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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACID WYDEN ALANES VITÓRIA FERREIRA CUNHA SOUSA ISABELA CRAVEIRO MOREIRA ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. ALTA MÉDICA-TRF-2 TERESINA 2021 ALANES VITÓRIA FERREIRA CUNHA SOUSA- 202103535021 ISABELA CRAVEIRO MOREIRA- 201851113525 ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. ALTA MÉDICA-TRF-2 O presente trabalho trata- se de uma análise crítica sobre a alta médica, a partir de uma jurisprudência do TRF-2 sobre a inexistência de pressupostos da Responsabilidade Civil do Estado. TERESINA 2021 • EMENTA; ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. SAÚDE. ALTA MÉDICA. INEXISTENCIA DE PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. APELAÇÃO DESPROVIDA. 1.O Autor, ora Apelante, alegou na petição inicial que foi transferido para o Hospital Central do Exército - HCE, do Rio de Janeiro, onde foi internado em 25/08/2009, com indicação de cirurgia e, após receber o tratamento médico, recebeu alta em 15/10/2009, sem ter realizado cirurgia. Mencionou que, em 04/11/2009, foi internado no Instituto Nacional de Cardiologia do RJ, por ter piorado sua situação, tendo sido submetido à cirurgia cardíaca de emergência para substituição de sua válvula aórtica, com alta médica em 24/12/2009. Referiu que ficou com sequelas, o que comprometeu o exercício da carreira militar, decorrente da alta médica. 2. Na Apelação, relatou toda a ocorrência médica, concluindo que foi vítima de erro, uma vez que, ao ter alta médica, ficou com sua saúde mais debilitada. Sustentou a existência de nexo de causalidade e postulou a reforma da Sentença. 3. A Responsabilidade Civil do Estado está prevista no art. art. 37, § 6º e baseia-se na Teoria do Risco Administrativo, cujos pressupostos para sua configuração são: 1) ação/omissão, 2) nexo de causalidade 3) resultado. No caso dos autos, embora tenha sido demonstrada a ação, não restou suficientemente comprovado que a mesma foi a causa direta e imediata do dano causado, conforme bem destacado pela Sentença de primeiro grau, cuja fundamentação adota-se como razões de decidir. 4. Cabendo à parte Autora comprovar o fato constitutivo de seu direito, nos termos do art. 373, I, do CPC/15 e não havendo prova de que as condutas médicas foram a causa direta e imediata do agravamento de sua saúde, não há que se falar em Responsabilidade Civil do Estado. 5. Não se pode exigir do Estado a cura da patologia e tampouco o sucesso absoluto do tratamento, mas apenas a necessária diligência, o que não se demonstrou inequivocamente ausente no caso em análise. Não tendo havido comprovação de que a ação da Apelante causou o agravamento do estado de saúde do Recorrente, bem como não tendo sido comprovado o abalo moral por ele sofrido, já que não há prova mínima disso nos autos, deve ser 1 integralmente mantida a Sentença de primeiro grau. 6. Apelação conhecida e desprovida. Honorários Recursais fixados em 1%, nos termos do art. 85, § 11, do CPC/15. (TRF-2 - AC: 00161313220104025101 RJ 0016131- 32.2010.4.02.5101, Relator: GUILHERME DIEFENTHAELER, Data de Julgamento: 21/11/2018, 8ª TURMA ESPECIALIZADA) • RESENHA A Jurisprudência trata-se de uma Apelação Cível,que tem como Relator o Desembargador Federal Guilherme Diefenthaeler, em face da Sentença de fls. 578/581, que julgou improcedente o pedido de pagamento de indenização por danos morais, na qual fora formulado em face de União Federal. O apelante relatou toda a ocorrência médica e chegou à conclusão que foi vítima de erro, pois ao ter alta médica, ficou com sua saúde bastante enfraquecida. Segundo este, há em seu caso a existência de nexo de causalidade (Responsabilidade Civil está prevista no art. 37, § 6°. Tem como conteúdo a Teoria do Risco Administrativo, na qual são pressupostos para sua configuração: 1. Ação/Omissão. 2. Nexo de Causalidade. 3. Resultado). Entretanto, o Ministério Público, em seu parecer de fls. 608/611, opinou pelo desprovimento da Apelação. O Instituto da Responsabilidade, está relacionado com uma obrigação, ou melhor, relaciona-se a um dever jurídico que surge para o indivíduo, em efeito de um fato praticado por este, assim corresponde a uma obrigação que ele possuirá para incumbir-se de consequências jurídicas referente a tal ação praticada, logo, traz a ideia como de reparação de um dano. Assim, caso determinado indivíduo faça algo que contradiga a Legislação e está em contraposição traga consigo uma consequência, tal indivíduo será então responsabilizado por sua conduta. Por conseguinte, a responsabilidade também permeia a Administração Pública, visando coibir a atuação de forma arbitraria pelos servidores públicos, isso porque, o Estado preza pelo interesse da sociedade, de tal maneira que os servidores públicos sejam qualificados e igualmente comprometidos, com o intuito de maximizar a eficiência de suas funções, evitando possíveis prejuízos, tanto a terceiros, como a própria Administração Pública.
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