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Morfossintaxe

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MORFOSSINTAXE
 A palavra pode ser estudada separadamente, analisando apenas a classe gramatical, ou seja, a morfologia. Entretanto, também se pode estudar com base na função que a palavra exerce dentro da oração, isto é, a sintaxe. Quando se estuda a palavra dentro da frase, envolve-se a forma e a função. É quando se está diante da chamada morfossintaxe.
A morfologia e a sintaxe são disciplinas da vida acadêmica e da vida real, que nos ajudam a alcançar um estágio superior na compreensão do mundo em que vivemos, ela leitura e pela escrita, pela expressão oral e pela necessidade de ouvir (Henriques, 2009, p. 9).
 Logo, é preciso sempre levar em consideração o contexto em que as palavras estão inseridas. Por exemplo, animal é um substantivo que pode sofrer variação de número, quando descontextualizado. Todavia dentro do anúncio “Aqui você irá encontrar estratégias para debulhar aquele jogo animal”, a palavra animal deixa de ser substantivo, passa a exercer a função de adjunto adnominal e assume as características de um adjetivo, com o sentido de muito bom, ou com muita adrenalina. 
No primeiro caso, a análise foi morfológica; já na segunda, morfossintática. Ao analisarmos a questão da morfossintaxe, é preciso examinar os sintagmas e verificar como eles funcionam dentro do texto. 
O que são sintagmas? 
Sintagmas são associações de palavras que, por meio da combinação de elementos língua, anunciam propósito. Essas combinações vão se encaixando em conjuntos e subconjuntos que funcionam como palavras articuladas dentro da unidade maior que é a frase. Essas unidades de sentido e com funções sintáticas são chamadas de sintagma (Castilho, 2016). 
Ex.: 
A grande orquestra tocou suavemente. 
Temos, no exemplo acima, o sintagma nominal “a grande orquestra” e o sintagma verbal “tocou suavemente”. Em outras palavras, referem-se aos termos essenciais da oração, ou seja, “a grande orquestra” é o sujeito e “tocou suavemente”, o predicado. São dois conjuntos que se relacionam pelo significado e pela concordância. Com essa articulação, é possível montar uma estrutura básica em língua portuguesa que permite ao falante criar inúmeras outras orações. Basta substituir o sintagma nominal ou sujeito por sinônimos: o músico, a banda, o sino, etc. A mesma situação ocorre com o sintagma verbal ou predicado que pode ser substituído por outros correlatos como: “embalou os noivos”, “não tocou”, “desafinou” etc. Além dessa estrutura básica de sujeito e predicado ou sintagma nominal e verbal, podem ser acrescidos outros elementos morfossintáticos que funcionam como determinantes ou modificadores, quando acrescidos ao sujeito ou sintagma nominal, e adverbiais e preposicionais, quando acrescidos ao predicado ou sintagma verbal. 
Vale destacar que, ao usar o termo sintagma, a perspectiva de estudo se dá a partir do funcionalismo, ao passo que os termos sujeito e predicado nos remetem a uma perspectiva da gramática normativa. Observe os exemplos a seguir: 
As sementes do reggae frutificam alucinadamente.
 A junção dos sintagmas forma a oração, sendo que: 
1.“As sementes do reggae” são o sintagma nominal; 
2. “frutificam alucinadamente” é o sintagma verbal; 
3. “Frutificam” é núcleo do sintagma verbal e
 4. É o sintagma adverbial circunstancial. 
As sementes do reggae frutificam alucinadamente. “As sementes do reggae” é o sujeito, sendo que: 
 Sementes: núcleo do sujeito (substantivo) 
 As: adjunto adnominal (artigo) 
 Do reggae: adjunto adnominal (locução adjetiva)
 “Frutificam alucinadamente” é predicado, sendo que: Frutificam: núcleo do predicado e verbo intransitivo (verbo) 
 Alucinadamente: adjunto adverbial de modo (advérbio). 
 Portanto, a ligação entre as palavras estabelece uma correlação que constrói um sentido e as articula sintática e morfologicamente entre si.

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