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Aula 2021-03-25 Ação Penal, Decadência e Perempção

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Ação Penal
 A ação penal é o meio empregado para se processar alguém pela prática de um crime. 
Direito de acusar (jus accusationis) pertence ao Estado. Em regra, há a prevalência do interesse público em reprimir, punir o crime. Portanto, a regra é que o Ministério Público é o titular do Direito de Acusar (Ação Penal Pública) e exerce-o por meio da Denúncia (Petição Inicial Acusatória). Conforme o artigo 100, do CP, “A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido”.
OCORRE PRESCRIÇÃO EM TODOS OS TIPOS DE AÇÃO PENAL.
Fato Criminoso Inquérito Policial Início da Ação Penal 
Espécies de Ação Penal 
 - Ação Penal Pública: Titular do Direito de Acusar é o Ministério Público, por meio da Denúncia. Há três espécies de Ação Penal Pública:
 Ação Penal Pública Incondicionada: É a regra. O MP oferece a denúncia independentemente de autorização do ofendido (vítima), em virtude do princípio da obrigatoriedade, pois são crimes em que há prevalência do Interesse Público. Nesta ação não há decadência, nem perempção, mas sim prescrição.
 Ação Penal Pública Condicionada: A denúncia do MP depende da representação do ofendido (autorização da vítima). Depende da prevalência do interesse público e do interesse do particular (vítima) em ver a persecução penal. Ex.: Artigo 174, crime de Ameaça. 			A vítima tem 6 meses (da ciência da autoria) para realizar a representação, sob pena de decadência (causa de extinção da punibilidade – CP, art. 107, IV). Portanto, há decadência, mas não há perempção. Sempre há prescrição. Para saber se a ação penal é pública condicionada, deve haver previsão expressa em lei.
Decadência: Perda, por decurso do prazo legal de 6 meses, do Direito do ofendido de Representação na Ação Penal Pública a esta Condicionada.
Ação Penal Pública Condicionada à Requisição do Ministro da Justiça: MP somente poderá oferecer a denúncia se houver representação (autorização) do Ministro da Justiça. Não há decadência nem perempção, mas sim prescrição. Para saber se trata-se de Ação Penal Pública Condicionada à Requisição do Ministro da Justiça deve haver previsão expressa em lei. 
Ex.: CP, art. 145.
- Ação Penal Privada: É a exceção, deve estar expressa em lei. São crimes em que há prevalência do interesse particular em iniciar a persecução criminal. Há transferência do direito de acusar. O Estado titular deste direito, o delega ao ofendido (Princípio da Conveniência).
Titular do Direito de Acusação: Ofendido (querelante). 
O autor do crime é o réu (querelado). 
Petição Inicial Acusatória: Queixa-crime, oferecida pelo ofendido por meio de seu advogado. 
Prazo: 6 Meses, sob pena de decadência, ou seja, perda, por decurso do prazo legal, do Direito do ofendido de oferecer queixa crime na Ação Penal Privada propriamente dita ou personalíssima. Cabe decadência e Perempção. 
Espécies de Ação Penal Privada
 - Ação Penal Propriamente Dita (básica): É o direito de oferecer queixa-crime é transmissível ao CCADI (Cônjuge, Companheiro; Ascendente; Descendente, Irmãos) no caso de morte do ofendido (querelante). Admite decadência e Perempção.
 - Ação Penal Personalíssima: Não se transmite o direito de oferecer queixa-crime ao CCADI em caso de morte do ofendido (querelante). Ex.: CP, art. 236. 
 - Ação Penal Privada Subsidiária da Pública: Não há decadência e nem perempção (não extingue a punibilidade). Inicialmente é caso de ação penal pública incondicionada (ex.: roubo) em que o MP perde o prazo legal de 15 dias para oferecer denúncia. No caso de inércia do MP é possível que o ofendido assuma a ação penal e ofereça a queixa-crime substitutiva/subsidiária. Em outras palavras, o ofendido assume a ação penal que de pública passa a ser privada. 
Caso durante o andamento da ação penal privada subsidiária, o ofendido é também inerte, neste caso, o MP reassume a ação e ela volta a ser pública. 
 Decadência 
 (CP, art. 107, IV)
Causa de extinção da Punibilidade consumada pela perda do direito de ação pelo ofendido em face do decurso do tempo e, consequentemente, também decai o Direito de Punir do Estado (jus puniendi). 
Conforme o artigo 103, do CP, decai do direito de queixa ou representação o ofendido que não o exerce em até seis meses, contados da data em que tiver conhecimento de quem é o autor do crime, ou, em se tratando de ação penal privada subsidiária da pública, do dia em que se esgotou o prazo para oferecimento da denúncia.
Decadência na Ação Penal Pública Condicionada à representação: A decadência impede que o ofendido (ou seu representante legal) manifeste validamente a vontade de que o ofensor seja acionado penalmente, em face do que o MP, na ausência da representação, não pode deduzir em juízo a pretensão punitiva do Estado que fica extinta. 
A decadência não se aplica à requisição do Ministro da Justiça, de modo que esta pode ser formulada a qualquer tempo, desde que não esteja extinta a punibilidade por outra causa. 
OFENDIDO MENOR DE 18 ANOS: O prazo de seis meses para representação ou oferecimento de queixa não corre contra ele. O prazo flui para seu representante legal a partir do conhecimento da autoria do crime. Caso o menor de 18 anos não conte ao seu representante legal sobre o fato e sua autoria, quando o ofendido completar 18 anos começará a contabilização do prazo decadencial de seis meses.
 Perempção 				 (CP, art. 107, IV c/c CPP, art. 60)
Causa de extinção da punibilidade (CP, art. 107, IV) que ocorre durante o procedimento da Ação Penal Privada Propriamente Dita ou Personalíssima. 
NÃO HÁ PEREMÇÃO EM QUALQUER ESPÉCIE DE AÇÃO PENAL PÚBLICA, NEM NA AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA.
Fundamento da Perempção: Inércia, desídia do querelante em providenciar o andamento da ação penal privada já por ele iniciada (desinteresse do querelante). O querelante perde o direito de demandar o querelado, ao passo que o Estado perde o jus puniendi.
 - Requisitos da Perempção (CPP, art. 60)
 	- Quando, iniciada a Ação Penal Privada, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
	- Em caso de falecimento ou superveniência de incapacidade do querelante, não comparecer em juízo para prosseguir o processo em 60 dias, qualquer das pessoas do CCADI;
	- Quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
 	- Quando ocorrer a extinção da pessoa jurídica sem que haja sucessor e esta fosse a querelante.

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