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A parasitologia é uma ciência que estuda as relações entre o hospedeiro (aquele que abriga) e os parasitos. Os parasitos são aqueles que dependem do hospedeiro para viver, causando-lhe injúrias e prejuízos que podem afetar seu desempenho orgânico, físico e mental e até levar à morte. Podem viver no interior ou exterior do seu hospedeiro e podem, ou não, ter mais de um hospedeiro para completar o seu ciclo de vida. É muito importante o estudo da parasitologia e suas pesquisas, pois as mesmas têm como objetivo identificar os processos de desenvolvimento de epidemias parasitárias, criar métodos de profilaxia de doenças causadas pelos parasitas (tanto em seres humanos quanto em animais) e desenvolver tratamentos. As doenças parasitárias evoluíram com os humanos e continuam em constante evolução. Atualmente, o estudo da parasitologia vem ganhando destaque, principalmente devido ao movimento de globalização, pois doenças que antes não ocorriam em determinada região passaram a fazer vítimas. Zonas tropicais, por possuírem elementos ambientais, como a temperatura, ajudam na propagação de muitas parasitoses. Há duas formas principais de transmissão das parasitoses intestinais: por meio da contaminação oral e da ingestão das formas infectantes e pela penetração de larvas na pele. A parasitologia abrange o estudo de parasitos de importância médica e veterinária . Pode-se encontrar três tipos de hospedeiros: Hospedeiro definitivo – que é o que apresenta o parasita em sua fase de maturidade ou na sua forma sexuada. Hospedeiro intermediário – é o que apresenta o parasita e sua fase larvária ou assexuada. Hospedeiro paratênico ou de transporte – é um ser vivo que serve de refúgio temporário e de veículo até que o parasita atinja o hospedeiro definitivo. O parasita não evolui neste hospedeiro. Esse hospedeiro não é imprescindível para completar o ciclo vital. Os principais grupos de parasitas são: Protozoários, Helmintos, Artrópodes. O parasito tem como objetivo sobreviver, se multiplicar e se propagar para outros hospedeiros, garantindo a manutenção da sua própria espécie. As relações entre os seres vivos e parasitas inicialmente podem ser dividido em dois grupos: Relações harmônicas ou positivas Relações desarmônicas ou negativas Mutualismo - Íntima associação, benefício mútuo. Comensalismo - Uma das espécies obtém vantagens sem prejudicar a outra (hospedeiro). Simbiose - Associação entre seres vivos, na qual há troca de vantagens em tal nível que esses seres são incapazes e viver isoladamente. Competição - exemplares da mesma espécie (competição intraespecífica) ou de espécies diferentes (competição interespecífica) lutam pelo mesmo alimento ou abrigo. As relações harmônicas são aquelas que, como o nome sugere, não causam prejuízos aos envolvidos, sendo essas relações benéficas para todos ou, ainda, para um dos envolvidos sem haver prejuízo nem benefício para o outro. São elas: Relações Desarmônicas são aquelas que ocorrem entre seres vivos e causam prejuízos a uma das partes envolvidas. Elas compõem as relações ecológicas, que consistem nas interações que acontecem entre todos os organismos, com o intuito de manter a sobrevivência e se reproduzirem. A competição também é um importante fator de regulação do nível ou número populacional de certas espécies. Canibalismo - Indivíduo mata e alimenta-se de outro de sua mesma espécie. É comum observar o canibalismo quando ocorre o aumento exagerado de indivíduos de uma população, o que acarreta em falta de alimento e na consequente prática de canibalismo. Devemos destacar ainda que animais em cativeiro podem também desenvolver esse hábito. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0139/aula1.html Predatismo - Quando uma espécie se alimenta de outra espécie, de forma que a sobrevivência de uma dependa da morte da outra (cadeia alimentar). Parasitismo - Acontece entre indivíduos de espécies diferentes em que se observa, uma dependência metabólica de grau variável, em que o hospedeiro é espoliado pelo parasito, fornecendo alimento e abrigo para este. Monóxenos ou monogenéticos - Realizam os seus ciclos evolutivos em um único hospedeiro. Heteróxenos ou digenéticos - Só completam os seus ciclos evolutivos passando pelo menos em dois hospedeiros. Os parasitas podem ser classificados segundo vários critérios: Quanto ao numero de hospedeiros Exemplos: Ascaris lumbricoides (lombriga) e Enterobius vermicularis (oxiúrio). Exemplos: Schistossoma sp e o Trypanosoma cruzi. Quanto a localização nos hospedeiros Quanto à localização nos hospedeiros, os parasitas podem ser ectoparasitas(os que se localizam nas partes externas dos hospedeiros) ou endoparasitas(os que se localizam nas partes internas dos hospedeiros). Unicelulares - Possuem uma única célula que apresenta o núcleo organizado, ou seja, está separado do citoplasma pela membrana nuclear. São, portanto, organismos eucariontes. Pluricelulares - Organismos formados por conjuntos de células semelhantes e interdependentes que desempenham uma ou mais funções. São, portanto, também, organismos eucariontes. Aparelho digestório principalmente luz2 e órgãos anexos; Sistema vascular sanguíneo, temporário ou permanente; Sistema linfático; Aparelho respiratório; Aparelho geniturinário; Diferentes tecidos - Sistema Fagocítico Mononuclear (SFM). Quanto ao numero de células Exemplos: protozoários. Exemplos: helmintos. Principais tipos de habitat dos parasitos Pele; http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0139/aula1.html Nem sempre a presença de um parasito em um hospedeiro indica que está havendo ação patogênica do mesmo. Em geral, os distúrbios que ocorrem são de pequena monta, pois há uma tendência de haver um equilíbrio entre a ação do parasito e a capacidade de resistência do hospedeiro. Ações Patogênicas Ação espoliativa-Parasito absorve nutriente ou sangue do hospedeiro, podendo, inclusive, deixar pontos hemorrágicos na mucosa após a sucção. Exemplo: Ancilostomíase. Ação tóxica- Algumas espécies são capazes de produzir enzimas ou metabólicos que podem causar lesões no hospedeiro. Exemplo: Ascaridíase. Ação mecânica -Algumas espécies são capazes de impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar. Exemplo: Giardíase. Ação traumática- Provocada, principalmente, por formas larvárias de helmintos, embora vermes adultos e protozoários também sejam capazes de fazê-lo. Exemplos:Migração cutânea e pulmonar pelas larvas de Ancylostomatidae; Úlceras intestinais provocadas pelos Ancylostomatidae e Trichiura; Rompimento das hemácias pelos Plasmodium. Anatômicas ou fisiológicas - pele, pH cutâneo; secreção mucoide; movimentos ciliares; secreção lacrimal; suco digestivo. Inflamação – fagocitose; secreção de citocinas inespecífica; Interferon (IFN). Sistema complemento - efetuador da resposta imune específica. Barreiras especificas - Imunidade - resposta humoral/anticorpos; resposta celular/citocinas. Ação irritativa - Ocorre quando há a presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas, irrita o local parasitado. Exemplo: Ação das ventosas dos Cestoda ou dos lábios dos A. lumbricoides na mucosa intestinal. Ação enzimática - Acontece quando cercárias de S. Mansoni penetram na pele para obter alimentos assimiláveis ou quando há ação da E. histolytica ou do Ancylostomatidae para lesar o epitélio intestinal. Anóxia- Falta de oxigênio ou estado de oxigenação insuficiente dos tecidos. Parasitos que consuma o O2 da hemoglobina, ou produza anemia, é capaz de provocar uma anóxia generalizada. Exemplo: Plasmodium ou infecções maciças causadas pelo Ancylostomatidae. Há dois tipos de barreiras que protegem o hospedeiro contra os parasitas: Barreiras inespecíficas-
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