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Artigo sobre Ensino Híbrido

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ENSINO HÍBRIDO: PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM POR 
FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS, DESAFIOS E POSSIBILIDADES 
José Genilson Romão Neto 
Maria Erilúcia Cruz Macêdo – Orientadora 
 
RESUMO 
Muito se discute a utilização efetiva de dispositivos eletrônicos junto a internet 
para desenvolver práticas educativas nos ambientes escolares, bem como, estender essa 
ação para criar uma rede de relacionamento para a área externa e firmando uma 
comunicação prática e produtiva para construção desse processo de tão singularidade e 
importância na vida de tantas pessoas. Neste cenário, é de extrema relevância 
compreender os desafios e possibilidades que o Ensino Híbrido em sua implementação 
podem contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem integral dos Estudantes. 
Mediante este contexto, este estudo tem como objetivo geral refletir e pesquisar quanto 
aos desafios da contemporaneidade educacional, compreendendo a dinamicidade que o 
ensino híbrido envolve nas manifestações docentes e estudantis como um processo não 
linear e altamente ativo. Este estudo se torna considerável uma vez que retrata um nível 
de relevância altamente considerável, gerando consequentemente benefícios para um 
futuro educacional promissor e seus aspectos pedagógicos. No entanto, o estudo 
amparou-se em uma pesquisa bibliográfica, a qual é embasada em referências publicadas 
em revistas, periódicos, livros, permitindo estabelecer uma soma com o intuito de 
enriquecer a pesquisa, que por sua vez, é uma maneira dos pesquisadores interagirem 
sobre o que já foi estudado. Esta pesquisa apresentou um chamado á grandes reflexões e 
um debate sadio sobre os grandes resultados que podem emergir com a implementação 
do ensino híbrido. Teorias empenhadas na mudança radical que a educação necessita, os 
desafios impostos e possíveis de serem superados e a necessidade de parceria junto as 
tecnologias. 
Palavras-Chave: Práticas Educativas. Ensino Híbrido. Contemporaneidade Educacional. 
 
ABSTRACT 
Much is discussed the effective use of electronic devices on the internet to develop 
educational practices in school environments, as well as, extend this action to create a 
relationship networking for the external area and stablishing a practical and productive 
communicaton to build this process of so uniqueness and importance in the lives of so 
many people. In this scenario, it is extremely relevance understand the challenges and 
possibilities that Hybrid Teaching in its implementation can contribute to development of 
students comprehensive learning. In this context, this study has as its general objective 
reflect and research the challenges of education contemporaneity, understanding the 
dynamicity that hybrid teaching involves in student manifestations as well as nonlinear 
and highly active process. This study becomes considerable as it portrays a highly 
considerable level of relevance, consequently generating benefits for a promising 
educational future and its pedagogical aspects. However, the study was based on a 
bibliographical research, which is based on references published in magazines, 
periodicals, books, allowing to stablish a sum in order to enrich the research, wich is turn, 
is a way for researches to interact about what has already been studied. This research 
presented a call to great reflections and a healthy debate about the great results that can 
imerge with the inplementation of hybrid teaching. Theory committed to the radical 
2 
 
change that education needs, challenges imposed and possible to be overcome and the 
needs to partner with tecnologies. 
Keyword: Education Practices. Hybrid Teaching. Contemporaneity Educational. 
 
INTRODUÇÃO 
As instituições educacionais demonstram raízes culturais que fortemente estão 
ligadas nas metodologias diárias na sala de aula, dispondo de técnicas e ferramentas 
muitas vezes ultrapassadas e que não surtem efeito, e não concretizam nos resultados 
esperados ao longo de um período letivo. Muito se discute a utilização efetiva de 
dispositivos eletrônicos junto a internet para desenvolver práticas educativas nos 
ambientes escolares, bem como, estender essa ação para criar uma rede de relacionamento 
para a área externa e firmando uma comunicação prática e produtiva para construção 
desse processo de tão singularidade e relevância na vida de tantas pessoas. 
É com essa perspectiva de uma educação presencial e virtual que conforme Silva 
(2015), o ensino híbrido é um meio de ensino que vincula a atividade online e o ensino 
tradicional para dar conta das demandas do aluno contemporâneo, o qual está inserido em 
um contexto que dispõe de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC). 
Nesse sentido a presente pesquisa retrata um nível de relevância altamente considerável, 
gerando consequentemente benefícios para um futuro educacional promissor e seus 
aspectos pedagógicos. 
Diante desse panorama que interessa toda sociedade e em relação a necessidade 
de repensar práticas pedagógicas atualizadas para o contexto atual, foram cogitações que 
abriram espaço para problemática desta pesquisa, a qual é definida: Quais os desafios e 
possibilidades que o Ensino Híbrido em sua implementação, no designo de contribuir 
para o desenvolvimento da aprendizagem integral dos Estudantes? 
Nessa perspectiva, este estudo discorre sobre as possibilidades e desafios do 
ensino híbrido, bem como, discute sobre o ensino híbrido, refletindo, no diálogo, com 
autores e leitores dessa temática que abrem espaços para analisarmos sobre este para a 
Educação, analisa as contribuições das tecnologias digitais para favorecer na difusão da 
melhoria na qualidade do Ensino e procura entender os desafios e as alternativas que estão 
envolvidos na dinâmica do ensino híbrido. 
Essa temática foi motivada pelo desejo de refletir e pesquisar quanto aos desafios 
da contemporaneidade educacional e compreender a dinamicidade que o ensino híbrido 
envolve nas manifestações docentes e estudantis como um processo não linear e altamente 
3 
 
ativo. No entanto, existem ferramentas importantes que abrem outra linha de estratégia 
no sentido de intensificar no investimento da capacitação de profissionais para encorajar 
e apresentar vertentes que agreguem valores para o trabalho docente e a busca constate 
de resultados satisfatórios por meio do leque de oportunidades que a tecnologia oferece. 
O ato de pesquisar indica caminhos com base nos conhecimentos científicos e 
metodológicos que ajudam a expor características específicas de determinado assunto. E 
a metodologia é a oportunidade mais estreita para compreensão com base em fatos e 
participação social. Nesta mesma linha de raciocínio, Minayo (2004) diz que a pesquisa 
é uma atividade básica da ciência na sua compreensão de realidade e indagações, que por 
meio de um olhar curioso e inquieto, procura-se investigar. 
O corrente estudo foi desenvolvido por uma abordagem qualitativa onde conforme 
Lakatos e Marconi (2017) objetiva uma interpretação particular do objeto que se 
investiga. Como, prende sua atenção no específico, nas peculiaridades, interesses e não é 
somente explicar, mas compreender os fenômenos que estuda dentro do contexto em que 
aparecem. Esta, é do tipo Exploratória, que Segundo Gil (2002) proporciona maior 
familiaridade com a problemática, no intuito de concretizar mais detalhes e deixa-la mais 
explícita. Como também, aprimorar as ideias descobertas, sempre com uma visão crítica. 
No entanto, o estudo amparou-se em uma pesquisa bibliográfica. Santaella (2002) 
diz que a bibliografia auxilia a mensurar os saberes com outras pesquisas relacionadas a 
sua respectiva temática, procurando detalhar e discuti-la. Por sua vez é embasada em 
referências publicadas em revistas, periódicos, livros, permitindo estabelecer uma soma 
a este trabalho com o intuito de enriquecer a pesquisa, que por sua vez, é uma maneira 
dos pesquisadoresinteragirem sobre o que já foi estudado e vem expondo outras 
abordagens, pontuando sempre uma visão crítica e não-linear. Dessa maneira, na seção 
do referencial teórico, oportuniza-se reflexões sobre as possibilidades do Ensino Híbrido, 
a necessidade de formação para os profissionais e os desafios que ainda existem em 
relação a sua implementação. 
Este trabalho apresentou um chamado á grandes reflexões e um debate sadio sobre 
os grandes resultados que podem emergir com a implementação do ensino híbrido. 
Teorias empenhadas na mudança radical que a educação necessita, os desafios impostos 
e possíveis de serem superados e a necessidade de se aliar as tendências tecnológicas, 
pontuam com maestria o futuro que a educação em sua grandeza necessita prosperar e as 
armas benéficas que os profissionais deste setor têm a seu favor, tudo isso no intuito de 
concretizar uma aprendizagem significativa e sustentável para os respectivos públicos. 
4 
 
REFERENCIAL TEÓRICO 
ENSINO HÍBRIDO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES 
O viés educacional decorrido nos últimos tempos, têm aberto diálogos para novas 
discussões e práticas contemporâneas junto ao avanço tecnológico e situacional que 
fortemente consolida a globalização em seu amplo sentido. Muito se debate sobre 
inovação, criatividade, conectividade dentro de um ambiente educacional, ou mais 
específico, a tradicional sala de aula. Recorrendo ao reverente Freire (2007) onde enfatiza 
que a prática educacional vai além das quatro paredes, e quaisquer espaços em que 
estejam pessoas, com rotinas, planejamentos e troca de conhecimentos onde se 
concretizam tal prática, bem como, os mecanismos que auxiliam a eficácia do processo. 
Antes tudo afirma a necessidade do compromisso luz a reflexão e construção do ser 
humano crítico, coeso e responsável. 
Para melhor compreensão, faz-se necessário entender melhor o conceito de 
Híbrido e a proposta básica do ensino perpassado pelo mesmo. Dessa forma, Moran 
(2015) afirma que híbrido significa mistura e que a educação em si sempre teve esse 
complexo conjunto de ideias, combinando metodologias, tempo, espaço. E que a partir 
do entendimento e desenvolvimento com a teoria híbrida, ficou mais notório, perceber o 
trabalho conectado com a prática tradicional e que juntos podem atravessar fronteiras com 
experiências criativas, lúdicas, flexíveis e principalmente com mobilidade para aprender 
e ensinar de múltiplas formas. 
Hoffman (2016) apresenta que ainda no início do século XXI, pontuavam o uso 
das tecnologias e a maneira de agregar valor na educação, faria possível, visto que esta 
vinha fortemente aparecendo e já tinha perspectiva do rápido desenvolvimento para a 
sociedade em geral. Neste contexto, ganha-se força o conceito de Ensino Híbrido, 
associando a prática sustentada no tradicional junto a um novo modelo, por meio das 
tecnologias e de sua diversidade para fomentar ganhos. 
Segundo Christensen, Horn e Staker (2013) o ensino híbrido é um programa de 
educação formalizada, sendo que neste o discente aprende em consonância da 
metodologia online a qual este precisa ser colaborador para se constituir um nível 
desejável de controle sobre seu tempo, lugar, modo e que alinhado à essa 
autorresponsabilidade, encontra-se no formato presencial com seus respectivos colegas, 
docentes e em ambientes educativos, propícios e tradicionais. 
Como já mencionado, o crescimento tecnológico e a forma como se consume e 
produz tecnologia, perpassam pela necessidade de usá-las em favor da aprendizagem, 
5 
 
sempre mensurando e respeitando tamanho desafio para os profissionais que por mais 
experientes que sejam, ainda não superaram as práticas tradicionais, onde focam o 
exercício de suas funções em competências e habilidades centradas na oralidade e na 
escrita de nossas crianças e jovens, e se faz necessário ampliar esse sistema e ofertar 
recursos que permitam o acesso, a facilidade e o domínio para trazê-las a favor de sua 
aprendizagem em um contexto mais amplo e ilimitado. 
 Falar de desafios dentro do Ensino Híbrido torna-se uma temática constante, mas 
vale destacar o nível de qualidade dentro deste contexto, pois por meio de recursos 
tecnológicos, os alunos ganham dinamicidade, praticidade, integração com seus colegas 
e professores, bem como a possibilidade de ter um replay para considerar suas dúvidas e 
refletir sobre tal conhecimento que não venha a ser de fato consolidado. 
Segundo Neto (2017) o contexto no ensino híbrido não pode ser definido com a 
ideia de virtual como o oposto e diferente do real, mas como uma maneira variável de ser, 
considerando suas peculiaridades e seu processo mesmo que diversificado, mas em busca 
do mesmo resultado, a significatividade e relevância na aprendizagem. As interações 
realizadas na rede virtual são dotadas de uma realidade em potencial, onde constituem-se 
por informações das mais diversas origens, altamente integradas e com potencial para 
modificarem a estrutura do pensamento humano passivo para ativo e crítico. 
Rovai e Jordan (2004), destaca o ensino misto como pedra fundamental para a 
escola moderna. E dentro dessa situação é imprescindível adotar práticas e ideais que 
fortaleçam o processo, destaca-se a flexibilidade dos recursos humanos para acompanhar 
e gerir as demandas da nova geração e possibilitando adequação do ensino ao modo de 
como o aluno venha a aprender com o sonhado êxito. Ainda neste novo formato de ensino, 
que vincula tecnologia aos momentos presenciais, o tempo de aula não mais é definido 
como no método tradicional, pois é estendido para outras perspectivas e possibilidades. 
Os alunos podem acessar conteúdo, participar de grupos de discussão, resolver situações, 
simular cenários pedagógicos, desenvolver habilidades importantes ao seu aprendizado 
de qualquer lugar e/ou momento, desfrutando de uma experiência de significativa de uma 
aprendizagem contínua, autônoma e intensiva. 
Perceber neste processo o papel de um mediador e de um organizador de ideias 
para que entenda, aceite e acredite no potencial do ensino híbrido, no intuito de agregar 
valores ao processo educativo em suas várias esferas, é imprescindível. O professor não 
deixa de ter seu nível de protagonismo pedagógico para abrir espaço as tecnologias, mas, 
precisa iluminar outros caminhos para que aqueles que necessitem e/ou querem aprender, 
6 
 
tenham contato com a inovação e outros relacionamentos, além do contato físico e da 
comunicação verbal. Dessa forma, Carr (2010), frisa que o papel do professor precisa 
estar intrinsicamente ligado com a evolução da sociedade e para constantemente abrir o 
leque de oportunidades para desenvolver seu papel docente. 
Quebrar conceitos que estão fortemente ativos no pensamento humano é 
desafiador, desse modo, entender que o professor teve mudanças conceituais do seu papel 
de transferidor de conhecimentos para mediador de aprendizagem, é um primeiro passo 
para aceitar, que além da leitura e escrita, atualmente o alunado está desenvolvendo 
competências e habilidades superados pelas vertentes didáticas e conteudista. Mas, é 
desafiado pelo moderno processo educacional que se configura no sentindo mais amplo 
que a sociedade contemporânea construiu. Hoffman (2016) afirma claramente que a 
mudança precisa ser principiada, e deve ser primeiramente pela atitude docente, buscando 
renovação e adequação nos documentos pedagógicos. 
Ora no ambiente virtual ou no presencial, o vislumbrado avanço do conhecimento 
do professor se faz necessário, como também uma mudança de postura de professor 
detentor do saber para mediador da aprendizagem, como já supracitado. Com todo esse 
contexto debatido sobre novas metodologias, práticas, possibilidades, o ensino se torna 
uma metamorfose de conhecimento. O docente se torna um mentor que leva o aluno a 
entender a realidade e a adquirir os conhecimentos que lhe interessa, fazendo com queo 
ensino se torne centrado no aluno, nas suas capacidades e no que é cativado ao longo do 
percurso, considerando suas vivências e aprendizagens consolidadas. 
Todo esse cenário, demonstra os benefícios do ensino híbrido, enquanto 
ferramenta capaz de envolver e instruir os alunos, para que, com autonomia e 
responsabilidade, mostrem-se capazes de desenvolver o que for desafiado. Porém, 
recorrendo ao que Silva (2017) afirma nas entre linhas de seu texto, a ideia de requerer 
antes tudo, um pensamento crítico e ativo por parte dos professores, com o objetivo maior 
de contagiar seu público e mostrá-los a real capacidade em proceder com qualquer tarefa 
ou competência. Sendo assim é que o mundo educacional conseguirá superar qualquer 
atitude de passividade dentro do processo de ensino e aprendizagem, corroborando com 
diretrizes mais contemporâneas, criativas, dialógicas e principalmente abertas às 
interações cognitivas advindas pelas novas tecnologias. 
CULTURA DIGITAL COMO TENDÊNCIA EDUCACIONAL 
 Para construirmos um debate acerca da cultura digital, faz necessário entendermos 
o conceito de cultura, e embasado pelo que Canclini (2005) reflete, o mesmo apresenta 
7 
 
duas esferas de fácil entendimento e de significação sobre o termo. A primeira, parte da 
ideia da palavra utilizada no dia a dia, entendida como sinônimo de informação, educação 
e erudição. Tal diferença é fundamentada na filosofia idealista que se constrói ao longo 
da história como a conclusão de costumes, gostos, tradições. Por outra ótica, perpassa-se 
pela concepção das ciências sociais abraçando a ideia de cultura como um conceito 
científico, relativizando em decorrência do etnocentrismo e que admite a imagem de 
cultura como tudo que o homem é capaz de criar em qualquer momento histórico e 
principalmente em qualquer lugar social. O autor ainda menciona que a conceituação de 
cultura é como o valor simbólico nomeado as experiências e crenças que o homem e a 
sociedade promovem entre si. 
 Em outros termos, Barato e Crespo (2013) complementam essa ideia, afirmando 
a correspondência da cultura ao conjunto de condições sociais que criam, recriam, 
transformam valores e sentidos. Ao se caracterizar Cultura Digital, escancara-se a forma 
como estão vinculados a conectividade e o modo de se comunicar entre os pares. 
Heinsfeld e Pischetola (2017) afirmam ainda nesta linha de raciocínio, que por meio dessa 
cultura conectada, aconteceu uma reestruturação da sociedade, oportunizada pela 
conectividade e que neste ambiente novo híbrido, há a extinção dos limites entre o que se 
venera entre o real e virtual, pela oportunidade das conexões cada vez mais amplas e 
rápidas, possibilitando relações cada vez mais próximas e eficientes. 
 Visando explorar as potencialidades discentes, um dos caminhos que se discute é 
o relacionamento entre a cultura digital e a educação, pois, considerando o mundo de 
possibilidades e a gama de oportunidades ofertados pela rede virtual, professores e alunos 
entrariam em um elo cada vez mais significativo e ofertavam modelos de ensino e 
aprendizagem que estão em consonância com a sociedade contemporânea que encontra-
se imersa à tal contexto. Nesse sentido, Modelski, Giraffa, Casartelli (2019) assegura que 
a cultura digital como ferramenta pedagógica, vai além do que uma mecanicidade que já 
era trazida em formatos antigos de ensino e que por meio desta evolução global, os 
sujeitos inseridos no contexto desenvolvem a capacidade de agir em situações novas e 
descobrirem maneiras mais práticas e viáveis para consolidarem suas esperadas 
aprendizagens. Necessariamente, a conjuntura de métodos estratégicos definidos para um 
grupo ou em casos individuais que se juntam por necessidades semelhantes e/ou 
afinidades, poderá ser replicado, como também promover resultados idênticos, mas em 
outro panorama. 
8 
 
De acordo com Lopes e Melo (2014) as tecnologias digitais favoreceram a 
construção de novos caminhos para se comunicar, de forma mais rápida e com 
encurtamento de palavras, uso de ícones, ilustrações, para tornar mais eficaz a 
interpretação daquela relação verbal; Pensar (simultaneamente com uma variável de links 
abertos), lidar com informações e ter sanidade mental para administrá-las, tudo isso se 
tornou possível por intermédio do aparelho celular e/ou computador que com o acesso à 
rede de internet, predominou todo o cenário da sociedade civil, vale lembrar, que muitos 
intitulam os indivíduos nascidos no início dos anos 80, uma sociedade ou geração 
analógica. Mesmo imprimindo uma velocidade lenta para adaptação, percebe-se que tal 
lentidão é ainda mais intensa no cenário educacional, os desafios são imensos, desde a 
oferta dos recursos físicos, como também a ausência e/ou defasagem no processo 
formativo que também precisa ser investido para encontrar sucesso na implementação da 
era digital dentro das unidades educacionais. 
 Recorre-se novamente a Barato e Crespo (2013) quando sustenta a ideia de que 
para encarar toda essa discussão relativamente com a cultura digital, torna-se essencial 
compreender que não é apenas um procedimento pautado na tecnologia, mas também se 
constrói em uma ação racional. Ou seja, através de processos matemáticos e calculistas 
de produção e criação, pois o ser humano tem em suas mãos um universo novo, atualizado 
e principalmente ilimitado, tanto no sentido físico quanto espacial, pois não há restrições 
seja de qual for a natureza. É sobre o empoderamento e a autonomia que lhes é concedida 
por meio dessas novas tendências educacionais, onde refletem em resultados relevantes e 
principalmente em uma perspectiva cada vez mais moderna, acolhedora as necessidades 
pedagógicas e sociais e propriamente detentoras de qualidade e fácil acesso para 
contemplar toda sociedade, mesmo considerando aspectos econômicos e territoriais. 
 Giroto, Poker e Omote (2012) em suas produções sobre práticas pedagógicas, 
enfatizam a ideia de que por meio das tendências globalizadas que podem estar 
diretamente facilitando o processo de ensino e aprendizagem, esses suportes tecnológicos, 
tornam-se práticas altamente inclusivas, que fomenta as peculiaridades, necessidades, 
anseios por parte dos discentes e que no trabalho e planejamento docente pode-se 
mensurar e deter destes caminhos para o desenvolvimento mais pleno e eficaz. Desse 
modo, as autoras ainda destacam, que o que a instituição escolar sabe e tem em suas mãos 
não é, cabal, satisfatório para efetuar junto á este processo de inovação, pois é essencial 
que essas unidades escolares tenham auxílio para serem qualificados de abraçar tamanho 
9 
 
desafio, bem como, dispor de recursos humanos capacitados e o básico de estrutura para 
dá o ponta pé inicial ou melhorar continuamente este desempenho. 
 Schiehl e Gasparini (2016) condiz com essa ideia quando retrata a necessidade 
constante de transformar o universo educacional em espaços e processos motivadores e 
totalmente intencionais ao completo aprendizado, e no intuito de desenvolver habilidades 
aos indivíduos deste cenário, para serem profissionais pesquisadores, críticos e tomadores 
de decisões embasados em conhecimentos científicos, respeitando as limitações do 
empirismo. Os autores ainda evidenciam uma distância entre essas propostas 
educacionais tecnológicas e a real situação da sala de aula e que essa lacuna existe não 
por conta de domínio ou recursos como hardwares ou Softwares, mas sim de ter uma ótica 
de que esses recursos venham a resolver ou saciar certas dificuldades tantos de estudantes 
como dos próprios profissionais e que possibilitem uma melhora contínua no processo de 
ensino e aprendizagem. Não é sobre apenas deter dessas tecnologias, mas a maneira como 
utilizá-las dentro do ambiente escolar. 
 Em concordância com Andrade (2019), a instigação da escola face ao novo 
modelo de sociedade fundamentada pelas tecnologias e seusavanços, direcionam a 
reinvenção, uma maneira de pensar na participação cada vez mais ativa por parte dos 
estudantes, que trazem consigo informações, contextos e originalidade do mundo 
“online”, compreendendo que essa perspectiva de constituição do conhecimento não pode 
ser paralisada ou meramente engessada, onde não deve ser limitado nas paredes concretas 
da escola. Muito se fala no ensino superior, sobre pesquisa e extensão, mas é notório a 
defasagem dessas vertentes, bem como de políticas educacionais, que precisam 
urgentemente de discussões e líderes intuitivos, visionários, inovadores, criativos, pois 
são peças importantes na promoção de práticas e iniciativas para obter sucesso. 
 Ainda no cenário do autor, para acontecer uma ruptura no uso e nos costumes que 
ainda estão fortemente ligados ao conceito de educação e de suas iniciativas, é 
indispensável pensar nos discentes como sujeitos ativos e por outro lado reconsiderar os 
espaços escolares sem fronteiras (representadas pelos portões das escolas) ressignificando 
as distâncias físicas e corporais, no qual essas tendências tecnológicas educativas, novas 
metodologias e modos de ensinos, junto com a ideia de grande potencial inovador, 
desabrochem como dispositivos para construção de conhecimentos e principalmente para 
consolidarem habilidades e desenvolvimento de competências cognitivas. 
 
10 
 
PRINCIPAIS DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DO ENSINO HÍBRIDO E OS 
MODELOS UTILIZADOS 
 Mediante tudo já discutido ao longo dessa pesquisa, percebemos que os 
instrumentos digitais e tecnológicos podem colaborar diretamente no processo ensino e 
aprendizagem e que para uma eficiente utilização do Ensino Híbrido no contexto escolar 
é essencial pensar em uma mutação que abranja o fornecimento de infraestrutura 
adequada com seus respectivos equipamentos, profissionais formados e capacitados para 
desenvolverem este processo, acordo curricular junto as práticas de sala de aula, uma 
ótica especial para a vertente de avaliação, iluminado por esses caminhos é que a 
instituição escolar venha a imprimir com efetividade a prática do ensino híbrido. Nessa 
seção, discutiremos sobre as principais provocações dessa implementação, assim como 
apresentar modelos e experiências dessa forma de se fazer educação. 
 Segundo Castro (2015) sobre colocar o ensino híbrido em prática, não há receitas 
prontas, faz-se necessário elaborar próprias formas de problematizar, de desafiar, de 
instigar o corpo discente junto a cada componente, perceber seus respectivos níveis, e 
óbvio, o público alvo enquanto membros envolvidos nesse ambiente. Por intermédio 
desse modelo híbrido de ensino, o feedback entre os pares sociais é o maior sinal de 
efetiva capacidade do aprimoramento das práticas. É função do professor junto a gestão 
escolar, querer sair do mundinho, das quatros paredes da sala de aula, e abrir espaço para 
a troca de experiências afim de torna-los mais aptos as inovações, novas implementações 
como também oportunizar a si mesmo, o aprimoramento profissional. E para que o 
docente esteja pronto para essa implementação, a gestão precisa ter uma ótica de 
investimento para corroborar com essa teoria de mudança, mesmo que com passos lentos. 
 Atenta-se para a necessidade que emerge de uma formação complementar para os 
professores se atualizarem frente a modernização das práticas pedagógicas como as 
transformações socias contemplando uma educação mais integral. No intuito claro, de 
esquecer a ideia de expositor de conteúdos para uma atuação mais completa, facilitando 
a aprendizagem com o devido uso das tecnologias. Kanashiro (2018) muito além de 
repassar conteúdos e conhecimentos o docente é dimensionado á criar uma relação mais 
estreita com seu público, estabelecendo conexões positivas e efetivas e conhecendo a real 
situação da realidade que estão imersos para amparar sua formação com competências e 
habilidades não apenas cognitivas, mas, tornar o aluno como protagonista, sujeito de um 
meio social e que tenha pensamentos críticos e de relevância para fundamentar futuras 
decisões. 
11 
 
De acordo com Viegas (2020) uma das discussões é a recorrência ao maior nível 
de dificuldade dentro desse contexto híbrido, é a personalização da avaliação, pois, 
conforme a autora, fortalece seu discurso de enxergar como primeiro passo, o diagnóstico 
para fomentar, entender e agregar valor ao planejamento docente, e dessa forma, verifica-
se tudo o que o estudante já sabe para prosperar no decorrer do processo, e não apenas 
limitar a ação de avaliar no final do ciclo. É preciso rasgar a ideia de avaliação apenas 
pelo viés métrico e quantitativo, mas, tomar como base a perspectiva qualitativa. Destarte, 
a integração e abertura das tecnologias digitais recorrem a todas essas reflexões, bem 
como a fortalecer as ideias estrategistas de organização dos estudantes no ambiente de 
aula, nos momentos presenciais, para favorecer a condução dos encaminhamentos e ações 
de personalização, por níveis, como exemplo, visando sempre o êxito em todas as etapas 
e tarefas que propõem o modelo debatido neste estudo. Ainda sobre avaliação, o 
trabalho docente baseia-se também na prática de avaliar constantemente seus estudantes, 
e que tal prática, dentro do contexto híbrido, tem como objetivo maior o de reconhecer as 
intervenções que precisam ser realizadas no momento correto. Como citado 
anteriormente e exemplificando a ideia do autor sobre a relevância do diagnóstico, este 
pode ser desenvolvido com base em quiz ou dinâmicas intencionais que possibilitem ao 
professor, vislumbrar essa proficiência e tudo aquilo que o aluno traz consigo, seja suas 
vivências sociais, culturais, costumes, conhecimentos já adquiridos, afim de desde as 
iniciativas da construção desse método, possam saber o real papel de cada envolvido neste 
universo. 
Mazur (2015) cita que quando se contextualiza metodologias ativas, de início é 
necessário desconstruir a ideia ultrapassada que aprendizagem é uma atitude passiva, 
mecânica e receptiva. E dessa forma, colocar os sujeitos envolvidos no processo 
educacional na construção desse conhecimento e da significativa aprendizagem, 
entendendo que tanto o educando como o educador, estão buscando determinados 
conhecimentos. 
Recorremos a Moran (2017) quando encaminha sua abordagem sobre a 
sistematização que configura o sistema híbrido, onde precisa ser interligada e integrada, 
ou seja, ligando por várias áreas de conhecimento (componentes curriculares, campos de 
conhecimentos específicos), para promover uma visão humanista, com amplitude 
máxima de conhecimentos, sustentável pedagogicamente e com aplicação criativa 
contextualizada em diversas formas de saberes. Vale destacar, que este quando 
reconfigurado, deve contemplar três processos e deixa-los em equilíbrio: a aprendizagem 
12 
 
personalizada, a aprendizagem entre pares e aprendizagem mediada por pessoas mais 
preparadas (professores, orientadores). 
Na aprendizagem personalizada é quando cada um pode seguir pelos seus 
caminhos, adaptando e respeitando seu ritmo, expectativa, estilo, situação e ter autonomia 
para compor seu currículo, escolhendo atividades e conteúdos que em sua visão é mais 
pertinente, sempre com colaborações junto aos seus pares, é a personalização total ou 
parcial. Na aprendizagem Entre Pares, contempla-se a integração com os mais distintos 
grupos de maneira interligada. E na Aprendizagem Mediada por pessoas mais 
experientes, preparadas é sempre lembrando a figura do mediador, exemplificando, são 
os profissionais colaborativos, docentes, mentores, orientadores, líderes de sala. Com 
isso, consideramos que toda essa teoria é híbrida porque possibilita integração de tempos, 
atividades e espaços, superando a divisão entre o presencial e virtual, mas, combinando-
as e trabalhando com otimização para oferecer o que cada uma tem de melhor e o que 
venhaser mais apropriado para a aprendizagem de cada tipo de pessoa. 
Oliveira (2019) sugerem uma divisão mais acentuada do ensino híbrido em quatro 
modelos: Rotação, Flex, À la Carte e Virtual Enriquecido ou Aprimorado. O modelo 
Rotação descentraliza para quatro tipos: 1. Rotação por estações, onde possibilita 
modificar o espaço e a condução das aulas por intermédio do professor, em grupos 
menores, permitindo aos estudantes aprenderem tanto de forma virtual quanto 
colaborativa. 2. Laboratório Racional, os alunos circulam em diferentes espaços. O 
docente pode ficar na sala tradicional com um grupo, enquanto o outro estará realizando 
alguma tarefa diferenciada com a mesma linha de conhecimento, de modo online. 3. Sala 
de Aula Invertida, basicamente reverte papeis, o estudo de teoria e conceitos, passa a ser 
realizado em casa, na sala o mediador planeja uma ação que estes conhecimentos venham 
a ser compartilhados. 4. Rotação Individual, o aluno tem uma série de tarefas para serem 
somadas em suas respectivas rotinas. O controle é somente do aluno e ele pode definir 
quando estará preparado para um processo avaliativo que venha a participar do mesmo. 
 No modelo Flex, tem a prática virtual como principal método. Mas, os alunos 
precisam cumprir agenda diária nas unidades escolares, com uma rotina flexível 
agendada. Aumenta-se a personalização, visto que os alunos têm peculiaridades em suas 
rotinas e não obrigatoriamente podem ser agrupados por série. No modelo À la Carte, o 
foco é no ensino online. E semelhante ao modelo anterior, o aluno tem uma lista de tarefas 
que precisam do real cumprimento, existindo a presença do tutor que auxilia diretamente 
ao processo. No modelo Virtual Aprimorado ou Enriquecido, também acontecendo de 
13 
 
maneira online, o complemento com os encontros presenciais são mais intensos e 
vislumbram o acompanhamento periodicamente com tutores. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Condizente as discursões e teorias apresentadas ao longo do estudo, é nítida a 
relevância e capacidade que o Ensino Híbrido de fato implementado resulta, pois, abre 
um grande leque de oportunidades para aperfeiçoar o processo de ensino e aprendizagem, 
de modo á suprir as necessidades da atual geração, proporcionando com intencionalidade 
pedagógica inúmeros valores didáticos que encaram os desafios contemporâneos com 
muita dinamicidade, flexibilização, interação, autonomia, inovação, para o contexto atual 
e principalmente fazer um elo para as futuras gerações e suas novas expectativas. 
 Este trabalho apresentou um chamado á grandes reflexões sobre a eficiência e a 
própria efetivação de tal processo tanto para o ensino como para as instituições 
educacionais. A sociedade encara a modernização tecnológica com muita aceitação, e é 
muito visível, desse modo, é preciso iniciar uma luta para elaboração de políticas que 
venham a garantir uma nova organização que de fato atenda as demandas atuais e 
facilitem o desenvolvimento de habilidades mais expressivas, expandindo para além das 
intelectuais e conteudistas, as cognitivas, que como mencionado no desenvolvimento, são 
as que surtem maior efeito na assertividade de uma tomada de decisão eficaz. 
 É importante salientar que para concretização e configuração do ensino híbrido nos 
ambientes escolares, parte pela conectividade com as novas tecnologias, incluindo as 
redes de internet, permitindo entrelaçar os espaços disponíveis de aprendizagem junto ao 
arranjo dos processos de ensino, claro que com adaptação e respeito as peculiaridades de 
cada contexto e situação. Outra vertente que pode-se ressaltar, é que de acordo com as 
teorias de grandes autores apresentados, o híbrido não reproduz ou assemelha-se a 
atividades de repetições, ou seja, utilizar essa perspectiva de ensino, prolifera-se ideias de 
novas transformações no âmbito educativo e estende-se a caminhos de desenvolvimento 
de criações, como também, a pesquisa e extensão. 
 A ingenuidade não pode tomar conta dos pensamentos dos profissionais da área 
educacional, não se pode fechar os olhos para tamanha mudança em tão pouco tempo, 
pois, paralelo a todo esse contexto de um novo roteiro que se pode seguir, enche os olhos 
de esperança acreditando em um novo rumo para Educação, mas, pode-se mencionar o 
grande marco, negativamente falando, da Pandemia causada pelo COVID-19, onde 
desestabilizou as unidades de ensino, principalmente nas escolas de ensino fundamental 
porque até então, crianças e jovens eram proibidas de utilizar o aparelho celular dentro da 
14 
 
sala de aula, e hoje, este é a principal ferramenta cabível para diminuir os efeitos no viés 
escolar e consolidar através de novas metodologias, diversas aprendizagens. 
 Desse modo, debatido sobre a luz que o híbrido apresenta e o novo contexto moderno 
que a cada dia propaga-se, é inquestionável a readaptação que a educação precisa se 
constituir. Aumentar os investimentos para a estabilidade financeira abrindo portas de 
reengenharia física e pedagógica por parte dos nossos governantes é fundamental, mas, 
também ao lado desses recursos, é necessário o olhar de mudança que professores e 
demais colaboradores tenham para aceitar, entender, acreditar e até então contagiar seus 
respectivos públicos para a tão sonhada mudança, sair do discurso que a educação mudou 
e ser agente da real mudança para se comprovar embasamento verídico nessas afirmações. 
 Para que aconteça de fato a implantação do ensino híbrido, antes de tudo, é quebrar 
as barreiras enraizadas do ensino tradicional, não o esquecer totalmente, mas mensurar 
seus aspectos positivos e negativos, para depois planejar e unificar para a proposta 
híbrida. Sabe-se que não é uma mudança rápida, e não acontecerá do dia pra noite, mas, 
é preciso iniciar o quanto antes para que a nova geração não seja marcada pelos prejuízos 
decorrentes de metodologias inércias ao que se espera. Docentes que sejam críticos e 
ativos é essencial para mediar as propostas aqui apresentadas, estes que por sua vez tem 
em suas mãos o empoderamento com os estudantes para seguir passos para 
posicionamentos autônomos, pautados pelo senso crítico e fundamentos teóricos. 
 Freire e Guimarães (2013) em uma obra encantadora sobre a prática do educar com 
a mídia, aborda a temática sobre educação transformadora por meio das possibilidades 
tecnológicas imersas à sociedade e vem de encontro ao diálogo perpassado por este 
estudo. Os autores realizam questionamentos reflexivos para os métodos pedagógicos, 
sobre se a escola se utiliza de ignorância, comportando-se como adversária, ou fará parte 
do mesmo time como aliadas as tecnologias. Nesse sentindo, frisam que a cultura 
contemporânea necessita do uso tecnológico, desempenhando papel cada vez mais 
importante para uma educação sustentável, criativa e crítica. Tudo isso, corrobora com as 
atitudes precisas que o ensino necessita para proporcionar seu pleno desenvolvimento. 
 E a partir de tais mudanças, pode-se sonhar com a superação das atitudes passivas e 
receptoras que a educação em sua maioria promove em seu processo de ensino e 
aprendizagem e ir de encontro as propostas mais dialógicas e abertas ofertadas pelas 
novas tecnologias. Contudo, para a eficácia da vertente híbrida é necessário ser bem 
planejada para contribuir efetivamente com as atuais demandas. Por fim, a pesquisa 
destaca os benefícios do ensino híbrido, bem como, discorre sobre seus respectivos 
15 
 
desafios. Também direciona temáticas para prosperar a discursão e ampliar o debate. 
Dessa forma, contextos que estejam alinhados as discussões sobre a formação de 
implementação do ensino híbrido, ampliação dos novos horizontes perpassados pelo novo 
olhar da prática educacional sempre abrindo espaço para opiniões paralelas ou 
divergentes sobre os princípios e crenças da educação híbrida, são de fato, iscas para 
futuras pesquisas e estudos cada vez mais contemporâneos.16 
 
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