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APOSTILA DE CIENCIA DO AMBIENTE

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Prévia do material em texto

1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CiênCias do ambiente
SUMÁRIO
CIÊNCIAS DO 
AMBIENTE
2
CiênCias do ambiente
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
missÃo
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
VisÃo
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CiênCias do ambiente
SUMÁRIO
bibLioteCa mULtiViX (dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Aline Aparecida Silva Martins, Ana Paula Vimieiro Martins
Ciências do Ambiente / Aline Aparecida Silva Martins, Ana Paula Vimieiro Martins. – Serra: Multivix, 2019.
editoRiaL
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2019 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
FaCULdade CaPiXaba da seRRa • mULtiViX
Diretor Executivo
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da Educação a Distância
Pedro Cunha
Conselho Editorial
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix Educação a Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
4
CiênCias do ambiente
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
diretor executivo do Grupo multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CiênCias do ambiente
SUMÁRIO
Lista de FiGURas
 > FIGURA 1 - Ciência e sociedade 13
 > FIGURA 2 - Símbolo do Renascentismo criado por Michelangelo 15
 > FIGURA 3 - Estátua de Galileu Galilei em Florença, Itália 16
 > FIGURA 4 - Fenômenos naturais 17
 > FIGURA 5 - Estratégias metodológicas 19
 > FIGURA 6 - Desastres ambientais 23
 > FIGURA 7 - Teoria da Relatividade 24
 > FIGURA 8 - Ecossistemas 32
 > FIGURA 9 - Bandeira da Organização das Nações Unidas 34
 > FIGURA 10 - Níveis hierárquicos dos seres vivos 40
 > FIGURA 11 - Cadeia alimentar 46
 > FIGURA 12 - Teias alimentar e cadeia alimentar 46
 > FIGURA 13 - Pirâmide de energia de um ecossistema. 48
 > FIGURA 14 - Ciclo biogeoquímico do carbono 51
 > FIGURA 15 - Ciclo biogeoquímico do oxigênio 51
 > FIGURA 16 - Ciclo biogeoquímico do nitrogênio 52
 > FIGURA 17 - Chuva ácida 73
 > FIGURA 18 - Efeito estufa 74
 > FIGURA 19 - Camada de ozônio 75
 > FIGURA 20 - Poluição do solo 79
 > FIGURA 21 - Lobo cinzento 90
 > FIGURA 22 - Conferência Rio +20 106
 > FIGURA 23 - Fonte de Energia Renovável X Não-Renovável 108
 > FIGURA 24 - Auditoria 122
6
CiênCias do ambiente
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
sUmÁRio
1UNIDADE
2UNIDADE
1 CiênCia, soCiedade e ambiente 12
1.1 CIÊNCIA, SOCIEDADE E AMBIENTE 12
1.1.1 BREVE HISTÓRIA DA RELAÇÃO CIÊNCIA E SOCIEDADE 12
1.1.1.1 A CIÊNCIA MODERNA 14
1.1.2 O MECANICISMO 17
1.1.3 A CIÊNCIA COMO CURA DE TODOS OS MALES 20
1.1.4 UM OUTRO LADO DA CIÊNCIA 22
1.1.5 CRISE DA CIÊNCIA MODERNA 24
1.2 A CIÊNCIA E O AMBIENTE 25
1.2.1 UMA VISÃO SISTÊMICA DO AMBIENTE 27
1.2.2 OS DANOS AMBIENTAIS DO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO 28
1.2.3 UMA NOVA DEMANDA PARA A CIÊNCIA 31
1.2.4 O CONHECIMENTO TRAZ RESPONSABILIDADES 32
1.3 SOCIEDADE E AMBIENTE A PARTIR DO SÉCULO XX 33
1.3.1 AÇÕES DA HUMANIDADE EM DIREÇÃO A UMA RELAÇÃO HARMÔNICA 
COM O AMBIENTE 33
ConCLUsÃo 36
2 a eCoLoGia e os eCossistemas 38
2.1 A ECOLOGIA E OS ECOSSISTEMAS 39
2.1.1 INTRODUÇÃO 39
2.1.1.1 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO 40
2.2 ECOSSISTEMAS 41
2.2.1 EVOLUÇÃO 43
2.2.2 HOMEOSTASE 44
2.2.3 CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES 45
2.2.4 FLUXO DE ENERGIA 47
2.2.5 CICLAGEM DE NUTRIENTES 50
2.2.6 PADRÕES DE DIVERSIDADE E SUCESSÃO ECOLÓGICA 52
2.3 BIOMAS 58
2.4 ECOLOGIA DE PAISAGEM 59
ConCLUsÃo 64
7
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CiênCias do ambiente
SUMÁRIO
3UNIDADE
4UNIDADE
sUmÁRio
3 eFeitos da aÇÃo antRÓPiCa sobRe o ambiente(eFeito da aÇÃo 
antRÓPiCa sobRe o aR, a ÁGUa e o soLo) 67
3.1 AÇÃO HUMANA SOBRE O MEIO AMBIENTE 68
3.1.1 CRESCIMENTO URBANO X DEGRADAÇÃO AMBIENTAL 69
3.2 POLUIÇÃO DO AR 71
3.2.1 EFEITO ESTUFA E AQUECIMENTO GLOBAL 73
3.2.2 DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO 75
3.2.3 INVERSÃO TÉRMICA E ILHAS DE CALOR 75
3.3 POLUIÇÃO DA ÁGUA 76
3.3.1 FATORES CONTAMINANTES 76
3.3.2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO 78
3.4 POLUIÇÃO DOS SOLOS 78
3.4.1 CONTAMINAÇÃO 80
3.4.2 EROSÃO E DESERTIFICAÇÃO 81
ConCLUsÃo 81
4 LeGisLaÇÃo ambientaL (LeGisLaÇÃo e ConseRVaÇÃo dos ReCURsos 
natURais) 84
intRodUÇÃo da Unidade 84
4.1 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 85
4.1.1 PRIMEIRAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL 87
4.2 UM MARCO NA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL - CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 
1988 88
4.3 CÓDIGO PENAL AMBIENTAL 89
4.4 POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 91
4.4.1 POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE E SUAS POLÍTICAS INTEGRA-
DAS 93
4.4.1.1 POLÍTICA NACIONAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 93
4.4.1.2 POLÍTICA NACIONAL DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS 94
4.4.1.3 POLÍTICA NACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS 96
4.4.1.4 NOVO CÓDIGO FLORESTAL 96
8
CiênCias do ambiente
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
ConCLUsÃo 98
5 desenVoLVimento sUstentÁVeL (ConseRVaÇÃo dos ReCURsos natU-
Rais) 101
5.1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 102
5.1.1 RELATÓRIO BRUNDTLAND 102
5.2 RIO 92/ECO 92 105
5.3 CONFERÊNCIA RIO +20 106
5.3.1 OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 107
5.3.2 ECONOMIA VERDE 108
5.3.3 PROTOCOLO VERDE 110
5.3.4 PEGADA ECOLÓGICA 111
ConCLUsÃo 114
6 GestÃo ambientaL (PLaneJamento e GestÃo ambientaL; modeLos de 
GestÃo ambientaL; anÁLise ambientaL; aVaLiaÇÃo de imPaCto ambien-
taL) 117
6.1 GESTÃO AMBIENTAL 118
6.2 NBR ISO 14001 - SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 119
6.2.1 AUDITORIA AMBIENTAL 120
6.2.2 COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL E GESTÃO AMBIENTAL 122
6.2.2.1 CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL 124
6.2.3 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL 124
6.2.3.1 TIPOS DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL 126
ConCLUsÃo 128
GLossÁRio 130
ReFeRênCias 134
sUmÁRio
5UNIDADE
6UNIDADE
9
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CiênCias do ambiente
SUMÁRIO
iConoGRaFia
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
10
CiênCias do ambiente
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Prezado aluno, seja bem-vindo à disciplina de Ciências do Ambiente! Considerando 
a relevância e a abrangência dos problemas ambientais sobre o futuro da humani-
dade, é fundamental que a multidisciplinaridade das ciências que envolvem o meio 
ambiente seja abordada na formação de novos profissionais, independentemente de 
sua área. Portanto, o objetivo geral desta disciplina é torná-lo capaz de fazer uma lei-
tura crítica da sua realidade e prepará-lo para o exercício de sua cidadania. Para isso, 
serão abordados diferentes aspectos do ambiente, o contexto histórico e social da 
relação entre os homens e natureza, a dinâmica dos ecossistemas, os efeitos da ação 
antrópica sobre o ambiente, a legislação ambiental, o desenvolvimento sustentável 
e as práticas de gestão ambiental. Trata-se de assuntos amplos e dinâmicos, por isso, 
não temos a pretensão de esgotá-los ao longo da disciplina, mas fornecer os concei-
tos básicos e conhecimentos iniciais para que você possa ter autonomia de percorrer 
os múltiplos aspectos ambientais em outros textos e canais de comunicação. Os ma-
teriais complementares são sugeridos para que você possa contextualizar e aprofun-
dar diferentes assuntos, de forma a tornar mais fácil e interessante a apreensão dos 
conteúdos. Através das questões propostas nos fóruns, você é convidado a consolidar 
seu conhecimento por meio da exposição de seus argumentos e questionamentos e 
do acesso a diferentes pontos de vista, que o farão refletir sobre suas conclusões. 
Objetivos da disciplina
Ao final desta disciplina, esperamos que você seja capaz de: 
• Analisar os impactos da ciência no ambiente e o papel da sociedade na de-
terminação do futuro do conhecimento científico e na conservação do meio 
ambiente.
• Descrever os principais processos que regem os ecossistemas.
• Identificar e prever as alterações nos ecossistemas em função das atividades 
antrópicas.
• Identificar as ações judiciais que podem ser utilizadas para a proteção do meio 
ambiente.
• Julgar ações individuais e coletivas que contribuem para um desenvolvimento 
sustentável.
• Debater sobre o uso de práticas econômicas que garantem a redução do im-
pacto das atividades antrópicas sobre a biodiversidade e os recursos naturais.
11
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CiênCias do ambiente
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Discuta os conceitos 
de dificuldades de 
aprendizagem e o 
fracasso escolar.
> Analise o fenômeno 
das dificuldades de 
aprendizagem e seus 
aspectos.
> Aponte reflexões 
sobre o fracasso 
escolar no processo 
de ensino-
aprendizagem.
UNIDADE 1
12
CiênCias do ambiente
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1 CIÊNCIA, SOCIEDADE E 
AMBIENTE
A relação ciência, sociedade e ambiente é um processo dinâmico e não linear, como 
você verá nesta unidade. O conhecimento científico modifica e influencia a nossa 
visão do mundo, a nossa cultura e a nossa capacidade de alterar o mundo natural. 
Por outro lado, a sociedade é capaz de determinar os rumos da ciência. Portanto, 
as Ciências do Ambiente englobam aspectos históricos, socioeconômicos e teóricos 
que definem a relação do ser humano com o meio ambiente. A compreensão da 
construção do pensamento científico e da percepção do meio ambiente ao longo da 
história é fundamental para identificar a sobreposição de conceitos necessários para 
explorar a questão ambiental. 
Ao longo da unidade, o termo “ciência” se refere tanto aos diferentes ramos do conhe-
cimento humano, em seu sentido mais amplo, quanto às ciências naturais, a partir do 
século XVIII. A caracterização da natureza, a avaliação dos impactos ambientais das 
atividades humanas, as leis que regem a relação da sociedade com o meio ambiente, 
as ideias de equilíbrio ambiental e de gestão dos recursos naturais são consequên-
cias da relação ciência, sociedade e ambiente ao longo do tempo. Por isso, a ideia da 
unidade é fornecer uma noção geral da construção da relação atual entre ser huma-
no e a natureza. Assim, você será capaz de compreender que ela é resultado de uma 
construção humana e está sujeita a contradições e contínuas mudanças e poderá 
fazer uma análise crítica sobre os rumos que essa relação pode tomar.
1.1 CIÊNCIA, SOCIEDADE E AMBIENTE 
1.1.1 BREVE HISTÓRIA DA RELAÇÃO CIÊNCIA E 
SOCIEDADE
A relação entre ciência e sociedade é indissociável. Muitas vezes, os resultados científi-
cos constituem importantes episódios do desenvolvimento das civilizações humanas, e 
a forma de se fazer ciência é fortemente determinada pelas épocas e contextos sociais. 
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CiênCias do ambiente
SUMÁRIO
A consequência dessa íntima relação é que as concepções científicas a respeito do 
mundo que nos rodeia são passíveis de transformações ao longo do tempo. Por isso, 
o conhecimento científico deve ser analisado não apenas em relação à racionalidade 
compatível com o seu período histórico, mas se levando em consideração os fatores 
religiosos, filosóficos e morais aos quais está submetido, e suasdimensões ética, so-
cial, econômica e política. 
FIGURA 1 - CIÊNCIA E SOCIEDADE
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
Leia o livro escrevendo a história da Ciência: tendências, propostas e dis-
cussões historiográficas, de Ana Maria Alfonso-Goldfarb e Maria Helena 
Roxo Beltran, para aprofundar o significado da história da ciência para a so-
ciedade atual.
14
CiênCias do ambiente
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Na Grécia Antiga, “e, em certa medida, por muitos séculos da era cristã, a fi-
losofia englobava todos os ramos do conhecimento puro (em contraste com 
o que chamavam ‘artes’ ou ‘técnicas’). Uma primeira tendência à especiali-
zação levou gradualmente à separação de uma grande área de investigação, 
que se ocupava dos fenômenos naturais, ou seja, aqueles que não dizem 
respeito ao homem, enquanto ser intelectual, moral, político, etc. Essa área, 
a que se chamou filosofia natural, experimentou grande impulso a partir do 
século XVII, quando passou a ser cultivada sob um novo enfoque metodoló-
gico. Foi justamente dessa nova filosofia natural que surgiu a ciência, como 
hoje a entendemos” (CHIBENI, 2010). 
1.1.1.1 A CIÊNCIA MODERNA
A passagem do século XVII para o XVIII representa um momento crucial na história da 
ciência por marcar a consolidação da ciência moderna, caracterizada pelo desenvolvi-
mento de novos procedimentos de investigação, pela descoberta de novos fenômenos 
e pelo desenvolvimento de novas teorias capazes de explicá-los (CHIBENI, 2010). Mas 
vamos voltar um pouco antes no tempo para entender o que levou a este episódio.
Com o final da Idade Média (séculos V a XV) e o início do período renascentista (sé-
culos XIV a XVI), a ciência e a sociedade passaram por uma série de transformações. 
Uma dessas mudanças foi o surgimento da burguesia, classe social formada pelos 
detentores dos meios de produção, cujo enriquecimento ocorreu com o crescimento 
do comércio, expandido com as descobertas marítimas do séc. XVI, e de uma in-
dústria inicialmente manufatureira. As pessoas iam cada vez mais abandonando a 
compreensão da natureza com base nos fundamentos bíblicos para se voltarem para 
si mesmas e para uma concepção totalmente independente de crenças e mitos. As 
ideias iluministas se espalhavam pela Europa e uma série de descobertas, e inven-
ções revolucionou a história do pensamento científico de forma a caracterizar a revo-
lução científica do século XVII (ALMEIDA, 2004) .
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CiênCias do ambiente
SUMÁRIO
FIGURA 2 - SÍMBOLO DO RENASCENTISMO CRIADO POR MICHELANGELO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
Procure na internet o texto “Filosofia e ciência da natureza: alguns elementos 
históricos”, de Aires Almeida, para uma revisão mais ampla da visão dos filóso-
fos a respeito das ciências da natureza ao longo da história da humanidade.
Nicolau Copérnico (1473-1543) e Galileu Galilei (1564-1642) se destacaram no rom-
pimento da concepção de mundo até então difundida. As observações do astrôno-
mo polonês Copérnico contestavam a teoria geocêntrica ao defender a teoria helio-
cêntrica sem, contudo, ter como comprovar suas ideias. Estas foram posteriormente 
comprovadas por Galileu, graças às suas observações utilizando o telescópio (ALMEI-
DA, 2004)1. 
1 Silvio Seno Chibeni é professor do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Bacharel 
e Mestre em Física, e Doutor em Filosofia na área de Lógica e Epistemologia.
16
CiênCias do ambiente
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Apesar de suas importantes descobertas no campo da Física, sua convicta negação 
ao modelo geocêntrico como teoria possível e sua desobediência às ordens da Igreja 
o levaram a ser condenado por ela em sua época. No entanto, revisando essa conde-
nação, a Igreja o absolve posteriormente, já no século XX. 
O título de “pai da Ciência Moderna”, porém, é atribuído a Galileu graças à sua defesa 
do método empírico como meio adequado para se chegar a um conhecimento e por 
fornecer à ciência uma linguagem própria precisa, a matemática, que se opunha à 
linguagem abstrata da tradição aristotélica. 
Galileu “concebeu o famoso experimento do plano inclinado, descrito em 
seu livro discursos e demonstrações matemáticas sobre duas novas Ciên-
cias (1638). Com a inclinação, retarda-se a queda, facilitando a medição de 
tempos e distâncias. Esse experimento comprova a lei galileana da queda 
dos corpos, segundo a qual na queda o corpo percorre distâncias propor-
cionais ao quadrado dos tempos de queda. [...] na visão aristotélica, nem 
mesmo a física poderia ser matematizada. As leis físicas assumiam, segundo 
Aristóteles, um caráter puramente qualitativo” (CHIBENI, 2010).
FIGURA 3 - ESTÁTUA DE GALILEU GALILEI EM FLORENÇA, ITÁLIA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
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CiênCias do ambiente
SUMÁRIO
1.1.2 O MECANICISMO
As ideias de Galileu serviram de suporte para uma nova forma de compreender a 
natureza, que foi amplamente aceita e difundida, o mecanicismo. O ponto de vista 
mecanicista ou cartesiano, defendido, dentre outros, pelo filósofo francês René Des-
cartes (1596-1656) e pelo inglês Isaac Newton (1642-1727), considera que os fatos e 
fenômenos que observamos ao nosso redor podem ser fracionados em partes me-
nores que são analisadas separadamente. Por esse pensamento, o mundo natural é 
como uma máquina, e, uma vez conhecidas as suas peças, tem-se a compreensão do 
todo. Os fenômenos naturais poderiam, então, ser explicados com abstrações mate-
máticas (ALMEIDA, 2004). 
FIGURA 4 - FENÔMENOS NATURAIS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
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O reflexo do pensamento mecanicista na medicina pode ser observado em 
uma “cultura de dissecação”. O corpo humano morto era desprovido de alma 
e visto como útil na medida em que servia como modelo do corpo vivo. 
Houve uma ´proliferação de teatros anatômicos nos centros urbanos, onde 
se fazia da dissecação um grande acontecimento público’ (ORTEGA , 2010 
apud MURTA , 2017). Essa nova relação com o corpo abriu um horizonte de 
experimentação que contribuiu extensivamente para os conhecimentos e 
práticas da anatomia e fisiologia atuais.
Como uma forma de reducionismo, o mecanicismo dividia o mundo em “naturezas 
simples” ou “qualidades primárias” (extensão, forma, tamanho, movimento, impe-
netrabilidade, número e arranjo de partes) e “naturezas compostas” (cores, os sons, 
os cheiros, os gostos), sendo que, a partir das primeiras, as últimas poderiam ser 
explicadas.
O reducionismo permite que o mundo possa ser explicado através de experimentos 
científicos e de sua fragmentação em segmentos mais facilmente compreendidos 
(CHIBENI, 2010; SCHWANKE , 2013). 
O método cartesiano como ideia mecanicista possui esse nome por ter sido 
criado por René Descartes. Não se deve confundir com o plano cartesiano, 
desenvolvido pelo mesmo filósofo, no qual dois eixos perpendiculares em 
um mesmo plano são utilizados para a localização de pontos no espaço.
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SUMÁRIO
Sob essa perspectiva, foram adotadas estratégias metodológicas que possibilitaram 
um grande avanço científico a partir do século XVIII. Além do telescópio desenvolvi-
do por Galileu, outros instrumentos desenvolvidos nessa época foram fundamentais 
para esse avanço considerando a valorização da experimentação pela ciência moder-na, como o microscópio, por exemplo.
FIGURA 5 - ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
A estratégia metodológica é essencial para a realização de qualquer pesqui-
sa científica. Compreende todos os recursos utilizados, desde a construção 
da hipótese, coleta de dados, análise e conclusões.
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Não se tratava apenas de uma nova forma de fazer ciência, mas do nascimento de 
uma nova era para os filósofos da época (ALFONSO-GOLDFARB, 2004). O determi-
nismo mecanicista não apenas guiava a compreensão do mundo natural, como sin-
tetizava o anseio humano de dominá-lo. No campo social, esse pensamento era tão 
adequado aos interesses da burguesia que as leis determinísticas de Newton rece-
beram enorme prestígio, acabando por propiciar as condições para o surgimento 
das ciências sociais, pela qual aspectos da sociedade poderiam ser previstos sob leis 
determinísticas (SANTOS, 1988)2.
1.1.3 A CIÊNCIA COMO CURA DE TODOS OS MALES
Um dos frutos do avanço científico foi a primeira Revolução Industrial (século XVIII), 
marcada pela construção das máquinas a vapor. A industrialização transformou ra-
dicalmente a vida dos europeus e dos habitantes de suas colônias. De forma mais 
marcante do que na primeira, a segunda Revolução Industrial (século XIX) uniu defi-
nitivamente ciência (saber teórico) e técnica (saber empírico, experimental). 
Na Alemanha, a união entre ciência e técnica foi fundamental para o seu crescimen-
to como potência industrial no final do século XIX e não estava restrita somente à 
produção, mas também ao sistema de ensino. A política educacional que valorizava 
a união dos pensamentos teórico e técnico propiciou o surgimento de uma grande 
quantidade de novos inventos (como o motor à explosão interna, o dínamo elétrico e 
o automóvel) que impulsionaram a economia. 
Na França, o foco do desenvolvimento industrial era a supremacia militar, principal-
mente por causa dos conflitos vividos no país ao longo do século XIX. Nos Estados 
Unidos (EUA) a união entre ciência e técnica impulsionou o desenvolvimento indus-
trial no campo e o desenvolvimento agrícola. 
Em geral, as nações que se destacaram no processo industrial foram aquelas que 
produziram a base do pensamento científico, pois a indústria exigia da ciência os 
2 Boaventura de Sousa Santos é Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 
e Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da 
Universidade de Warwick. É Diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Coordenador Científico do 
Observatório Permanente da Justiça. Dirige atualmente o projeto de investigação ALICE – Espelhos estranhos, lições impre-
vistas: definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências o mundo, um projeto financiado pelo Conselho 
Europeu de Investigação (ERC), um dos mais prestigiados e competitivos financiamentos internacionais para a investigação 
científica de excelência em espaço europeu.
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SUMÁRIO
fundamentos teóricos para solucionar suas demandas. Nesse sentido, os países que 
permaneceram à margem do processo de industrialização se tornaram também po-
bres com relação ao desenvolvimento científico (BRAGA et al., 2008) . 
Outro fruto do mecanicismo foi um entusiasmo com o progresso que o desenvolvi-
mento científico poderia trazer:
As máquinas que invadiam o cotidiano europeu apresentam-se agora como 
a chave para a construção de um futuro próspero, fazendo antever um tempo 
no qual os principais problemas que afligiam a humanidade poderiam ser re-
solvidos pela ciência aplicada. [...] O homem havia se libertado das limitações 
impostas pela natureza e pelas visões religiosas de outrora. A razão tornava-o 
senhor de seu próprio destino. Parecia não haver limites para a ciência e a 
tecnologia. (BRAGA et al., 2008, p. 21)
Esse otimismo foi destacado, à luz do mecanicismo, por uma corrente filo-
sófica chamada Positivismo, cujos precursores foram Augusto Comte (1789-
1857), Hebert Spencer (1820-1903), Émile Durkheim (1858-1917). Para os po-
sitivistas, somente os fatos (dados empíricos e determinações matemáticas 
das leis da natureza) poderiam demonstrar a realidade e as ciências poderiam 
ser ordenadas, da menos complexa para a de maior complexidade: Matemáti-
ca, Astronomia, Física, Química, Biologia e Sociologia, sendo que a anterior era 
sempre a base da seguinte. Um dos legados do positivismo para a atualidade 
é a organização do conhecimento das ciências naturais em livros didáticos 
contendo uma visão instrumental das teorias científicas. Outro legado é a re-
lação de domínio do homem sobre a natureza que o autorizaria a explorar e 
manipular os recursos naturais visando apenas o seu bem-estar (SILVA, 2010) .
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Algumas obras de Augusto Comte levaram alguns seguidores do positivismo 
a instituir a Religião da Humanidade, inclusive com a construção de templos 
e o estabelecimento de rituais. No Brasil, existem quatro dos cinco templos 
positivistas do mundo (nas cidades de Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro 
e São Paulo), o quinto fica na França. O seu lema fundamental é “O amor por 
princípio, a ordem por base, o progresso por fim”. Na sede da Igreja Positivis-
ta do Brasil (no Rio de Janeiro), ficava guardada a primeira bandeira do Brasil 
a ser confeccionada, mas infelizmente foi furtada.
A expectativa da sociedade de que um grande investimento do governo em pesquisa 
resultaria em um retorno de conhecimento e tecnologia levou os países desenvolvi-
dos a investirem amplamente em ciência no século XIX. Para os cidadãos norte-a-
mericanos, por exemplo, esses retornos se dariam mais tarde na vitória nas guerras 
(Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria) e na corrida espacial, e na cura de doenças 
como o câncer, a poliomielite e outras doenças infecciosas (LUBCHENCO, 1998)3.
O fenômeno global da industrialização atingiu também a ciência (especialmente a 
partir dos anos 1930) levando ao “compromisso desta com os centros de poder eco-
nômico, social e político, os quais passaram a ter um papel decisivo na definição das 
prioridades científicas” (SANTOS, 1988, p. 59). 
1.1.4 UM OUTRO LADO DA CIÊNCIA
Uma série de desastres ambientais (alguns exemplos por década: 1940 – bombas 
atômicas da Segunda Guerra Mundial; 1950 – chuva de granizo com características 
de presença de radioatividade ocorre na Austrália, a menos de 3.000 quilômetros 
3 Jane Lubchenco é uma cientista ambiental de renome mundial que tem profunda experiência nos mundos da ciência, 
academia e governo. Foi subsecretária de Comércio para Oceanos e Atmosfera e Administradora da Administração Nacional 
Oceânica e Atmosférica (NOAA) de 2009-2013. Indicada pelo Presidente Obama em dezembro de 2008 como parte de sua 
“Equipe dos Sonhos da Ciência”, ela é ecologista marinha e cientista ambiental de formação, com experiência em oceanos, 
mudanças climáticas e interações entre o meio ambiente e o bem-estar humano.
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SUMÁRIO
dos testes nucleares realizados na Inglaterra e casos de disfunções neurológicas em 
famílias de pescadores e em gatos e aves que se alimentavam de peixes da baía de 
Minamata, Japão, devido a contaminação com mercúrio; 1980 – casos de proble-
mas pulmonares, anomalias congênitas e abortos espontâneos em moradores de 
Cubatão, Brasil, devido ao elevado nível de poluiçãoatmosférica; derramamento de 
30 toneladas de pesticidas no rio Reno, Suíça, deixando 193 quilômetros do rio sem 
vida; 1990 – vários derramamentos de petróleo) (CAMARGO, 2002) e de epidemias 
(principalmente aquelas relacionadas à falta de higiene e às péssimas condições de 
trabalho e moradia, como tifo e cólera) foi observada a partir de meados do século 
XX, levando ao questionamento dos rumos da produção de conhecimento. 
FIGURA 6 - DESASTRES AMBIENTAIS 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
As epidemias por cólera são causadas pelo consumo de água ou alimentos 
contaminados pela bactéria vibrio cholerae.
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No campo da astrofísica, Einstein (1879-1955) derrubou o rigor das leis de Newton 
através da teoria da Relatividade (SANTOS, 1988, p. 55). No domínio da microfísica, 
“Heisenberg (1901-1976) e Bohr (1885-1962) demonstram que não é possível obser-
var ou medir um objeto sem interferir nele, sem o alterar, e a tal ponto que o objeto 
que sai de um processo de medição não é o mesmo que lá entrou”. Eis o princípio da 
mecânica quântica (SANTOS, 1988, p. 55).
 [...] a demonstração da interferência estrutural do sujeito no objeto observado, 
tem implicações de vulto. Por um lado, sendo estruturalmente limitado o rigor 
do nosso conhecimento, só podemos aspirar a resultados aproximados e por 
isso as leis da física são tão-só probabilísticas. Por outro lado, a hipótese do 
determinismo mecanicista é inviabilizada uma vez que a totalidade do real 
não se reduz à soma das partes em que a dividimos para observar e medir. Por 
último, a distinção sujeito/objeto é muito mais complexa do que à primeira 
vista pode parecer. A distinção perde os seus contornos dicotômicos e assume 
a forma de um continuum. (SANTOS, 1988, p. 55)
FIGURA 7 - TEORIA DA RELATIVIDADE
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
1.1.5 CRISE DA CIÊNCIA MODERNA
O ponto de vista cartesiano do mundo natural começava, então, a perder força. 
No século XX, o paradigma dominante da racionalidade científica de Newton de-
monstra sinais de crise. Cresce o entendimento de que “a simplicidade das leis cons-
titui uma simplificação arbitrária da realidade que nos confina a um horizonte míni-
mo para além do qual outros conhecimentos da natureza, provavelmente mais ricos 
e com mais interesse humano, ficam por conhecer” (SANTOS, 1988, p. 57). 
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Santos (1988) defende que se trata de uma nova revolução científica iniciada com 
a Teoria da Relatividade de Einstein (1905) e cujo final ainda é imprevisível. Como 
a revolução do século XVII, esta também é um resultado de uma pluralidade de fa-
tores, sociais e científicos. Em uma das contradições da ciência, o avanço científico 
moderno foi de tal magnitude que permitiu identificar as suas próprias limitações, a 
fragilidade de seu pilar sobre o rigor da matemática. Na indissociável relação entre 
ciência e sociedade, o movimento científico iniciado no século XX e ainda em voga 
“caracteriza exemplarmente a situação intelectual” (SANTOS, 1988, p. 57) na qual a 
sociedade busca “o conhecimento das coisas com o conhecimento do conhecimen-
to das coisas, isto é, com o conhecimento de nós próprios” (SANTOS, 1988, p. 57). 
É como se o homem e a mulher se tivessem lançado na aventura de conhecer os 
objetos mais distantes e diferentes de si próprios, para, uma vez aí chegados, se des-
cobrirem refletidos como num espelho. (SANTOS, 1988, p. 60)
Nessa crise da ciência moderna, o homem começa a perceber que a restrição do 
objeto de estudo e a segmentação do conhecimento científico não trouxe apenas 
desenvolvimento econômico e social, mas também uma série de efeitos negativos 
(SANTOS, 1988).
As tecnologias preocupam-se hoje com o seu impacto destrutivo nos ecos-
sistemas; a medicina verifica que a hiperespecialização do saber médico 
transformou o doente numa quadrícula sem sentido quando, de fato, nun-
ca estamos doentes senão em geral; a farmácia descobre o lado destrutivo 
dos medicamentos, tanto mais destrutivos quanto mais específicos, e procura 
uma nova lógica de combinação química atenta aos equilíbrios orgânicos; o 
direito, que reduziu a complexidade da vida jurídica à secura da dogmática, 
redescobre o mundo filosófico e sociológico em busca da prudência perdida. 
(SANTOS, 1988, p. 64)
Devido ao assunto geral desta disciplina de Ciências do Ambiente, dentre as mudan-
ças de percepção provocadas por essa ruptura de uma visão mecanicista do mundo, se 
focará naquelas que ocorreram na relação da ciência e da sociedade com o ambiente.
1.2 A CIÊNCIA E O AMBIENTE
A nova dignidade da natureza mais se consolidou quando se verificou que o desen-
volvimento tecnológico desordenado nos tinha separado da natureza em vez de nos 
unir a ela e que a exploração da natureza tinha sido o veículo da exploração do ho-
mem. (SANTOS, 1988, p. 67) 
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Os grandes avanços tecnológicos proporcionados sob o ideal mecanicista propicia-
ram a alteração do sistema produtivo, que levou a um deslocamento massivo das po-
pulações do campo para as cidades, provocando um processo de urbanização rápido 
e desordenado. 
Ao mesmo tempo que esse sentimento crescia, milhares de pessoas que ha-
viam deixado os campos acabaram impelidas a trabalhar em condições subu-
manas nas grandes cidades. Os ateliês familiares, que antes produziam a ri-
queza, agora organizavam-se sob a forma de fábricas onde dezenas de pessoas 
trabalhavam juntas em jornadas que ultrapassavam as 14 horas diárias, contro-
ladas pelos olhos atentos de um poder centralizado. A concepção de Universo-
-máquina chegava ao mundo do trabalho, fazendo dos homens engrenagens 
que operavam de forma organizada e sincronizada. O ferro foi substituindo 
paulatinamente a madeira como principal matéria-prima da era industrial, e 
sua fabricação exigia quantidades cada vez maiores de carvão mineral. A extra-
ção de carvão nas minas tornou-se um negócio rentável, sendo feita em condi-
ções precárias por mineiros que passavam a maior parte do dia sem ver a luz 
do sol, acumulando problemas de saúde. (BRAGA et al., 2004, p. 23)
Após o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, as indústrias químicas e de ma-
quinário, que concentravam o conhecimento científico com fins bélicos, viram na pro-
dução de alimentos o potencial de absorver seus produtos (dentre eles o fertilizante). 
Além disso, nesse período iniciou-se a Guerra Fria, marcado pela bipolaridade entre 
o capitalismo e o socialismo e pelo problema da fome em várias partes do mundo.
O resultado da soma desses fatores foi a chamada Revolução Verde. Um modelo 
baseado no uso intensivo de agrotóxicos, fertilizantes sintéticos e na mecanização 
da agricultura que foi amplamente difundido pelos EUA, a partir da década de 1960. 
Sob o pretexto de aumentar a produção de alimentos para combater a fome, esse 
modelo vendia a ideia de que as novas tecnologias iram acabar com os problemas da 
agricultura (ANDRADES4, 2007; BONZI5, 2013).
No que se refere ao aumento da produção total da agricultura, a Revolução 
Verde foi, sem dúvida, um sucesso. Entre 1950 e 1985, a produção mundial 
de cereais passou de 700 milhões para 1,8 bilhão de toneladas, uma taxa de 
crescimento anual de 2,7%. Nesse período, a produção alimentar dobrou e 
4 Thiago Oliveira de Andrades é licenciado em História pela UFMG (2003) e Mestre em Administração pela Universidade Fe-
deral de Lavras (2006). Atua como professor de História e Filosofia em escolas de Ensino Médio e pré-vestibulares desde 2001, 
na cidade de Lavras. É estudioso da Reforma Protestante, com ênfase em Luteranismo.Rosângela Nasser Ganimi é licenciada 
em Geografia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1994), especialista em Geografia Humana pela PUC Minas e Mestra 
em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003). Atualmente exerce cargo efetivo de Professora do Ensino 
Básico, Técnico e Tecnológico do Colégio de Aplicação João XXIII/UFJF, em regime de dedicação exclusiva.
5 Ramón Stock Bonzi é doutorando e Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela FAUUSP, especialista em Arquitetura da 
Paisagem pelo Senac e em Meio Ambiente e Sociedade pela FESPSP, consultor na área de meio ambiente, paisagismo e 
jardinagem.
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a disponibilidade de alimento por habitante aumentou em 40%, parecendo 
que o problema da fome no mundo seria superado pelas novas descobertas. 
(MAROUELLI, 2003, p. 7)6 
1.2.1 UMA VISÃO SISTÊMICA DO AMBIENTE
O impacto positivo da utilização de máquinas agrícolas e de agrotóxicos no crescimen-
to da produtividade no campo se contrapunha à degradação ambiental que se seguiu 
(esgotamento do solo, erosão, assoreamento de rios, poluição dos corpos d’água). 
Os defensivos agrícolas criados com a promessa de acabar com as pragas na agricul-
tura e com a fome no mundo acabaram por não cumprir seu objetivo (as pragas de-
senvolvem resistência e milhares de pessoas ainda passam fome) e ainda contaminar 
o solo e a água, e provocar diversos problemas de saúde aos seres humanos. 
Surgiu, então, a compreensão de que o mundo natural não poderia mais ser perce-
bido sob a visão mecanicista. Estes e outros impactos ambientais foram destacados 
pela bióloga e escritora norte-americana Rachel Carson (1907-1964) em seu livro Pri-
mavera silenciosa em 1962, no qual a autora transparece sua paixão pela luta em 
favor do futuro do planeta (PEREIRA, 2012).
A visão de que a ciência teria as soluções para tudo o que reduzia a qualidade de vida 
das pessoas e de que o Homem conseguiria cada vez mais dominar a natureza estava 
posta à prova. 
Na Biologia, principalmente, mas também nas demais ciências, a ideia de leis que 
regem rigorosamente o universo passava “a ser parcial e sucessivamente substituída 
pelas noções de sistema, de estrutura, de modelo e, por último, pela noção de pro-
cesso” (SANTOS, 1988, p. 57). 
6 Rodrigo Pedrosa Marouelli é pós-graduado em Especialização em Gestão do Agronegócio pela Universidade de Brasília, e 
em Economia e Desenvolvimento Econômico pela Universidade de Nottingham. Possui MBA em Gestão Sustentável e Agri-
cultura Irrigada pela Fundação Getulio Vargas, e é Bacharel em Economia pelo Centro Universitário de Brasília.
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Em 1987, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 
(CMMAD) publicou um relatório chamado Our Common Future (Nosso Fu-
turo Comum) que comparava o mundo do início do século XX com o do seu 
final. Por um lado, o relatório demonstrou que a expectativa de vida havia 
crescido e a mortalidade infantil decaído, que a população mundial apre-
sentara um crescimento no grau de alfabetização e na produção de alimen-
tos em relação ao crescimento populacional. Por outro lado, identificou o 
aumento da degradação dos solos e da poluição da atmosfera, a expansão 
das áreas desérticas, o desaparecimento de florestas, o fracasso dos progra-
mas de desenvolvimento, entre outros (CAMARGO, 2002) .
1.2.2 OS DANOS AMBIENTAIS DO DESENVOLVIMENTO 
CIENTÍFICO
Primavera silenciosa se tornou um símbolo do movimento ambientalista devido às 
diversas discussões levantadas pela autora quanto aos rumos da sociedade globali-
zada. Mas, como seria de se esperar, assim como todas as outras obras que rompe-
ram com um padrão (como a Teoria Heliocêntrica, citada anteriormente, ou o livro de 
Charles Darwin sobre a origem das espécies em 1859), Primavera silenciosa sofreu 
ataques e tentativas de descrédito por parte, principalmente, das empresas produ-
toras de defensivos químicos, que questionavam “a legitimidade do livro, porque a 
autora não tinha doutorado (era Mestra em Zoobotânica), e outros a atacaram com ar-
gumentos preconceituosos, chamando-a de ‘freira da natureza’, ‘solteirona’, ‘feiticeira’, 
insinuando que deveria se calar apenas pelo fato de ser uma mulher” (BONZI, 2013). 
No entanto, “embora a indústria química continuasse com ferozes ataques à obra e 
à autora, seus esforços perderam boa parte da potência” (BONZI, 2013) com a saída 
de um relatório favorável à suas conclusões emitidas por um comitê de consultoria 
científica dos EUA. 
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Em dezembro de 2006, premiando a memória e o legado de Rachel Carson, 
o jornal britânico The Guardian conferiu a ela o primeiro lugar na lista das 
cem pessoas que mais contribuíram para a defesa do meio ambiente de 
todos os tempos. 
Fonte: LIVRARIA DA FOLHA. Obra denunciou em 1962 inseticida cancerígeno proibido no Brasil só em 2009. 27 maio 
2010. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/740961-obra-denunciou-em-1962-inseticida-
-cancerigeno-proibido-no-brasil-so-em-2009.shtml. Acesso em: 25 mar. 2019.
Utilizando uma linguagem acessível ao público leigo, o livro resume os resultados de 
pesquisas feitas desde 1945 sobre o impacto do dicloro-difenil-tricloroetano (o inse-
ticida DDT era um dos restos da guerra) no ambiente (BONZI, 2013). 
O DDT foi sintetizado em 1874, na Alemanha, mas suas propriedades inse-
ticidas só foram descobertas em 1939 pelo químico suíço Paul Hermann 
Müller (1899-1965). Como o composto foi empregado inicialmente, com su-
cesso, no combate a insetos (piolhos, mosquitos e outros) transmissores de 
doenças (tifo, malária, febre amarela e outras), a descoberta foi apontada 
como um feito revolucionário e deu a Müller, em 1948, o prêmio Nobel de 
Medicina. Após a Segunda Guerra Mundial, o DDT começou a ser usado no 
combate aos insetos que atacavam as culturas agrícolas. O DDT foi banido 
de vários países, a começar por Hungria (1968), Noruega e Suécia (1970) e 
Alemanha e Estados Unidos (1972). Hoje, a Convenção de Estocolmo sobre 
Poluentes Orgânicos Persistentes, assinada por cerca de 180 países, restrin-
ge o uso do composto a casos especiais de controle de vetores de doenças. 
No Brasil, a fabricação, importação, exportação, manutenção em estoque, 
comercialização e uso do DDT só foram proibidos em 2009 (PEREIRA, 2012).
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Ao longo do livro, a autora estabelece a relação do uso de pesticidas sintéticos com a 
poluição do solo e dos recursos hídricos e com o desequilíbrio das cadeias alimenta-
res, portanto, da degradação ambiental como prejuízo para a humanidade.
Ao trazer para a arena pública fortes evidências científicas de que o uso de 
pesticidas afeta os insetos polinizadores, prejudicando, portanto, os rendi-
mentos econômicos provenientes da agricultura, Carson confere mais um va-
lor à paisagem “selvagem”, “natural”. Ainda que há décadas tal paisagem seja 
considerada inútil pelos capitães da Revolução Verde, os atributos que Carson 
confere a esta paisagem têm o poder de metamorfoseá-la em paisagem pro-
dutiva (BONZI, 2013, p. 213).
A autora descreve ainda a relação entre as grandes empresas e as políticas públicas 
que visam muito mais aos interesses produtivos do que os públicos, de forma seme-
lhante ao que foi observado no século XIX, denunciando uma onda de desenvolvi-
mento a qualquer custo (BONZI, 2013). Esses aspectos ressaltaram a necessidade 
de uma percepção do ambiente muitoalém da mera descrição do mundo natural, 
mas, com uma reflexão ecológica, discutindo os diversos âmbitos da relação entre os 
homens e o meio ambiente.
Uma corrente do movimento ambientalista suscitada desde a época da pu-
blicação de Primavera silenciosa é a do pensamento ecológico-social. Sob 
a influência mecanicista, essa corrente valoriza o método científico como 
forma de comprovar a verdade com base em observações e experimentos. 
Contudo, também incorpora o modelo sistêmico de perceber o mundo. 
Considerando aspectos multidisciplinares, esse pensamento procura con-
ciliar o desenvolvimento econômico com a preservação dos ecossistemas 
(SCHWANKE, 2013).
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CiênCias do ambiente
SUMÁRIO
1.2.3 UMA NOVA DEMANDA PARA A CIÊNCIA
Após 20 anos da publicação de Primavera silenciosa, outro livro retomou a necessi-
dade de se fortalecer uma visão mais ampla do homem e do ambiente: O Ponto de 
Mutação, do autor Fritjof Capra, demonstrando a força que estes questionamentos 
ainda apresentavam. 
O filme Ponto de mutação pode ser assistido na íntegra através do YouTube, 
e é bastante interessante para aprofundar seus conhecimentos a respeito do 
ponto de vista sistêmico que se contrapõe ao modelo mecanicista.
No filme (que leva o mesmo título) produzido com base nesse livro, a cientista Sonia 
Hoffmann critica a maneira mecanicista com a qual os políticos em geral descrevem 
a natureza, e, assim como Rachel Carson, afirma que o mundo precisa ser visto sob 
um novo modelo, o modelo sistêmico. A opinião da personagem que dá voz às ideias 
do próprio Capra é de que as pessoas (incluindo os cientistas) precisam reconhecer 
a interconexão entre os problemas globais para então buscar soluções mais eficazes 
em vez de tentar resolvê-los separadamente. 
Sonia passa por uma crise em sua carreira como cientista, se culpando pela utilização 
de suas descobertas, não para fins médicos, mas para fins bélicos. Para ela, os cien-
tistas que foram capazes de fornecer um fantástico conhecimento sobre o corpo hu-
mano, o planeta e o universo também forneceram as ferramentas para que o homem 
pudesse provocar o desequilíbrio da natureza. De forma semelhante, a pesquisadora 
Jane Lubchenco (1998) ressalta que a comunidade científica possui uma parcela de 
responsabilidade sobre os problemas ambientais que temos enfrentado. 
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Anteriormente, a sociedade esperava que a ciência ajudasse os homens a entender 
melhor o universo que os rodeia e também a vencer guerras, curar doenças, melhorar 
a economia e as condições de vida. Atualmente, espera-se também que sejam capa-
zes de prever os resultados das diferentes escolhas possíveis por parte da população 
e do Governo e que forneçam alternativas para um modo de vida que não prejudique 
a qualidade de vida das próximas gerações (LUBCHENCO, 1998). Em resposta a essa 
demanda, é crescente a quantidade de estudos que visam entender melhor a dinâ-
mica dos diferentes ecossistemas e encontrar maneiras de protegê-los, de geri-los e 
recuperá-los. Busca-se cada vez mais desenvolver tecnologias que possam reduzir os 
impactos ambientais das atividades antrópicas.
FIGURA 8 - ECOSSISTEMAS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
1.2.4 O CONHECIMENTO TRAZ RESPONSABILIDADES
Inicialmente a degradação ambiental fora, em grande parte, causada por uma eu-
foria de crescimento econômico propiciada pelos conhecimentos científicos e as-
sociada ao desconhecimento ou ignorância do sistema natural como uma rede de 
inter-relações. Atualmente, as diferentes áreas da ciência buscam fornecer os conhe-
cimentos necessários para que a sociedade possa avaliar as prováveis consequências 
ambientais de cada uma de suas escolhas (LUBCHENCO, 1998). A criação da União 
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SUMÁRIO
Internacional para a Conservação da Natureza (International Union for the Conserva-
tion of Nature and Natural Resources – IUCN), em 1948, e a realização da Conferência 
Científica das Nações Unidas sobre a Conservação e Utilização de Recursos, em 1949, 
demonstram a dimensão que a preocupação ecológica atingiu na comunidade cien-
tífica em meados do século XX.
1.3 SOCIEDADE E AMBIENTE A PARTIR 
DO SÉCULO XX
Durante as últimas décadas, a humanidade surgiu como uma nova força da natureza. 
Nós modificamos os sistemas físicos, químico e biológico de maneira diferentes, de 
forma mais acelerada, e ultrapassando escalas espaciais jamais registradas na Terra. 
(LUBCHENCO, 1998) 
Tomando posse de sua parcela de responsabilidade e com base no conhecimento 
fornecido pela ciência, diferentes setores da sociedade (artistas, naturalistas e aman-
tes da natureza) iniciaram uma luta conservacionista associada ao movimento lite-
rário romântico, ainda no século XIX. Os frutos iniciais desse movimento incluem “a 
criação dos primeiros parques nacionais e das sociedades protetoras da vida selva-
gem” (SCHWANKE, 2013). 
1.3.1 AÇÕES DA HUMANIDADE EM DIREÇÃO A UMA 
RELAÇÃO HARMÔNICA COM O AMBIENTE
Em 1945, foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU), na qual, desde a sua 
fundação, a proteção ambiental assumia a quarta posição (atrás da paz, dos direi-
tos humanos e do desenvolvimento equitativo) dentre suas principais preocupações 
(CAMARGO, 2002, p. 41). Mas foi na década de 1960 que a preocupação ecológica se 
tornou mais significativa fora do ambiente científico (CAMARGO, 2002). 
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FIGURA 9 - BANDEIRA DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
A World Wildlife Fund (Fundo para a Vida Selvagem Mundial – WWF) foi a primei-
ra ONG (organização não governamental) ambiental de espectro verdadeiramente 
mundial. Após a sua criação, em 1961, diversos grupos e ONGs começaram a apare-
cer e a crescer (CAMARGO, 2002). Foi também nessa década que o livro Primavera 
silenciosa foi publicado e gerou um impacto na forma de transmissão do conheci-
mento científico para o público leigo. Através de seu livro, a autora tratou de assun-
tos complexos – como interações químicas dos agrotóxicos na natureza, causando 
a contaminação do solo e da água, e a evolução dos organismos através da seleção 
de insetos resistentes – de forma acessível ao público em geral, abrindo um debate 
popular em grande escala. A partir de sua publicação, a mídia passou a ocupar um 
importante papel na divulgação desses conhecimentos, demonstrando o grande in-
teresse pelos assuntos ambientais por parte da população (CAMARGO, 2002).
Veja no artigo “Meio século de Primavera silenciosa: um livro que mudou o 
mundo”, de Ramón Stock Bonzi, uma revisão bastante completa a respeito 
do contexto histórico e político no qual se inseriu o livro Primavera Silenciosa 
e seu impacto sobre a visão de mundo da sociedade.
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SUMÁRIO
É importante citar também, a criação do Clube de Roma, em 1968, uma organização 
não governamental formada por especialistas (cientistas, economistas, humanistas, 
industriais, pedagogos e funcionários públicos nacionais e internacionais) com o ob-
jetivo de gerar uma consciência internacional a respeito dos graves problemas mun-
diais (CAMARGO, 2002).
Na década de 1970, “intensificaram-se as discussões acerca das relações entre meio 
ambiente e desenvolvimento, evidenciando as principais limitações do modelo de 
crescimento até então adotado, e seu caráter totalmente predatórioe imediatista” 
(GASPI, 2008, p. 2)7. Foi “nessa década que se registrou o começo da preocupação 
ambiental pelo sistema político [...]. Também aumentaram as atividades de regula-
mentação e de controle ambientais” (CAMARGO, 2002, p. 44). Os governos passaram 
a exigir estudos de impactos ambientais prévios para a aprovação de novos empreen-
dimentos e cresceu a preocupação de conciliar o desenvolvimento econômico com 
a preservação ambiental (CAMARGO, 2002). Nessa época houve uma mudança na 
forma de perceber a relação do homem com a natureza. Não mais de superioridade, 
mas uma relação de igualdade. Visão que foi impulsionada também pela primeira 
crise mundial do petróleo, que levantou a questão dos recursos naturais como finitos 
(CAMARGO, 2002) e que foi refletida nas discussões internacionais que ocorreram 
nas décadas seguintes.
7 Suelen de Gaspi é graduada em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná 
(2010) e em Ciências Econômicas pela Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão (2007). Atualmente cursa 
Mestrado Profissional em Rede Nacional para o Ensino de Ciências Ambientais – PROFCIAMB-UEM. Atuou como professora 
e coordenadora do Curso Técnico em Administração do Colégio Estadual João Teothônio Netto – Ensino Médio, Profissional 
e Normal de Moreira Sales, e já atuou como professora de Matemática na mesma instituição. É atualmente servidora do Ins-
tituto Federal do Paraná, como Assistente em Administração. Janete Leige Lopes é graduada em Ciências Econômicas pela 
UNESPAR, Mestra em Desenvolvimento Regional com ênfase em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Maringá 
(UEM) e Doutora em Economia Aplicada pela USP/ESALQ – Universidade de São Paulo. Atualmente é Pesquisadora e Profes-
sora Adjunta da UNESPAR – Universidade Estadual do Paraná. Atua também como Avaliadora Científica da Revista Organiza-
ções Rurais e Agroindustriais (UFLA) e da Revista Perspectivas Contemporâneas da Faculdade Integrada de Campo Mourão. 
É membra do Grupo de Pesquisa “Desenvolvimento econômico e social, sob a perspectiva regional e urbana”.
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CONCLUSÃO 
Ao longo desta unidade, foram apresentados alguns pontos da História e Filosofia da 
Ciência para contextualizar a relação atual entre o homem e o meio ambiente, para 
que você compreenda os aspectos sociais, econômicos e científicos que constituem 
essa relação ao longo do tempo. Trata-se de uma construção, às vezes pacífica, às ve-
zes conflituosa, mas em constante transformação. 
A ruptura de pensamento do homem em relação à ciência e à natureza no século XX 
levou a um processo de mudança de comportamento do homem em diferentes as-
pectos e é nesse período em que nos encontramos agora no início do século XXI. Na 
prática, o homem está buscando uma relação harmônica com a natureza, que tem sido 
construída junto com o próprio conceito de desenvolvimento sustentável. Cientistas 
procuram fornecer um conhecimento mais completo da natureza, compreendendo as 
inter-relações entre seus componentes, e desenvolver as tecnologias adequadas para 
entender, prever, evitar ou reduzir as consequências das ações antrópicas sobre o meio 
ambiente. Com base nos conhecimentos científicos gerados, os governantes procuram 
conciliar os interesses econômicos e sociais de seus países com a responsabilidade 
internacional de contribuir para a sobrevivência e a qualidade de vida das pessoas do 
mundo todo, resultando em acordos internacionais e legislações específicas. O setor 
econômico, através de uma gestão ambiental, tenta conciliar o seu desenvolvimento 
com as obrigações impostas pela legislação e pela cobrança de uma sociedade cada 
vez mais consciente da relação do homem com o ambiente ao seu redor. 
Para que o desenvolvimento sustentável saia do campo das ideias e conceitos para a 
prática, é muito importante que as pessoas aprofundem seus conhecimentos sobre 
o tema e passem a introduzi-lo no seu cotidiano. Para isso, torna-se necessário que 
elas se apropriem de um conhecimento ambiental multidisciplinar tanto das ciên-
cias naturais quanto das sociais que foram apontados nesta unidade. Uma vez ciente 
da interconexão desses múltiplos aspectos, esperamos que você possa elaborar uma 
visão crítica em relação às informações divulgadas pela mídia a esse respeito. E que 
possa levar em conta a importância de cada um dos conhecimentos, científicos, le-
gislativos, sociais, econômicos, que constituem a nossa relação com a natureza neste 
século, ao formar sua opinião e assumir o seu papel, no lugar onde mora e também 
no seu trabalho. 
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SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Descrever o papel da Ecologia entre as ciências do 
ambiente.
> Explicar o ecossistema.
> Identificar os componentes bióticos e abióticos de um 
ecossistema.
> Esclarecer os principais processos que regem o equilíbrio 
dos ecossistemas.
> Esquematizar cadeias e teias alimentares de um ambiente.
> Comparar os ecossistemas quanto à produtividade 
primária.
> Descrever o processo de sucessão ecológica.
> Identificar as características dos fatores abióticos com base 
nas características bióticas de um bioma.
> Debater o papel da ecologia de paisagens no 
entendimento dos processos ecológicos.
UNIDADE 2
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2 A ECOLOGIA E OS 
ECOSSISTEMAS
Dentre os múltiplos aspectos envolvidos no quadro de crise socioambiental que vive-
mos atualmente, o papel da Ecologia, enquanto ciência, é fundamentalmente, forne-
cer o entendimento dos processos que regem o mundo natural. A partir daí, é possí-
vel compreender de que forma o ser humano interfere nesses processos e antever as 
consequências dessa interferência. E também com base nesses conhecimentos que 
as demais ciências envolvidas poderão propor soluções ou alternativas para alcançar-
mos uma relação harmônica entre o homem e a natureza. 
Ao longo desta unidade, será visto que os ecossistemas englobam as relações entre 
os seres vivos e destes com o meio físico e que estas são regidas por mecanismos 
evolutivos, autorregulatórios, alimentares, energéticos e de ciclagem de nutrientes. 
A interferência humana em cada um desses processos tem consequências diferen-
tes, mas interdependentes pela característica sistêmica da natureza. Por exemplo, 
se o ser humano caça um determinado animal de forma a reduzir significativa-
mente a sua população local, pode-se prever pelos mecanismos evolutivos que esta 
espécie pode de extinguir localmente. Entretanto, para prever todas as consequên-
cias desse impacto, é preciso compreender que cada espécie tem um papel fun-
damental na manutenção do equilíbrio do ecossistema e que a sua extinção altera 
a teia alimentar da qual fazia parte, bem como o fluxo de energia e a ciclagem dos 
nutrientes naquele local. Portanto, as ações de preservação de uma ou poucas es-
pécies não garantem a manutenção de um ecossistema. Você verá ainda, através 
do conceito de paisagem que, mesmo dentro de um Bioma, cujos ecossistemas 
parecem homogeneamente distribuídos, os ambientes naturais ou antropizados 
formam um mosaico de unidades diferentes que interagem entre si sob a influên-
cia de sua estrutura. Por isso, é importante considerar essa heterogeneidade na 
definição de estratégias de conservação. 
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SUMÁRIO
2.1 A ECOLOGIA E OS ECOSSISTEMAS 
2.1.1 INTRODUÇÃO
A ecologia é a “ciência que estudaa relação entre os seres vivos em seu ambiente e 
que tem como seu objeto fundamental o ecossistema” (GIULIANI1, 1998). Esta ciência 
ajuda a compreender que todas as espécies são importantes e que é preciso preservar 
os vários ambientes naturais presentes no planeta (BARSANO2 , 2013). O seu nasci-
mento só foi possível quando ocorreu uma verdadeira revolução nos paradigmas das 
ciências naturais e na visão dos efeitos da expansão industrial, a partir do século XIX. 
O termo e a disciplina de ecologia foram criados pelo biólogo alemão Ernest Heinric 
Haeckel (1834-1919), em sua obra “Morfologia Geral dos Organismos”, publicada em 
1866 (GIULIANI, 1998). A palavra uniu dois termos gregos: oikos, que significa ‘casa’, 
e logos, que significa ‘estudo’ (BARSANO, 2013). Segundo Giuliani (1998), esta ciên-
cia nasceu do propósito de catalogar o mundo natural, a distribuição das espécies 
no planeta e a forma como elas (incluindo os humanos) são dependentes de seus 
respectivos ambientes. Estas eram demandas dos homens já no fim do século XIX, 
diante das muitas inquietações sobre os efeitos nocivos da industrialização.
Catalogar a natureza não consistia apenas em listar plantas e animais ou 
descrever paisagens. Alguns pesquisadores do século XIX já se preocupavam 
com as relações entre os seres vivos e os seres inanimados, uma visão inte-
gradora presente desde o início da ecologia.
1 Gian Mario Giuliani possui graduação em Sociologia, pela Universitá Degli Studi Di Trento (1970); mestrado em Sociologia, 
pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (1979); e doutorado em Sociologie Rural, pela Université de Paris 
X, Nanterre (1984). Atualmente, é professor Associado II da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
2 Paulo Roberto Barsano é professor e escritor. Palestrante e Conferencista de Reconhecimento Internacional. Professor es-
pecialista em Segurança do Trabalho e Meio Ambiente. Professor titular de Segurança do Trabalho do Instituto Tecnológico 
de Barueri. Professor de Matemática especializado em concursos públicos. Tutor da Escola Superior de Administração Fazen-
dária (ESAF) nos cursos a distância de Disseminadores de Educação Fiscal. Autor de uma série de livros didáticos e da obra 
Segurança do Trabalho para Concursos Públicos, pela Editora Saraiva.
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Em um contexto de crise de uma visão mecanicista do mundo e do surgimento de 
uma visão sistêmica, o caráter interdisciplinar da ecologia entre as ciências naturais 
e humanas e entre as próprias ciências naturais (botânica, zoologia, geologia) pode 
justificar o fato de ela ser tida como uma das ciências de maior interesse na atualida-
de (GIULIANI, 1998; BARSANO, 2013). Capra3 em seu livro o ponto de mutação, 1982, 
coloca o termo “ecologia” como sinônimo dessa visão holística da realidade:
“(...) nossa sociedade, como um todo, encontra-se em uma crise derivada do 
fato de que estamos tentando aplicar os conceitos de uma visão de mundo 
obsoleta – a visão de mundo mecanicista da ciência cartesiana-newtoniana – a 
uma realidade que já não pode ser entendida em função desses conceitos. Vi-
vemos hoje num mundo globalmente interligado, no qual os fenômenos bio-
lógicos, psicológicos, sociais e ambientais são todos interdependentes. Para 
descrever esse mundo apropriadamente, necessitamos de uma perspectiva 
ecológica que a visão de mundo cartesiana não nos oferece (CAPRA, 1982 
apud NUCCI4, 2007)”.
Tal qual a sociologia, com a qual tem forte relação, a ecologia parte do princípio de 
que qualquer forma de vida altera o ambiente em que vive. E assim, como a sociolo-
gia faz com a sociedade, ela estuda a dinâmica dos elementos da natureza, as formas 
associativas, as condições de existência e reprodução das espécies, os ecossistemas 
(GIULIANI, 1998).
2.1.1.1 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO
De forma didática, a ecologia estabelece um nível hierárquico de organização dos 
seres vivos, dos sistemas biológicos mais simples, como os genes, para os mais com-
plexos. Veja a figura.
FIGURA 10 - NÍVEIS HIERÁRQUICOS DOS SERES VIVOS
Genes → CÉLULas → teCido → ÓRGÃo → oRGanismo → PoPULaÇÃo → 
ComUnidade → eCossistema → biosFeRa
Fonte: adaptada de ARAÚJO, 1997.
3 Fritjof Capra é um físico teórico e escritor que desenvolve trabalho na promoção da educação ecológica. Capra recebeu, 
em 1966, seu doutorado em física teórica, pela Universidade de Viena, e tem dado palestras e escrito extensamente sobre as 
aplicações filosóficas da nova ciência.
4 João Carlos Nucci e graduado em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (1987) e Doutor em Ciências (Geo-
grafia Física) pela Universidade de São Paulo (1996). Professor Associado IV do Departamento de Geografia da Universidade 
Federal do Paraná (DGEOG-UFPR).
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SUMÁRIO
A ecologia se ocupa dos níveis mais complexos desse espectro, população, comuni-
dade, ecossistema e biosfera e eles refletem a concepção sistêmica da ecologia, pois 
cada um transcende à simples soma dos elementos do nível anterior. 
2.2 ECOSSISTEMAS
O termo ecossistema foi utilizado pela primeira vez pelo ecólogo britânico Arthur 
Tansley (1871-1955), em 1935. Ele observou que o conjunto das partes físicas e bio-
lógicas da natureza eram unificadas pela sua interdependência (SCHWANKE5, 2013). 
Por isso, o ecossistema seria a unidade fundamental da organização ecológica, forma-
do, de forma indissociável, pelos organismos vivos – biocenose (βιος = vida; koinoein = 
ter algo em comum, ou seja, comunidade de seres vivos em seu meio ambiente) - e 
pelos fatores abióticos indispensáveis à vida– biótopo (βιος = vida; τόπoς = lugar, ou 
seja, lugar onde se encontra vida) (GIULIANI, 1998; SCHWANKE, 2013).
O ecólogo Arthur Tansley foi quem fundou a primeira sociedade de ecologia 
a British Ecological Society, em 1913 (HANAZAKI, 2004).
Para aprofundar seus conhecimentos sobre a história da Ecologia e sobre os 
fatores filosóficos que a influenciaram ao longo do tempo, você pode encon-
trar na internet o texto “Origem e desenvolvimento da ecologia e da ecologia 
de paisagem” de João Carlos Nucci.
5 Cibele Schwanke é bióloga, Mestre em Geociências e Doutora em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
(UFRGS), e professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.
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De acordo com Schwanke (2013), Eugene P. Odum (1913-2002) propôs um concei-
to de ecossistema que é muito utilizado em ecologia atualmente. Segundo ele, é “a 
unidade ecológica que abrange todos os seres vivos que funcionam em conjunto em 
uma determinada área, interagindo com o ambiente físico de tal forma que um fluxo 
de energia produza estruturas bióticas claramente definidas, assim como uma ci-
clagem de materiais entre partes vivas e não vivas” (ODUM6, 1988 apud SCHWANKE, 
2013). Veja a lista dos elementos que compõem os ecossistemas e que serão vistos 
com maior detalhe ao longo desta unidade.
QUADRO 1 - COMPONENTES DO ECOSSISTEMA.
NATUREZA COMPONENTE EXEMPLOS
Abióticos
Compostos inorgânicos Carbono, nitrogênio, gás carbônico, água, etc.
Compostos orgânicos Proteínas, hidratos de carbono, lipídios, etc.
Regime climático Temperatura, pH, umidade, etc.
Bióticos
Organismos produtores ou 
autotróficos
Plantas.
Organismos consumidores ou 
heterotróficos
Animais herbívoros (vaca, lagarta) e carnívoros 
(onça, cobra).
Organismos decompositores ou 
saprófitos
Bactérias e fungos.
Fonte: adaptado de HANAZAKI, 2004.
Eugene P. Odum foi um dos ecólogos mais influentes do século XX. “Em 
1953, publicou um livro chamadoFundamentos de ecologia, que influen-
ciou diversas gerações de ecólogos.” Por ter sido o primeiro a defender a eco-
logia como uma ciência integrativa, ficou conhecido como “pai da ecologia 
de ecossistemas moderna” (HANAZAKI, 2004, p. 5). 
6 Eugene P. Odum foi um zoólogo e ecólogo estadunidense. Foi pioneiro nos trabalhos sobre a ecologia e na disseminação 
da consciência social sobre os ecossistemas. Filho do sociólogo Howard W. Odum. Uma de suas principais obras é o clássico 
Fundamentos da Ecologia.
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Nesse sentido, um tronco de árvore caído na mata e os organismos que fazem a sua 
decomposição podem ser considerados um pequeno ecossistema. No entanto, geral-
mente os ecossistemas se referem a sistemas ecológicos maiores e mais complexos, 
“como, por exemplo, florestas, campos, estuários e rios” (SCHWANKE, 2013, p. 148).
Sob o ponto de vista funcional, um ecossistema pode ser analisado sob diferentes 
aspectos: evolução, homeostase, cadeias ou teias alimentares, fluxo de energia e pa-
drões de diversidade (HANAZAKI, 2004).
2.2.1 EVOLUÇÃO
A evolução é um conceito central e unificador na Biologia e corresponde à “mudan-
ça nas propriedades das populações dos organismos que transcendem o período 
de vida de um único indivíduo” (HANAZAKI, 2004, p. 35). Os mecanismos evoluti-
vos, seleção natural, fluxo gênico, mutação e deriva genética, são particularmente 
importantes nos estudos ecológicos de populações, especialmente quando há um 
enfoque na conservação ambiental, pois eles estão intimamente relacionados com a 
capacidade de uma determinada espécie sobreviver ao longo do tempo. A extinção 
de espécies é uma das causas de desequilíbrio dos ecossistemas. 
A redução populacional de espécies silvestres, devido a desmatamentos, caça, 
tráfico ilegal, leva a uma redução da variabilidade genética (seja por uma de-
riva genética mais acentuada, pelo isolamento reprodutivo com outras popu-
lações, ou pelo acasalamento entre indivíduos aparentados). Quanto menor 
esta variabilidade, menor a chance de sobrevivência local da espécie frente 
a uma nova pressão ambiental seletiva sobre ela. Veja a reportagem “Febre 
amarela pode acelerar extinção de macacos ameaçados”, publicada pela BBC 
Brasil em maio de 2017. A reportagem relata os impactos da drástica redu-
ção populacional de primatas da Mata Atlântica na redução da variabilidade 
genética e no aumento do risco de extinção. Em uma população pequena, 
a probabilidade de haver indivíduos resistentes ao vírus da Febre Amarela 
(nova pressão ambiental) é muito baixa, dizimando as populações afetadas.
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2.2.2 HOMEOSTASE
Homeostase é o termo utilizado para indicar a tendência que os sistemas biológicos 
têm de resistir a alterações do seu estado, permanecendo em equilíbrio (HANAZAKI, 
2004), ou seja, trata-se da habilidade de autorregulação. 
O equilíbrio dos ecossistemas é dinâmico, ou seja, após uma pequena perturbação, 
o equilíbrio é retomado depois de algum tempo. O tempo de retorno ao equilíbrio 
depende do tamanho do impacto causado. Da mesma forma, o estado de equilíbrio 
pode ser igual ao anterior ou um novo estado, dependendo do deslocamento cau-
sado (HANAZAKI, 2004). A velocidade com a qual um ecossistema retorna ao seu 
estado inicial após uma perturbação define a sua resiliência. 
Há uma tendência de ecossistemas com maior diversidade de espécies serem mais 
estáveis. Isso se deve ao estabelecimento de relações mais complexas entre as po-
pulações, diversificando seus mecanismos de autorregulação (HANAZAKI, 2004). Por 
exemplo, em um ecossistema diverso, uma determinada espécie de animal carnívoro 
terá uma maior variedade de recursos alimentares. Por isso, uma perturbação que 
leve à redução temporária de indivíduos de uma espécie que lhe sirva de alimento 
pode não causar uma grande alteração no equilíbrio desse ecossistema porque há 
outras fontes de alimento disponíveis para suprir a que faltou (HANAZAKI, 2004).
De forma bastante simplificada, pode-se supor que dentro de um ecossiste-
ma, o número de indivíduos que se alimentam de uma determinada espé-
cie de planta está em equilíbrio com a capacidade de essa planta se recu-
perar da predação e completar o seu ciclo de vida. Se o ser humano ou uma 
doença, por exemplo, diminuir drástica e temporariamente a população 
desses herbívoros, haverá um desequilíbrio. A população da planta poderá 
aumentar pela redução da predação e um novo estado de equilíbrio só será 
atingido quando a população do herbívoro aumentar até o ponto de as duas 
populações se manterem em tamanho mais ou menos constante.
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CiênCias do ambiente
SUMÁRIO
No entanto, o equilíbrio de um ecossistema inclui não apenas os seus elementos bió-
ticos (relações entre os organismos vivos), mas também seus elementos abióticos (luz, 
pH, temperatura) e a relação entre eles (fluxo de energia e ciclos biogeoquímicos). 
2.2.3 CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES
Os componentes bióticos, apresentados no quadro anterior, dos ecossistemas po-
dem ser categorizados em diferentes níveis de acordo com a fonte de sua alimenta-
ção, níveis tróficos. Confira o quadro a seguir.
QUADRO 2 - CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS EM UM ECOSSISTEMA SEGUNDO A ALIMENTAÇÃO
NÍVEL TRÓFICO TIPO DE NUTRIÇÃO CATEGORIA FUNCIONAL
1o Autotrófica Produtor
2o Heterotrófica Consumidor primário (herbívoro)
3o Heterotrófica Consumidor secundário (carnívoro 1)
4o Heterotrófica Consumidor terciário (carnívoro 2)
2o em diante Heterotrófica Consumidor misto (onívoro)
2o em diante Heterotrófica Decompositor
Fonte: adaptado de ARAÚJO, 1997.
As plantas são classificadas como autotróficas (auto = próprio; trófico = alimento), por-
que produzem moléculas orgânicas, ricas em energia, através de elementos abióticos 
(sais minerais, água e luz solar). Elas constituem um componente essencial para o 
ecossistema, pois todos os demais níveis tróficos (heterotróficos) dependem delas, 
direta (herbívoros) ou indiretamente (carnívoros) para obterem seu alimento. 
O nível trófico de um organismo é tão maior quanto mais distante estiver a sua fonte 
de alimento dos produtores. Por exemplo, uma águia, ao se alimentar de um coelho 
(herbívoro), ocupará o terceiro nível trófico (consumidor secundário, carnívoro 1). En-
tretanto, se a mesma águia se alimentar de uma raposa (carnívoro), ele poderá ocupar 
o quarto nível (consumidor terciário, carnívoro 2). Por se alimentar tanto de plantas 
quanto de animais, uma galinha, por exemplo, é um animal onívoro e, portanto, um 
consumidor misto. Isso significa que ocupará o segundo nível (consumidor primário) 
ao se alimentar de um produtor (como o milho) e o terceiro nível trófico (consumidor 
secundário) ao se alimentar de um herbívoro (como a lagarta), ou seja, pode ocupar 
o segundo e outro nível trófico acima simultaneamente.
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FIGURA 11 - CADEIA ALIMENTAR
Fonte: Elaborada pela autora e UOL Edtech. 
Quando representamos a relação entre organismos diferentes, cada um pertencen-
do a um nível trófico, dizemos que se trata de uma cadeia alimentar. Porém, ao re-
presentarmos melhor a complexidade de relações alimentares entre os diferentes 
organismos de um ecossistema, dizemos que se trata de uma teia ou rede alimentar, 
ou seja, uma teia alimentar contém várias cadeias alimentares. 
FIGURA 12 - TEIAS ALIMENTAR E CADEIA ALIMENTAR
Teia alimentar Cadeia alimentar
Jaguatirica
Gambá
Galinha
Aranha

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