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CONJUNÇÃO E PREPOSIÇÃO
 De acordo com a NGB, as palavras são divididas em classes ou categorias gramaticais. Isso porque, evidentemente, cada classe ou categoria tem funções específicas dentro da língua portuguesa no que se refere aos seus usos efetivos. Portanto, por mais que alguns conteúdos gramaticais tenham sido ensinados na escola por meio do famoso “decoreba”, precisamos levar em consideração que as palavras não têm sentido se isoladas no tempo e no espaço. Para exemplificar, basta ver que as profissões também têm suas categorias: professores, advogados, médicos, psicólogos, etc. Isolados, fora de seus contextos, são apenas títulos, mas têm função específica dentro de seus respectivos contextos. 
Saiba mais NGB é uma sigla que significa Nomenclatura Gramatical Brasileira, que se refere ao conjunto dos vocábulos estabelecidos para uso na gramática. A NGB tem por objetivo padronizar a nomenclatura gramatical em uso no país, nas escolas e na literatura didática. Fonte: Siglas..., S.d. 
Desse modo, as preposições e as conjunções são duas categorias que têm a função de fazer ligações entre as palavras, frases, orações. Elas são conectivas, isto é, conectam uma oração à outra, uma palavra à outra. Se retiradas da oração, não possuem sentido. Observe: 
 • Dormiu ao volante • Dormiu no volante
 A preposição a, no primeiro caso, traz a ideia de duração, ou seja, enquanto dirigia acabou dormindo; já no segundo caso, a preposição em deixa claro que a pessoa dormiu em cima do volante. Se retirarmos a primeira e a segunda preposições (a e em) das orações acima, elas são apenas classificáveis dentro da categoria, isto é, são consideradas como preposição essencial ou acidental. Porém, exercem função dentro da frase, conforme os exemplos acima; são elas que determinam o sentido da oração. Sendo assim, por menor que seja a unidade significativa, ela exerce uma função dentro do contexto que pode comprometer o sentido do texto, caso não esteja adequado. Torres (2007, p. 67), em seu livro Sobre pessoas, traz a seguinte história: 
Conta-se que se encontrava Rui Barbosa em ônibus que fazia a viagem entre São Paulo e Rio de Janeiro, quando o passageiro a seu lado – querendo “prosear” – disse-lhe: 
– Eu estou indo “pro” Rio de Janeiro. 
– O senhor mora lá?
 – Não. Moro em São Paulo. 
– Mas vai permanecer lá por muito tempo? 
– Não senhor. Vou voltar amanhã mesmo. 
– Então, asseverou Rui, o senhor não vai PARA, o senhor vai AO Rio de Janeiro. 
 O homem nada mais disse. Estranhando seu silêncio, Rui indaga:
 – Restou alguma dúvida? – Sim. Eu não sei se devo mandar o senhor A ou PARA... 
 No exemplo a seguir, vamos observar um exemplo de conjunção: 
1. Quando nos casarmos, vamos fazer assim e assim.
 2. Se nos casarmos, vamos fazer assim e assim. 
 No exemplo 1, a conjunção quando traz subjacente a ideia de tempo, isto é, no devido tempo nos casaremos e faremos assim. Todavia, no exemplo 2, a conjunção se traz a ideia de possibilidade, isto é, pode ser que aconteça ou não. A correlação de sentido em cada uma das orações muda o propósito comunicativo. Ao usar a palavra ou o termo quando, a afirmativa ou frase pressupõe que essa relação amorosa esteja indo bem e eles fazem planos de casamento. Entretanto, se o parceiro (a)(x) mudar de conjunção, é melhor ficar atento porque esse namoro pode já ter afundado e um dos dois ainda não percebeu.

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