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Farmacologia veterinária p4 Farmacologia do Sistema Respiratório · As afecções do sistema respiratório têm variadas etiologias de origem infecciosa, parasitária, alérgica ou multifatorial >> diagnóstico correto para o agente agressor. · Identificar a causa respiratória e iniciar tratamento específico pra a doença do sistema respiratório. PRINCIPAIS FÁRMACOS Associados à terapias específicas Causa da enfermidade >> a causa da alteração >> associação de fármacos com terapias específicas Alívios dos sintomas do sistema respiratório: · Expectorantes; · Antitussígenos ou béquicos; · Broncodilatadores; · Descongestionantes (anti-helmínticos e agonistas beta-1 adrenérgicos; · Estimulantes respiratórios ou analépticos; · Anti-inflamatórios (coadjuvante que auxilia na recuperação do paciente). Expectorantes · Sistema mucociliar – movimenta fluidos produzidos pelas células caliciformes e glândulas brônquicas; · Fundamental importância no processo de defesa dos pulmões; · 1. Grande barreira (porção inicial do trato respiratório superior até a região traqueobrônquica. · Em condições normais – 95% de água, 5% carboidratos, lipídios, Igs, enzimas e outras proteínas. · Solução salina nos cílios facilitando a movimentação de partículas para fora do organismo; · Em condições patológicas o muco torna-se mais viscoso – mudança na proporção de água e outros elementos (mucoplissacarídeos e proteínas); · Objetivo da terapia – aumento do catarro e menor viscosidade. · Expectorantes reflexos – iodeto de potássio, guaifenesina; · Expectorantes mucolíticos – bromexina, n-acetilcisteína · Expectorantes inalantes – nebulização – uso em veterinária? Pouco uso em veterinária! (fluidifica o catarro, aumentando o teor de água). Usado em pequenos. Expectorantes mucolíticos · Diminuem a viscosidade das secreções; · BROMEXINA · Aumento da função lisossômica = hidrolise das fibras de mucopolissacarídeos do catarro; · Outros efeitos: aumento IgG’s no muco e apresenta um efeito broncodilatador; · Poucas informações sobre o uso em animais; · Pode ser encontrado associado com antimicrobianos; · DEMBREXINA · Metabólito ativo da bromexina – uso em equinos; · Ação nas células serosas das mucosas nasal, traqueal e brônquica e células alveolares tipo II = aumento de produção de surfactante. · N-ACETILCISTEÍNA · Ação mucolítica – quebra ligações dissulfídricas das mucoproteínas; · Uso por inalação associado com a isoprenalina – evitar broncoespasmo; · Xarope p/ uso oral – estudos nas diferentes espécies; · É biotransformada em compostos que contêm enxofre – cuidado com hepatopatas · Promove inativação de antibióticos do grupo das penicilinas, tetraciclinas. Medicamentos em formatos de aerossol não deve ser utilizado junto com acetilcisteína! Antitussígenos (béquicos) · Tosse – defesa e limpeza da árvore respiratória (reflexo), importante! · Tosse crônica, contínua e improdutiva – enfisema e fibrose; · Receptores irritantes: das células epiteliais até árvore traqueobrônquica – numerosos em volta do hilo pulmonar e bifurcação da traqueia; · Estimulados por deformação mecânica – broncoconstricção (estímulo primário para o início da tosse); · Subst. Broncoconstrictores – Ach, histamina, serototnina, leucotrienos, prostaglandinas pode estimular o reflexo da tosse · São fármacos para inibição ou controle da tosse; · Identificar a tosse pode ter origem cardíaca. Pacientes cardiopatas (comprime a bifurcação da traqueia), receptores irritantes estimulados interpretam como corpo estranho, mandam informações para o SNC, provando tosse contínua. · Não são usados isoladamente – associados a expectorantes mucolíticos; · Objetivo: diminui gravidade e frequência da tosse; · Deve-se identificar a causa da tosse!! · Agem no SNC – inibição das respostas do centro da tosse; · Agentes narcóticos – codeína, butorfanol; Ação depressora do SNC do centro da tosse; Fármacos que causam menor dependência. · Agentes não narcóticos – dextrometorfano e noscapina. O primeiro usado com mais frequência. ATENÇÃO! Não devem ser utilizados em pacientes com secreção abundante! Antitussígenos narcóticos Sujeitos a notificação de receita ou receita de controle especial. · CODEÍNA · Derivado de ópio – potente antitussígino; · Características analgésicas moderadas; · Uso VO – rápida absorção; · Duração de efeitos – 3 a 4h; · Efeitos colaterais - vômitos, constipação, sonolência (cães) ou excitação (gatos); · BUTORFANOL · 20 X mais potente que a codeína c/ duração 2X maior; · Potente analgésico – 5 a 7x a da morfina; · Uso via SC – 2 a 4X/dia – tratamento antitussígeno; · Custo elevado, levemente sedativo. Antitussígenos não-narcóticos · DEXTROMETORFANO · Opióide sintético não narcótico; · Efeito 20X maior que o butorfanol e similar ao da codeína; · Não causa depressão respiratória nem dependência; · Efeito analgésico mínimo; · Poucas informações sobre uso em animais; · Levodropopizina (1 GTA/KG) boa resposta no alivio da tosse crônica, cardiopatia auxilia Broncodilatadores · Usado no tratamento de asma, prevenção da broncoconstricção (melhora da ventilação do paciente); · Agonistas beta-adrenérgicos – adrenalina, efedrina, isoproterenol; · Metilxantinas – teofilina; · Anticolinérgicos – atropina, escopolamina; · AGONISTAS BETA-ADRENÉRGICOS · Efeito broncodilatador: · Ação direta no músculo liso bronquiolar; · Inibição da liberação de serotonina e histamina pelos mastócitos e do TNF-alfa; · Estimulação dos cílios, baixa viscosidade do muco; · Agonistas beta-2 seletivos – Salbutamol, Terbutalina, Clembuterol, Albuterol (nebulização); · Tratamento mais crônico. · METILXANTINAS · Inibição competitiva da fosfodiesterase = aumento cAMP; · Mais utilizado para obstruções agudas · Teofilina – dimetilxantina relacionado à cafeína; · Teobromina; · Cafeína; · Aminofilina – teofilina+etilelodiamina (bloqueador de H1) potencializa p efeito final do broncodilatador. Seu aumento provoca: Diminui desgranulação de mastócito; Inotropismo e cronotropismo positivo; Relaxamento da musc. Lisa bronquial = broncodilatação Cuidado em pacientes cardiopatas! · Efeitos adversos da teofilina; · Excitação do SNC (insônia e tremores); · Alterações gastrointestinais – vômitos; · Estimulação cardíaca; · Aumento da diurese; · Advém do uso frequente. · ANTICOLINÉRGICOS · Inervação do musculo liso bronquial – SN parassimpático; · Bloqueia secreções e tem ação parassimpatolítica; · Mec. De ação – antagonismo competitivo da Ach · Principal representante – atropina (alcaloide – bloqueio de secreções) · Alcaloide extraído da Atropa beladona; · Diminui secreção no trato respiratório; · Ação broncodilatadora; · Midríase; · Previne laringoespasmo; · Diminui peristaltismo e a secreção no trato GI; · Bloqueio vagal – taquicardia · GLICOPIRROLATO – não existe no Brasil; · Mais seletivo do que a atropina; · Não atravessa a BH – sem efeitos centrais; · Usado em equinos para tratar a DPOC; · IPATRÓPIO – uso em humanos para asma; · Medicina veterinária restrito a cavalos; · Efeito máximo em 30 min, durando 3-5h. Descongestionantes Tratamento das rinites e sinusites alérgicas e virais. · ANTI-HISTAMÍNICOS (antagonistas de H1) · Função importante na broncoconstricção e tosse; · Clorfeniramina (polaramine); · Hidroxizina (hixizine); · Difenidramina (benadryl). · AGONISTAS ALFA-1 ADRENÉRGICOS · Causam vasoconstricção; · Efedrina – efeitos sistêmicos: hipertensão, alterações cardíacas, retenção urinária...; · Usar como spray nasal; Estimulantes respiratórios (analépticos) Pacientes com depressões severas da respiração; Frequência respiratória reduzida. · DOXAPRAM · Ação estimulante em quimiorreceptores carotídeos e aórticos; · Estimula o centro respiratório no SNC – estimulante bulbar; · Doses elevadas – convulsões; · Usados para antagonizar efeitos depressores da xilazina, acepromazina, barbitúricos; · Efeitos colaterais – náuseas, agitação e tosse; Atenção! Verificar se as vias aéreas estão desobstruídas. Antinflamatórios · AINES e AIES – reduzem o edema da mucosa brônquica – alívio da tosse; · Corticoides– processos asmáticos crônicos · Corticoide melhora a passagem de ar e efeito antinflamatório da mucosa; · Broncodilatador ação relaxante da musculatura lisa.
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