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Farmacologia da asma

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Farmacologia da asma
Definição: asma e rinite são duas doenças inflamatórias que andam juntas, a última pode ser
sazonal ou perene, além disso algumas pessoas podem ter as duas doenças, já a asma é uma
doença crônica de fundo inflamatório, são reações inflamatórias que dependem do sistema
imune (histamina, IgE).
Etiopatogenia: inflamação caracterizada por sibilos, tosse, aperto no peito, geralmente com
episódios noturnos (ou início da manhã), leva à obstrução bronquial. Ao longo do tempo pode
destruir o epitélio bronquial com deposição de colágeno, edema, ativação de macrofagos,
infiltrado de células inflamatórias. O sistema nervoso leva a broncoconstrição. Essas modificações
das vias aéreas podem levar a limitação irreversível do fluxo aéreo (hipertrofia do músculo liso,
fibrose da membrana basal, interrupção de processos de apoptose). Ação sinérgicas dos
autacóides faz com que ocorra um aumento do fluxo sanguíneo com a expansão da rede capilar,
deposição maior de fibrina o que vem junto com o aumento da permeabilidade vascular, além
disso há quimiotaxia de neutrófilos e liberação de autacóides (leucotrienos).
Histamina: vem da histidina, essa recebe o processo de descarboxilase e forma a histamina. A
histamina possui maior concentração no pulmão, estômago (secreção de hcl depende),
mastócitos e na pele da face. Liberada por 3 mecanismos diferentes: exocitose (sem ocorrer
morte celular, junção dos grânulos com membrana plasmática), por lise da membrana celular e
por ação de alcalóides (morfina, atropina, D-tubocurarina). Na reação de hipersensibilidade
imediata os anticorpos ativam os mastócitos, esses quando entram em contato com antígeno
liberam a histamina, essa liberação depende de cálcio, pois tem que haver remodelação da
membrana dos mastócitos para que ocorra a liberação dos grânulos de histamina (alguns
medicamentos inibidores de canais de cálcio impedem a liberação da histamina). Receptores de
histamina: H1 (SNC, músculo liso, reações de alergia), H2 (TGI), H3 (pré sináptico, plexo
mientérico), H4 (eosinófilos, neutrófilos). Manifestações clínicas da histamina: Sistema nervoso
(sensações de dor e prurido -H1, liberação de Ach - H3). Sistema cardiovascular: queda da PA,
taquicardia reflexa e ação direta no coração, produção de edema pela separação das células
endoteliais. M. liso pulmonar: broncoconstrição. Gastro: secreção de ácido gástrico. Tríplice reação
de Lewis: rubor, pápula e eritema, observado quando histamina é administrada por via
intradérmica, determina se pessoa tem alergia a um determinado composto.
Choque anafilático: hipersensibilidade generalizada mediada por histamina + IgE que leva a várias
manifestações clínicas como a formação de placas eritematosas de urticária que podem ocorrer
em vários órgãos e sistemas (cardiovasculares, lábios, rash, vias aéreas).
Tratamento de asma: classificar primeiro (leve, moderada, grave), relacionada com os sintomas
(função pulmonar, dispnéia, sibilos, tosse). Leve: inalação de beta adrenérgico. Leve persistente:
corticosteroide inalado, menos de 400mg por dia. Moderada: esteróide inalado + beta
adrenérgico de longa duração. Grave: esteróide inalado (dose mais alta)+ beta adrenérgico de
longa duração, esteróide oral
Cromonas (bombinhas): similar atividade anti-inflamatória, bloqueia canais de cálcio, modulação
de degranulação de mastócitos, modulação de recrutamento de eosinófilos, menos efeitos
colaterais. Nedocromil pode ser utilizado 2x ao dia (melhor que cromona).
Anti-histamínicos: Difenidramina: efeito antiemético, causa sedação (problema a longo prazo),
hipnose (atravessa BHE), também tem ação anti-muscarinica. Clorpromazina: antipsicótico, ação
de sedação, ação em receptores de acetilcolina, anti D2. Por causa dos efeitos adversos surgiram
os medicamentos de 2 geração (piperidina, alegra, loratadina): antagonistas competitivos de H1,
não atravessam BHE, logo não causa sedação, causa broncodilatação e atuam melhor no combate
da inflamação.
Agonista B2 adrenérgicos: atuam na crise asmática, tem ação rápida e de curta duração para
broncodilatação, via inalada ou oral, mas pode dar tremores, taquicardia, xerostomia quando
utilizados por inalação. Medicamentos de ação prolongada (salmeterol, formoterol): usado com
fármacos anti inflamatórios (corticoides) para ter controle prolongado dos sintomas. Reação
adversa: taquicardia, aumento de glicemia.
Corticoides sistêmicos: uso contínuo, reduz frequência de crises e recorrência, efeito mais tardio,
uso inalado (apesar de ter oral), inalador (budesonida) evita reação adversa grave (hipotrofia da
adrenal), glicocorticóides funciona em 2 pontos: 1º induz a lipocortina inibe fosfolipase A, inibe
PAF, inibição indireta da ciclooxigenase, diminui prostaglandinas. Medicamentos altamente
lipossolúveis (atravessam BHE), inibe síntese da COX, não são broncodilatadores, efeitos são
lentos, podem ter efeitos adversos: hipotrofia da adrenal, face arredondada, corcova de bufalo,
HAS, pele fina, MMSS/MMII finos, equimoses, dislipidemia e trombose, por isso corticoide oral
(mais chance de efeito adverso) deve ser evitado ao máximo. Pode causar agitação, osteoporose,
glaucoma, hipertensão por recaptação de Na.
Anti Leucotrienos (montelucaste, zafirlucaste): melhora função pulmonar e diminui sintomas e
necessidade de B2 (principalmente em pacientes com problemas cardíacos), mais utilizados em
rinite, mas não tem problema em usar em asmáticos, uso concomitante diminui uso de
corticoides, pode se associar com corticoide oral para melhor tratamento (principalmente
asmáticos com rinite).
Metilxantinas: quase não usa, pois causa muita hepatotoxicidade, tem efeito cumulativo, atuam
na inibição da fosfodiesterase.
Anticolinérgicos (ipratrópio inalado): utilizados na crise asmática grave, eficácia a longo prazo não
comprovada.
Icatibanto (FIRAZYRT): antagonista de B2 (ativado pela bradicinina), utilizado mais para
angioedema hereditário, uso subcutâneo, pode ser utilizado mas depende do tipo de sintoma.
PAF (fator agregador de plaquetas): aumenta permeabilidade vascular com formação de pápula,
por meio do estímulo ao metabolismo de ácido aracdônico, formação de tromboxano que agrega
mais plaquetas. Contra esse tipo de ação tem-se RUPATADINA: antagonista de receptores PAF,
tratamento de sintomas alérgicos, via oral 1x por dia, meia vida de 6-9h, controle de via alérgica
bom.
Omalizumabe: anticorpo anti-IgE, usado em último estágio em asmas mal controladas, aplicação
subcutânea de 2-4 semanas

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