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Questões - Pé torto congênito

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Quais os principais fatores de risco para o desenvolvimento de pé torto congênito em crianças? Liste.
Atualmente, está mais claro que o pé torto é multifatorial na sua origem, dentre essas origens podemos citar:
· Fatores genéticos tem papel importante na etiologia da deformidade. Wynne-Davies observou que a ocorrência é 17 vezes maior em parentes de primeiro grau, seis vezes maior em parentes de segundo grau e aproximadamente igual à da população geral quando parentes de terceiro grau. Nos gêmeos monozigóticos a concordância é de 32,5%, enquanto que nos gêmeos fraternos é de apenas 2,9%, semelhante à de irmãos que não são gêmeos, na população caucasiana. 
· Compressão sofrida pelo pé no ambiente intra-uterino; 
· Diminuição da inervação na região póstero-medial do pé, sendo respnsável pelo encurtamento e fibrose da musculatura, comparando-se a uma forma limitada de artrogripose. 
Descreva o método que é padrão ouro para tratamento do pé torto congênito.
O método de Ponseti consiste basicamente de realizar uma técnica de manipulação gessada, sendo o gesso colocado até a base da coxa (gesso cruropodálico), e o pé posicionado dentro do gesso por um profissional capacitado. As trocas gessadas são realizadas, em média, a cada 7 dias, com um total médio de 5 a 7 trocas. Após essa última troca gessada esperasse que a maioria das deformidades estejam corrigidas (cavo, varo, aduto), salvo o equinismo. Esse equinismo é corrigido geralmente com uma tenotomia percutânea um pequeno “pique” de cerca de 3 mm na região do tendão calcâneo, feita a nível de ambulatório com anestesia local.
Após a tenotomia para correção do equinismo o paciente é mantido com o gesso mais cerca de 3 semanas, sendo que é colocado numa órtese de Denis-Browne ou de dupla-abdução.
No recém-nascido e nos bebês o diagnóstico da Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) é eminentemente clínico e realizado com as manobras de Ortolani e de Barlow. Descreva como é realizado esses teste e qual o objetivo de cada um deles.
O sinal de Ortolani é um teste de redução do quadril, ou seja, quando um recém-nascido com a articulação coxofemoral luxada é examinado, a cabeça femoral é reduzida no acetábulo com a manobra, assim sendo demonstrada a luxação. A manobra é realizada com a criança em decúbito dorsal com os quadris e os joelhos em posição de flexão de 90°, com as coxas em adução e com rotação interna leve. Examina-se um dos quadris de cada vez, com o outro bem estabilizado, em posição de leve de abdução. Ao efetuar-se um movimento de abdução dos quadris, podendo ser acompanhado por uma leve rotação externa das coxas, pode-se ter 
a sensação de um “ressalto” na articulação patológica (às vezes pode-ses ter até uma sensação audível desse “ressalto”). O sinal é dito, então, Ortolani positivo.
O sinal de Barlow é exatamente o oposto, ou seja, é uma manobra provocativa da luxação de um quadril instável. O teste de Barlow determinará o potencial para a luxação do quadril examinado. A coxa do paciente é mantida em ângulo reto com o tronco, em posição de adução; força será exercida pelo joelho da criança em direção vertical ao quadril, em um esforço para deslocar a cabeça femoral do interior do acetábulo. O examinador procura um sinal de “pistonagem” no quadril em exame, que poderá ou não ser acompanhado por “ressalto”. Se 
o quadril é reduzido pela manobra de Ortolani, a cabeça femoral ficará perfeitamente alojada na cavidade acetabular; entretanto, com a flexão do quadril e levando-se a coxa para a posição de adução, a cabeça femoral luxa, podendo ser deslocada posteriormente em relação ao 
acetábulo, caracterizando, então, o quadril instável.

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