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Formas de Conhecimento e Paradigmas Científicos

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Parte 1: O Conhecimento e suas formas
	Sumário
	Parte 1.1: Conceito e transmissão de conhecimento
	Parte 1.2: Paradigma e revoluções científicas
	Parte 1.3: As diferentes formas de conhecimento
Parte 1.1: Conceito e transmissão de conhecimento
A capacidade de produzir conhecimento é algo inerente à natureza humana. 
Exemplo: Sistemas Peritos na contemporaneidade (Anthony Giddens).
O conhecimento é um resultado da atividade do homem sobre a natureza, explorando seu meio (MEZZAROBA, Orides, 2014):
· Meio ambiente;
· Relações sociais;
· Relações políticas;
· Faculdade de conhecer (razão).
O conhecimento pode adquirir diversas formas. Qual a forma primária de conhecimento?
R: Aquela que provém das informações que adquirimos com nossos sentidos. Trata-se do conhecimento primário. Ex.: ver o sol nascer; a chuva; os animais, etc. O conhecimento científico, contudo, muitas vezes aponta que temos percepções equivocadas sobre a realidade (exemplo: sol girando em torno da Terra; terra plana, etc.).
A autoridade como transmissora de conhecimento:
Muitas vezes uma figura de autoridade surge como detentora do conhecimento. A tendência das pessoas, muitas vezes, é aceitar o que é dito (daí a importância do Discurso do Método de Descartes). A Filosofia e a Ciência surgem como uma necessidade de uma reflexão crítica.
Portanto, como se pode conceituar conhecimento?
R: O resultado de uma relação que se estabelece entre um sujeito que conhece (cognoscente) e um objeto a ser conhecido (cognoscível). O conhecimento é a ponte que os liga.
Por objeto pode-se entender:
· O próprio homem;
· Fenômenos naturais;
· Fenômenos físicos;
· Fenômenos políticos;
· Legislações;
· Ideias [...]
Há duas formas predominantes de se obter o conhecimento, marcadas pelas seguintes correntes: 1) Objetivista; 2) Subjetivista.
1) Objetivista: Os objetos devem ser apenas descritos. A essência é dada e é parte da realidade. O sujeito deve apenas desvendar a realidade que ali existe. Deve haver sempre verificação empírica.
2) Subjetivista: O ato de conhecer é uma ação própria do agente que “conhece” por meio de sua razão. 
Para Kant: O conhecimento é uma relação entre sujeito e objeto, que deve ser avaliada por suas implicações recíprocas. 
Para Hegel: O conhecimento possui um caráter dialético representado como produto de uma síntese entre sujeito e objeto. 
Thomas Kuhn: O conhecimento é fruto de rupturas epistemológicas.
Essas contribuições servem para dizer que o conhecimento não é estático, ele é um constante processo.
Parte 1.2: Paradigma e revoluções científicas
Conhecimento está ligado a “verdade”?
O cuidado com o “dogma” e a “verdade” para a filosofia retórica.
O conhecimento é verdadeiramente neutro?
R: O pesquisador constantemente interfere no resultado de sua pesquisa, mas deve sempre buscar o máximo de objetividade e imparcialidade.
Pode-se dizer que o conhecimento é construído dentro de determinado paradigma.
Conceituando paradigma: uma constelação de crenças, valores e técnicas compartilhada por um determinado grupo em um certo momento histórico. São de ordem social e cultural.
Subdividem-se em:
1) Paradigma social em sentido estrito: depende de como a sociedade se organiza; seu modo de produção econômica; sua organização política e até mesmo jurídica. 
2) Paradigma epistemológico: trata de como a atividade científica enfrenta seus métodos de pesquisa. 
O termo “paradigma” foi introduzido por Thomas Kuhn em “As estruturas das revoluções científicas” (1962).
Surgimento de um paradigma: segundo o autor, quando um paradigma é aceito por certa comunidade, acaba por se tornar um método obrigatório de abordagem dos problemas. Um novo paradigma só pode surgir com mudanças estruturantes.
IMPORTANTE: Portanto, as revoluções científicas só podem existir com o rompimento com determinados paradigmas e o surgimento de outros.
Exemplos práticos de rupturas paradigmáticas:
1) Nicolau Copérnico e a comprovação de que a terra não é o centro do universo.
2) A ruptura com as ideias do positivismo criminológico.
Qual seria o principal entrave no processo de busca do Conhecimento?
Para Thomas Kuhn, as limitações mais sérias são as velhas crenças paradigmáticas conscientes ou inconscientes que predefinem nossas percepções e formas de pensar.
Uma mudança paradigmática pode significar que o novo paradigma está certo e o antigo errado?
Em seu lugar e tempo, cada paradigma oferece sua contribuição para responder determinadas indagações.
Indagação: A observância aos direitos e garantias fundamentais (reforçadas nas principais constituições globais) sinaliza uma mudança paradigmática no campo do Direito?
Indagação 2: Como o “mito da caverna”, de Platão, pode ajudar a compreender o processo de aquisição do conhecimento e as mudanças paradigmáticas (MEZZAROBA, p. 20)?
Parte 1.3: As diferentes formas de conhecimento
Na medida em que um sujeito entra em relação com um objeto, passa a conhecer sua essência e reconstruí-lo com um novo significado.
A forma de adquirir o novo conhecimento, contudo, poderá adquirir diferentes formas.
São as cinco formas de conhecimento mais relevantes:
· O mito;
· A religião;
· A filosofia;
· O senso comum;
· A ciência.
NOTA: Importante mencionar que essas formas de conhecimento não se excluem necessariamente, sempre sobrepondo pontos em que há omissão pelos demais.
I – O conhecimento mítico:
Mito deriva do grego mythos e significa fábula. Trata-se de uma narrativa fabulosa ou heroica que remonta a um passado distante.
Muitas vezes é contado por meio de metáforas e, conforme Marilena Chauí (Convite à filosofia), apresenta as seguintes características:
· Remonta a um passado distante, explicando muitas vezes o surgimento do mundo;
· Atribui características humanas a seres e eventos considerados divinos (como guerra; sabedoria; luxúria; etc.);
· Apresenta a criação e desenvolvimento do mundo por meio de antagonismos[footnoteRef:1]; [1: Há muitas eras, nos primórdios do tempo, Gaia (a Terra) e Urano (o Céu) geraram os Titãs, a raça poderosa que mais tarde viria a governar o mundo antigo. Mas o Céu, temeroso de perder o seu lugar para os filhos, prendeu-os no ventre de Gaia. Depois de tanto sofrimento, a deusa ligada à Terra, aconselha o filho Saturno (Cronos) a agir contra o próprio pai, foi quando o jovem titã se revoltou e com apenas um golpe de foice mutilou o Céu, arrancando seus testículos e deixando-os cair no mar. A partir daí o mundo inicia uma nova era governada por Saturno que foi prontamente apoiado pelos seus irmãos.
Cronos casou com a sua irmã Reia, que lhe deu seis filhos (os crónidas): três mulheres, Héstia, Deméter e Hera e três homens, Hades, Posídon e Zeus.
Como tinha medo de ser destronado por causa de uma maldição de um oráculo, Cronos engolia os filhos ao nascerem. Comeu todos, exceto Zeus, que Reia conseguiu salvar enganando Cronos ao enrolar uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem perceber a troca.
Quando Zeus cresceu, resolveu vingar-se de seu pai, solicitando para esse feito o apoio de Métis - a Prudência - filha do titã Oceano. Esta ofereceu a Cronos uma poção mágica, que o fez vomitar os filhos que tinha devorado.
Então Zeus tornou-se senhor do céu e divindade suprema da terceira geração de deuses da mitologia grega, ao banir os titãs para o Tártaro e afastar o pai do trono.
] 
· Distancia-se da realidade por meio do fantástico;
II – O conhecimento religioso (teológico):
Trabalha sempre no campo da fé de pressupõe a existência de forças além da compreensão e capacidade humana. 
A religião se expressa por meio de doutrinas (dogmas) e preceitos de ordem ética, muitas vezes relacionados a rituais sagrados. 
Exemplo: O que se entende hoje como dogma vem da Igreja católica medieval e seu esforço para regular a explicação do mundo e os costumes.
Parte da ideia de uma verdade já concebida e pré-existente, de modo que essa forma de conhecimento utiliza o termo “revelação” quando alguma dessas verdades são “encontradas”, ainda que não possam ser verificadas empiricamente.Outro termo associado ao conhecimento teológico é o mistério – referente a tudo que a inteligência humana é incapaz de explicar ou compreender. 
São características comuns do conhecimento religioso:
· Apresenta-se por meio de dogmas;
· A verdade está ligada à “revelações” e “mistérios”;
· A fé costuma estar ligada a uma pessoa que revele os mistérios divinos;
· Atua como um auxílio fortalecedor diante das adversidades (como a morte);
· Apresenta um rígido sistema moral a ser seguido, com risco de punição.
Importante frisar que o conhecimento mitológico e o conhecimento teológico, muito embora possam se assemelhar, possuem algumas diferenças cruciais. 
Por exemplo: O mito muitas vezes não se preocupa em apresentar um dogma ou um sistema moral. Também, apesar de explicar a origem de alguns aspectos da vida, não é necessariamente algo acalentador de diversidades, podendo ser muitas vezes cruel.
III – O conhecimento filosófico:
O vocábulo filosofia vem do grego philosophia, que significa “amor à sabedoria”.
O conhecimento filosófico, além de uma forma de pensar, trata-se de uma postura de reflexão diante do mundo. Filosofar é refletir criticamente em relação a algo.
Pode-se dizer que a Filosofia é a mãe de todas as ciências, pois foi responsável por trazer o pensamento crítico no ocidente e a partir dela as demais ciências se emanciparam.
O conhecimento filosófico não se preocupa com resoluções práticas de problemas, mas com a reflexão sobre acontecimento, coisas, objetos, pessoas, etc. A Filosofia é, portanto, aplicável a qualquer área do conhecimento.
A Filosofia pode, inclusive, repensar o conhecimento científico e seus métodos, sendo chamada de Epistemologia.
Filosofia e verdade:
A Filosofia não está preocupada com a verdade, mas com as possíveis verdades, sendo sempre responsável por indagar práticas culturais, políticas, etc. 
O objetivo da Filosofia é buscar o significado mais profundo de cada ato ou fato.
Exemplo de pensamento filosófico:
Como dito, a Filosofia não tem o objetivo de responder questões práticas. O conhecimento científico pode responder questões como “como chegar rapidamente de um ponto a outro? ”. O que pode resultar na criação de um automóvel ou outro veículo. O conhecimento filosófico, por sua vez, está preocupado com questões mais sensíveis como “qual a razão de se deslocar mais rapidamente? ” ou “o que leva o ser humano a ter uma vida cada vez mais acelerada? ”.
Características do pensamento filosófico:
· Contrapõe dogmas e fomenta o pensamento crítico;
· Não se preocupa com resoluções práticas, mas com reflexões;
· Não está ligada a uma verdade universal;
· Segue regras metodológicas rígidas para alcançar seus resultados.
IV – O conhecimento vulgar:
Como são chamados o conhecimento espontâneo e o senso comum. Ele resulta da 1) experiência pessoal e 2) da convivência social.
Conceito de senso comum: 
Conjunto de noções gerais que se têm do mundo e que são operadas no dia-a-dia. É o conhecimento que está ao alcance das pessoas comuns. Podem estar ligadas a crenças e mitos.
O conhecimento comum pode ser repassado com o passar dos anos e ir formando concepções ou respondendo problemas práticos.
Exemplos: 1) Um conjunto de costumes passados por gerações pode apontar para uma forma específica de convivência não questionada, como “o hábito de sempre/nunca convidar um estranho para o almoço em uma cidade pequena”; 2) Um conjunto de conhecimentos passados por gerações pode apontar para a resolução de um problema prático, como “por algum motivo sempre se pescou em um lado específico do rio, onde há mais peixes, ainda que não se saiba o motivo”.
Certamente o senso comum pode se desenvolver e ser estudado pelos outros campos do conhecimento.
Exemplo: Na prática comercial, a “lei da oferta e da procura” é conhecida pela humanidade desde muito tempo, sendo assimilada na forma do senso comum, mas hoje há toda uma ciência aplicada (Ciência econômica) na análise desse fenômeno.
O senso comum, contudo, não possui teor crítico e não questiona as razões do que é aceito passivamente como verdadeiro, podendo muitas vezes se vincular à mera aparência.
Explicando o senso comum:
1) O homem conhece o objeto em sua ordem aparente;
2) Busca a razão das coisas pela observação e experiências desprovidas de método, critério ou procedimento;
3) O conhecimento é obtido por meio das circunstâncias pessoais vividas ou das práticas realizadas por outras pessoas.
4) A Ciência pode vir e confirmar algo percebido pelo senso comum, mas também pode refutar esse algo.
São características do senso comum:
· É um conhecimento subjetivo ao exprimir experiências de grupos, que podem variar dependendo da pessoa;
· É um conhecimento generalizador, pois reúne em uma só ideia ou opinião fatos e objetos distintos;
· Como generalizador, acaba por inspirar relações de causa ou efeito de forma simplista;
· É assistemático e acrítico. 
VI – O conhecimento científico:
O conhecimento científico busca sempre ir além do senso comum, busca conhecer e investigar objetos e fenômenos por meio de seu método de análise.
Conhecimento científico e filosófico:
O conhecimento científico remonta à Filosofia, que foi o primeiro modo crítico de conhecimento realizado pela civilização ocidental, requerendo raciocínios elaborados e sistematizados.
A Ciência acabou por se tornar, com o passar dos séculos, uma forma de pensamento absolutamente certa.
Apenas entre os séculos XVI e XVII, com Copérnico, Bacon, Galileu, Descartes, etc., que a Ciência conquistou seu campo próprio de investigação e reflexão, separando-se, finalmente, do conhecimento filosófico ao utilizar métodos próprios.
A utilização de métodos rigorosos:
Essa utilização fez com que a Ciência passasse a atingir um tipo de conhecimento sistematizado, preciso e objetivo, tornando possível ao homem prever acontecimentos e agir de forma mais eficiente e segura sobre as leis da natureza.
NOTA: A Ciência não pode ser vista como algo estanque e detentora absoluta da verdade. Parte do pressuposto científico atual não se mostrar como algo pronto e acabado, mas como responsável por apontar o conhecimento como dinâmico e renovável.
São características do conhecimento científico:
· É um conhecimento homogêneo, pois busca enxergar as leis gerais que regem os fenômenos;
· É um conhecimento diferenciador, pois, apesar de enxergar que há leis universais, percebe que não pode generalizar objetos pela sua aparência;
· Busca se distanciar da superstição e dos mitos;
· Busca refletir as necessidades de cada momento dos grupos sociais, podendo renovar-se e modificar-se; 
Questionamentos importantes:
Existe uma hierarquia entre os saberes?
R: Não, cada forma de conhecimento cumpre uma função específica para o indivíduo e para o grupo no qual ele pertence. 
Quais semelhanças e diferenças entre o saber mítico e o religioso?
R: O papel do conhecimento mítico é de passar, por meio de uma fábula, ideias, conceitos e até preconceitos. O mesmo pode ocorrer no que diz respeito ao conhecimento religioso, por meio da fé e dos dogmas.
Existe, na atualidade, algum valor ao conhecimento mitológico?
R: Depende do fim. Se um indivíduo inventa ou conta uma história a uma criança (ou adulto) de modo a passar algum tipo de sentimento ou mensagem, trata-se de um saber mítico em seu entendimento mais clássico.
O conhecimento filosófico pode estar ligado à “Metodologia da Pesquisa científica”?
R: Sim. A Filosofia, como mãe da cientificidade, possui importância em todos os campos do conhecimento, inclusive no que diz respeito ao Direito, estudando e criticando seus “dogmas”, leis e políticas.
Parte 2: O método científico
	Sumário
	Parte 2.1: Considerações sobre o método científico
	Parte 2.2: Métodos e procedimentos técnicos
	Parte 2.3: Tipos de métodos científicos
	Parte 2.4: Método indutivo
	Parte 2.5: Método dedutivo
	Parte 2.6: Método hipotético-dedutivo
	Parte 2.7: Método dialético
	Parte 2.8: Método sistêmico
Parte 2.1: Considerações sobre o método científicoSão fatores relacionados ao conhecimento científico:
· Sistematização;
· Programação;
· Metodologia.
O objetivo final do conhecimento científico é a busca da verdade sobre as coisas, fatos e ideias.
Entretanto, esse também é o objetivo das demais formas de conhecimento.
O que distingue, então, o conhecimento científico dos outros conhecimentos?
R: A possibilidade de verificação de seus resultados por meio do método.
Método pode ser inicialmente classificado como: o caminho que se adota para alcançar determinado fim.
Não há ciência sem método científico.
Para que a investigação científica consiga alcançar seus resultados, ela deve seguir as seguintes etapas:
	Etapa 1:
	Descobrimento de um problema ou lacuna em um conjunto de conhecimentos.
	0Etapa 2:
	Colocação precisa do problema e sua delimitação.
	Etapa 3:
	Busca de instrumentos ou conhecimentos relevantes ao problema – uso de teorias, dados e tecnologias para solucionar o problema.
	Etapa 4:
	Tentativa de solução do problema com os meios identificados.
	Etapa 5:
	Obtenção de uma solução próxima ou exata para o problema.
	Etapa 6:
	Confrontação entre a solução encontrada e as teorias e informações empíricas pertinentes.
	Etapa 7:
	Investigação das consequências da solução obtida.
A Ciência pode sustentar um método que seja universal? Passível de ser utilizado por todos os campos científicos para a resolução de seus problemas?
R: Hoje se fala em diversidade dos métodos, pois estes sempre dependerão do tipo de objeto que se está investigando. Cada campo do conhecimento (Matemática, Direito, Física, Sociologia, etc.) possui diferentes métodos de investigação.
Parte 2.2: Métodos e procedimentos técnicos
Sabe-se que o método é a ponte ou o caminho a ser percorrido para que se chegue a determinado objetivo. Entretanto, juntamente com o método, é preciso escolher os procedimentos técnicos, que são os instrumentos adotados nessa jornada.
Para o método e as técnicas pode-se usar a metáfora da estratégia (método) e táticas (procedimentos técnicos) comuns em fenômenos como futebol ou guerras.
No campo da ciência, os procedimentos técnicos ou táticas que podem ser utilizadas para auxiliar o método são variados, como:
· Coleta e análise de dados;
· Pesquisa, análise e fichamento do material bibliográfico;
· Realização de entrevistas;
· Questionário;
· Pesquisa de campo;
· Análise de jurisprudência, etc.
Definições necessárias:
	Método:
	Forma lógico-comportamental investigatória na qual se baseia o pesquisador para buscar os resultados que pretende alcançar.
	Técnica:
	Conjunto de informações reunidas e adicionadas de forma instrumental para realizar operações intelectuais seguindo as bases lógicas da investigação.
Parte 2.3: Tipos de métodos científicos
Importante mencionar que muitos dos métodos apresentados derivam ou podem também ser utilizados para a sistematização filosófica.
Quando se fala em ciência, não se fala apenas das ciências naturais ou exatas, como física, química e biologia. Hoje se entende que a Ciência pode ser alcançada por uma gama ampla do saber, tais como as Ciências Humanas e sociais; jurídicas; política; ou econômicas.
Os métodos apresentados são uma espécie de forma de organização do raciocínio. Um modo de pensar ordenado, coerente e lógico.
Os métodos podem então ser classificados da seguinte forma:
· Indutivo;
· Dedutivo;
· Hipotético-dedutivo;
· Dialético;
· Sistêmico.
Além dos métodos principais, há também métodos auxiliares, dentre os quais se pode desatacar:
· Experimental;
· Estatístico;
· Histórico;
· Comparativo.
Importante ressaltar que os métodos são acompanhados por uma corrente de pensamento de caráter lógico que visam auxiliar na pesquisa sobre determinado fenômeno. Tratam-se dos referenciais teóricos. 
É possível mencionar, dentre as matrizes teóricas, algumas de suma importância, como:
· Positivismo;
· Neopositivismo;
· Marxismo;
· Estruturalismo.
Conclusão: Ao determinar o método principal e auxiliares, além da base teórica, o pesquisador busca garantir objetividade necessária para o tratamento de seu objeto de investigação.
Parte 2.4: Método indutivo
O método indutivo parte da ideia de que pela observação e análise de determinados fenômenos particulares será possível estabelecer uma proposição geral capaz de ser aplicada a outros fenômenos.
As conclusões não podem ser adotadas aprioristicamente, mas buscadas apenas após uma análise de repetidos fenômenos que a comprovem.
Um exemplo raso pode ser dado por meio do simples silogismo:
Caso 1 – Platão é moral;
Caso 2 – Sócrates é mortal;
Caso 3 – Aristóteles é mortal;
Caso 4 – Parmênides é mortal.
Conclusão – Todo ser humano é mortal.
Algumas hipóteses mais complexas podem ser pensadas.
Hipótese no campo sociológico: Busca-se analisar a maior espécie de criminalidade em uma cidade.
Exemplo prático: O pesquisador realiza uma pesquisa de campo e, pelo método indutivo, consegue informações em cada bairro da cidade com dados sobre os principais crimes em cada local. Por meio da indução (análise de cada caso particular) será possível estabelecer qual o delito predominante na cidade.
Hipótese no campo da bioquímica: Busca-se as possíveis doenças que podem ser curadas por meio da substância química “X”.
Exemplo prático: O pesquisador realizará experimento com a determinada substância em diferentes doenças, analisando em quais a substância foi eficaz e em quais ela não gerou qualquer efeito positivo. O resultado da indução será o leque das possíveis doenças a serem curadas.
Pode-se concluir que o método indutivo é o pressuposto para qualquer ciência experimental. 
Parte 2.5: Método dedutivo
Ao contrário do método indutivo, o método dedutivo parte de ideias gerais para argumentos particulares.
É necessário que se apresente, inicialmente, argumentos considerados verdadeiros e inquestionáveis para que se possa analisar casos particulares.
Deve haver necessariamente uma relação lógica entre as proposições apresentadas. Caso se aceite as premissas como verdadeiras, as conclusões também serão.
O pensamento dedutivo parte do seguinte silogismo:
Premissa maior – O ser humano é mortal.
Premissa menor – Arquimedes é um ser humano.
Conclusão – Arquimedes é mortal.
Nota-se que o raciocínio dedutivo não pode escapar de suas premissas, sendo limitado àquele objeto de pesquisa (não admite, portanto, uma proposição geral como resultado).
Diferencia-se do método indutivo da seguinte maneira:
	Método dedutivo:
	A certeza das premissas é transferida para a conclusão em virtude do uso correto das regras lógicas.
	Método indutivo:
	Verifica-se as premissas particulares inicialmente, permitindo uma generalização com base nos resultados.
No campo das ciências humanas, o método dedutivo é utilizado tendo como premissas gerais determinadas teorias fornecidas por certos marcos teóricos.
Exemplo: Pierre Bourdieu formulou a chamada Teoria dos campos. Essa teoria pode ser utilizada como base para desenvolver o raciocínio lógico e responder às problemáticas relacionadas a certo objeto.
No caso do direito, é possível ter como base normas constitucionais e infraconstitucionais.
Exemplo prático: Determinada norma estabelece o direito ao transporte público gratuito em determinadas cidades. Uma pesquisa poderia se valer desse método (tendo tal norma como premissa maior) para analisar se em uma cidade específica o direito em questão é realmente efetivado.
Esse trabalho poderia ser feito, em especial, por meio de uma pesquisa de campo (observação) e entrevista, mas nada impede que também seja feito por meio de questionários ou outras técnicas de investigação.
Parte 2.6: Método hipotético-dedutivo
Possui características similares aos dois métodos já apresentados: A) tal como o método dedutivo, vale-se do procedimento racional que transita do geral para o particular; B) tal como o método indutivo, possui o procedimento experimental como condição base.
Diferente do método dedutivo, o ponto de partida não será uma regra geral e indiscutível, mas uma hipótese.Essa hipótese deverá então ser verificada no transcorrer de sua atividade investigativa.
O pesquisador pode eleger um conjunto de proposições hipotéticas que acredita serem viáveis como estratégia de abordagem e testará todas elas em relação ao objeto da pesquisa, que poderão ser comprovadas ou não.
Para Karl Popper, desenvolvedor do método hipotético-dedutivo, para que uma teoria seja considerada consistente, é necessário que ela passe por um rigoroso processo de falseamento.
Ou seja, uma verificação empírica das hipóteses de modo a confirma-las ou refuta-las. 
Dessa forma, uma teoria adotada em uma pesquisa permanecerá temporariamente válida até que seja comprovada ou não.
É plenamente possível de ser utilizada no campo jurídico tendo como base, por exemplo, hipóteses de efetivação ou não efetivação de uma determinada norma jurídica.
Exemplo prático: Um pesquisador, ao analisar a promulgação recente de uma lei, busca saber se em determinado local (município) ela vem sendo aplicada no devido tempo. Ele irá elaborar, portanto, duas hipóteses principais:
1) Há uma efetiva aplicação da legislação;
2) Não há uma efetiva aplicação da legislação.
Por meio de seus métodos auxiliares (como a pesquisa de campo), o investigador será capaz de determinar qual dessas hipóteses será comprovada e qual será refutada.
Parte 2.7: Método dialético
A dialética ficou famosa não apenas na Grécia Antiga (com Platão, Sócrates e Aristóteles), mas também por ser utilizada como método de filósofos como Marx e Hegel, cada um, contudo, com suas devidas especificidades.
Para os gregos, a dialética é a arte do diálogo. Trata-se da arte de argumentar e contra argumentar.
A dialética, portanto, não se tratava da experiência, mas de opiniões que poderiam ser consideradas mais ou menos válidas a depender da argumentação que a sustentava.
Importante: Não somente isso, a dialética também é uma forma de operação mental realizada para classificar as coisas.
Algo, para se mostrar real e verdadeiro, deve confrontar suas possíveis contradições, ou seja, os fatores que poderiam determinar que tal coisa (ou ideia) não fosse real ou verdadeira (uma antítese).
A dialética hegeliana:
Foi com Hegel que, no século XIX, a dialética passou ocupar um espaço no campo filosófico, possuindo três momentos: tese, antítese e síntese.
A partir da noção hegeliana de dialética, o objeto tratado é proposto e deve se autossuperar mediante o confronto com seu contraditório. Torna-se um argumento completamente novo ao final.
O caráter científico da dialética, entretanto, surgiu com Marx que, ao contrário de Hegel, não via a dialética como um processo de se pensar um objeto ou argumento, mas como um método de investigação do objeto sob o aspecto material, transportando-o para a mente.
A partir da dialética hegeliana, Marx e Engels desenvolveram o materialismo histórico dialético. 
O propósito desses autores era construir uma teoria que possibilitasse explicações lógicas, racionais e coerentes para os fenômenos vivenciados pelo homem.
As principais características do materialismo dialético são:
	Materialidade do mundo:
	Todo objeto, fato, lei, pensamento ou fenômeno são “matéria”, ou seja, representam um aspecto de algo maior – uma matéria em movimento.
	O mundo é cognoscível:
	É possível conhecer qualquer objeto, fato, lei ou pensamento, mas esse conhecimento ocorre de forma gradual.
	A matéria é anterior à consciência:
	A matéria se apresenta como realidade objetiva e a consciência se apresenta como seu reflexo.
	Tem como base o princípio da contradição:
	Na análise aprofundada de qualquer objeto é possível encontrar elementos contraditórios (pontos contrários). Sempre haverá uma luta entre contrários.
Pode-se, portanto, compreender o materialismo dialético como método ao passar pelas seguintes etapas:
1) Observação e delimitação do objeto – deve o objeto ser identificado em suas qualidades e diferenciado dos demais objetos.
2) Análise do objeto em sua dimensão – deve ser observado em todas as partes que o compõe. Deve ser visto em todos os aspectos: sociais, históricos, econômicos e políticos. Só a partir daí devem ser elaborados e aplicados os procedimentos para buscar suas informações (observações, entrevistas, etc.).
3) Análise concreta dos aspectos e dos contrários – deve-se analisar sua forma, conteúdo, fundamento, evolução, bem como suas contradições.
Exemplo prático: Uma pesquisa jurídica e filosófica busca compreender um fenômeno como a “Guerra às drogas”. Esse fenômeno deve ser analisado em todos os seus aspectos: jurídicos, políticos, sociais, etc. Bem como também ser visto por meio de suas contradições: violência, encarceramento em massa, etc.
Parte 2.8: Método sistêmico
Quando se fala em sistema, fala-se em elementos reunidos em um conjunto que obedece a uma lógica de organização.
Esses elementos podem ser qualquer coisa: objetos tangíveis, ideias, conceitos, teorias, etc.
O método sistêmico é mais complexo que a mera organização de elementos, chamada a partir desse momento de sistemática. 
Assim, o estudo sistemático das leis penais estudará o conjunto de legislações penais existente em nosso ordenamento jurídico, mas ainda assim não se trata de um estudo sistêmico (como metodologia).
O método sistêmico diz respeito à Teoria geral dos sistemas e está intimamente ligado a seu arcabouço teórico.
Requisitos necessários à compreensão do método sistêmico:
1) O sistema é dinâmico (aberto) – ele se altera de acordo com trocas com outros elementos (interação) do sistema e com o ambiente que está inserido (o ambiente não está no sistema, mas interage com ele).
2) Existem subsistemas – os subsistemas existem e também interagem entre si e com o meio em uma hierarquia orgânica.
Um exemplo claro de sistema é a Teoria dos Sistemas sociais de Niklas Luhmann. 
Segundo Luhmann, a sociedade forma um macrossistema autopoiético, ou seja, que é dotado de autorreferência e se modifica a partir de suas próprias bases internas. A sociedade não sofreria influxos de outros sistemas, mas de sua própria base de formação.
Esse sistema de retroalimentação foi pensado a partir da biologia. A visão parte da ideia de que a sociedade sofre mutações de dentro para fora, ou seja, seus próprios elementos constituintes (legislação) se modificam com o tempo, passando a influenciar a tomada de decisões futuras que, também à sua maneira, influenciam na mudança das Leis.
Para que tal sistema se renove internamente, um fator determinante é a comunicação, que ocupa lugar central na teoria de Niklas Luhmann. Mediante a comunicação, diferentes subsistemas sociais espraiam as influências de uns sobre os outros.
Exemplo prático: Uma pesquisa jurídica pode estudar a criação de uma lei baseada em um novo costume surgido na sociedade apresentando a ideia de Luhmann sobre sistemas sociais para mostrar como esse novo “hábito” é um elemento do ambiente que, ao interagir com o sistema, acabou nele ingressando.
Parte 3: Métodos auxiliares 
	Sumário
	Parte 3.1: Método experimental
	Parte 3.2: Método estatístico
	Parte 3.3 Método histórico
	Parte 3.4 Método comparativo
Os métodos estudados na presente parte possuem caráter secundário e instrumental. Possuem como função o aprofundamento da pesquisa.
Os seguintes métodos são os mais comuns de uso nas áreas das ciências humanas e sociais.
Parte 3.1: Método experimental
O método experimental (também chamado de empírico) é baseado na experiência do sujeito pesquisador, mas de um modo que o objeto seja submetido a um quadro de controle destinado à sua verificação.
Busca-se, com o método em questão, colocar determinado fenômeno à prova, testando-o sob determinadas condições que devem ser reproduzidas (quando possível) em laboratório.
É necessário, para a utilização do método experimental, a elaboração de hipóteses para verificação durante a experiência. 
Diferencia-se do método hipotético dedutivo pela própria experiência, que é tentada de diferentes maneiras.
São regrasda experimentação:
1) Prolongamento da experiência, de modo a intensificar a causa para se analisar se o efeito é proporcionalmente intensificado;
2) Variação da experiência, de modo a relacionar a suposta causa com outros elementos.
Parte 3.2: Método estatístico
A estatística faz parte da matemática e tem como objetivo a obtenção, organização e análise de dados.
Esse método permite tirar conclusões ou fazer predições com base no resultado obtido.
É importante para a utilização desse método a familiaridade com termos estatísticos, tais como: parâmetro; amostra; média; desvio-padrão; e variância. 
É um método frequentemente utilizado em pesquisas quantitativas. 
Importante: Muito embora esse método seja capaz de conceder uma base concreta e segura de informações a serem analisadas, as predições feitas com base nesses resultados podem ter grande chance de serem comprovadas, mas também podem não o ser.
É um importante método para a sociologia (ou sociologia do direito), tendo em vista que fazem grande uso de pesquisas quantitativas que necessitam tanto de: 1) uma representação numérica; 2) quanto uma explicação sistemática de um fato social a partir de uma observação.
Parte 3.3 Método histórico
O método histórico não remete necessariamente ao materialismo histórico dialético de Karl Marx, mas sim a uma pesquisa sob uma perspectiva histórica.
Normalmente é utilizado para pesquisa de certos fenômenos, institutos, conceitos, etc. e pode se proceder de duas maneiras:
1) Por meio da comparação do conjunto característico dos elementos pertinentes ao objeto na atualidade com o que era em suas origens históricas;
2) Por meio da comparação do objeto estudado com objetos similares que o precederam, de modo que podem ser consideradas precursoras do estado atual do objeto.
Uma pesquisa com base no método histórico leva em consideração contextos históricos do objeto investigado, de modo que se assemelha, portanto, ao método comparativo.
Importante: O método histórico não precisa, necessariamente, ter como base apenas outro período ou outro objeto no decorrer da história. Isso quer dizer que a pesquisa também pode ser feita tendo como base a análise de fatores históricos no decorrer dos séculos. Trata-se do método histórico-evolutivo.
Exemplo prático: Um pesquisador pode, ao estudar o sistema tributário brasileiro, compará-lo ao sistema tributário no período imperial, ou, por meio de uma análise histórica-evolutiva, estudar o desenvolvimento dos tributos ao longo da história da humanidade para que se tenha um resultado mais abrangente. 
Parte 3.4 Método comparativo
Trata-se da confrontação de elementos com base em seus atributos. Trata-se de um exame simultâneo para estabelecimento de diferenças e semelhança e relações.
No campo do direito, o método comparativo permite estabelecer as relações entre a experiência jurídica nacional ou estrangeira (por meio do direito comparado). 
Certamente é preciso ter conhecimento a respeito dos dois campos da comparação para que se possa analisar eventual evolução ou superioridade/inferioridade (com base em algo, como, por exemplo, um sistema de garantias) de um ou mais elementos.
Possui uma ampla margem de estudo nas mais diferentes áreas.
Exemplos:
1) Pode-se comparar, no campo do direito, a proteção dada à propriedade pelo direito civil em diferentes países.
2) Pode-se comparar, ainda, os hábitos e origens de determinados costumes no campo das ciências sociais.
3) Na filosofia, pode-se comparar, por exemplo, a ética para Aristóteles e Platão.
Parte 4: Referenciais teóricos
	Sumário
	Parte 4.1: Teorias sistêmicas
	Parte 4.2: Estruturalismo
	Parte 4.3 Empirismo
	Parte 4.4 Positivismo
	Parte 4.5 Marxismo
	Parte 4.6 Teoria crítica dos direitos humanos
O objetivo básico de se estudar um objeto de pesquisa é a promoção de uma análise fiel de tal objeto.
A aproximação entre o pesquisador e o objeto pode (deve) ser feita com base em certas referências teóricas; conceitos; e categorias que sejam capazes de identificá-lo e descrevê-lo, além de fornecer novas respostas para além do que já se sabe sobre eles.
O referencial teórico, portanto, será fundamental para definir a matriz bibliográfica de uma pesquisa.
Nota-se que o referencial teórico não precisa, necessariamente, ser a ideia ou teorias de um único autor, como a Teoria do discurso de Jürgen Habermas, mas também pode ser uma teoria geral desenvolvida por um campo da racionalidade e compartilhado entre vários autores, como a Teoria da argumentação jurídica ou a Criminologia crítica.
Importante: Quem interpreta ou analisa algo o faz por meio da adoção de certos critérios. O referencial teórico serve justamente para estipular tais critérios.
Parte 4.1: Teorias sistêmicas
O mecanismo de funcionamento do método sistêmico foi analisado, as teorias, na condição de referenciais teóricos, são importantes para fundar os critérios e a bibliografia de aprofundamento do método.
Quando se fala em teoria geral dos Sistemas, fala-se em Ludwig von Bertalanffy, biólogo austríaco do início do século XX.
A T.G.S. não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas sim produzir teorias e formulações conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade empírica.
Trata-se de uma forma de aproximação entre as ciências naturais e humanas, com os seguintes pressupostos:
· Existe uma nítida tendência para a integração entre as ciências naturais e sociais;
· Essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente e científica de estudar os campos não físicos do conhecimento científico, especialmente as ciências sociais.
Sistema, para o autor, trata-se de um complexo de elementos em interação ordenada. Após os estudos iniciais do autor, diversos outros pensadores surgiram, como Luhmann. 
A teoria dos sistemas é muito utilizada no campo da administração, tendo em vista que toda forma de “organização” pode ser analisada por meio do método sistêmico.
Basicamente, a teoria de sistemas afirma a existência de sistemas abertos que sofrem interações com o ambiente onde estão inseridos. 
A interação gera realimentações que podem ser positivas ou negativas, criando assim uma regulação regenerativa, que por sua vez cria novas propriedades que podem ser benéficas ou maléficas.
Toda organização é um sistema aberto. A empresa é caracterizada como um Sistema Aberto, pois sofre interações e flutuações de seu ambiente interno (departamentos, processos, recursos humanos etc.) e do ambiente externo (economia, política, meio ambiente etc.).
Parte 4.2: Estruturalismo
O estruturalismo é uma corrente de pensamento nas ciências humanas que se inspirou no modelo da linguística e que depreende a realidade social a partir de um conjunto considerado estrutural (ou formal) de relações.
O estruturalismo é, sobretudo, um ponto de vista sobre as formas possíveis de conhecer as atividades humanas.
A noção de estrutura já se encontrava presente nas ideias dos três grandes clássicos da Sociologia (Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim). Entretanto, é na Antropologia, através da obra de Claude Lévis-Strauss, que o estruturalismo ganha maior força como proposta às Ciências Sociais.
Para a sociologia, antropologia e linguística, o estruturalismo é a metodologia pela qual elementos da cultura humana devem ser entendidos em face a sua relação com um sistema ou estrutura maior, mais abrangente.
O estruturalismo opera no sentido de descobrir as estruturas que sustentam todas as coisas que os seres humanos fazem, pensam, percebem e sentem.
Há no estruturalismo uma eminente intenção de reelaborar as Ciências Humanas – e reafirmar seu status científico – a partir da noção central de estrutura social.
A ideia de estrutura social, segundo Antony Giddens, segue a noção de que os contextos sociais onde praticamos nossas ações individuais não são um conjunto aleatório de eventos ou ações. 
Esses contextos sociais seguem padrões – ou estruturas – isso é, apresentam repetições observáveis na forma como nos relacionamos uns comos outros.
Isso significa que nossos comportamentos não podem ser compreendidos sem ter em consideração a estrutura onde estão localizados.
Importante: Com isso, não se quer dizer que nosso comportamento é completamente determinado por essa estrutura. A estrutura é também alterada por nós mesmo, que somos suas unidades fundamentais.
SOCIEDADE
ESTRUTURA
Ao mesmo tempo em que agimos sobre as estruturas, elas agem sobre nós. Nossas atividades estruturam a sociedade ao passo que a sociedade estrutura a forma como agimos no mundo.
O individual está ligado ao todo coletivo e há uma estrutura que sustenta essas relações. Logo, nada – incluindo os conceitos e os fatos sociais – pode ser entendido por si mesmo se não se leva em consideração esse sistema de relações chamado estrutura social.
Exemplo Clássico: Strauss dedicou-se a identificar elementos universais das atividades de diferentes comunidades humanas, elementos estes que se repetissem em variadas sociedades, que existissem como criadores de uma constante social. Ao estudar, por exemplo, os mitos e mitologias de diferentes culturas, Lévis-Strauss encontrou estruturas semelhantes em diferentes sociedades.
Outros pensadores importantes influenciados pelo estruturalismo foram:
· Jacques Lacan; 
· Michel Foucault; 
· Jacques Derrida;
· Louis Althusser; 
· Franz Boas;
· Pierre Bourdieu.
Parte 4.3 Empirismo
O empirismo é a posição filosófica que aceita a experiência como base para a análise da natureza, procurando rejeitar as doutrinas dogmáticas.
Foi usado pela primeira vez pela Escola Empírica, uma escola de praticantes da medicina na antiga Grécia.
Com o surgimento do chamado Empirismo Britânico, no século XVII, que se consolidou o empirismo como uma posição filosófica especifica, sendo o filósofo John Locke considerado o fundador do empirismo como tal.
Os principais filósofos do Empirismo Britânico foram:
· John Locke;
· George Berkeley;
· David Hume.
Empiristas defendem que o conhecimento é primariamente obtido pela experiência sensorial.
A posição empirista é frequentemente contrastada com o racionalismo, que estabelece a razão como origem do conhecimento, independente dos sentidos.
Exemplo clássico: Locke é famoso por sua comparação da mente humana com uma folha em branco, tabula rasa, na qual as experiências derivadas das impressões dos sentidos são impressas.
Conforme o pensamento empirista, as ideias podem ser simples ou complexas.
Simples - As ideias simples não são passíveis de análise, sendo referentes as qualidades primárias e secundárias dos objetos. Sendo as primárias aquelas que definem o que o objeto é essencialmente, por exemplo, uma mesa tem como qualidade primária o arranjo especifico de sua estrutura atômica, qualquer outro arranjo faria outro objeto e não uma mesa. As qualidades secundárias tratam das informações sensoriais acerca do objeto, definindo seus atributos (cor, sabor, espessura, etc).
Complexas – Ideias complexas combinam ideias simples e constituem substancias, modos e relações. Desta forma, segundo Locke, e discordando dos racionalistas, o conhecimento humano acerca dos objetos do mundo é a percepção de ideias que estão em concordância ou discordância umas com as outras. Esta hipótese tornou-se a base da posição empirista.
Parte 4.4 Positivismo
No início do século XIX, a Europa vivia um momento de transição para a modernidade, tornando-se cada vez mais urbana e industrial. É nesse contexto que nasce a corrente filosófica do positivismo, formulada pelo francês Auguste Comte.
Comte estava convencido de que era necessária uma completa reforma intelectual dos homens, que fosse capaz de imputá-los uma nova forma de pensar condizente com o progresso científico. A essa nova forma de pensar, Comte deu o nome de positivismo.
Em 1830, Comte publica o Curso de Filosofia Positiva. Segundo ele, a visão positiva era aquela buscava explicar os fenômenos – naturais ou humanos – através de sua observação e da elaboração das leis imutáveis que os regiam.
Importante: Para Comte, a perspectiva positivista vinha se estabelecendo em diferentes campos de conhecimento, cada qual em seu próprio ritmo.
Surgimento da sociologia:
Em um último estágio, Comte acreditava que era possível elaborar uma ciência capaz de estudar o comportamento humano coletivo seguindo os mesmos métodos das ciências naturais. O positivismo funda, então, a Sociologia, que a princípio recebeu o nome de “física social”.
A física social, para Comte, possui dois objetivos:
1) compreender as condições constantes e imutáveis da sociedade (a ordem).
2) compreender as leis que regiam seu desenvolvimento (o progresso).
Ainda tenha entrado em decadência no século XX, o positivismo influenciou obras importantes, como as de Émile Durkheim e John Stuart Mill.
	Características gerais do positivismo
	O conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro.
	Tudo aquilo que não puder ser provado pela ciência é considerado como pertencente ao domínio teológico-metafísico,
	O progresso da humanidade depende única e exclusivamente dos avanços científicos.
Lei dos três estados de Comte: o entendimento humano passou e passa por três estágios em suas concepções, isto é, na forma de conceber as suas ideias e a realidade:
1) Teológico: o ser humano explica a realidade por meio de entidades supranaturais (os "deuses"), buscando responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?";
2) Metafísico: é uma espécie de meio-termo entre a teologia e a positividade. No lugar dos deuses há entidades abstratas para explicar a realidade: "o Éter", "o Povo", "o Mercado financeiro", etc. É a busca da razão e destino das coisas.
3) Positivo: etapa final e definitiva, não se busca mais o "porquê" das coisas, mas sim o "como", por meio da descoberta e do estudo das leis naturais, ou seja, relações constantes de sucessão ou de coexistência. A imaginação subordina-se à observação e busca-se apenas pelo observável e concreto.
Parte 4.5 Marxismo 
O marxismo pode ser entendido como um conjunto de ideias desenvolvidas a partir das obras de Karl Marx e Friedrich Engels e que causaram grande impacto no mundo todo.
O marxismo é uma teoria sobre a evolução da sociedade que pretende explicar cientificamente o capitalismo.
Como corrente teórica, o marxismo oferece um método específico para a análise social de alguns aspectos da sociedade moderna, especialmente aqueles ligados aos conflitos de classe e a organização produtiva.
Premissas do método dialético materialista: 
1) As contínuas mudanças na sociedade só podem ser explicadas quando compreendemos a forma como os seres humanos, em um determinado tempo histórico, produzem aquilo que lhes é necessário para viver.
Assim, a forma como nos organizamos coletivamente para sanar nossas necessidades é fundamental para compreender outros aspectos de organização da sociedade.
2) A sociedade moderna está marcada por interesses antagônicos, isso é, inconciliáveis, entre as classes que possuem e as que não possuem os meios de produção.
As classes despossuídas não tem outra fonte de subsistência senão a venda de sua própria força de trabalho, o que faz com que se tornem empregadas das classes que detém os meios de produção. A existência de interesses antagônicos gera conflitos, como greves e mobilizações por aumento de salários ou pela ampliação dos direitos trabalhistas.
3) O marxismo se coloca como uma teoria voltada para a ação. 
Suas perspectivas se articulam de forma a criticar o sistema econômico desde o ponto de vista do trabalhador e indicando a necessidade de melhoria das condições de vida dos trabalhadores, que geralmente são a maior parte da população. 
Estruturas marxistas:
A metáfora de base e superestrutura (ou infraestrutura e superestrutura) é extremamente necessária para a compreensão do materialismo histórico do marxismo.
a) A sua base ou infraestrutura seria o conjunto das relações de produção, ou seja, as relações de classes estabelecidas em determinada sociedade. 
b) Sobre esta estruturaeconômica se ergueria a superestrutura, que corresponde às formas de consciência social em geral, como a política, a filosofia, a cultura, as ciências, as religiões, as artes, etc.
Importante: A superestrutura compreende também os modos de pensar, as visões de mundo e demais componentes ideológicos de uma classe. A ideologia é chamada de superestrutura ideológica e o Estado é chamado de superestrutura legal ou política.
Qual função da superestrutura?
A função da superestrutura é manter as relações econômicas que constituem a infraestrutura, reforçando assim os interesses coletivos da classe social dominante. 
Em conclusão: de acordo com o marxismo, o modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e intelectual em geral. 
Isso equivale dizer que diferentes conjuntos de relações econômicas determinarão a existência de diferentes formas de Estado e consciência social, que serão adequadas para funcionamento daquelas relações econômicas.
Importante: Há diferenças entre autores marxistas (ortodoxos) e marxianos (que se baseiam no marxismo, mas sem se prenderem a ele).
Parte 4.5 Teoria crítica dos direitos humanos 
Trata-se de um referencial teórico que ganha força no campo do direito e serve como base para diversas pesquisas jurídicas que buscam apontar violações e demonstrar a ineficácia do direito meramente positivo.
Parte de um conflito entre a teoria tradicional de direitos e humanos e uma teoria crítica:
Em outras palavras: enquanto a teoria tradicional parte do entendimento de que existem desajustes na estrutura social que precisam ser corrigidos, a teoria crítica reconhece que a estrutura social é inerentemente conflitiva.
Principais expoentes: 1) Boaventura de Souza Santos; 2) Joaquín Herrera Flores[footnoteRef:2]. [2: “Pensar é ‘pensar de outro modo’, problematizar a realidade, identificar o que nela há de problemático. Esta forma de pensamento requer, portanto, fundar novas formas de aproximar-se tanto teórica, quanto praticamente do mundo”] 
Não se pode falar em teoria crítica sem se falar em teoria tradicional.
	Característica da teoria tradicional dos direitos humanos
	1) A definitiva consagração dos direitos humanos neste século se deu, sobretudo, com a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
	2) A teoria tradicional encara os direitos humanos como atributos de toda pessoa, inerentes à sua dignidade, que o Estado tem o dever de respeitar, garantir ou satisfazer.
	3) Para a teoria tradicional, os direitos humanos são pontos de chegada. A positivação de direitos é o objetivo para que efetivamente se garanta direitos na prática.
	4) Possuem os direitos, entre suas características, a inalienabilidade, irrenunciabilidade, imutabilidade, imprescritibilidade, inviolabilidade, progressividade, etc.
Questionamento principal em relação à teoria tradicional:
Apesar dos direitos assegurados nos instrumentos internacionais de direitos humanos, bem como nas Constituições nacionais, a dignidade da pessoa humana continua sendo amplamente desrespeitada, por governos e grupos econômicos. Mas como isso acontece, se as promessas feitas pelos Estados nos diversos fóruns internacionais foram sacralizadas na ratificação desses tratados e incorporadas nos respectivos ordenamentos jurídicos?
O surgimento da teoria crítica:
O termo “teoria crítica” foi cunhado por Max Horkheimer, em meados dos anos 1930, no Instituto de Pesquisa Social, na “Escola de Frankfurt”.
A teoria crítica tinha por objetivo criticar a teoria científica tradicional, que procurava separar o conhecimento da realidade, o que a tornava, na verdade, um instrumento de dominação da classe dominante.
Sua pedra de toque era o entendimento de que a separação do objeto da teoria tradicional equivale à falsificação da imagem, conduzindo ao conformismo e à submissão.
A teoria crítica dos direitos humanos:
Objetivos: Essa corrente teórica pretende denunciar mitos e falácias que sustentam e reproduzem a teoria jurídica tradicional e constituir o direito como instrumento de efetiva alteração das práticas reais vigentes.
Possui críticas ao modelo tradicional:
1) Não é irrealista se propor uma Declaração Universal num mundo pluricultural? 
2) Não há violações aos direitos dos povos quando se generaliza, tentando conciliar as inconciliáveis divergências entre pessoas de distintos países que se encontram em diferentes percursos cultural, social e economicamente?
3) O discurso dos direitos humanos não seria uma espécie de jusnaturalismo ingênuo?
4) Ao não analisar as assimetrias sociais, as violações a direitos humanos podem ser meramente uma questão de vontade política, e não uma questão estrutural no âmbito da sociedade capitalista?
Como resposta geral às indagações: Os críticos dessa universalidade acusam o discurso dos direitos humanos de eurocêntrico, em que os habitantes dos mundos periféricos seriam forçados a se encaixar em valores que não lhes são próprios.
Alguns autores tentam responder a essas indagações de forma mais específica.
	Pressupostos da teoria crítica de Joaquín Herrera Flores
	1) Direitos humanos como meios para alcançar a dignidade (resultado de lutas sociais para se alcançar a dignidade).
	2) Conquistas a serem efetivadas a cada dia e que dependem do envolvimento de todas e todos.
	3) Tão ou até mais importante que a positivação de direitos, é a luta por sua efetivação.
	4) Dignidade como acesso aos bens de forma igualitária e não esteja hierarquizada a priori por processos de divisão do fazer que colocam a uns em âmbitos privilegiados.
	5) Parte da luta pela efetivação de direitos humanos é o questionamento da atual estrutura social e a visibilização das assimetrias de poder relacionadas a gênero, classe, raça etc.
A teoria crítica dos direitos humanos de Herrera Flores possui três funções:
1) Epistêmica – propõe à teoria a missão de visibilizar relações sociais existentes;
2) Ética – busca por em evidência as contradições e desestabilizar a ordem das coisas;
3) Política – prescreve a necessidade de se transformar a realidade social a partir da teoria, haja vista que os esquemas teóricos em si não transformam realidade alguma;
Em resumo: A teoria crítica corresponde uma metodologia, que constitui um instrumento que permite pensar para além da questão de direitos humanos posta individualmente[footnoteRef:3]. [3: Disponível em: http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=0a743fa0de869f27] 
Parte 5: Pesquisa, monografias e teses
	Sumário
	Parte 5.1: Introdução
	Parte 5.2: Tipos de pesquisa
	Parte 5.3 Pesquisa acadêmica: monografia, dissertação e tese
Parte 5.1: Introdução
Pesquisa é o que se realiza quando se estuda um objeto de forma sistemática.
É necessário sempre se alcançar determinada meta ao se realizar uma pesquisa.
Para saber se a meta foi alcançada, basta saber se é possível responder ao “problema de pesquisa”.
Trata-se, portanto, de sinônimo de investigação.
O objeto da pesquisa poder ser:
1) Algo inusitado;
2) Algo já conhecido, porém, não esgotado.
	Elementos básicos da pesquisa:
	· Formulação de um problema (perguntas);
	· Determinação de quais informações são necessárias;
	· Seleção de fontes apropriadas;
	· Programa de ações para viabilizar as informações coletadas;
	· Emprego de um referencial teórico para interpretar as informações;
	· Formulação de respostas para a(s) pergunta(s) problema(s);
	· Verificação da resposta, conforme o referencial teórico;
	· Exame do alcance e da extensão dos resultados obtidos.
Importante: Por mais que se fale em pesquisa científica, não significa que a pesquisa não possa ser utilizada em relação à filosofia ou outras áreas não consideradas científicas (debate-se, ainda hoje, o caráter científico ou não do direito).
Parte 5.2: Tipos de pesquisa
Uma pesquisa pode ter diferentes abordagens.
Exemplo prático: um pesquisador pode ser convidado a coletar informações a respeito da quantidade de órgãos ligados ao Poder Judiciário em uma determinada cidadeou região metropolitana. Da mesma forma, pode vir a ser convidado a avaliar a qualidade da estrutura judiciária dessa cidade (eficiência, equidade nos julgamentos, etc.). Por mais que possuam o mesmo objeto, são pesquisas completamente diferentes.
As pesquisas podem ser, portanto, divididas entre: pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa, além de pesquisa teórica e prática, a depender da base na qual ela se sustenta (e ainda pesquisa descritiva e prescritiva).
Pesquisa quantitativa:
Quantidade representa o que pode ser medido, mensurado. Uma pesquisa quantitativa se limita a buscar determinado cálculo, desde que seja relevante para o resultado final de uma pesquisa.
O perfil desse tipo de pesquisa é: 1) altamente descritivo e 2) o pesquisador precisará ser o mais preciso possível em sua avaliação, para que possa haver confiabilidade nos dados coletados.
Autores de viés positivista consideram esse tipo de pesquisa confiável, justamente por estarem a salvo de distorções promovidas pela interpretação, tendo em vista que os fenômenos devem ser observados, medidos e descritos, mas nunca interpretados.
Exemplos:
· Buscar a proporção entre advogados e a população de determinado local;
· Buscar a quantidade de julgamentos de determinado crime em uma comarca (em um período X de tempo);
· Avaliar a quantidade de um determinado tipo de contrato firmado em um certo local.
Pesquisa qualitativa:
Tratar de qualidade é tratar da propriedade das ideias e não de determinada medição. Ela busca estudar a natureza dos fenômenos.
É preciso saber avaliar corretamente os dados ou a pesquisa não carecerá de sentido.
Exemplos:
· Estudar determinados julgados para saber se há uma relação com os princípios garantistas;
· Analisar a efetividade de um determinado direito fundamental em uma certa região;
· Analisar o conceito de boa-fé no direito civil conforme o entendimento ético de certo referencial teórico;
· Avaliar de forma dialética os princípios do direito penal e as bases da criminologia crítica em um cenário de punição (ou não punição específico).
Pesquisa teórica:
A modalidade de pesquisa teórica pressupõe um arsenal bibliográfico suficiente e de excelente qualidade para se aproximar dos problemas.
Deve haver uma revisão bibliográfica rigorosa para a sustentação da abordagem do objeto.
Não ter abordagem prática não significa dizer que uma pesquisa teórica não precise necessariamente ter uma repercussão prática.
A qualidade dos autores é determinante para o bom resultado da pesquisa, motivo pelo qual a utilização apenas de manuais é desaconselhada.
É sempre importante ir direto às fontes. 
Exemplos:
· Discutir a noção de capacidade contributiva;
· Discutir o agir do magistrado nas concepções de Hart e Dworkin;
· Avaliar movimentos sociais conforme a Teoria crítica de direitos humanos;
· Debater o processo legislativo a partir da concepção de Justiça de Rawls.
Pesquisa prática:
Apesar de ter como característica principal sua experimentalidade, a pesquisa prática também deve estar ligada a uma forte base teórica.
Contudo, sua vinculação mais forte será com os resultados empíricos adquiridos.
A pesquisa prática não precisa necessariamente ser uma pesquisa laboratorial, mas também uma pesquisa de campo.
Nada impede que uma pesquisa tenha um caráter teórico-prático.
Exemplos:
· Descobrir a quantidade de julgamentos de determinado tipo em certa comarca;
· Compreender a efetivação de direitos para certos grupos da sociedade;
· Compreender o posicionamento de determinado grupo de pessoas em relação a certo aspecto jurídico;
· Analisar a aplicação de certa norma jurídica na realidade.
Pesquisa descritiva:
O objetivo da pesquisa descritiva não é apresentar soluções, mas apenas descrever fenômenos, da forma como eles são vistos pelo pesquisador (e conforme determinada base teórica). É certo, contudo, que tais fenômenos podem (e devem) ser interpretados.
A descrição é importante pois funciona como um diagnóstico do problema a ser enfrentado posteriormente.
A desconstrução ou reconstrução de preceitos é importante para a realização de uma pesquisa descritiva/analítica.
Exemplos: 
· Analisar a construção da ideia de terrorismo conforme o entendimento da criminologia crítica;
· Desvelar a prática de uma violação a direitos perpetrada pelo poder público;
· Desvelar a existência de um poder paraestatal existente em certa comunidade;
· Descrever as implicações jurídicas de certa alteração legal.
Pesquisa prescritiva:
Trata-se de uma pesquisa que apresenta a solução para determinado problema, apontando, no plano ideal, qual seria a melhor forma de solução desse problema.
Certamente depende não apenas de um vasto arcabouço bibliográfico como também pode depender de dados empíricos.
Exemplo:
· Defender a implementação de determinado sistema tributário;
· Defender uma determinada alteração legal que pode dar mais efetividade a certo direito;
· Optar por um posicionamento jurídico em relação a determinado tema;
· Analisar o método mais eficiente de efetivação de um direito por meio de certas políticas públicas.
Parte 5.3 Pesquisa acadêmica: monografia, dissertação e tese
As pesquisas acadêmicas podem ser assim divididas:
1 – Monografias (TCCs e projetos e especialização);
2 – Dissertação (Mestrados);
3 – Teses (Doutorados).
Por ser tratarem de trabalhos didáticos-científicos, devem seguir determinadas regras de realização.
Monografias:
Parte da ideia de escrita sobre um só assunto (mono – grafia). Trata-se de um tema que deve ser bem recordado (mais ou menos a depender do tema e objetivo).
Na monografia o problema não precisa ser novo, nem deve ser abordado de forma extensiva, como em uma dissertação, contudo, deve haver rigor em seu tratamento.
Busca-se esgotar o tema que se propõe analisar (dentro de certo recorte).
Quando a monografia tem como objeto um fenômeno unitário ou caso específico, chama-se “estudo de caso”.
Normalmente possui entre 55 a 70 páginas de texto.
Dissertação:
Trata-se do documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objeto de reunir, analisar e interpretar informações (definição da ABNT).
Trata-se do trabalho final de uma Pós-graduação stricto sensu no mestrado, devendo ser aprovada por uma banca examinadora composta por três membros (professores doutores). O indivíduo aprovado recebe a titulação de mestre (MSc. Nome da pessoa).
O tema deve contribuir para o debate acadêmico. Apesar do tema não ser necessariamente novo, o debate deve ser inédito.
A dissertação deve conter o domínio na área pertinente pelo seu realizador, que deve precisar o máximo possível o alcance de sua investigação.
Possui em média entre 100 a 170 páginas de texto.
Tese:
Tese é o documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado (ABNT).
Exige um grau mais sofisticado de investigação e mais estudo e dedicação.
Deve haver comprovação de proficiência em pelo menos duas línguas (além do português) para o ingresso em programas de doutorado. Isso existe diante da demanda e necessidade de pesquisa em fontes estrangeiras.
A tese é submetida a banca composta por cinco integrantes (professores doutores).
Possui em torno de 350 a 500 páginas.
Parte 6: Introdução à ABNT
	Sumário
	Parte 6.1: Capa e folha de rosto
	Parte 6.2: Resumo, listas e sumários
	Parte 6.3 Tópicos e apêndice
	Parte 6.4 Citação e referências
Parte 6.1: Capa e folha de rosto
Fazem parte dos elementos pré-textuais: Os elementos pré-textuais são aqueles que antecedem a exposição da pesquisa em si. Os itens obrigatórios são: capa, folha de rosto, resumo, sumário. Outros elementos são opcionais, como errata, dedicatória, agradecimentos e epígrafe.
Capa:
A capa deve conter o nome da instituição, curso, autor, título do trabalho, cidade e ano. Ela é considerada um item obrigatório no trabalhode conclusão de curso (exemplo em anexo).
· NOME DA INSTITUIÇÃO
· NOME DO CURSO
· (aproximadamente 3 espaços)
· NOME DO AUTOR
· (aproximadamente 12 espaços)
· TÍTULO DO TRABALHO (negrito)
· SUBÍTULO (se houver)
· CIDADE (penúltima linha)
· ANO (última linha)
Informações gerais:
· Arial ou Times;
· Tamanho 12;
· CAIXA ALTA;
· Centralizado;
· Espaçamento simples entre linhas.
Apenas o título em negrito.
Folha de rosto:
A Folha de rosto apresenta nome do autor, título, cidade e ano e uma breve nota descritiva, que deve conter o objetivo do trabalho e o nome do orientador. Assim como a capa, também é considerado um elemento pré-textual obrigatório.
· NOME DO AUTOR;
· (aproximadamente 12 espaços);
· TÍTULO DO TRABALHO (negrito);
· SUBTÍTULO (se houver)
· (aproximadamente 12 espaços)
· Récuo de 7 ou 8 cm: Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de XXXX da Universidade XXXX como requisito parcial de aprovação (justificado, caixa baixa e tamanho 11).
· CIDADE (penúltima linha).
· ANO (última linha).
Dedicatória ou agradecimentos:
Parte não obrigatória. Recomenda-se ser simples e breve.
· Não há necessidade de colocar as palavras “dedicatória” ou “Agradecimento”;
· Pode ser iniciada entre 6 a 8 espaços acima do último;
· Arial ou Times 12;
· Caixa Baixa;
· Alinhamento justificado;
· Espaçamento 1,5 entre linhas;
· Recuo de 7,5 cm.
Parte 6.2: Resumo, listas e sumários
Resumo:
O Resumo é um texto que deve ter, preferencialmente, entre 150 e 500 palavras. No TCC, ele sintetiza em um único parágrafo as ideias do trabalho.
Para escrever um resumo perfeito, é necessário finalizar a pesquisa, iniciar o texto falando sobre o tema principal e abordar os principais tópicos trabalhados ao longo do TCC. Não se esqueça de usar sempre frases objetivas, curtas e escritas em voz ativa. Abaixo do texto do resumo, adicione uma sequência de palavras-chave, ou seja, termos que caracterizam a pesquisa.
Depois de fazer o resumo na língua vernácula, você terá que traduzir o mesmo conteúdo para língua estrangeira.
· Arial ou Times, 12;
· Espaçamento entre linhas simples;
· RESUMO, em caixa alta e centralizado;
· O restante justificado e em caixa baixa;
· Apenas o termo palavras-chave e o RESUMO serão negritados.
Listas:
As listas são usadas para organizar figuras, tabelas, símbolos, abreviaturas e siglas. A identificação de cada elemento deve ser apresentada da seguinte forma: nome específico, travessão, título e número da página onde se encontra.
Geral:
· Arial ou Times tamanho 12;
· Espaçamento 1,5 entre linhas.
· Apenas o termo LISTA será em negrito, caixa alta e centralizado.
Parte 6.3 Tópicos e apêndice
Tópicos:
Deve seguir a seguinte ordem para tópicos e subtópicos:
1 PRIMEIRO TÍTULO
1.1 SEGUNDO TÍTULO
1.1.1 Terceiro título
1.1.1.1 Quarto título
1.1.1.1.1 Quinto título
Apêndice:
O apêndice é um elemento opcional, que reúne materiais produzidos pelo próprio pesquisador para desenvolver a pesquisa. Nessa seção vale a pena colocar transcrições de entrevistas, questionários, formulários e outros documentos elaborados pelo estudante (autoria própria).
Cada apêndice deve ser sinalado com títulos em negrito e letras maiúsculas. Veja exemplos:
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO DIRECIONADO AOS CONSUMIDORES
APÊNDICE B – TRANSCRIÇÃO DA ENTREVISTA COM DIRETORA DE MARKETING 
Anexos:
O anexo é um elemento opcional, mas que pode ser de grande ajuda na hora de comprovar as informações expostas no desenvolvimento do trabalho. Ele nada mais é do que um conjunto de materiais produzidos por fontes terceiras, como orçamento, reportagens e mapas. Na hora de incluir o anexo no TCC, lembre-se de citar a fonte e manter a uniformidade com o restante do trabalho.
O anexo deve ser identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e títulos. Quando as 23 letras do alfabeto se esgotarem, recomenda-se o uso de letras dobradas para a identificação dos materiais. Exemplo:
ANEXO A – MAPA DA VIOLÊNCIA NOS BAIRROS DO RIO DE JANEIRO
ANEXO B – REPORTAGEM OS CHEFES DO TRÁFICO DE DROGAS NO RIO
Parte 6.4 Citação e referências
Como fazer citações no trabalho acadêmico?
As citações são feitas no corpo do trabalho. Elas podem ser a reprodução fiel do trecho de outra obra ou apenas a exposição da ideia do texto original. Nas duas situações a sua finalidade não muda: servem para criar um contexto teórico para o trabalho.
Veja a seguir o passo a passo como fazer citações no TCC em diferentes casos:
Citação indireta
É a expressão da ideia contida na fonte citada, sem copiar um trecho da obra original. Nesse caso, não é preciso incluir o conceito entre aspas (“”), mas é necessário mencionar o autor e o ano em que ele citou. O número da página não é obrigatório. Exemplos:
O surgimento da chamada complexidade, como forma de abordagem dos fenômenos, também deve muito ao sistemismo (NICOLIS E PRIGOGINE, 1989).
Para expressar no desenho a feminilidade, os alunos utilizaram, sobretudo linhas curvas, linhas semelhantes ao que Picasso utilizava (EDWARDS, 2002).
Na hora de fazer a citação indireta, é muito importante tomar alguns cuidados para não alterar a ideia do autor. Uma interpretação errada pode colocar em jogo a credibilidade do trabalho científico.
Os estudiosos também chamam a citação indireta de paráfrase ou de condensação. Essas figuras de linguagem têm como objetivo transmitir a ideia do texto de um autor, só que usando outras palavras e de forma resumida. Nesse tipo de citação, a página não é referenciada, pois não há uma transcrição fiel da obra. 
Citações diretas com até 3 linhas
Se você utilizar um trecho copiado de uma obra, com até 3 linhas, então deve incluí-la no corpo do texto e entre aspas duplas. Caso seja a parte de uma frase original, inicie com […].
A citação direta curta geralmente é empregada quando você deseja mencionar a frase de um autor e construir o seu argumento em cima da ideia. Junto com o trecho, é importante incluir o sobrenome do autor, a página consultada e o ano. Não há uma regra que limita a ordem das informações da fonte.
Veja alguns exemplos:
Bringhurst (2005, p.29) diz que a tipografia precisa frequentemente chamar a atenção para si própria antes de ser lida. Ela afirma que “[…] assim como as palavras e as sentenças, as letras têm tom, timbre e caráter”.
De acordo com Gomes (2011), “o ato de contar histórias pode ser considerado uma boa estratégia para conquistar a atenção dos públicos de interesse”. (p.75)
Quando o nome do autor não é mencionado no texto, ele deve aparecer dentro de parênteses em caixa alta, antes do ano e da página. Veja um exemplo:
“O texto publicitário, como mensagem escrita, exige raciocínio e criatividade na sua elaboração”. (MARTINS,1996, p.38).
Citações diretas com mais de três linhas
A citação direta longa, quando tiver mais de três linhas, deve ser destacada com um espaçamento duplo com relação ao corpo do texto, sem aspas, com fonte menor que 12, espaçamento entre as linhas de 1 cm e recuo de 4cm a esquerda. O alinhamento é justificado e a indicação da página onde o trecho se encontra é obrigatória.
Confira um exemplo:
Veja uma outra forma de fazer citação direta com mais de três linhas:
Citação de citação
Ao elaborar o seu trabalho acadêmico, você pode fazer citação da citação, ou seja, citar o trecho de um autor “X” que se encontra na obra de um autor “Y”. Nesse caso, é preciso utilizar a expressão apud, que, por sua vez, tem o mesmo sentido de “citado por”.
No exemplo abaixo não foi lida a obra do sociólogo húngaro, mas sim a de Sarmento, que citou o autor em seu texto. Veja:
Nos anos 20, o sociólogo húngaro Manheim (apud SARMENTO, 2005, p.364) definiu geração como um “grupo de pessoas nascidas na mesma época, que viveu os mesmos acontecimentos sociais e partilha de uma mesma experiência histórica, sendo esta significativa para todo o grupo, o que gera a consciência de cada geração”. 
É importante tomar cuidado para não exagerar na quantidade de apud no TCC. Esse recurso deve ser usado eventualmente, quando não for possível consultar a obra original.Citações de vários trabalhos
Na hora de elaborar o TCC, pode acontecer de autores diferentes defenderem um mesmo conceito. Nesse caso, é possível fazer a citação em ordem cronológica ou alfabética. Essa formatação deverá ser seguida em todo o trabalho.
Exemplo: Rocha (1998); Trigo (2002); Goldstein (2003) e Badaró (2003).
Citações de vários autores
Quando há de dois a três autores, a formatação pode ser assim:
Silva e Santos (2011)
Ou assim:
Nonon … (SILVA e SANTOS, 2011)
Mais de três autores é preciso utilizar a expressão et al. Veja:
Silva et al. (2010) nonon …
Nonon … (SILVA et al., 2010).
Referências:
Livro
O que deve conter na referência: sobrenome do autor em caixa alta, nome do autor, título em negrito, edição, cidade, editora e ano de publicação.
Exemplo:
PELCZAR JUNIOR, J. M. Microbiologia: conceitos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Makron Books,. 1996.
Site
O que deve conter na referência: sobrenome do autor, nome do autor, título do texto, ano, link e data de acesso.
Exemplo:
MORETTI, Isabella. “Regras da ABNT para TCC: conheça as principais normas”. 2019. Disponível em: https://viacarreira.com/regras-da-abnt-para-tcc-conheca-principais-normas. Acesso em: 15/01/2019.
Capítulo de livro
O que deve conter na referência: sobrenome do autor em caixa alta, nome do autor do capítulo. Título do capítulo. In: sobrenome do organizador do livro em caixa alta, nome do organizador do livro. Título da obra em negrito. Local: Editora, ano, página inicial – página final.
Exemplo:
RECUERO, Raquel. Atos de ameaça à face e à Conversação em Redes Sociais na Internet. In: PRIMO, Alex (Org.). Interações em Rede. Porto Alegre: Editora Sulina, 2016. p. 51-69.
Artigo científico
O que deve conter na referência: sobrenome do autor do artigo em caixa alta, nome do autor. Título do artigo. Nome da revista em negrito, volume, número, página inicial-final, mês abreviado, ano.
Exemplo:
NEVES, Sandra Helena. Sustentabilidade no campo: técnicas para colocar esse conceito em prática. Revista Brasileira de Engenharia, v. 6, n. 2, p. 27-39, jun, 2010.
Anais eletrônicos de eventos
O que deve conter na referência: sobrenome do autor em caixa alta, nome do autor. Título. In: nome do evento em caixa alta e sem negrito, mês, ano, local de realização. Escreva Anais em negrito. Local, ano. Escreva Disponível em: endereço eletrônico Acesso: mês abreviado e ano.
Exemplo:
FERREIRA, Leandro. Uso das redes sociais nas escolas públicas de São Paulo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MÍDIAS DIGITAIS, 02, 2016, Belo Horizonte. Anais […]. Belo Horizonte: Faculdades Integradas de BH, 2016. Disponível em: http://www.cbmd.com.br/trabalhos/560.pdf. Acesso em 12 de fev. 2017.
Reportagem de jornal
O que deve conter na referência: sobrenome do autor em caixa alta. Título da reportagem. Nome do jornal em negrito, local, ano, número da publicação, página, dia, mês, ano.
Exemplo:
DONATO, José. Impressora 3D transforma o mundo. Correio do Amanhã. Rio de Janeiro, ano 90, n. 230, p. 45, 3 mar. 2015.

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