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Sarna: Causas, Sintomas e Tratamento

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Introdução:
-Acomete principalmente adultos de baixa renda, que vivem em aglomerações.
Geralmente os familiares também são acometidos. A transmissão ocorre por meio
da fêmea fecundada do Sarcoptes scabiei, que penetra a camada córnea da pele,
na qual vai escavando e liberando os seus ovos.
A escabiose ou sarna é uma dermatose bem característica, produzida por um ácaro,
o sarcoptes scabiei, var. hominis. Dermatose bem comum no passado, sua
ocorrência diminuiu desde 1950-1960, provavelmente devido ao uso intensivo de
parasiticidas como o DDT e o BHC. Entretanto, ocorreu posteriormente
recrudescência da afecção, particularmente nos últimos anos.
Manifestações clínicas:
O contágio, em geral, ocorre somente por contato interpessoal, porque o Sarcoptes
scabiei sobrevive poucas horas fora da pele. Clinicamente, o paciente apresenta
prurido, mais intenso a noite e nos locais quentes (entre os dedos, genitália, axilas,
glúteos e punhos.
Objetivamente, há três elementos a considerar na semiótica da esca- ~iose: sulco,
distribuição e as lesões secundárias.
O sulco pode ser reconhecido, particularmente nos casos de escabiose sem
complicações secundárias. O sulco escavado pelo parasito é pequena saliência
linear, não maior que 1 cm, apresentando, em uma das extremidades, uma
vésico-pápula, perlácea, do tamanho de cabeça de alfinete, onde se encontra a
fêmea do ácaro e onde ela deve ser pesquisada.
A distribuição da lesão é bem característica, afetando principalmente áreas quentes
( axilas, cintura, nádegas, espaços interdigitais, mamas, penis e pés).
A lesão característica é o túnel escabiótico, eritematoso e contendo, na sua
extremidade, uma pápula ou uma pústula (eminência acarina), onde se aloja o
parasita.
Existe uma forma especial de apresentação, a escabiose crostosa (também
conhecida como sarna norueguesa), que acomete pacientes imunodeprimidos
(diabéticos, HIV), causando eritema e descamação.
O diagnóstico é clínico, mas pode ser feita uma análise microscópica da lesão com
visualização do agente.
Tratamento:
O tratamento inclui tratar todas as pessoas da casa com ivermectina e passar as
roupas com ferro quente todos os dias durante esta etapa. A administração pode ser
tópica com permetrina (creme ou loção a 5%, aplicar no corpo inteiro por 3 noites
seguidas e repetir com 7 dias) ou oral com ivermectina (200 mcg/Kg,dose única,
repetir em 7 dias) e anti-histamínico (hidroxizina, 1 comprimido de 25 mg, via oral,
de 8/8 horas).
Profilaxia:
É necessário tratar simultaneamente todas as pessoas atingidas pela parasitose
para evitar a reinfecção.
Prurido pós tratamento:
Após o tratamento, particularmente nos casos em que a afecção perdurou por longo
período sem a diagnose, o prurido pode permanecer por semanas, por memória do
prurido ou sensibilidade a antígenos parasitários. Irá diminuir gradualmente e nestes
casos, corticóides tópicos e sistêmicos e anti-histamínicos são indicados até o
desaparecimento do prurido.

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