDC) Growth Charts – 2000 CDC growth charts for the United States: methods and development (DHHS publication ; no. (PHS) 2002-1696). Vital and health statistics. Series 11, Data from the National Health Survey ; no. 246. May, 2002. ISBN 0-8406-0575-7. Endereço eletrônico: http://www.cdc.gov/nchs/data/series/sr_11/sr11_246.pdf. Acessado em: janeiro de 2021.
World Health Organization – WHO reference 2007. Growth reference data for 5-19 years. Endereço eletrônico: http://www.who.int/growthref/en/. Acessado em: janeiro de 2021. 
Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty acids, Cholesterol, Protein and Amino acids. The National Academic Press. Washington, DC. Institute of Medicine, 2005. Endereço eletrônico: www.nap.edu. Acessado em: janeiro de 2021.
54
7. Referências bibliográficas
Sousa, E.F. de; Costa, T.H.M.; Nogueira, J.A.D.; Vivaldi, L.J. Assessment of nutrient and water intake among adolescents from sports federations in the Federal District, Brazil. British Journal of Nutrition (2007), page 1 of 9. doi: 10.1017/S0007114507864841
Toral, N; Slater, B.; Cintra, I.P; Fisberg, M. Comportamento alimentar de adolescentes em relação ao consumo de frutas e verduras. Rev. Nutr., Campinas, 19(3):331-340, maio/jun., 2006.
Andrade, R.G.; Pereira, R.; Sichieri, R. Consumo alimentar de adolescentes com e sem sobrepeso do Município do Rio de Janeiro. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(5):1485-1495, set-out, 2003.
Shils, M. E.; Shike, M.; Ross, A. C.; Caballero, B.; Cousins, R.J. Modern Nutrition in Health and Disease. 10th Edition. Lippincott Williams & Wilkins editor. 2006. 2025 pages.
55
7. Referências bibliográficas
56
g de PTN/kg de peso/dia
 
Idades
 
EAR
 (IOM,2002)
 
RDA
 (IOM,2002)
 
9
-
13 anos
 
0,76
 
0,95
 
14
-
18 anos 
H
 
0,73
 
0,85
 
14
-
18 anos 
M
 
0,71
 
0,85
 
 
	Idades
	g de PTN/kg de peso/dia
	
	EAR (IOM,2002)
	RDA (IOM,2002)
	9-13 anos
	0,76
	0,95
	14-18 anos H
	0,73
	0,85
	14-18 anos M
	0,71
	0,85

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