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RECONHECIMENTO E IDENTIFICAÇÃO JUDICÍARIA

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Catharina Gusmão 19.2 
RECONHECIMENTO E IDENTIFICAÇÃO JUDICÍARIA MÉDICO-LEGAL 
(MEDICINA LEGAL – MED142) 
1. IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA 
1.1. RECONHECIMENTO 
Definição: etapa preparatória que reduzirá o leque de possibilidades e melhorará o foco para escolher o 
procedimento de identificação mais adequado. 
 
Aspectos particulares: 
- Cicatrizes 
- Pertences 
- Tatuagens 
- Deformidades 
- Patologias 
 
Leis: 
Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015/1973) 
Art. 81. Sendo o finado desconhecido, o assunto deverá conter declaração de estatura ou medida, se for 
possível, cor, sinais aparentes, idade presumida, vestuário e qualquer outra indicação que possa auxiliar de 
futuro o seu reconhecimento; e, no caso de ter sido encontrado morto, serão mencionados esta 
circunstância e o lugar em que se achava e o da necropsia, se tiver havido. 
Parágrafo único. Neste caso, será extraída a individual dactiloscópica, se no local existir esse serviço 
 
Código de Processo Penal (Lei nº 3689/1941) 
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte 
forma: 
I- a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser 
reconhecida; 
II- a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras pessoas que 
com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la 
III- se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação 
ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade 
providenciara para que esta não veja aquela 
IV- do ato de reconhecimento, lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa 
chamada para proceder o reconhecimento e por duas testemunhas presenciais. 
 
1.2. Papiloscopia 
Catharina Gusmão 19.2 
Papilas dérmicas: 
- Projeções da derme separadas por criptas e recobertas pela epiderme 
- Formadas na vida intrauterina pela vibração do líquido amniótico 
- Gêmeos univitelinos podem ser diferenciados pelas impressões papiloscópicas. 
OBS: A genética forense não é capaz de fazer a diferenciação 
 
A: Sistema marginal 
B: Sistema nuclear 
C: Sistema basilar 
D: Delta (confluência dos sistemas que promove a formação de triângulos) 
OBS: A identificação judiciária é feita através de 12 pontos característicos 
presentes na impressão papiloscópica dos indivíduos, que são únicas. 
 
2. ANTROPOLOGIA FORENSE 
Situações de interesse: 
- Vivos sem identidade 
- Vivos nunca registrados 
- Cadáveres putrefeitos, carbonizados, mutilados ou desfigurados 
- Ossadas 
 
Conceito: 
Ramo da Medicina Legal que se ocupa da identificação médico-legal através de informações como: 
- Espécie (Ex: ossos humanos são menos mineralizados que os de animais) 
- Sexo (Ex: existem algumas diferenças anatômicas nos ossos femininos e masculinos – bacia, crânio, etc) 
- Idade (fadiga material) 
- Estatura (comprimento dos ossos longos – fêmur, etc.) 
- Etnia (controverso) 
 
 
 
 
Catharina Gusmão 19.2 
3. GENÉTICA FORENSE – DNA E CRIMINALÍSTICA: 
Biologia Molecular: 
As técnicas da Biologia Molecular permitem: 
 - Dizer, com certeza científica, a quem pertence uma amostra biológica encontrada num local do crime, 
no suspeito ou na vítima. 
 - Dizer se existe relação de parentesco entre dois indivíduos. 
 - Fazer a distinção entre materiais oriundos de pessoas distintas numa mistura 
 
Conceitos: 
a) Marcadores moleculares: qualquer sítio do genoma onde existe variação na sequência ou no 
comprimento do DNA detectual, com polimorfismos entre indivíduos de uma população 
b) Bases nitrogenadas: A (adenina) – T (timina); C (citosina) – G (guanina) 
c) Molécula: duas cadeias com bases nitrogenadas em sequência, enroladas sobre si mesma e 
associadas a proteínas – cromossomos 
 
Propriedades do DNA: 
- Fidelidade: as moléculas de DNA que identificam as pessoas são as mesmas em qualquer tecido do seu 
corpo, pois tiveram origem comum no zigoto, o qual multiplicou-se em várias gerações de células, 
conservando o material genético 
- Individualidade: como o zigoto é formado pela fusão de gametas e estes não são iguais, não há na 
população humana dois indivíduos idênticos, a não ser os gêmeos monozigóticos. 
- Hereditariedade: o DNA é a única molécula capaz de produzir copias idênticas, transmitindo os caracteres 
por várias gerações. 
 
Informações: 
- DNA total = Genoma 
- 3% = Éxons: sequencias altamente conservadas, codificantes e com pouca variabilidade – responsáveis por 
caracteres como cor de cabelo, olhos, pele, formato do rosto, etc. 
- 97% = Íntrons: regiões hipervariáveis, de função pouco conhecida, não codificantes e não determinam 
caracteres. 
 Constituem marcadores moleculares (STRs autossômicos, STRs do cromossomo Y e DNA 
Mitocondrial) 
OBS: 
STRs autossômicos: são herdados do pai e da mãe 
STRs do cromossomo Y são herdados do pai pelos filhos do sexo masculino 
STRs do cromossomo X: são herdados da mãe pelos filhos e filhas 
Catharina Gusmão 19.2 
DNA mitocondrial: são herdados da mãe pelos filhos e filhas e transmitidos apenas por estas, para seus 
filhos e filhas. 
 
Avanços recentes: 
- Single nucleotide polmorphisms: micropoços em chips 
- Genome wide association studies: genética da face 
 
A perícia: 
- Coleta das amostras 
- Fotodocumentação 
- Extração de DNA 
- Amplificação dos fragmentos/regiões 
- Detecção dos fragmentos por fluorescência 
- Análise dos resultados 
- Estatística 
- Confecção do laudo 
 
Material biológico útil: 
- Sangue 
- Esperma 
- Saliva 
- Ossos 
- Fios de cabelo 
- Dentes 
- Pelos e anexos dérmicos 
- Tecidos 
- Secreções 
 
Tratamento dos vestígios: 
 - A premissa básica na manipulação de um vestígio que se destine a exame em material genético/DNA é 
a não contaminação do material por parte de quem o manipule, o que vai desde a sua coleta até a finalização 
das análises, além do adequado acondicionamento e transporte. Todo o material coletado deve ser 
devidamente identificado, fotografado antes de ser coletado e após o preparo para armazenamento. 
 
Preservação X Contaminação: 
É através da análise do local e de conhecimentos a respeito do caso que o perito tem ideia da necessidade ou 
não da coleta de determinado vestígio para análise do DNA. 
 - Local inidôneo: importantes amostras podem ter sido subtraídas e outras acrescentadas. Cabe ao perito 
bom senso e paciência para tentar extrair do local tudo e apenas o que possa estrar relacionado ao fato. 
Uma vez liberado o local, perde-se a única oportunidade de realização de coletas úteis. 
 
Pontos críticos para a execução do exame: 
- Preservação do local 
- Procedimento de coleta 
- Documentação cuidadosa da evidência/informação 
- Natureza da evidência 
Catharina Gusmão 19.2 
- Qualidade da evidência 
- Quantidade de material 
- Acondicionamento da evidência 
- Preservação da evidência 
- Envio de amostras 
- Manutenção da cadeia de custódia 
 
Aplicações forenses: 
- Identificação criminal 
- Identificação civil 
- Homicídios 
- Crimes sexuais 
- Outros crimes 
- Identificação em acidentes de massa 
 
Natureza dos exames X Comparação solicitada: 
a) Crimes sexuais: comparação entre perfis genéticos de amostras encontradas na vítima (esperma, 
saliva, pele sob unhas, pelos, etc.) ou no local (manchas em lençóis, roupas, colchão, etc. ou objetos 
que podem ter sido manipulados por eles, como copos, bagas de cigarro) e perfis genéticos dos 
suspeitos 
b) Identificação humana: comparação entre perfis genéticos de amostras questionadas (ossos, restos 
mortais, etc.) e perfis genéticos de supostos ascendentes/descendentes 
c) Criminalística: comparação entre perfis genéticosde materiais coletados em locais de crime 
(manchas de sangue, esperma, saliva, etc. em instrumentos como armas) e perfis genéticos da vítima 
e supostos suspeitos.

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