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GLICÓLISE, CICLO DE KREBS, FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA E SÍNTESE DE ATP E CALOR Bioquímica dos Alimentos PROF RAFAELA DA SILVEIRA CORRÊA EM TERMOS BIOLÓGICOS cerca de 40% da E do alimentos são conservados como ATP e os restantes 60% são liberados como calor. A maior parte da E metabólica é suprida por reações de oxidação-redução (redox) na mitocôndria. BIOENERGÉTICA CELULAR: forma como retiramos a energia fornecida pelo alimento e transformamos em energia celular Se o momento fisiológico exigir a produção de ENERGIA, ocorrerá degradação citoplasmática da GLICOSE, denominada de glicólise/rota glicolítica. A glicólise é uma das principais rotas para a produção de ATP nas células e está presente em todos os tipos celulares. O papel central da glicólise no metabolismo de substrato energético está relacionado à sua habilidade de produzir ATP com e sem oxigênio. GLICÓLISE Além de servir como uma fonte anaeróbica e aeróbica de ATP, a glicólise é uma rota anabólica que fornece precursores para a biossíntese. Por exemplo, no fígado e no tecido adiposo, essa rota produz piruvato como um precursor para a biossíntese de ácidos graxos. A glicólise também fornece precursores para a síntese de compostos, como aminoácidos e ribose-5-fosfato, o precursor de nucleotídeos. GLICÓLISE A glicólise é o EIXO do metabolismo dos carboidratos. Praticamente todos os açúcares (da dieta ou de reações catabólicas) podem ser convertidos em glicose ✓Decomposição metabólica de glicose em piruvato ✓A glicólise não requer Oxigênio ✓Primeira via glicose entra ao longo do seu caminho p/ fornecer energia Glicólise é uma série de reações que extrai energia da glicose quebrando-a em duas moléculas de três carbonos chamadas de piruvatos. GLICÓLISE A GLICOSE uma vez na corrente sanguínea entra na célula através de difusão facilitada, ou via transportadores de glicose; Papel central no metabolismo CHO GLICÓLISE A GLICOSE uma vez na corrente sanguínea entra na célula através de difusão facilitada; Para que a GLICOSE não reflua para o plasma, ela precisa perder a capacidade de atravessar a membrana celular de dentro para fora. O aprisionamento se dá pela sua fosforilação (adição de fósforo à GLICOSE) até glicose-6-fosfato.→ 1ª REAÇÃO DA GLICÓLISE GLICÓLISE Como tudo começa? GLICÓLISE OPS... TEVE GASTO DE ENERGIA MAS NÃO ERA PARA GERAR ENERGIA? Gasto de ATP Produção de ATP Fase preparatória: gasto energético (2 ATPs) e formação de 2 moléculas de gliceraldeído‐3‐fosfato (GAP) Fase de recuperação (ou pagamento): produção de 4 ATPs na oxidação de 2 GAP → 2 Piruvatos e formação de 2 NADH GLICÓLISE No processo de glicólise, ocorrerá a formação de duas moléculas de piruvato para cada glicose; E agora? Dilema: qual será o destino do piruvato? ✓ glicólise anaeróbica (não-oxidativa); ✓ ou aeróbica (oxidativa). TIPOS DE GLICÓLISE Glicólise anaeróbia ( não oxidativa) É um termo usado quando o organismo extrai E química (ATP) de combustíveis ricos em E (glicose), na ausência de O2 molecular, principalmente de células que não possuem mitocôndria Glicólise aeróbia Ocorre em células com suprimento abundante de O2 molecular, desde que as células contenham mitocôndrias, o produto final da glicólise aeróbica será CO2 e H2O. É regulada pelos hormônios glucagon, epinefrina e insulina Para muitos tecidos, a glicólise anaeróbia é uma via fornecedora de E quando o suprimento de O2 a um tecido é interrompido, pelo menos por um curto espaço de tempo. GLICÓLISE ANAERÓBIA OCORRE GLICÓLISE ANAERÓBICA GLICÓLISE ANAERÓBIA oQuando se exercitar o músculo esquelético ao ponto de exceder a capacidade oxidativa da cadeia respiratória (pela glicólise aeróbia), ocorrerá conversão de piruvato em lactato. A glicólise anaeróbica resulta em produção ácida na forma de H+. A glicólise forma o ácido pirúvico, o qual é reduzido a ácido láctico. o O ácido lático formado quando há baixa concentração de oxigênio se dissolve em lactato e H+ (íons de hidrogênio). o O lactato transporta para fora do músculo o H+, impedindo dessa forma que o pH do seu músculo fique menor (diminuindo o ácido). o Se o seu músculo fica com pH baixo, suas enzimas que fornecem energia trabalham menos, sua contração muscular diminuir gerando fadiga muscular. o o que causa a fadiga muscular na verdade não é o lactato, e sim o H+ causando assim a diminuição do pH sanguíneo (quanto mais baixo o pH, mais ácido). GLICÓLISE NÃO-OXIDATIVA O lactato, formado pela ação do lactato desidrogenase, é o produto final da glicólise anaeróbia. CICLO DE CORI O lactato presente no sangue é captado pelo fígado e convertido em GLICOSE, a qual é liberada novamente na circulação Lactato: É liberado no sangue pelas células que não possuem mitocôndrias, como as hemácias e, pelo músculo esquelético em exercício. No exercício físico há liberação de lactato e vai para o fígado, que é o órgão responsável pela síntese de glicose (gliconeogênese). A glicose formada é liberada para o sangue para ser utilizada pelos tecidos extra-hepático (Ciclo de Cori). Avaliação do rendimento energético da glicólise Na fase I da glicólise, que compreende a conversão de glicose em frutose-1,6-bifosfato, há consumo de 2 ATP, Contudo, esse investimento energético é recuperado em dobro na fase II da glicólise, já que são produzidos 4 ATP, de modo que a reação geral para glicólise é: RENDIMENTO Controle da via glicolítica • A via glicolítica tem como objetivo principal suprir a célula de ATP, de modo que a via é regulada para manter a síntese de ATP dentro dos valores necessários compatíveis com cada tipo celular. • Os pontos de controle de vias metabólicas estejam no início e no final da via e, de fato, a fosfofrutocinase (catalisa a reação 3) e a piruvatocinase (catalisa a reação 10) são sítios de regulação e sofrem inibição quando níveis de ATP estão elevados Controle da via glicolítica Todas as enzimas regulatórias da glicólise existem como isoenzimas tecido-específicas, o que significa que existem variações na regulação da rota para atender às necessidades em cada tipo celular específico Exemplo: o fígado dispõe de uma forma de piruvatocinase que apresenta um sítio regulatório adicional que a inibe em circunstâncias em que a gliconeogênese ocorre no fígado; assim, durante a gliconeogênese hepática, a glicólise no fígado sofre inibição. Ciclo de Krebs , Fosforilação Oxidativa Todos os combustíveis metabólicos (CHO, aas ou AG) entram no Ciclo de Krebs como acetil CoA (molécula de “alta E”); Na extração de E dos CHO, a glicose é degradada pela via da glicólise aeróbica até piruvato que formará 2 moléculas de acetil CoA. Precursores Gerais de Acetil CoA A formação de Energia se dá pela transferência de elétrons (e-) através do transporte de hidrogênio por carreadores específicos e, em uma etapa final para um aceptor terminal de e-; O O2 formará a partir daí a molécula de água processo realizado pela Cadeia Respiratória e Fosforilação Oxidativa. Ciclo de Krebs (Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo do Ácido Tricarboxílico) Cada volta do Ciclo ocorre a liberação de 2 moléculas de CO2: regenerando uma molécula de oxalacetato inicial; liberando agentes redutores (NADH e FADH2) para a Cadeia de Elétrons (Cadeia Respiratória). Formação Acetil CoA Nutrientes são oxidados e geram Acetil-CoA O piruvato proveniente da glicólise é uma das principais fontes de Acetil‐CoA O piruvato é transferido para a matriz mitocondrial, sofre descarboxilação oxidativa, formando Acetil‐CoA FORMAÇÃO ACETIL CoA Regulação do Ciclo de Krebs O Acetil‐CoA é oxidado a CO2 (dióxido de carbono ) e no geral, uma volta do ciclo do ácido cítrico libera duas moléculas de dióxido de carbono e produz três NADH um FADH2 e GTP (que pode ser convertidoem ATP) . Anfibólica Via envolve tanto reações catabólicas quanto anabólicas ciclo do ácido cítrico dá duas voltas para cada molécula de glicose que entra na respiração celular, pois são produzidos dois piruvatos—e, portanto, dois acetil CoAs por glicose. Regulação do TCA Regulação do TCA ▪ Quando o O2 está presente em quantidade suficiente o piruvato pode ser convertido em acetil coA pela ação da PDH ( piruvato desidrogenase) ou em oxaloacetato pela ação da piruvato carboxilase ( PC) ▪ Um dos principais fatores que definem o fluxo por meio dessas duas enzimas é o conteúdo de acetil CoA ▪ Acetil CoA e Oxaloacetato formam citrato por ação da citrato sintase na primeira reação do ciclo de Krebs NAD E FAD Nicotinamida-adenina-dinucleotídeo Flavina-adenina-dinucleotídeo FUNÇÃO FUNDAMENTAL NA CAPTAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE ELÉTRONS Todos os elétrons que entram na cadeia de transporte vêm das moléculas de NADH e FADH2 produzidas durante os primeiros estágios da respiração celular: glicólise, oxidação do piruvato e do ciclo do ácido cítrico. FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA A fosforilação oxidativa é o processo pelo qual se forma ATP quando se transferem elétrons do NADH ou do FADH2 para o O2 ( redução a H2O) por uma série de transportadores de elétrons FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA O ATP é gerado como resultado do transporte de e-, ao longo da membrana mitocondrial interna acoplado com o transporte de prótons através da membrana interna. A E gerada por este gradiente é suficiente para estimular a síntese de ATP, a partir de ADP e Pi, que é denominada de Fosforilação Oxidativa. CADEIA DE FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA A cadeia de transporte de elétrons é composta por várias proteínas e quatro complexos ( I-IV) https://www.youtube.com/watch?v=md6JdC98dTU&t=156s CADEIA DE FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA Intolerância à glicose e resistência à insulina Glicólise, cilo de Krebs e Fosforilação oxidativa membrana mitocondrial interna possui 5 complexos enzimáticos separados, denominados complexo I, II, III, IV e V. Cada um dos complexos I à IV contém parte da cadeia de transporte de e‐, enquanto que o complexo V catalisa a síntese de ATP (Fosforilação Oxidativa). ❑ O NADH é um bom doador de elétrons em reações redox (ou seja, seus elétrons estão em um alto nível de energia), portanto ele pode transferir seus elétrons diretamente para o complexo I, voltando a ser NAD+. Conforme os elétrons percorrem o complexo I em uma série de reações redox, energia é liberada e o complexo usa essa energia para bombear prótons da matriz para o espaço intermembranar. ❑ O FADH2 não é tão bom doador de elétrons quanto o NADH (ou seja, seus elétrons estão em um nível de energia mais baixa), então não pode transferir seus elétrons para o complexo I. Em vez disso, ele os leva pela cadeia de transporte até o complexo II, que não bombeia prótons através da membrana. Por causa desse "atalho", cada molécula de FADH2 faz com que menos prótons sejam bombeados (e contribui menos ao gradiente de próton) do que cada molécula de NADH. ❑ Fora dos dois primeiros complexos, os elétrons de NADH e FADH2, percorrem exatamente a mesma rota. anto o complexo I quanto o complexo II passam seus elétrons para um pequeno e ágil transportador de elétrons chamado ubiquinona (Q) ❑ Conforme os elétrons percorrem o complexo III, mais íons H+ são bombeados através da membrana, e os elétrons são finalmente entregues a outro transportador, chamado citocromo C O cit C carrega os elétrons até o complexo IV, onde um último grupo de íons H+ é bombeado através da membrana. O complexo IV passa os elétrons para o O2, que se divide em dois átomos de oxigênio que aceitam prótons da matriz, formando água. ❑ O complexo V é um conjunto de enzimas (ATP sintetases) que catalisam o acoplamento de Pi ao ADP para formar o ATP. ❑ A diferença de cargas positivas, no espaço intermembrana, e a negativa, do membrana interna da mitocôndria, proporciona uma E química capturada pela ATPsintase para produção de ATP. NADH MITOCÔNDRIA 2,5 ATPs FADH2 1,5 ATPs NADH CITOSOL 1,5 ATPs
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