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Aspectos históricos da responsabilidade civil medica -Notas introdutórias: O profissional da saúde deve possuir fortes indícios que o paciente poderá melhorar ou obter a cura, já que o sofrimento precisa ser evitado para preservar a dignidade humana. A atuação do profissional da saúde não visa exclusivamente curar, mas sim amenizar o sofrimento do indivíduo. Sua responsabilidade é o meio, e não o resultado, a menos que se trate de medidas interventivas relacionadas a estética (é uma exceção). A atividade do profissional deve ser pautada na lei e abraçar a responsabilidade civil, penal ou administrativa. Negligencia: falta de cuidado, atenção. Imprudência: é a inobservância, falta de precaução Imperícia: falta de habilidade ou experiência. Relação subjetiva: o paciente tem que provar que o médico errou. O dano pode via a ocorrer de forma direta ou indireta Relação objetiva: quando se trata de estética. Não há necessidade de contratação de culpa, posto que o simples fato do agente ter assumido o risco por desenvolver a atividade lhe gera o dever de indenizar. Culposa: comete o erro sem a intenção. Punição mais leve Dolosa: comete o erro pela própria vontade. Punição mais grave Responsabilidade civil: Responsabilidade penal: Responsabilidade administrativa: perante o CFM para exclusão do médico. -A medicina na história humana Mesmo que com a tecnologia tenha se prolongado a vida, a morte não foi impedida. Pré-história: lamber feridas, utilização de ervas e rituais, anteriores bem-sucedidos. Surgimento dos médicos: povos mesopotâmicos. Esses deixaram placas de barro com registros. Código de Hamurabi: médicos que não curavam eram cortados as suas mãos. A responsabilidade nessa época era estritamente de resultado. Ao longo da história os médicos foram sendo associados a deuses que mesmo sem a intenção de errar podiam comer erros. As doenças eram encaradas como castigo dos deuses, assim, muitas vezes eram realizados rituais e oferendas a fim de alcançar a cura. Posteriormente começou a achar que as doenças advinham de hábitos de higiene Hipócrates Criação dos hospitais e entidades que mantinham os doentes afastados das pessoas sadias. Os hospitais começaram pelo assistencialismo (igreja) e foram passando para a administração pública. Erro médico: não diferenciava do resultado adversos (questões alheias a atividade do profissional). Relação de cura: médico + paciente Conceito de saúde antigamente: equilíbrio entre forças opostas com harmonia. Conceito de saúde atualmente (OMS): equilíbrio entre o bem-estar físico e psíquico Com a constituição social elencaram a saúde a outros direitos sociais como: educação, saúde, trabalho, saúde, moradia e outro mais igualitário. A atuação do médico deve elencar pelo código de ética medica brasileiro e os ditames internacionais. Princípios: paciente tem direito de saber sobre seu estado de saúde, quais tratamentos serão realizados e suas consequências ou o direito de recusar qualquer tipo de tratamento. Caso ocorra culpa ou dolo, o profissional pode ser obrigado a reparar o dano, posto que a integridade física do indivíduo, bem como a dignidade humana devem prevalecer. -Responsabilidade civil: aspecto histórico Na antiguidade a responsabilidade civil é: Punitivo e reparadora Nexo de causalidade: é a relação da causa e o efeito. Tem que provar que a responsabilidade do dano foi do médico. Ex: queda da energia durante uma cirurgia. Antigamente o dano causado independentemente de culpa deveria ser arcado pelo indivíduo, com penas bastantes cruéis. A culpa exclusiva da vítima também isenta o indivíduo de repara o dano Ex: paciente recusa seguir recomendações medicas. Relação medico paciente: regida pelo codio de defesa do consumidos. O paciente é o consumidor e o médico fornecedor de serviços. -Responsabilidade civil medica O ato médico, e consequentemente a responsabilidade pelos danos cabem ao profissional da saúde ou ao hospital/clinica, se o médico prestar serviços a esta. Autonomia do médico e Autonomia do paciente: Crianças (11 anos incompletos) o médico tem autonomia de fazer o que é melhor Adolescente consciente tem uma autonomia relativa Adulto maior de idade consciente tem própria autonomia Qualquer pessoa inconsciente: o médico tem autonomia Direito a vida é fundamental, mas não absoluto. Evolução da responsabilidade civil medica e a responsabilidade civil medica do direito pátrio. A responsabilidade civil do médico pode ser de meio ou de resultado, dependendo do caso. -Evolução da responsabilidade civil Aprimorar a relação medico paciente para estabelecer confiança O médico tem que está do lado do paciente até mesmo depois de cometer um erro Não pode exigir do médico a responsabilidade do médico a omissão de atendimento sendo que o estabelecimento não os materiais necessários para o atendimento. Quando se fala de responsabilidade civil, penal ou administrativa é importante frisar que existem algumas excludentes de ilicitude, como no caso de legitima defesa, estado de necessidade ou força maior. O código de defesa do consumidor confirma que a responsabilidade do profissional da saúde é subjetiva. Entretanto para o hospital ou ao estado que contratou o profissional trata-se de responsabilidade objetiva. Saúde não é não ter doença. Não tem como manter a saúde das pessoas que não tem moradia adequa, saneamento básico e outros direitos fundamentais. Se o médico estiver atuando como funcionário de hospital privado ou público, desde que contratado pelo ente estatal, salvo em caso de comprovada má-fé do profissional quem arcara com os danos é o hospital. Código de defesa do consumidor: responsabilidade objetiva e subjetiva. A responsabilidade dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa (paciente tem que provar que o médico errou). Se constatada negligencia, imprudência ou imperícia a responsabilidade é do profissional que ira responder por tal conduta. Por falta de materiais no hospital não é negligencia do médico. Médico pode notificar o gestor público que não há materiais. Entender o porquê da positivação do direito a saúde na constituição federal é mais que essencial, para que se saiba que está se falando em um direito fundamental, essencial a vida do ser humano, com prerrogativas e arraigados deveres a serem cumpridos. Obrigação de meio e de resultado conceito, aplicação e adequação a dinâmica dos seres humano e a subjetividade de cada ser -Nota introdutória Responsabilidade contratual: Responsabilidade extracontratual: O médico não deve prometer a cura. Em caso de cirurgia plástica estética: contratual objetiva, e para todos os demais subjetivaextracontratual -Noções acerca de direito das obrigações A responsabilidade do médico para com o seu paciente é subjetiva a menos que este esteja atuando em uma pessoa jurídica, cuja responsabilidade será objetiva. Em caso de cirurgias plásticas a responsabilidade do profissional é objetiva. Tem direito e deveres O cirurgião plástico assume a responsabilidade para com o paciente em cirurgias estéticas do resultado a ser obtido ser melhor do que o já existente antes da intervenção do profissional, posto que as pessoas que recorrem a uma cirurgia estética almejam ficarem mais bonitas e se sentirem melhor com seus corpos. OBS: cirurgia plástica reparadora – não assume a obrigação de resultado, mas de meio, sujeitando a responsabilidade subjetiva. Se o indivíduo se valeu de todas tecnologias disponíveis, bem como de todos os cuidados e zelos para com o paciente e mesmo assim este veio a falecer, cabe apenas aos familiares aceitar o infortúnio. -Seguro medico profissional Obrigaçãoassumida pela empresa que, no caso de haver algum dano a ser indenizado pelo profissional da saúde, a seguradora realizará o pagamento, posto que o profissional já pagasse antecipadamente para que a seguradora assumisse tal obrigação. -Bioética clínica e direito medico Bioética = ética da vida É o equilíbrio e a preservação da relação dos seres humanos com o ecossistema e a própria vida do planeta. Visa proteger a vida e a relação medico para com seu paciente, visto que a dignidade humana deve ser preservada em todas as situações. Pericia media a convergência entre a medicina e o direito – a anestesiologia e o direito medico Pericia significa: é sabedoria, pratica, experiência, habilidade em alguma ciência ou arte ou ainda análise técnica ou exame por perito ou especialista. O médico perito se sujeita ao judiciário Laudo pericial: documento que o médico perito elabora ao final da analise concreta. Tanto quanto os demais médicos, os peritos possuem compromisso com a verdade. Entretanto, tal compromisso não está dirigido para o cliente, como na clínica, mas para quem incumbiu da perícia. Na perícia, o dever de lealdade profissional dirige se para o interesse da sociedade Princípio da imparcialidade e da justiça devem estar nos médicos e principalmente nos peritos que podem ser impedidos ou suspendidos da realização de seu trabalho. Esse requesito é ainda mais relevante em casos de nalise de um caso que pode gerar responsabilidade civil ou penal. -O erro médico, o direito medico e a anestesiologia No exercício das suas funções sempre que acontecer resultado diverso do pretendido inicialmente ocorrera do mesmo modo dos outros médicos A responsabilidade civil hospitalar a partir de provimento judicial para internação de pacientes de médicos que não fazem parte do corpo clinico. É necessário um estudo da responsabilidade civil tratada no código civil e no código do consumidor para em seguida abordar o tema da responsabilização do profissional medico e do hospital, nomeadamente no que se refere a responsabilidade civil do hospital mediam o provimento jurisdicional que garante a internação do paciente, ou seja, analisar a responsabilidade civil decorrente de um contrato de prestação de serviços na saúde, determinado por provimento judicial e não pela manifestação de vontade das partes. -Direitos e deveres do medico Analisados por: natureza contratual consumerista decorrente de sua qualidade de prestador de serviço e especifico da profissão de medico (código de ética medica) Obrigação de o médico agir sempre com boa fé em relação aos pacientes, vedando comportamentos desleais e desonestos. Essa exigência ética é devida pelo paciente também. Ônus e bônus a atividade profissional medica devem ser respeitados em qualquer contrato firmado por medico, relativo ao exercício do oficio Um dos direitos do médico é a autonomia profissional conforme o código de ética medica É um direito irrenunciável em que o médico não poderá sofrer interferência em seu oficio, quer por parte de outros profissionais quer por parte das instituições em que trabalha, e nem mesmo o paciente. O médico é livre para eleger o melhor tratamento que considera para o paciente. Direito de se dedicar ao paciente. Ao medico é facultado disponibilizar ao paciente o tempo que considerar necessário. O médico pode quando necessário internar seu paciente em qualquer hospital, mesmo sem que haja qualquer vínculo com a instituição de saúde. O médico tem o direito de ser remunerado de forma justa pelos serviços prestados. O médico como réu. Um enfoque jurídico penal acerca do homicídio culposo decorrente de erro médico. O direito à vida quando violado pela má pratica de ato médico, faz surgir a responsabilização do profissional o sentido de se tentar ao menos uma reparação pelo possível dano causado. Se tratando de erro médico, não está em jogo qual a vida e mais importante mais sim a vida que eventualmente venha a ser interrompida, seja por negligencia, imprudência ou imperícia. O crime de homicídio na profissão medica seja doloso ou culposo traz ao estado o dever de punir. -Responsabilidade penal Em caso de falecimento por erro médico o profissional poderá incorrer nas sanções do código penal, e ainda com causa de aumento de pena se ocorrer a inobservância de regra técnica de profissão e devido à quebra do dever de cuidado (prontuário medico). -Homicídio culposo atribuído a conduta medica O médico que deixa de adotar as precauções recomendadas por sua ciência e arte abre mão de qualquer segurança razoável e assume o risco de produzir resultado danoso e responde por negligencia. Erro médico é caracterizado por dano ao doente, e que tenha havido um ou mais de três falhas (negligencia, imprudência e imperícia) Geralmente precisa passar por uma prova pericial. O prejuízo ao paciente tem que ser exclusivamente causado pelo médico, pois se assim não for não poderá ser punido. Cabe ao judiciário a tarefa de distinguir erro médico, acidente médico e culpa concorrente. Somente serão punidas as causas sobre as quais incidir dolo ou culpa do agente, ficando as demais livres de qualquer sanção penal, sob pena de se adotar a responsabilidade objetiva.
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