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SISTEMA IMUNE

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Sistema imune 
 RESUMO DO MÓDULO: Mecanismos de agressão e defesa - MAD 
 
1. VISÃO GERAL 
As principais características do sistema imune são especificidade e memória, que juntos são capazes de distinguir o que é 
próprio (pertence ao organismo) do não próprio, e a partir daí organizar uma resposta para os mais variados agentes 
agressores. 
As principais funções do sistema imune são: 
1.Proteger o corpo de invasores causadores de doenças, que são conhecidos como patógenos, e podem ser 
bactérias, vírus, fungos e protozoários unicelulares, além de patógenos maiores como os parasitas multicelulares. 
Praticamente qualquer molécula exógena pode desencadear uma resposta imune (pólen, substancias químicas, 
resíduos de animais, alimentos, esporos de fungos). Essas substancias capazes de desencadear uma resposta imune 
e podem reagir com os produtos desta reação, são conhecidas como antígenos. 
2.Remove células mortas ou danificadas, sendo as células fagocitárias as responsáveis por patrulhar (vigiar) o meio 
extracelular, engolfando e digerindo células velhas e mortas. 
3.Reconhece e remove células anormais, que são frutos do desenvolvimento celular incorreto, como exemplo os 
tumores. 
Em alguns momentos ocorrem falhas no sistema imune, essas disfunções podem ser classificadas em três categorias: 
respostas incorretas, respostas exageradas ou falta de resposta. 
1.Respostas incorretas, ocorrem quando existe uma falha nos mecanismos responsáveis por distinguir o próprio do 
não próprio, como consequência o sistema imune ataca as células anormais do corpo, provocando as doenças 
autoimunes. 
2.Respostas exageradas, conhecidas também como alergias, nestes casos as respostas estão fora de proporção em 
relação a ameaça apresentada pelo antígeno. 
3.Falta de resposta, também conhecidas como imunodeficiências ocorrem quando componentes do sistema imune 
não funcionam adequadamente. Sendo divididas em primária, que são distúrbios herdados geneticamente e as 
imunodeficiências adquiridas que surgir como um efeito colateral de tratamentos medicamentosos ou com 
radiação. 
2. A RESPOSTA IMUNITÁRIA 
O corpo possui duas linhas de defesa, a primeira que corresponde as barreiras físicas e químicas (pele, muco, ácido 
clorídrico) e tem como função impedir que os patógenos adentrem no corpo, caso haja uma falha nesta linha de defesa, a 
resposta imunitária interna será responsável por conter o patógeno. 
Independentemente do patógeno que entrou no corpo, a resposta imune desenvolve os seguintes passos: 
1.Identificação da substancia estranha, 2.comunicação com outras células imunitárias para desencadear uma 
resposta organizada, 3.recrutamento de células que possam ajudar no processo com o intuito de desencadear uma 
resposta efetiva e coordenada, 4.destruição ou supressão do invasor. 
O sistema imunitário se caracteriza pelo extenso uso de sinalização química. A detecção, a comunicação, o recrutamento, a 
coordenação e o ataque as invasores dependem de moléculas sinalizadoras como os anticorpos e as citocinas. Os anticorpos 
são proteínas secretadas por diversas células imunitárias e tem como função reconhecer, neutralizar e marcar(opsonizar) 
antígenos para que eles sejam eliminados ou fagocitados pelos macrófagos. As citocinas são proteínas mensageiras 
liberadas por uma célula, e afetam o crescimento e atividade de outra célula através da liberação de sinais estimulatórios, 
modulatórios e inibitórios que interferem na resposta imunológica. São elas: interleucinas (IL), fator de necrose tumoral 
(TNF), ou interferon (IFN). 
A resposta imunitária humana pode ser dividida em duas categorias, a imunidade inata que está presente desde o 
nascimento, e a imunidade adquirida ou específica que é direcionada aos agente invasores. A imunidade adquirida pode ser 
dividida em celular e humoral (mediada por anticorpos). 
3. ANATOMIA DO SISTEMA IMUNE 
3.1-Órgãos do sistema imune 
O sistema imune tem dois componentes anatômicos: tecidos linfáticos e 
as células responsáveis pela resposta imune. Nestes locais ocorre a 
maturação, diferenciação e proliferação dos linfócitos. Os tecidos 
linfáticos estão distribuídos em todo o corpo e podem ser divididos em: 
tecidos linfáticos primários e secundários. 
Os tecidos linfáticos primários ou centrais são o timo e a medula óssea, 
locais onde as células do sistema imune (linfócitos) se formam e sofrem 
maturação. Alguns tipos de células imunitárias maduras não se 
especializam até sua primeira exposição ao patógeno, essas células 
imunitárias maduras, mas não especializadas são chamadas de células 
“naive” ou virgens. 
Os tecidos linfáticos secundários são divididos em encapsulados e tecidos 
linfáticos difusos não encapsulados. Os órgãos encapsulados correspondem ao baço e aos linfonodos. O baço é eficiente na 
captação e concentração de substancias estranhas transportadas no sangue e eritrócitos velhos. Os linfonodos estão 
associados a circulação linfática; os canais linfáticos estão conectados ao ducto torácico, que tem como função transportar a 
linfa e os linfócitos até a veia cava onde eles serão distribuídos para todo o corpo. Os tecidos linfáticos difusos não 
encapsulados, são agregados de células imunitárias, como exemplo as tonsilas. 
 
Figura 1 (fonte: Coico). Circulação da linfa e destino do antígeno após a penetração através (1) da corrente sanguínea, (2) da pele e (3) dos tratos 
gastrintestinal e respiratório. 
Figura 2 (fonte: Abbas) Maturação e amadurecimento dos LT e LB 
Os linfócitos se desenvolvem a partir de células tronco 
da medula óssea, amadurecem nos órgãos linfoides 
primários ou geradores (sendo que os linfócitos B 
sofrem estágios iniciais de maturação na medula óssea 
e os linfócitos T amadurecem no timo) então circulam 
através do sangue nos órgãos linfoides secundários 
(linfonodos, baço e tecidos linfoides regionais). As 
células T completamente maduras deixam o timo, já as 
células B imaturas deixam a medula óssea e completam seu amadurecimento nos órgãos linfoides secundários. Os linfócitos 
imaturos podem responder aos antígenos estranhos nestes tecidos linfoides secundários ou retornar pela drenagem 
linfática ao sangue e recircular através de outros órgãos linfoides secundários. 
3.2-Células do sistema imune 
Figura 3 – Diferenciação da células sanguíneas 
Todas as células sanguíneas derivam de células tronco 
hematopoiéticas pluripotentes, as células da linhagem mielóide, 
principalmente as que contém grânulos citoplasmáticos estão 
envolvidos com a resposta imune inata. Já as células derivadas 
da linhagem linfoide são responsáveis pelas respostas imunes 
adaptativas. Já as células NK e os fagócitos fazem uma ponte 
entre o sistema imune inato e o adquirido. 
As principais responsáveis pela resposta imune são as células 
brancas do sangue, também conhecidas como leucócitos, são 
divididos em seis tipos básicos (1) eosinófilos, (2) basófilos no 
sangue e mastócitos nos tecidos, (3) neutrófilos, (4) monócitos e 
seus derivados macrófagos, (5) linfócitos e seus derivados 
plasmócitos (6) células dendríticas. 
Existe um grupo funcional de leucócitos chamados fagócitos 
que tem como função engolfar e ingerir seus alvos por 
fagocitose, exemplos deste grupo são os neutrófilos, macrófagos, monócitos e eosinófilos. O segundo grupo funcional é o 
das células citotóxicas, que matam as células atacadas, são exemplos os eosinófilos. O terceiro grupo são as células 
apresentadoras de antígenos (APCs) que exibem fragmentos das proteínas estranhas na sua superfície celular, exemplos 
deste grupo são alguns linfócitos, células dendríticas, macrófagos e monócitos. 
Eosinófilos, encontrados principalmente no TGI, nos pulmões, nos epitélios genital e urinário e no tecido 
conectivo da pele; tem como função proteger o corpo contra invasores parasitas, atacando-os e liberando 
substancias dos seusgrânulos que são capazes de danificá-los e mata-los. Participam também das reações 
alérgicas, onde contribuem para a inflamação e o dano tecidual. 
Basófilos, são semelhantes aos mastócitos dos tecidos que liberam mediadores que contribuem para a 
inflamação, os grânulos destas células contém heparina (anticoagulante), citocinas e outras substancias 
químicas envolvidas nas respostas imunitárias e alérgicas. 
Neutrófilos, ingerem bactérias e partículas estranhas, liberam citocinas, incluindo os pirogênios que causam a 
febre e mediadores químicos da resposta inflamatória. 
 
Monócitos e macrófagos, os monócitos são os precursores dos macrófagos teciduais. Os macrófagos são os 
principais fagócitos dentro dos tecidos, removem partículas grandes (eritrócitos velhos e neutrófilos mortos), 
são APCs tendo um papel importante na imunidade adquirida. 
*APCs (células apresentadoras de antígeno), além dos macrófagos, existem as células dendríticas e os linfócitos B. 
Linfócitos, medeiam a resposta imune adquirida e são divididos em linfócitos T e linfócitos B, os LB, são 
responsáveis pela produção de anticorpos, os LT e as células NK são importantes na defesa contra 
patógenos intracelulares como os vírus. 
 
Células dentríticas, reconhecem e capturam antígenos, migram para os tecidos linfáticos secundários, onde 
apresentam o antígeno aos linfócitos, a ligação com os antígenos ativa os linfócitos. 
 
*No timo, os linfócitos T diferenciam-se em diferentes subpopulações: (1) célula T-helper, (2) T-supressora e(3) T-
citotóxica (células NK – natural killer). 
Os linfócitos T-helper estimulam a transformação dos linfócitos B em plasmócitos. Os linfócitos T-supressores 
inibem as respostas humoral e celular e apressam o término da resposta imunitária. Linfócitos T-helper e T 
supressores são células reguladoras. Os linfócitos T-citotóxicos agem diretamente sobre as células estranhas e as 
infectadas por vírus. 
 
4. IMUNIDADE INATA: 
Está presente desde o nascimento e é a resposta imunitária não específica do corpo a invasão, ela começa depois de 
minutos ou horas. A resposta imune inata consiste em leucócitos estacionários e de patrulhamento que atacam e destroem 
invasores, eles são programados para responder a qualquer material identificado como estranho, por isso é considerada 
uma resposta inespecífica. A imunidade inata termina com a infecção ou a contém até que a resposta imune adquirida seja 
ativada. 
As barreiras são a primeira linha de defesa do corpo, elas incluem a pele, o muco que reveste o TGI e o trato urogenital e o 
epitélio ciliado do trato respiratório, nele estão presentes uma enzima chamada lisozima, que tem atividade bacteriana, 
atacando os componentes da parede celular das bactérias não encapsuladas e os degrada. 
 Os patógenos que conseguem atravessar as barreiras físicas da pele e do muco são atacados primeiro pela resposta imune 
inata, os leucócitos tem a capacidade de reconhecer moléculas que são únicas dos microrganismos os PAMPs (padrões 
moleculares associados a patógenos) e iniciar uma resposta apropriada. Os PAMPs se ligam aos (receptores de 
reconhecimento padrão) PRRs, presentes nos leucócitos, que ativam a resposta imune inata. A resposta inicial dessas células 
imunitárias aos invasores é mata-las ou ingeri-las. 
Os fagócitos são atraídos para as áreas de invasão por sinais químicos chamados de quimiotaxinas (toxinas bacterianas, 
componentes da parede celular que atuam como PAMPs, além de produtos do dano tecidual) que identificam o local que 
precisa de defesa. Os leucócitos ativados que se encontram no local da invasão, lutam contra os agentes agressores e 
liberam suas próprias quimiotaxinas, atraindo mais leucócitos para a região. Se houver uma grande concentração de 
fagócitos no local pode se formar o pus, que correspondem a macrófagos e neutrófilos vivos e mortos junto com outros 
componentes do processo inflamatório. 
Os macrófagos teciduais e os neutrófilos são as principais células fagocíticas responsáveis pela defesa, nos macrófagos os 
PRRs conhecidos como receptores toll-like (TLRs) ativam as células a secretarem citocinas inflamatórias. As moléculas da 
superfície dos patógenos atuam como ligantes, que se conectam diretamente aos PRRs de membrana dos fagócitos, 
fazendo com que p fagócito envolva a partícula estranha indesejada. 
 
Figura 4(fonte: Silverthorn) Fagocitose dos patógenos pelas células imunes 
As células Natural Killer ou NK, “assassinas naturais” participam da resposta inata contra infecções virais , atuam mais rápido 
que os linfócitos, reconhecem as células infectadas pelo vírus e as induzem a cometer apoptose antes que o vírus se 
replique. 
A inflamação é uma reação característica da imunidade inata e tem como objetivos. 
1.Atrair células imunitárias e mediadores químicos para o local. 
2.Produzir uma barreira física que retarda a disseminação da infecção. 
3.Promover o reparo tecidual, após o controle da infecção. 
A resposta inflamatória inicia quando os macrófagos teciduais ativados liberam citocinas, que atraem mais células imunes, 
aumentam a permeabilidade capilar e causam febre. Ao chegar ao local as células do sistema imune liberam suas próprias 
citocinas. 
Algumas substancias químicas envolvidas na resposta imune inata: 
-Proteínas de fase aguda, logo após a lesão ou invasão do patógeno o corpo responde aumentando a concentração de 
proteínas plasmáticas, produzidas no fígado, são moléculas que atuam como opsoninas (age como facilitadora de ligação no 
processo de fagocitose), moléculas antiproteases (ajudam a impedir o dano tecidual), e a proteína C retiva. 
-Histamina, encontrada nos grânulos dos mastócitos e basófilos, causa vasodilatação, aumentando o fluxo sanguíneo na 
região, fazendo com que mais leucócitos cheguem a lesão e possam matar bactérias e remover fragmentos celulares. 
-Interleucinas, a IL-1 é secretada por macrófagos ativados e outras células imunes, tem como função mediar a resposta 
inflamatória. 
-Bradicininas, vasodilatador e estimula os receptores da dor. 
 5. IMUNIDADE ADQUIRIDA: 
As resposta imunes adquiridas são respostas a antígenos específicos, pelas quais o corpo é capaz de reconhecer uma 
substância estranha específica e reage seletivamente a ela, a imunidade adquirida é mediada primeiramente por linfócitos. 
Existem três tipos de linfócitos, os linfócitos B, os linfócitos T e as células NK. Os LB ativados desenvolvem-se formando os 
plasmócitos que são responsáveis por secretar anticorpos. Os LT ativados se desenvolvem em células que atacam e 
destroem células infectadas por vírus. As células NK atacam e destroem células infectadas por vírus e células tumorais. 
Todos os linfócitos secretam citocinas, que atraem mais linfócitos para o local da invasão, os linfócitos liberam citocinas 
adicionais que aumentam a resposta inflamatória. 
A imunidade adquirida pode ser subdividida em imunidade ativa e passiva. A imunidade ou imunização ativa é mais 
duradoura e depende que o sistema imunológico do hospedeiro desencadeie uma resposta, ocorre quando o corpo é 
exposto a um patógeno e produz seus próprios anticorpos, ela pode ocorrer naturalmente, quando um patógeno invade o 
corpo ou artificialmente quando recebemos uma vacina que contém patógenos mortos ou inativados. 
Já a imunização passiva não depende que o sistema imunológico do hospedeiro desenvolva uma resposta apropriada, 
resultando na transferência imediata de anticorpos que possam conferir proteção contra os patógenos. Ela pode ser 
natural, transmitida via pascentaria (IgG) e colostro (IgM), ou artificial, através da transferência de anticorpos pré-formados, 
como exemplo o soro. 
Quando um indivíduo nasce, cada clone de linfócito é representado por somente umas poucas células, denominadas 
linfócitos naive ou virgens, na primeira exposição ao antígeno é ativado o clone que estimula a divisão, esse processo é 
chamadode expansão clonal. Os novos linfócitos formados em um clone, se diferenciam em células efetoras e células de 
memória. 
As células efetoras executam a resposta imediata que resultam na destruição ou inativação do antígeno. As células de 
memória não participam ativamente na resposta imune inicial ao antígeno, uma segunda exposição ao antígeno ativam as 
células de memória e causam uma rápida expansão clonal, criando uma resposta secundária mais rápida. 
 Os linfócitos B ativados se diferenciam em células especializadas que secretam anticorpos, ou imunoglobulinas que são 
moléculas que lutam contra invasores específicos, essas moléculas são responsáveis pela resposta imunitária humoral. Os 
anticorpos são divididos em cinco classes: IgG, IgA, IgE, IgM e IgD. 
As IgGs atravessam a barreira placentaria e conferem imunidade ao bebe nos primeiros meses de vida, elas são 
responsáveis por ativar o complemento. 
* O sistema complemento é o principal mediador humoral do processo inflamatório. 
 
As IgAs são encontradas em secreções externas (saliva, lágrima, leite materno, muco intestinal e dos brônquios), 
tem como objetivo neutralizar os patógenos antes de eles adentrarem no meio externo. 
As IgEs estão associadas as alergias. As IgDs são proteínas que aparecem na superfície dos LB. 
 
As IgMs estão associadas com as respostas imunes primárias e com anticorpos que reagem com antígenos 
dos grupos sanguíneos, também ativam o complemento. 
 
 
A molécula básica de anticorpo tem quatro cadeias polipeptídicas ligadas em 
forma de Y, os dois lados do Y são identicos com uma cadeia leve ligada a uma 
cadeia pesada. Os dois braços ou região Fab, formam sítios de ligação com o 
antígeno que conferem a especificidade do anticorpo, o tronco da molécula é 
conhecido como região Fc, e determina a classe de Ig a qual o anticorpo 
pertence. 
Figura 4 (fonte: Silverthorn)-Representação do anticorpo. 
 
Os linfócitos T tem como função proteger o corpo contra patógenos intacelulares atraves da imunidade celular. As células T 
se ligam as células que posssuem fragmentos do antígeno estranho como parte de um complexo principal de 
histocompatibilidade (MHC) na sua superfície. 
 O complexo principal de histocompatibilidade (MHC) é uma família de proteínas de membrana que tem como função exibir 
os antígenos dos micróbios ligados às células, para o reconhecimento pelos Linfócitos T. Existem dois tipos de MHC, o MHC 
de classe I que é encontrada em todas as células hospedeiras nucleadas. E as moléculas de MHC de classe II, são 
encontradas nas APCs (macrófagos, linfócitos B e células dendríticas). 
Células T citotóxicas, atacam e destroem 
células que apresentam complexos de 
MHC-I ligados aos antígenos. As células T 
citotóxicas matam seus alvos por meio de 
duas maneiras, primeiro elas liberam uma 
molécula formadora de poros denominada 
perforina junto com as granzimas, quando 
as granzimas entram nas células-alvo elas 
ativam uma cascata enzimática que induz a 
célula a cometer apoptose. 
Células t auxiliares, não atacam diretamente 
os patógenos e as células infectadas mas 
tem um papel fundamental na resposta 
imune pela secreção de citocinas que influenciam outras células. 
 
5. PATÓGENOS DO CORPO HUMANO 
O corpo tem a capacidade de responder aos mais variados agentes invasores, cada um deles apresenta um desafio 
particular, entretanto o padrão básico é o mesmo: a resposta inata começa primeiro e é reforçada por uma resposta 
adquirida mais específica, estas duas vias estão interconectadas, de modo que a comunicação e a cooperação são 
essenciais. 
Bactérias e vírus diferenças: 
Bactérias: possuem parede celular que confere proteção a 
bactéria, a cápsula que é considerada um fator de virulência 
porque confere resistência a fagocitose. 
 
 
 
 
 
 
5.1 Invasão bacteriana Figura 6 (fonte: Silverthorn)- Resumo da invasão bacteriana. 
 
Bactérias extracelulares 
As bactérias extracelulares são 
capazes de replicar fora das 
células do hospedeiro, como 
exemplo no sangue, nos tecidos 
conjuntivos. Primeiro elas 
induzem a inflamação, que causa 
dano nos tecidos no local da 
invasão. 
-Imunidade inata: 
Na imunidade inata contra 
bactérias extracelulares, dois 
fatores são importantes, são 
eles: a ativação do complemento 
e a ativação dos fagócitos e 
inflamação. 
*Sistema Complemento: atua nas 
imunidades inata e adaptativa 
(humoral), promovendo a 
fagocitose de microrganismos, estimula a inflamação, induzir a lise desses microrganismos e facilita a ativação dos LB. Vias 
de ativação do complemento: (1) Via Clássica, é ativada pela classe dos anticorpos (isótipo) ligados ao antígeno; (2) Via 
Alternativa, é ativada sobre as superfícies das células microbianas, na ausência de anticorpos; (3) Via das Lectinas, 
dependentes de manose. 
1. Ativação do complemento: 
Nas bactérias Gram-positivas, o peptídeoglicano que é um dos componentes da parede celular bacteriana ativam o sistema 
do complemento na ausência de anticorpos. Nas bactérias Gram-negativas, o lipopolissacarídeo presente nas paredes 
celulares ativa o complemento pela via alternativa. As bactérias que expressam manose na sua superfície podem ativar o 
complemento pela via das lectinas. 
A cascata do complemento finaliza com a formação de moléculas de ataque a membrana que se inserem na parede de 
bactérias não encapsuladas, posteriormente ocorre a lise da bactéria, através da lisozima. 
 2. Ativação de fagócitos: 
Se as bactérias não possuem cápsula os macrófagos começam a ingerir as bactérias imediatamente. Se as bactérias são 
encapsuladas, os anticorpos recobrem a cápsula, para depois serem digeridas pelos macrófagos. As opsoninas aumentam o 
processamento de bactérias não encapsuladas. 
-Imunidade adaptativa: 
Humoral: Os mecanismos utilizados pelos anticorpos para combater essas infecções incluem neutralização, opsonização e 
fagocitose e ativação do complemento pela via clássica. 
 A neutralização é mediada pela alta afinidade dos isotipos IgG, IgM, IgA. A opsonização é mediada por algumas subclasses 
de IgG e a ativação do complemento é iniciada pela produção de IgM e subclasses de IgG. 
 
Celular: ativação das células T CD4+ que são responsáveis por produzir citocinas que induzem a inflamação local, 
aumentando as atividades fagocíticas e microbicidas. As respostas Th17 recrutam neutrófilos e monócitos promovendo a 
inflamação local nos sítios de infecção* bacteriana. 
*Infecção: quando um microrganismo gera alguns dano ao ser. *inflamação: reação do corpo (sinais cardinais). 
 
Bactérias intracelulares 
-Imunidade inata: é mediada pelos fagócitos e pelas células NK. Os fagócitos ingerem e tentam destruir esses 
microrganismos, já as células NK produzem IFN- γ que ativam os macrófagos e promovem a morte das bactérias fagocitadas. 
-Imunidade adaptativa: A principal resposta imunológica protetora contra bactérias é a imunidade mediada pelas células T, 
as T CD4+ através de seus ligantes, promove o recrutamento e ativação dos fagócitos, resultando na morte de 
microrganismos fagocitados e lise de células infectadas pela ação do linfócito T citotóxico CD8+. 
5.2 Invasão Viral 
Quando as barreiras químicas e físicas falham, os vírus adentram no corpo e passam por uma fase extracelular da resposta 
imune, no início as respostas imunes inatas e anticorpos podem ajudar a controlar a invasão do vírus. Uma vez que o vírus 
adentra nas células do hospedeiro a imunidade humoral na forma de anticorpos não é mais eficaz, sendo que os linfócitos T 
citotóxicos e as células NK são as principais defesa contra osvírus. 
-Imunidade inata: Os principais mecanismos de imunidade inata contra os vírus são a inibição da infecção por interferons do 
tipo I e a destruição das células infectadas mediada pelas células NK. 
-Imunidade adaptativa: é mediada por anticorpos, que previnem tanto a infecção inicial, como a disseminação do vírus. Os 
anticorpos IgA são importantes para neutralizar os vírus dentro dos tratos respiratório e intestinal. Além da neutralização, os 
anticorpos podem opsonizar partículas virais e promover a eliminação do patógeno por meio dos fagócitos. A ativação do 
complemento promove a fagocitose e lise dos vírus com envoltório lipídico. 
A imunidade humoral é mediada pelos linfócitos T citotóxicos, sendo que os T CD8 são responsáveis por reconhecer os 
peptídeos virais. 
5.3 Reações Alérgicas 
Uma alergia é uma resposta imune inflamatória a um antígeno não patogênico, isolado esse antígeno não é nocivo ao 
organismo, entretanto se o indivíduo for sensível ao antígeno, o corpo produz uma resposta inflamatória para eliminá-lo. 
A resposta imune frente as alergias é denominada hipersensibilidade ao antígeno. Essas reações podem ser imediatas, 
quando são mediadas por anticorpos e ocorrem minutos após a exposição aos antígenos. As reações de hipersensibilidade 
tardias são mediadas por células T auxiliares e macrófagos e podem levar vários dias para se desenvolverem. 
Os alérgenos podem ser praticamente qualquer molécula exógena, seja ela natural ou sintética, orgânica ou inorgânica. 
As hipersensibilidades causam dano tecidual por meio da liberação de substancias químicas que atraem e ativam células e 
moléculas envolvidas no processo inflamatório, elas são classificadas em quatro tipos, dependendo dos mecanismos 
envolvidos no dano tecidual. Os três primeiros tipos envolvem reações antígeno-anticorpo e o tipo IV envolve respostas 
mediadas apenas por células. 
Reações de hipersensibilidade do tipo I, também conhecidas como hipersensibilidades imediatas, ocorrem pouco tempo 
após a exposição ao antígeno e envolvem a degranulação de basófilos e mastócitos. A resposta imune é mediada por 
anticorpos IgE e mastócitos, resultando na liberação de citocinas que recrutam células inflamatórias e mediadores químicos. 
As manifestações clínicas variam, a hipersensibilidade do tipo I imediata, consiste na vasodilatação, congestão e 
edema que se desenvolvem rapidamente após a exposição ao antígeno, já a reação de hipersensibilidade do tipo I 
tardia consiste no infiltrado inflamatório rico em eosinófilos, linfócitos T e neutrófilos. É decorrente da liberação 
de leucotrienos*, citocinas e enzimas pelos mastócitos. 
 
* potentes na constrição da musculatura lisa participam nos processos de inflamação aguda, aumentando a permeabilidade vascular e favorecendo, 
portanto, o edema da zona afetada. 
 
Os indivíduos atópicos* produzem níveis elevados de IgE, já os indivíduos normais, sintetizam mais IgM e IgG. 
*Atopia: propensão hereditária ao responder imunológicamente a alérgenos comuns de ocorrência natural, com intensa produção de IgE. 
Os eventos envolvidos na hipersensibilidade imediata consistem: 
1. Exposição a um antígeno; 
2. Ativação das células Th2 e células B específicas para o antígeno; 
3. Produção de anticorpos IgE; 
4. Ligação dos receptores Fc dos mastócitos (sensibilização); 
5. Degranulação dos mastócitos através da reexposição ao antígeno; 
6. Liberação de mediadores químicos dos mastócitos e reação patológica. 
Os mediadores químicos são: 
Aminas biogênicas: Histamina e adenosina 
Mediadores lipídicos; prostaglandinas, leucotrienos e 
PAF 
Citocinas: IL-5 (atrai e ativa o eosinófilo-dato tecidual), 
IL-4 (aumento de anticorpos IgE), IL-13 (aumento de 
muco). 
Enzimas e proteoglicanos: Triptose, quimase e heparina. 
 
 
 
As reações podem ser localizadas: limitadas a um órgão ou tecido específico, ou podem ser sistêmicas: quando acometem 
diversas regiões do organismo. 
Reações de hipersensibilidade do tipo II-mediada por anticorpos 
Decorrente do efeito citopático de anticorpos, dirigidos contra antígenos presentes na superfície ou matriz celular. São 
mediadas por anticorpos da classe IgG ou IgM ligados a células ou tecidos específicos. 
A reação pode ser desencadeada por três mecanismos principais: 
-Opsonização e Fagocitose: O sistema complemento é ativado por esses autoanticorpos, que opsonizam células de um 
determinado tecido. As células-alvo são fagocitadas e destruídas pelos fagócitos que possuem receptores para a porção Fc 
da IgG e IgM. Um exemplo é a anemia hemolítica autoimune. 
- Inflamação: Antígenos ligados a anticorpos são depositados no tecido, ativando o sistema complemento. Os fragmentos 
gerados irão recrutar macrófagos e neutrófilos, que uma vez ativados, liberam mediadores pró-inflamatórios, enzimas 
lisossomais e espécies reativas de oxigênio. O resultado é um processo inflamatório que leva à lise celular. Doença 
reumática do coração é um exemplo. 
-Desorganização funcional: Anticorpos ligam-se a receptores normais, causando alterações na função desses receptores ou 
interferindo no funcionamento celular. O resultado pode ser desastroso, ainda mais se o receptor estiver envolvido na 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inflama%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Edema
sinalização endócrina e neuromuscular. Nesse caso, pode ou não haver inflamação. Exemplos de doenças são a anemia 
perniciosa e a miastenia gravis. 
 
Reações de hipersensibilidade do tipo III-mediada por Imunocomplexos 
Os complexos antígeno-anticorpo produzem lesão tecidual por que desencadeiam inflamação nos locais de deposição. 
Doenças sistêmicas por imunocomplexos: 
1. Os complexos imunológicos antígeno-anticorpo se formam na circulação. 
2. Posteriormente, ocorre a deposição desses imunocomplexos em vários tecidos. 
3. Dando início as reações inflamatórias em vários tecidos. 
A introdução de um antígeno (exógeno ou endógeno) desencadeia uma resposta imune que promove a formação de 
anticorpos (IgG e IgM), eles são secretados no sangue e reagem com o antígeno formando complexos de antígeno-
anticorpo, posteriormente esses imunocomplexos são depositados em vários tecidos. 
Doença do soro: resposta inflamatória sistêmica contra complexos imunes depositados em várias regiões corpóreas. 
Reação de Arthus: área de necrose tecidual, decorrente de uma vasculite aguda por imunocomplexos, geralmente 
desencadeada na pele. 
Reações de hipersensibilidade do tipo IV-mediada por células T 
As reações do tipo tardio (DTH) são desencadeadas por linfócitos TCD4 e CD8, ambos produtores de citocinas que ativam os 
macrófagos (IFN- γ) e estimulação (TNF-α). 
 
 
Haptenos são substâncias químicas de baixo peso molecular, que podem se associar à proteínas próprias do nosso 
organismo, e assim desencadear a resposta imune.

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